Bom dia, amigos cultos e ocultos! Chegamos a mais uma sexta feira independente e para variar, em todos os sentidos, eu estou trazendo aqui um registro da boa música instrumental. Uma gravação que me caiu nas mãos graças aos bons amigos, que sabem bem aquilo que condiz com o perfil do blog Toque Musical. Valeu Pampani!
Embora eu tenha fugido um pouco da proposta musical que se seguiu pela semana, o que trago agora, sem comparações, é também de tirar o chapéu. Música de qualidade, instrumental e contemporânea. Tenho certeza que quem tem bons ouvidos para escutar os grandes do passado, também sabe apreciar a música dos grandes do presente.
Trago para vocês, com exclusividade, mais um ‘bootleg’ especial, com direito a capinha e tudo mais 🙂 Vamos encontrar neste registro, três grandes músicos, instrumentistas disputadíssimo pelo alto nível de suas performaces. Começamos pelo mineiro, guitarrista (e também fotógrafo!) Nelson Faria. O cara é um fera, já tocou com Deus e o mundo e continua mandando bala, tem uma dezena de discos solos gravados (incluindo este agora, hehehe…) e participação em outros de diferentes artistas. Pelo que eu li em seu site, Nelson tem atuado como professor convidado em duas universidades européias. Seu último trabalho foi um cd gravado ao vivo na Alemanha com a Hr-Bigband (Frankfurt Radio Bigband) e participação do baixista Ney Conceição e o baterista Kiko Freitas. Outro mineiro, também super requisitado, é o baterista Lincoln Cheib, que toca na banda do Milton Nascimento, filho de Dirceu Cheib, do Estúdio Bemol. Lincoln vem se despontando com um dos maiores bateristas da atualidade. Também tem uma atuação acadêmica, como professor convidado na Escola de Música da UFMG. Finalmente, temos outra fera, o saudoso baixista Nico Assumpção, este, agora toca mais para Deus do que para o mundo, mas foi um dos nossos maiores contrabaixistas, também com um currículo invejável. Infelizmente, ele se foi prematuramente. Uma grande perda para a Música Brasileira.
Juntos, em um show realizado em 17 de janeiro de 2000, na Casa de Cultura Estácio de Sá (RJ), os três músicos ‘barbarizam’, mostram uma sintonia que faz a gente ficar de boca (e ouvidos) bem abertos. Foi nesse encontro, nesse show, para um público seleto, que nasceu a ideia da produção de um cd, o “Três/Three”. Algumas das músicas apresentadas nesta gravação vieram a fazer parte do cd, lançado no final de 2000.
É interessante observar a interação dos músicos e principalmente a atuação do Nico, que toca como nunca, talvez prevendo ali seu último momento. É impressionante e comovente. Vocês precisam ouvir isso!
quartet
o barquinho
vento
modinha para juliana
buxixo
paca tatú
vera cruz
quartet (bis)