Yma Sumac – Voice Of The Xtabay (1951)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! E segue o barco… Aqui vamos com um disquinho estrangeiro e por certo, dos mais interessantes. Temos desta vez o primeiro disco de Yma Sumac, a lendária cantora peruana que nos anos 50 foi sucesso internacional por conta de seu surpreendente alcance vocal, que ia de baixo-barítono a soprano ultra ligeiro, ou seja, ia do grava ao agudo como poucos cantores de opera. Aliás, segundo contam, ela os superava. Cantou também diversas árias de óperas quando esteve na Itália. Aqui no Brasil ela já era conhecida desde a década de 40. No texto de contracapa deste lp de 10 polegadas há uma citação extraída do jornal O Globo, em 1944:“Yma Sumac sensibilidade artística domina todo o Brasil com sua voz mágica e divina os problemas do nosso mundo moderno são esquecidos através do magnetismo deste dom fabuloso, que nos vem descendente direto de Atahualpa, o último rei Inca”. Este disco fez mesmo um grande sucesso. Foi produzido por Les Baxter, assim como as composições, em parceria com Moisés Vivanco, compositor peruano e marido de Sumac, O álbum entrou em várias paradas da Billboard logo que foi lançado. Algumas das canções também vieram a ser usadas em um filme, “Segredo dos Incas”.”Voice Of The Xtabay” mereceu vários relançamentos e podemos dizer que surpreende até hoje. Confiram no GTM…
 
virgin of the sun god
high andes
chant of the chosen maidens
earthquake
dance of the moon festival
dance of the winds
monkeys
lure of the unknown love
 
 
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Astor Piazzolla Y Su Orquesta – Pulsacion (1972)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Continuo seguindo o que disse há algumas postagens atrás, vez por outra estarei postando também algum artista/disco internacional que eu ache pertinente, seja pela relação com a música brasileira, ou comigo mesmo, ou seja, com meu gosto pessoal, hehehe…
E falando em gosto pessoal, eis aqui um disco dos que eu gosto muito e que por certo muita gente também gosta, o argentino Astor Piazzolla e sua orquestra, em um lp marcante, “Pulsacion”, que mereceu uma edição brasileira através do selo Som Livre, lançado em 1972. Por certo, foi um disco que ajudou muito a divulgação do genial ‘bandonionista’ aqui no Brasil, pois o selo Som Livre, nesta época, fazia chamada de lançamento pela televisão, no caso a Rede Globo, que era a dona do selo. E sem dúvida, ter a vitrine da Globo naquela época era sucesso garantido. Entre os muitos lançamentos da Som Livre, este foi um dos internacionais que me fez descobrir a música deste argentino. “Pulsacion” é um trabalho genial, marcado pela modernidade criativa deste grande artista. “Pulsación” é também a trilha musical para um filme de mesmo nome do diretor  Carlos Páez Vilaró. Vamos conferir? 🙂
 
pulsación nº1
pulsación nº2
pulsación nº3
pulsación nº4
fuga y misterio
contramilonga a la funerala
allegreto tangabile
tocata rea
tangata del alba
 
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Miguelito Valdés E Os Afro Cubanos De Machito – Música Dos Trópicos (1949)

Olá, amiguinhos cultos e ocultos, cá estou eu com mais um disco de artistas estrangeiros e em especial, um lp da chamada ‘latin music’, ou ainda e mais próximo de nós, música cubana. Eu sei que há alguns aqui que até arrepiam quando se menciona Cuba. Para esses, tudo relacionado a Cuba é coisa de comunista, de esquerdista e aqui, porque não, de ‘petista’. Não sei se levo para o lado da piada ou da ignorância mesmo… 
Mas, voltemos a música, que é disco que a gente gosta! E como não gostar de Miguelito Valdés e os Afro Cubanos de Machito? Se não conhece, a hora é agora. A música cubana sempre influenciou a nossa música brasileira e portanto muito tem em comum. E este disquinho de dez polegadas de Miguelito Valdés e Os Afro-Cubanos de Machito é um bom exemplo. Lançado originalmente em 1949, creio que aqui no Brasil ele chegou no início dos anos 50, quando também por aqui chegavam e também passavam a serem fabricados os primeiros discos de microssulcos, esses maravilhosos álbuns de 33 rpm, em dez polegadas. Aqui temos o cantor e compositor cubano Miguelito Valdés um dos grandes nomes da cena cubana dos anos 40 e 50, ao lado do grupo de Machito (Francisco Raúl Grillo), os Afro-Cubanos, no qual também se destaca outro grande músico cubano, o trompetista Mario Bauzá. Na contracapa há um texto de apresentação sobre a música cubana e esses seus artistas. No arquivo inclui também a capa original. O repertório é, sem dúvida, dos mais agradáveis. Confiram na íntegra lá no GTM…
 
enlloró
yo saludá
tabú
la rumba soy yo
guadalajara
letargo
ecó
botellero (el comprador de botellas)
 
 

Stanley Black – Noites Tropicais (1959)

Olá, amigos cultos e ocultos! Começando mais uma semana neste mês de agosto e vamos nós com os discos internacionais. Desta vez temos aqui um ‘long play’ com o maestro e pianista inglês Stanley Black, um dos mais populares ‘band leader’ dos anos 40 e 50. E essa sua popularidade se deve muito ao seu contato e aproximação com a música latina, a qual lhe serviu de base para muitos de seus discos. Aqui temos um lp, originalmente lançado lá fora, em 1959 e cujo o título era, na verdade, “Cuban Moonlight”. A capa é praticamente a mesma, só mudou o título. E isso, por certo, se deve ao fato de que neste repertório, embora sejam ritmos latinos americanos, nem tudo que está nele é cubano. E nessa é que me apoio e legitimo essa postagem, pois temos aqui, por exemplo, “Os quindins de Yayá”, composição famosa de nosso Ary Barroso. Creio que só por essa já vale, mas no geral, o disco é muito bom e também muito bem gravado, sendo aqui no Brasil um dos primeiros álbuns em som estereofônico. Acredito que essa versão brasileira tenha sido lançada por aqui em 1960 ou 61. De qualquer forma, mantenho a data da edição original, que nos serve de referência. Confiram no GTM…
 
vereda tropical
majorca
siboney
ay ay ay
el truco de pernambuco
olhos verdes
rumba matumba
stars in your eyes
os quindins de yaya
the moon was yellow
nostalgia
hold me close tonight
perfidia
frenesi
 
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La Joven Guardia Canta Roque Narvaja (1982)

Buenas noches, amigos cultos e ocultos! Como se vê, janeiro é mesmo sortido e hoje, mais uma vez, continuamos em nossa saga, trazendo música para se ouvir com outros olhos. Esta postagem vai, em especial, para o meu amigo culto Fáres, um fã incondicional da Jovem Guarda, Beatles e tudo que de bom rolou naqueles anos 60. Nosso encontro é com uma dos mais populares grupos de nossos hermanos argentinos, La Joven Guardia, um dos pioneiros grupos de rock surgidos por lá. Fizeram muito sucesso com músicas como  “El extraño del pelo largo” e “La extraña de las botas rosas”, além de outras tantas, músicas essas que estão reunidas nesta coletânea, lançada na Argentina, nos anos 80. A propósito, Roque Narvaja era a guitarra e a voz da banda e aqui neste lp se contempla exatamente o primeiro período de sua formação. La Joven Guardia esteve atuante de 1967 a 78 com diferentes formações. Pelo que sei, houve um reencontro em 2015, com direito a show na Flórida (EUA), onde um dos membros da formação original, o tecladista Félix Pando se radicou. Outra curiosidade vem do nome deste grupo. Eu sempre achei que fosse um nome influenciado pelo movimento da nossa Jovem Guarda, mas não tem nada a ver. O nome vem de um romance do escritor soviético Aleksandr Fadeyev. O La Joven Guardia, ao contrário de seus vizinhos brasileiros da Jovem Guarda era um grupo engajado com as questões políticas e chegaram a ter problemas por conta disso, mas provaram ser menos alienados que a turma de cá, que também fazia rock. Aliás, é bom que se diga, os argentinos tiveram mais liberdade para se expressar no rock do que os brasileiros. Basta ver a quantidade de bandas que dão de dez a zero nas daqui (exceto os Mutantes, que no caso é ‘hors-concurs’, hehehe…) Enfim, é isso aí… Vamos conferir esta coletânea no GTM 😉
 
el extraño del pelo largo
el comprador de amaneceres
motores de pastel
otoño
vuelvo a casa
pensar que no pensaba enamorame
la reina de la canción
la extraña de las botas rosas
despues de la tormenta
soy igual que los demas
profecia
la muerte del extraño
 
 
 
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Yukiaki Taguchi – Enka Em São Paulo (1977)

Boa noite a todos os amigos cultos e ocultos! Mais uma vez, vão aqui os nossos votos de um feliz ano novo, que superemos toda essa crise e que nos venha a vacina! Como dizia a música do Belchior: “ano passado eu morri, mas este ano eu não morro…” Viva a vida!
Para começar o ano temos aqui um disco diferente, um lp, como se pode ver, de um artista estrangeiro. Na verdade um artista japonês, olha só que interessante… Como todos devem saber, eventualmente publicamos também artistas/discos estrangeiros, numa forma de ampliar nossas sensações e nossa curiosidade fonomusical. Melhor ainda quando de alguma forma há uma relação com o Brasil, ou a brasilidade. Temos aqui um disco de produção independente, apresentando o cantor japonês Yukiaki Taguchi. Este lp, ao que parece, foi gravado em São Paulo, uma produção não comercial e certamente uma edição limitada, voltada para a comunidade nipônica no Brasil. Pelo texto em português, do próprio artista, este é um disco onde ele nos apresenta o “Enka” que é o estilo tradicional da música popular japonesa, algo que lembra bem a música pós Jovem Guarda, aquele jeitão romântico, um tanto brega, diga-se de passagem. Yukiaki Taguchi, conforme texto veio para o Brasil em 1968. Embora o texto de contracapa seja em japonês, entende-se que ele já tinha no Japão uma carreira artística.
Como temos um grupo grande de amigos ocultos japoneses sempre por aqui, creio que este lp pode ser, também para eles, interessante, não é mesmo? Começamos então 2021! 
 
kuchinashi no hana
shinobi goi
kamomemach minatomachi
toshiue no hito
kita kôro
sakariba blues
onna no yume
minatomachi namidamachi wakareemachi
onna ho iji
kiri no defune
sassoriza no onna
kushiro no yoru
 
 
 
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Duo Ouro Negro – O Melhor Do Duo Ouro Negro (1974)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Eu estava planejando desde a semana passada uma mostra com discos de artistas internacionais cujos os discos tem alguma relação com o Brasil. Mas foram tantos os acontecimentos que a coisa embolou. Mesmo assim vamos, despretensiosamente, publicando eles aqui, sem compromisso, ok?
Hoje trago para vocês o Duo Negro, um grupo surgido nos anos 50, em Angola, formado por Raúl Indipwo e Milo MacMahon. A carreira começou a decolar depois que foram para Portugal, atuado em casas noturnas. Gravaram seus dois primeiros discos em 1959, contando com a colaboração do brasileiro Sivuca e seu conjunto, que na época estavam em Portugal. Desde então passaram a gravar com mais regularidade, lançando vários discos. Sua música, inicialmente, centrava-se no folclore angolano, de várias etnias e línguas. Porém, ao longo dos anos 60 passaram também a gravar versões de sucessos internacionais como Beatles, Charles Aznavour e também músicas de artistas brasileiros, como é o caso de Luiz Vieira, Adoniran Barbosa e Bob Nelson, que aqui aparecem nesta coletânea, onde podemos encontrar alguns de seus maiores sucessos. E sucesso foi o que não faltou para eles, se tornaram artistas renomados, se apresentaram por vários países europeus e também na América. Nosso Sivuca até voltaria a gravar com eles no final dos anos 60. Durante os anos 70 também tiveram boa atuação. O grupo chegou ao fim nos meados dos anos 80, com a morte de Milo MacMahon. O Duo Ouro Negro foi um dos mais expressivos grupos de Angola e Portugal, sendo ainda hoje muita coisa reeditada. Neste lp temos, por certo, uma síntese perfeita dos melhores momentos da dupla e aqui estão incluídas três músicas brasileiras, como disse anteriormente, Adoniran Barbosa com seu “Trem das Onze”; Luiz Vieira e seu “Menino de Braçanã” e o cowboy Bob Nelson com “Valsa do Vaqueiro”. Então, quem ainda não conhece, vale a pena conferir…
 
maria rita
au revouir sylvie
kurickutela
vou indo por aí
menino de braçanã
trem das onze
nostalgia
iliza gomara saiá
valsa do vaqueiro
muxima
minha mulata
garota
cavaleiro solitário
serenata do adeus
 
 
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Herbie Mann – Sugarloaf (1968)

Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Estou aqui com um lote de discos de artistas estrangeiros, porém todos eles com referências ao Brasil. A música brasileira interpretada por músicos de outros países. Abro nossa mostra com um artista já apresentado aqui no Toque Musical, o lendário flautista americano Herbie Mann. Ele pode ser considerado o primeiro músico estrangeiro a adotar a Bossa Nova, abrindo assim o caminho para muitos outros como Bud Shank, Cannonball Adderley, Paul Winter e muitos outros. Durante os anos 60 Herbie Mann gravou vários discos, sempre muito influenciado pelo Bossa Nova, o que fez dele um dos flautistas mais populares em sua época. Em 1968 ele lançou “Sugarloaf”, um álbum inspiradíssimo nas cores e nos sabores da música brasileira, sempre em contraponto ao jazz americano. Neste álbum, das seis faixas, cinco clássicos da música brasileira redesenhado de forma brilhante. Um trabalho sofisticado e delicioso de se ouvir. Curiosidade a parte, dando um ‘norte’ a essência rítmica brasileira, “Sugarloaf” conta com a participação de José de Paula e Carmen Costa. Não deixem de conferir essa belezura 😉
 
brazil
copacabana
minha saudade
b n blues
one note samba
me faz recordar
 
 
 
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Carlos Do Carmo (1972)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Fugindo um pouco do habitual, tenho para hoje um disco estrangeiro. Como todos devem saber, vez por outra eu gosto de postar aqui discos e artistas internacionais. Antes eu o fazia atento ao fato de ter o disco alguma ligação com o Brasil. Hoje em dia não me preocupo mais com isso, cheguei até a criar na ‘semana temática’ um espaço para discos internacionais. Assim, eventualmente, teremos sempre alguma surpresa. E para o momento, trago a vocês um cantor português, o fadista Carlos do Carmo, um artista da ‘terrinha’ que iniciou sua carreira no início dos anos 60. Seu pai era proprietário de uma das mais importantes casa de fado de Lisboa, O Faia. Ao tomar a gerência da casa, após a morte do pai, Carlos passa também a cantar para os clientes e amigos. Tomou gosto pela coisa e a partir de 64 assume de vez a carreira artística. Como cantor recebeu inúmeros prêmios, gravou dezenas de discos e ao que consta, continua ativo como cantor. Neste lp que agora apresento, temos o artista indo além do tradicional fado. Aqui encontramos um repertório de música popular, onde ele canta canções românticas, mas também há espaço para o velho e bom fado. Ele vem acompanhado pela orquestra do maestro Jorge Costa Pinto. Ora, pois, pois… Confira agora e não deixem pra depois. Tá no GTM, ok? 😉

ferro velho
aurora boreal
canção de madrugar
soneto XIV
dizer que sim a vida
amor total
canoas do tejo
partir e morrer um pouco
o fruto da vida
canção grata
não digam ao fado
fado dos sonhos

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Pop Five Music Incorporated – A Peça (1969)

Salve, salve… amigos cultos e ocultos! Em nossa última postagem eu trouxe para vocês uma banda portuguesa de rock. Acho que vou mandar outra, mais um disco dos manos portugueses. Este disco aqui foi também um presente do filhote que esteve ano passado em Portugal. Entre tantos que eu listei ele me veio com esse, uma reedição limitada de uma banda chamada Pop Five Music Incorporated, que eu não conhecia. Quer dizer, não conhecia a banda, pois as músicas verdadeiros clássicos, quase de domínio público, kkk… Na verdade a PFMI foi uma banda praticamente calcada em covers, como muitas que tivemos aqui no Brasil. O grupo teve fama na ‘terrinha’ e ainda hoje é lembrado por muitos fãs. Confiram no GTM…

overture
jesus alegria dos homens
blackbird
to love somebody
proud mary
medicated god
mess around
hush
c’mon down to my boat
fire
sour milk sea
can i get witnes
 


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Banda 4 – Baby You Got Me (1968)

Boa noite, amigos cultos e ocultos. Aproveitando a ‘leva’ dos compactos, vou postando aqui um disquinho de uma banda de rock português. Um compacto duplo que já passou pelas minhas mãos e mais exatamente no meu tocadiscos. Há uns 8 anos atrás, herdei um lote de discos de uma amiga, cujo o irmão morou muitos anos no Porto. Ele, por lá faleceu e ela trouxe suas coisas de volta para o Brasil. Me doou uma coleção a qual guardei apenas alguns selecionados lps. Haviam também compactos, entre eles este do grupo Banda 4. Por falta de atenção, acho que não cheguei a ouvir o disco direito e acabei passando ele para um sujeito, o qual hoje eu me arrependo, tanto pelo disco como também para quem vendi (quase de graça). Só fui me tocar do erro que fiz algum tempo depois, ouvindo uma gravação digital. Não sei porque, me apaixonei pela faixa que dá título ao compacto, “Baby You Got Me”, me lembra muito Beatles (inevitável…). Embora portugueses, o Banda 4 cantava principalmente em inglês. Nunca pensei em postar este disco aqui, até porque eu não o tinha mais. Porém, hoje, na leva dos compactos, como disse… Achei que seria bacana tê-lo em nossa ‘vitrine’. Do pouco que sei sobre o grupo, parece, só gravaram este disquinho. Confiram no GTM.

baby you got me
gotta start lovin’ you
walkin’ on the beach
o ribeiro


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Larry Guest – Alegria… É Som Embalo Vol. 1 (1971)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Como vocês já devem saber, eu, eventualmente, tenho postado aqui discos de artistas internacionais. Obviamente, procuro trazer aquilo que está fora de circulação e também que seja algo curioso e diferente. No caso de hoje, temos um disco lançado em 1971 pela Musidisc, do Nilo Sérgio, “Alegria… É Som Embalo Vol. 1”. Trata-se na verdade de uma produção italiana, original de 1970 e tem como artistas Larry Guest, Orquestra e Vozes, nome este obscuro que parece ter sido até inventado. O disco apresenta aquele velho conceito ‘no pause’, ou seja, um disco sem divisão de faixas entre as músicas. E como vocês podem ver, são ao todo 29 músicas! Um drops misto com um leque variado de estilos, mariachi, schlager, easy listening, tudo bem aos moldes de um Paul Mauriat. Confiram…

what now my love
something stupid
puppet on a string
love is blue
what a wonderful word
this guy’s in love with you
delilah
congratulation
 a banda
help yourself
my name is jack
strangers in the night
black forest
music to watch girls by
meet mr. guest
if i had a hammer
makin’whoopee
bye bye blackbird
halekin
warst du doch in dusseldorf geblieben
computer n. 3
down by the riverside
la paloma
clementine
la golondrina
cielito lindo
la cucaracha
love me more
canadian express

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Eddie Osborn – Baldwin Organ And Bongos (1960)

Olá amigos cultos e ocultos! Mesclando ainda mais a nossa salada mista de músicas e curiosidades fonográficas, aqui vai um disquinho estrangeiro e dos mais interessantes. Gosto muito das produções que surgiram em função e a partir dos sistemas HiFi (alta fidelidade) onde as gravadoras buscavam ao máximo explorar as nuances sonoras para demonstrar as qualidades de um novo som que os olhos acompanham. Para tanto, escolhiam orquestras que provocassem uma sonoridade exótica e nisso há muito dos ritmos latinos incluídos.
Temos aqui um disco da série Doctored For Super Stereo, apresentando o organista americano Eddie Osborn pilotando um tradicional teclado eletrônico da Baldwin, uma empresa que desde o início do século XX já fabricava pianos e posteriormente orgãos eletrônicos. Numa fusão interessante, temos aqui orgão e bongôs para um repertório bem variado de músicas bem conhecidas internacionalmente. Muito legal, vale uma conferida 😉

el cumbachero
barbara polka
buttons and bows
south of the border
frenesi
saints
washington post
tennesse waltz
perfidia
muskrat ramble
sid’s blues
ma, he’s making eyes at me

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Ruben Blades – Ruben (1979)

Cantor, compositor, ator, músico, advogado, político. Este é o perfil de Ruben Blades, um dos maiores expoentes da música popular caribenha, conhecido como “o poeta da salsa”, que o TM põe em foco no dia de hoje. Com o nome completo de Ruben Blades Bellido de Lima, ele veio ao mundo na Cidade do Panamá, no bairro de San Felipe, em 16 de julho de 1948. Teve a sorte de nascer no seio de uma família onde a arte sempre ocupou um lugar privilegiado: o pai, colombiano, era percussionista, e a mãe, cubana, era pianista e cantora de boleros. Em 1974, aos 26 anos, graduou-se em Direito na Faculdade de Direito e Ciências Políticas da Universidade do Panamá, completando seus estudos profissionais em 1985, na Harvard Law School. Blades desenvolveu a maior parte de sua carreira musical nos EUA. Sua iniciação na música deu-se na Alegre Records e na afamada Fania Records, de Nova York, já mostrando talento como cantor. Realizou pequenas participações nas bandas de Pete Rodriguez , Richard Ray, Bobby Cruz e Ray Barreto. Participou, em 1969, da gravação do álbum “De Panamá a Nueva York”, com Pete Rodriguez, que, curiosamente, Blades não inclui em sua discografia. Mas foi sua parceria com o trombonista nova-iorquino Willie Colón que o celebrizou de vez, em 1977, com o álbum “Metiendo mano!”, que se tornou um clássico da salsa (ambos depois gravariam juntos mais sete discos). Um ano mais tarde, eles lançaram “Siembra”, outro clássico salseiro, o álbum mais vendido da história da Fania Records. Até hoje, Ruben Blades gravou mais de vinte álbuns, e participou de mais de quinze gravações  com artistas dos mais variados gêneros e tendências musicais. Em reconhecimento a seus trabalhos, já recebeu seis prêmios Grammy, e, no cinema,  participou como ator em vários filmes norte-americanos, entre eles “Situação crítica, porém jeitosa” (1987), “Rebelião em Milagro” (1988), “Homeboy – Chance de vencer” (idem ao anterior), “A chave do enigma” (1990), “Inimigo íntimo” (1997) e “Era uma vez no México” (2003).  Ruben Blades é também conhecido como um duro crítico dos regimes ditatoriais da América Latina, uma vez que sempre faz referência aos mesmos nas letras de suas canções. Criticou também o imperialismo norte-americano, na música “Tiburón”. Em 1994, candidatou-se a presidente da República de seu Panamá natal, obtendo o terceiro lugar, com 20% dos votos, dentre mais de uma dezena de candidatos. Em 2004, Blades apoiou a candidatura presidencial de Martin Torrijos (filho de Omar Torrijos) e, mais uma vez, este acabou vencendo as eleições. Blades aceitou e exerceu o posto de ministro do turismo nesse governo, e ficou no cargo até 2009. Nessa ocasião, iniciou uma fase mais interativa, apresentando um programa de rádio em formato “podcast”, no qual faz comentários sobre novas bandas, responde a perguntas de internautas e se mostra como é, sincero e claro com seus pensamentos. De Ruben Blades, o TM apresenta hoje para seus amigos cultos e ocultos o álbum “Bohemio y poeta”, também conhecido como ”Ruben”. Lançado pela Fania Records em 1979 e certamente inédito no Brasil, o disco apresenta, em sete faixas de pura salsa, para ouvir e dançar, uma pequena-grande retrospectiva dos primeiros anos da carreira discográfica de Blades. Há três faixas dele com a orquestra de Willie Colón (“Me recordaras”, “Pablo Pueblo” e ‘La mora”), uma com a orquestra de Louie Ramirez (“Paula C.”), outra com a orquestra de Ray Barretto (“Canto abacua”) e duas com a orquestra Fania All-Stars, as mais recentes do disco: “Juan Pachanga” (1977) e “Sin tu cariño” (1978). Enfim, um disco que serve muito bem de introdução à obra de Ruben Blades, cujo estilo já foi designado de “salsa intelectual”. Deliciem-se…
juan pachanga
si tu cariño
paula c
me recordaras
pablo pueblo
la mora
canto abacua
*Texto de Samuel Machado Filho

Dick Schory’s Percussion And Brass Ensemble – Runnin’ Wild (1961)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Dentro da nossa programação fonomusical internacional, eu hoje trago para vocês mais um disco bacana, feito para se ouvir alto e em bom som estéreo. Temos aqui um lp da série “Stereo Action” produzida pela RCA Victor no início dos anos 60. Essa série foi criada para promover o som HiFi Stereo (alta fidelidade estéreo) que naquela época surgia como a grande inovação da aparelhagem doméstica. Era o máximo quem podia ter em sua sala uma radiola estéreo, ou ainda mais, os modernos aparelhos modulares, tocadiscos, amplificador e caixas, tudo separado. “The sound your eyes can follow” (o som que seus olhos podem seguir), este era o slogan para uma série de discos feitos exclusivamente para esse propósito, demonstração das qualidades do som estéreo. Curiosamente, algumas lojas americanas, davam esses discos de brinde na compra de aparelhagens estereofônicas. Para tanto, RCA Victor recrutou alguns de seus melhores maestros e orquestras impecáveis. A música sempre cristalina e perceptível, quase palpável, trazia elementos inovadores em seus arranjos e sempre recheada de efeitos sonoros. Outro destaque desta série diz respeito as capas. A gravadora investiu também numa bela apresentação, contratando os melhores artistas gráficos e também fotógrafos renomados que criaram imagens memoráveis, muitas delas ‘reaproveitadas’ pela indústria nacional.
Gosto muito dessa série que traz grandes nomes como Esquivel, Ray Martin, Marty Gold, Vic Schoen, Leo Addeo e outros entre os quais apresento o não menos genial, Dick Schory. Um dos maiores percussionistas americano. Maestro, arranjador, produtor, editor, engenheiro de som e muito mais. Aqui no Brasil vários dos seus discos foram lançados e ainda hoje se pode encontrar em sebos e principalmente no Mercado Livre por preços bem atraentes.

brass jokeys
me and my shadow
portrait in jazz
mama’s gone goodbye
but not for me
love for sale
runnin’ wild
lazy bones
down home rag
greensleeves
bully
thou swell

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The Beatles Hits In Brass And Percussion (1982)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Por influência de amigos, entrei numa de colecionar Beatles. Mas ao contrário de outros colecionadores, amantes de Beatles, eu estou colecionando somente discos dedicados ao quarteto de Liverpool. No caso, discos dos mais diversos, com os mais diferentes artistas tocando integralmente Beatles. Essa, sem dúvida, é uma coleção que não tem fim e que sempre irá me surpreender, por isso resolvi encarar esse hobby específico.
Aqui segue um desses discos, “The Beatles Hits In Brass And Percussion”. Lp lançado em 1982 pela Copacabana, através do selo americano Audio Fidelity, o que nos garante ser uma gravação gringa. Porém, este disco originalmente deve ter sido lançado ainda nos anos 60 e aqui em 82. Certamente, de original só tem mesmo as gravações. Discos como esse, geralmente não traz ficha técnica. Neste caso não dá para saber nem mesmo quem foram os intérpretes. Mesmo assim, vale a pena conhecer essa versão orquestral para Beatles. Confiram no GTM.

i feel fine
all my loving
yesterday
a hard day’s night
can’t buy me love
michele
help
and i lover her
we can work it out
8 days a week

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David Carroll – Percussion in Hi Fi (1956)

Olá amigos cultos e ocultos! Esta postagem já era para ter saído, mas depois de ter feito a resenha, houve uma queda de energia por aqui e eu acabei perdendo tudo. Daí fiquei meio sem saco para começar a escrever de novo. Mas vamos lá…  Segue aqui um disco muito interessante que eu tive a felicidade de reencontrar na rede. Me recordo, quando ainda criança, na casa da minha tia havia uma radiola bonitona enfeitando a sala. Nessa radiola havia um compartimento para discos e entre os tantos que tinha, havia este lp que era muito apreciado por todos nós. Trata-se de um disco de excelente qualidade sonora, explorando ao máximo a inovação do Hi-Fi e para tanto, nada melhor que uma orquestra capaz de produzir uma sonoridade rica e exótica, onde se destaca os instrumentos percussivos e um aspecto muitas vezes jazzístico. Tudo sob a regência do renomado maestro americano David Carroll. Disco importado, provavelmente nunca chegou a ser lançado no Brasil.

jell’s bells
bali ma’i
the chimes of swing
malaguena
discussion in percussion
the cricket
jungle drums
spanish symphonique

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The Three Suns – Movin”n’Groovin’ (1962)

Olá, amigos cultos e ocultos! Aqui vai mais um lp internacional, lançado no Brasil, possivelmente, por volta de 1963, pelo selo RCA Victor. Uma garantia de qualidade, com certeza! Mas, para além da qualidade técnica, temos aqui um curioso e excelente grupo chamado The Three Suns. Formado no final dos anos 30 pelos irmãos Al Nevins (guitarra) e Morty Nevins (acordeom) e o primo Artie Dunn (vocal e orgão). O The Three Suns foram muito populares nos anos 40 e 50. Se destacaram pela peculiaridade musical, com efeitos sonoros e arranjos que mais lembravam trilhas para filmes. Aliás, eles fizeram alguns filmes, os percursores do vídeo clip, para aquelas máquinas, tipo junkeboxes, onde se colocava uma moeda e podia assistir o filminho. Uma atração para a época. Um de seus hits mais famosos é “Twilight Time”, numa versão ainda instrumental. O trio durou até os anos 50, quando então surgiu o rock’n’roll. A partir daí eles começaram a fazer uma música ainda mais interessante, usando também de outros instrumentos. Aproveitando a inovação do hi-fi e do estéreo, eles compuseram arranjos elaborados e lançaram discos como este Movin’N’Groovin’, que foi lançado lá fora em 1962. Aqui no Brasil deve ter chegado um ano depois ou mais. Um disco delicioso de se ouvir. Tenho certeza de que se ouvirem, irão gostar 😉

april showers
caravan
autumn leaves
dancing with tears in my eyes
jungle drums
movin’ ‘n’ groovin’
anniversary song
beyond the sea
some of these days
danny’s inferno
the vagabond king waltz
stumbling

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Bill Doggett – Honky Tonk Popcorn (1969)

Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Como eu já havia dito, a partir de agora, depois de completar a maioridade com 10 anos de atividades, o Toque Musical abre ainda mais o seu leque de variedades passando a postar também discos e artistas internacionais. Na verdade estarei, neste sentido, postando aqui um pouco da minha coleção pessoal, discos os quais fazem parte da minha modesta coleção de jazz, blues, trilhas sonoras e algumas orquestras. Teremos assim publicações diversas esperando também ampliar o nosso quadro de amigos e visitantes.
Abrindo, trago hoje um discaço que há alguns anos atrás voltou a ser relançado no formato vinil. Estamos falando do excelente “Honky Tonk Popcorn” do genial Bill Doggett, músico americano que atuou por mais de 60 anos no jazz e rhythm & blues. Pianista e organista, tocou ao lado de outros grandes nomes da música americana. Sua gravação mais conhecida é Honky Tonk””, um hit de 1956 que vendeu horrores, alcançando a primeira posição da Billboard por mais de dois meses. Em 1969 ele volta a cena com “Honky Tonk Popcorn”, um delicioso álbum recheado de muito funk, rhythm & blues e jazz. Destaque para funkadaço “Honky Tonk”, música de abertura, colocada estrategicamente na primeira faixa para pegar o nêgo no laço pela orelha. Lp altamente recomendável. Não deixem de conferir 😉

honky tonk
twenty five miles
honky tonk popcorn
slippin’in
cozy corner
corner pocket
make your move
after lunch
mad
a dozy
mister pitiful
turnabout

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