Arquivo da categoria: Festivais
IV Festival Da Musica Popular Brasileira – Volume 3 (1968)
3º Festival Da Música Popular Brasileira Vol. 1 (1967)
Grupo Pausa – Cantiga De Um Caboclo Acabrunhado (1986)
Caros amigos cultos e ocultos, boa noite! Eis que hoje temos aqui um disco com o Grupo Pausa, vencedor do Festival Itabirano da Canção. Um evento que aconteceu ao longo de três dias de julho de 1986 na cidade de Itabira, Minas Gerais. Neste festival o Grupo Pausa levou o primeiro lugar com a música “Cantiga de um caboclo acabrunhado”. Como parte da premiação ganhou a chance de gravar este disco, o qual embora seja um vinil de 12 polegadas, tem apenas duas canções. (Nos anos 80 o compacto foi gradativamente dando lugar o disco no formato lp, foi quando apareceram os discos mix, EPs)…
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IV Festival Internacional Da Canção Popular Rio (1969)
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Festival de Verão – 3 Cancões Para Salinas (1979)
Hoje o Toque Musical oferece a seus amigos cultos e ocultos uma pequena-grande parcela da música popular produzida no estado do Pará, região Norte do Brasil. Trata-se de um compacto duplo produzido pela gravadora paraense Erla (Estúdio Rauland) em 1979, no qual são apresentadas quatro músicas exaltando o município de Salinas, também conhecido como Salinópolis, banhada pelo Oceano Atlântico. A cidade fica a aproximadamente 220 km da capital do estado, Belém, e sua economia gira em torno da pesca e, claro, do turismo. As praias possuem areia fina e branca, com águas de tonalidade verde-acinzentada, devido aos sedimentos carregados pelo Rio Amazonas. A Praia do Atalaia é aberta à circulação de carros, porém a variação de maré é muito grande, e muitos carros são pegos desprevenidos quando a maré sobe… A paisagem é formada por praias, rios, furos, igarapés, mangues e dunas, no meio das quais está o “Lago da Coca-Cola”, que tem esse nome por suas águas doces, escuras e geladas. Com tantas belezas e atrativos naturais, não é de se estranhar que Salinas (ou Salinópolis) também seja inspiração para cantores e compositores. Daí, a gravadora ter pedido “Três canções para Salinas”, a fim de lançar este disco, também alusivo ao Festival de Verão, que anualmente acontece na cidade. Resultado: chegaram mais de cinquenta músicas (!), e certamente a seleção não foi uma tarefa fácil. De qualquer maneira, este compacto duplo apresenta quatro ótimos trabalhos: o samba “Salinas urgente”, de Alfredo Oliveira, cantado por Fernando Gogó de Ouro, refletindo as noites nas barraquinhas do Maçarico, “Atalaia”, exaltação à praia de mesmo nome, composta por Guilherme Coutinho e interpretada por Helinho, “Carimbolando por Salinas”, de e com César Escócio, que é um carimbo, ritmo típico do Pará, e por fim outra música do mesmo autor e intérprete, “Caranã”. Enfim, um pequeno-grande documento fonográfico que o TM nos oferece, mostrando um pouco da inspiração e da sensibilidade dos compositores paraenses.
salinas urgente – fernando gogó de ouro
carimbolando por salinas – cesar escocio
atalaia – helinho
caranã – cesar escocio
*Texto de Samuel Machado Filho
O Melhor De O Brasil Canta No Rio (1968)
Encerrando de vez sua retrospectiva dedicada aos festivais, o TM oferece hoje a seus amigos cultos, ocultos e associados , mais um álbum (o oficial já foi postado anteriormente) referente ao certame promovido em 1968 (“o ano que não terminou”) pela extinta TV Excelsior, canal 2, do Rio de Janeiro, oficialmente denominado “O Brasil canta no Rio”, mas também conhecido como III Festival Nacional de Música Popular. Criado, organizado e realizado por Adonis Karan, o festival aconteceu simultaneamente em oito estados (e sem o apoio da Embratel, então estatal, criada três anos antes): Rio de Janeiro, Guanabara, Minas Gerais, Bahia, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo. Isso em uma época em que não havia as facilidades de comunicação de hoje (satélites, internet, redes sociais, etc.). Em cada um deles, houve quatro eliminatórias e uma final regional, cada um classificando cinco músicas. Entretanto, só três músicas classificadas em cada estado concorreram na final nacional, acontecida no ginásio Maracanãzinho (o mesmo do FIC) em 27 de julho de 1968. A música vencedora foi “Modinha”, de Sérgio Bittencourt, interpretada por Taiguara. O curioso é que neste álbum que hoje oferecemos, lançado pela CBS, a Sony Music de hoje, quatro das primeiras colocadas no festival (“Modinha”, “Paixão segundo o amor”, “Fala moço” e “Você passa, eu acho graça”) nem sequer aparecem. Como seus intérpretes pertenciam a outras gravadoras, a empresa decidiu oferecer o que tinha, literalmente à mão, apresentando neste disco doze concorrentes do festival da Excelsior, representando seis dos oito estados participantes (Minas Gerais e Paraná ficaram de fora), ficando a produção por conta de Hélcio Milito, então baterista e percussionista do Tamba Trio. Destas, seis participaram da final do certame: “Peccata mundi” (com Cynara e Cybele, ex-integrantes do Quarteto em Cy), “A vez e a voz da paz” (que abre o disco, na voz de Eduardo Conde, sendo que foi originalmente defendida por Taiguara), “Ciranda do amor” (aqui com seu autor, Roberto Lima), “Ultimatum” (a vice-campeã, de autoria dos irmãos Valle, originalmente defendida por Maria Odete com o grupo Momentoquatro, e aqui com a então estreante Glória), “O gaúcho” (na voz do autor, Raul Ellwanger) e “Retirada” (com Rose Valentim, curiosamente de autoria do maestro Eduardo Lages, futuro arranjador de Roberto Carlos em discos e shows). Completam o trabalho outras seis músicas: “Litoral”, dos estreantes Toninho Horta e Ronaldo Bastos, com a também estreante Gilda Horta, por certo irmã de Toninho (que já participara do festival de Juiz de Fora, acontecido pouco antes), “Sem assunto”, de Sidney Miller (vencedora do mesmo festival de Juiz de Fora), com Cynara e Cybele, que ainda interpretam “O jornal”, da dupla Chico Anysio-Arnaud Rodrigues (criadores, mais tarde, do “grupo” Baiano e os Novos Caetanos) e“Bloco do eu sozinho”, dos irmãos Valle,“Homem do meu mundo”, também dos irmãos Valle e igualmente apresentada antes no festival de Juiz de Fora, com Eduardo Conde, e “Berenice”, com outra estreante de então, Vânia. Tudo isso num verdadeiro álbum-documento, com o qual o TM encerra com chave de ouro sua retrospectiva dedicada aos festivais da MPB. Esperamos que vocês tenham gostado e apreciado, e desejamos-lhes um fim-de-ano cheio de alegria, e um ano novo repleto de realizações positivas e proveitosas!
*Texto de Samuel Machado Filho
I Festival Operário Da Música Popular Brasileira (1975)
Em sua retrospectiva “festivalesca”, o TM ofereceu anteriormente a seus amigos cultos, ocultos e associados um álbum documentando o festival interno de MPB promovido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo em 1980. Pois bem: hoje apresentamos um precioso compacto duplo, com quatro concorrentes de um outro certame de que participaram trabalhadores. Batizado de I Festival Operário da Música Popular Brasileira, aconteceu em 1975, no estado do Rio Grande do Sul, iniciando-se em 2 de agosto e terminado em 21 de setembro, visando mostrar, conforme a chamada de capa, que “a boa música nasce nas fábricas”. E foi bancado pelo próprio governo gaúcho,na gestão de Sinval Guazelli, com a colaboração de empresas privadas (isso numa época em que os militares ainda governavam o Brasil, e os governadores de estado também eram eleitos indiretamente). Outro detalhe é que o compacto duplo com as músicas do festival foi lançado por uma “major” do setor fonográfico, a CBS, atual Sony Music, com a participação, nos arranjos, do então já veterano Alexandre Gnattali, irmão de Radamés. Duas faixas do disco são interpretadas por Waldir Mello, o samba-canção “Teu olhar” e o samba “Nossa guerra é diferente”, de cunho pacifista. O programa deste precioso disquinho se completa com o afro-samba “Cabo da Boa Esperança”, com o coral da CBS, e “Inquinação no samba” (pregando a volta do gênero às origens), com Vítor Ferreira e o grupo Som Kapela 6. Curioso também é o texto de apresentação do disco, escrito pelo então secretário do trabalho e ação social do governo riograndense, Carlos Alberto Gomes Chiarelli, afirmando que “ao lado do desenvolvimento econômico está o oferecimento do bem-estar social para o trabalhador, incremento do lazer e da recreação”, além do objetivo de revelar novos talentos para nossa música popular. Ao que parece, os autores e intérpretes deste disco não foram lá muito longe, além do quê não há informação sobre qual foi a música vencedora. De qualquer forma, é um precioso documento que o TM nos revela, de um tempo em que nem sequer se imaginava que o Rio Grande do Sul iria enfrentar os graves problemas financeiros por que passa atualmente, e que por certo inviabilizariam iniciativas sócio-culturais como a do Festival Operário de MPB. Confiram…
*Texto de Samuel Machado Filho
III Festival Bancário De MPB (1980)
Em seu livro “A era dos festivais – Uma parábola”, o pesquisador Zuza Homem de Mello informa que a mesma terminou em 1972, com o sétimo e último FIC (Festival Internacional da Canção), promovido no Rio de Janeiro pela TV Globo, após o quê foram realizados outros eventos esparsos do gênero, relacionados ao final do livro. A verdade, porém, é que festivais de música jamais deixaram de existir. Há, por exemplo, escolas e colégios que, anualmente, promovem certames internos de música. Eu mesmo sou testemunha disso, pois estudei tecnologia têxtil no SENAI, quando morava em minha São Paulo natal, e os festivais estudantis de música promovidos pela Escola “Francisco Matarazzo” (que se mudou do Brás para o Cambuci, em 1981) sempre foram bastante animados, com torcida organizada e tudo, a plateia cantando junto as músicas etc. É assim, por certo, nas escolas, colégios e até mesmo faculdades que boa parte de nossos amigos cultos, ocultos e associados frequentaram em seus tempos de estudante. Afinal de contas, quem nunca teve pelo menos um pouquinho de música em suas veias? Evidentemente, até sindicatos de trabalhadores promovem festivais internos de música popular. Aqui se enquadra o álbum que o TM nos oferece hoje, lançado em 1980, documentando o III Festival Bancário de MPB, promovido pelo sindicato paulistano da categoria (e, claro, produção independente). Nessa época, com a chamada “abertura lenta e gradual” promovida pelo regime militar, já em seus estertores finais, o sindicalismo brasileiro se revitalizou, a partir das greves de metalúrgicos no ABC paulista, capitaneadas pelo então presidente do sindicato da categoria, Luiz Inácio Lula da Silva. O álbum é dedicado a um certo Nélson C. Santos, falecido em uma terça-feira de carnaval, pouco antes do término dos trabalhos de gravação do disco. E resultou de brilhante iniciativa do departamento cultural do sindicato dos bancários paulistano, que então já acreditava nas atividades artísticas como instrumento de democratização do Brasil. As doze finalistas do certame (não há informação de qual foi a música vencedora, infelizmente) revelam cantores e compositores bastante inspirados, abordando temas diversos: homenagem ao homem do campo (“Imagem sertaneja”), pacifismo (“Nunca penso em guerra”), a luta do trabalhador pela sobrevivência (“O operário”, “Choro de breque”, “Zé carregador”), corrupção (“Uma rosa de cristal”), a saudade do retirante nordestino (“Sonho de voltar”)… Tudo isso em trabalhos muito bem acabados, dando oportunidade a membros da categoria bancária, de mostrar talento, competência e inspiração no setor musical. Este disco praticamente encerra a retrospectiva dedicada aos festivais de música pelo TM, mas certamente não é um ponto final definitivo. Afinal, festivais de música continuam e continuarão sempre a existir ao redor de nós, ainda que não recebendo divulgação pela maior parte da mídia. E ponto final é uma coisa que o canto de nosso povo nunca teve, nem vai ter.
*Texto de Samuel Machado Filho
I Festival Universitário de MPB (1979)
E prossegue a retrospectiva “festivalesca” do nosso Toque Musical. Desta vez, oferecemos hoje a nossos mui queridos amigos cultos, ocultos e associados o álbum que documenta o I Festival Universitário de MPB, promovido em 1979 pela TV Cultura de São Paulo, emissora estatal educativa que sempre se destacou pela qualidade de sua programação mas que, infelizmente, nos últimos tempos, vem sofrendo com sucessivos cortes de verbas por parte do governo do estado, e recentemente até enfrentou uma greve de funcionários. O certame constituiu-se na primeira experiência da Cultura em matéria de festivais competitivos. Realizado no Teatro Pixinguinha, hoje SESC Consolação, teve três eliminatórias, em 30 de abril, e nos dias 7 e 14 de maio, tendo a final acontecido no dia 21 desse mês. Como vocês poderão conferir na contracapa, o júri que escolheu as finalistas era pra ninguém botar defeito, com nomes ligados à MPB (Marcus Vinícius, Alaíde Costa, Tom Zé) e à crítica musical (Maurício Kubrusly, Chico de Assis, Adones de Oliveira, Renato de Moraes…). Enfim, gente especializada na matéria. O que, de certa maneira, contribuiu para o excelente resultado do certame a nível cultural e artístico. A faixa que abre este álbum da Continental é justamente a primeira colocada: “Diversões eletrônicas”, com o paranaense Arrigo Barnabé, mais tarde importante nome de vanguarda na MPB, já pintando e bordando (ele concorreu ainda com “Infortúnio”, também presente neste disco). Muitos anos mais tarde, Arrigo passou também a ser radialista, apresentando o programa “Supertônica”, na Rádio Cultura paulistana. A vice-campeã, “Brigando na lua”, de e com Biafra, contou com o respeitável acompanhamento do grupo Premeditando o Breque, que também marcaria época no cenário musical paulistano, conhecido apenas por Premê. Eliana Estevão defendeu a terceira colocada, “Meu grande amor suicida”, e ainda levou o prêmio de melhor intérprete profissional. O quarto lugar foi de “Glória”, de e com Renato Lemos (que também apresentou “Coral dos gemedores”, outra faixa do presente LP), e o quinto foi para “Boneca de pano”, interpretada por José Carlos Ramos, laureado com o prêmio de melhor intérprete amador (ele ainda defenderia “Carruagens de cristal”, que encerra o disco). Tudo isso e muito mais dá a este álbum hoje oferecido pelo TM status de autêntico documento artístico e cultural, dando chance a então novos valores que então despontavam em nosso cenário musical. Se não, confiram. É só baixar e ouvir.
diversões eletrônicas – arrigo barnabé e grupo
brigando na lua – biafra
meu grande amor suicida – eliana estevão
glória – renato lemos
boneca de pano – josé carlos ramos
a turma do cometa – a banda dos aflitos
dia a dia – celso viáfora
a malhação – irene portela
amigo – julius m castilho
infortunio – arrigo barnabé e grupo
coral dos gemedores – renato lemos
carruagem de cristal – josé carlos ramos
*Texto de Samuel Machado Filho
Festival Da Feira Da Vila Madalena (1980)
Originalmente denominada Vila dos Farrapos, a Vila Madalena é um bairro nobre da cidade de São Paulo, situado no subdistrito de Pinheiros. Ficou bastante conhecida por ser um reduto boêmio da capital paulista, desde o início dos anos 1970, quando estudantes de pouco dinheiro passaram a ali residir, por causa da proximidade à Universidade de São Paulo (USP) e à Pontifícia Universidade Católica (PUC). Na Vila Madalena, concentram-se inúmeros bares e casas noturnas, e lá também fica a Escola de Samba Pérola Negra. Há também ateliês, centros de exposições artísticas, lojas de vanguarda e escolas de música e teatro. O bairro até virou telenovela, exibida pela Globo no final dos anos 1990. A associação de moradores da Vila Madalena organiza feiras para mostrar os talentos artísticos do bairro, e um festival anual, conhecido como Feira da Vila, que atrai gente de toda São Paulo, com shows e barracas de artesanato. Sua primeira edição aconteceu em 1977, na Rua Girassol, e o evento já faz parte do calendário oficial da capital paulista. Sendo assim, o Toque Musical prossegue seu ciclo dedicado aos festivais oferecendo a seus amigos cultos, ocultos e associados um álbum raro. O disco põe em foco a edição de 1980 do Festival da Feira da Vila Madalena, e foi lançado em 1980 pela Continental. No repertório, estão doze das concorrentes do certame, inclusive a vencedora, “Tem Maria”, composta e interpretada por Jorge Matheus. A vice-campeã foi “Improviso nordestino”, de e com Celso Machado, baseada em um arranjo do clássico “Juazeiro”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. A terceira colocada, e que por certo ficou mais conhecida, foi “Nêgo Dito” (“Meu nome é Nêgo Dito João dos Santos Silva Beleleu”…), composta e interpretada por Itamar Assumpção (Tietê, SP, 13/9/1949-São Paulo, 12/6/2003), um dos ícones da música de vanguarda paulistana. Houve ainda menção honrosa para “Cool jazz”, de Cacá Mendes, com ele e Lúcia Nagib. Merece também destaque as participações de Celito Espíndola, irmão das cantoras Tetê e Alzira Espíndola, interpretando seu “Coração solitário”, e do futuro integrante da banda de rock Titãs, Paulo Miklos, com “Desenho”, feita por ele em parceria com Arnaldo Antunes, que seria a figura de proa do grupo em seus primeiros anos. Em suma, um álbum que documenta o que foi o Festival da Feira Livre da Vila Madalena de 1980, e com o qual o TM também homenageia esse bairro que vem se destacando como importante reduto sócio-cultural da capital paulista. É só conferir.
nêgo dito – itamar assumpção
improviso nordestino – celso machado
tem maria – jorge matheus
desenho – paulo miklos
coração solitário – celito espíndola
samba daqui – ricardo villas boas
o cheiro da beterraba – os camarões
cool jazz – cacá mendes e lucia nagib
recomeço – tuim
corujas da noite – rubens dultra e silvio piesco
gabriela – conjunto nosso som
menino doido – grupo arerê
*Texto de Samuel Machado Filho
Som Verde – I Festival Som Verde Da Música Sertaneja (1982)
O Toque Musical prossegue sua retrospectiva dedicada aos festivais apresentando desta vez o álbum com as doze finalistas de um certame de âmbito regional. Trata-se do I Festival Som Verde de Música Sertaneja, realizado em 1982 com promoção da Rádio Guarani Onda Rural, de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. A Guarani pertencia ao grupo Diários Associados e encerrou suas atividades por conta da venda de seus prefixos para igrejas evangélicas. Nessa mesma época, havia também o festival de música sertaneja da Rádio Record de São Paulo, que por certo motivou a Guarani a fazer algo semelhante em Minas. E com um patrocinador de prestígio: a Monark, fabricante de bicicletas, ainda hoje existente, embora sem a mesma participação de mercado que tinha na época. Além do imprescindível apoio da Secretaria de Agricultura mineira. O objetivo, conforme explica a contracapa do disco, era o de revelar novos cantores e compositores sertanejos. Foram sete eliminatórias e 84 músicas concorrentes. Doze delas foram para a final do certame, acontecida no Pavilhão de Exposições da Gameleira, em Belo Horizonte, que registrou um público de 25 mil pessoas presentes. E são justamente essas músicas finalistas que compõem o álbum que o TM hoje oferece a seus amigos cultos, ocultos e associados. Gravado em Belo Horizonte mesmo, o disco saiu pela Continental (selo Chantecler), uma das gravadoras que mais investiam em música sertaneja na época, ao lado da extinta Copacabana. A única coisa que a contracapa não diz é qual foi a música vencedora. Como vocês perceberão, as músicas são interpretadas por duplas e trios oriundos de Minas mesmo, que certamente não ficaram conhecidos a nível nacional. Mas o esforço de ouvir este disco vale a pena, e muito, pois são trabalhos de primeiríssima qualidade, mostrando a mais autêntica música sertaneja brasileira. Um álbum que o TM oferece com a satisfação de sempre, e que será uma grata surpresa para todos que o baixarem e ouvirem. É só conferir…
meu boi carreiro –
recanto sertanejo – roninho e ronei
zé boiadeiro – caturana e flor da noite
assim é o meu sertão – os canários do sertão
carregando a minha cruz – matilde e manda brasa
cantiga do sertanejo – jaquelane e ibram
casas de barro – dudu e zezé
saudosa musa – mastro e maestro
tempo de boiadeiro –
tristeza de um carreiro – arcanjo e noé
*Texto de Samuel Machado Filho
Festival Da Viola – TV Tupi (1970)
Os festivais de música que assolaram o país nas décadas de 1960/70 tiveram, predominantemente, a participação de compositores urbanos, ou seja, nascidos e criados em cidades de grande porte. Um belo dia, Fernando Faro, o “Baixo”, produtor de programas musicais que marcaram época na televisão brasileira, e então trabalhando na extinta Tupi de São Paulo, teve a feliz ideia de organizar um festival de música sertaneja (ou de inspiração sertaneja), objetivando colocar esse tipo de música no mesmo nível e importância da MPB urbana, além de despertar o interesse dos compositores dessa faixa para os ritmos ditos caipiras ou sertanejos. Foi assim que nasceu o Festival da Viola, com a devida colaboração de Magno Salerno, outro experiente membro da equipe de produção da Tupi nesses tempos, e do apresentador Geraldo Meirelles, cognominado “o marechal da música sertaneja”. O certame obteve grande repercussão na capital paulista, e a Tupi recebeu muitas cartas e telegramas cumprimentando os organizadores do festival pela iniciativa. As rádios paulistanas executaram bem as finalistas do certame, que eram até cantaroladas pelo povo nas ruas. Sendo assim, o Toque Musical prossegue sua retrospectiva “festivalesca” oferecendo hoje, a seus amigos cultos e associados, o álbum com as doze músicas apresentadas na finalíssima do Festival da Viola da extinta TV Tupi, editado em 1970 pela Copacabana, com o selo Sabiá. Pelo que pude apurar, a música que venceu o certame foi “À minha moda”, de Rolando Boldrin, o atual “Senhor Brasil”, defendida por ele em companhia da então esposa Lurdinha Pereira. Esta música, evidentemente, consta de nosso álbum de hoje, porém na interpretação de Nonô (Basílio) e Naná. O próprio Nonô, como autor, teve outras duas músicas classificadas para a final do festival: “A viola e a carabina” (que ele também canta com Naná neste disco, sendo inclusive a faixa de abertura) e “Devoção”, aqui interpretada pelos sempre afinadíssimos Titulares do Ritmo. Merece destaque também a presença, entre os intérpretes, de nomes queridos do cenário sertanejo de então, como Dino Franco e a dupla Criolo e Seresteiro. Letinho, que assina “Carro velho” em parceria com Criolo e Pedro Sabino de Oliveira, trocou mais tarde seu nome artístico, passando a ser conhecido como Ronaldo Adriano. Os Titulares do Ritmo ainda interpretam, neste álbum, “Da lua, da rua, do violão”, curiosamente assinada por Antônio Marcos, cantor de grande popularidade na época, mas que teve sua carreira destruída pelo alcoolismo, em parceria com o maestro José Briamonte. Outro ídolo popular dessa época, o cantor Paulo Sérgio, assina outras duas músicas, aqui interpretadas pelo mestre Dino Franco: “É hoje que a terra treme” (parceria com Tony Gomide) e “A boiada” (com Alcino de Freitas). Enfim, um esforço que valeu a pena, e hoje é um verdadeiro documento histórico. É também uma oportunidade, para o público de hoje, de conhecer um pouco do que se fazia nessa época em matéria de autêntica música sertaneja, que, como vocês facilmente perceberão, nada tem a ver com o estilo dito “universitário”, que tanto infesta a mídia nos dias que correm. Ê trem bão…
a viola e a carabina – nono e nana
a saudade continua – maracá, dorinho e nardeli
desafio – trio maraya
carro velho – criolo e seresteiro
é hoje que a terra treme – dino franco
da lua, da rua, do violão – titulares do ritmo
a minha moda – nono e nana
o caboclo também tem ética – altemir e altemar
devoção – titulares do ritmo
passarela – itaity e embalo 5
carreteiro da esperança – maracá, dorinho e nardeli
a boiada – dino franco
*Texto de Samuel Machado Filho
V Festival Internacional Da Canção Popular-Rio (1970)
Prosseguindo o ciclo dos festivais de música, o TM apresenta hoje, a seus amigos cultos, ocultos e associados, o álbum com as músicas que concorreram na fase internacional do quinto FIC (Festival Internacional da Canção), promovido pela TV Globo em 1970. Lançado pela Polydor/Philips, ele já havia sido apresentado aqui anteriormente, mas agora retorna com os links devidamente repostos. A faixa de abertura é exatamente a que venceu a fase internacional, representando a Argentina: “Pedro Nadie”, com Piero, que derrotou a concorrente brasileira, “BR-3”, de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, defendida por Tony Tornado e aqui na voz de Gerson Combo, uma vez que Tony era então do elenco da Odeon. As demais concorrentes “gringas” não ficaram lá muito conhecidas, mas o disco mesmo assim vale como documento. E vale também pela música que ficou em sexto lugar na fase nacional, mas agradou tanto que foi reapresentada no dia do encerramento do FIC: “Eu também quero mocotó”, de Jorge Ben (atual Ben Jor), defendida por Erlon Chaves com sua Banda Veneno. Na gravação ele conta com o apoio do coro SAM (Sociedade Amigos do Mocotó), que tinha mais de 40 integrantes nas apresentações ao vivo. Entretanto, ao encerrar sua apresentação, na qual estava cercado de belas mulheres, Erlon provocou o maior escândalo ao beijar uma linda loira, olhar para as câmeras e dizer que, com aquele gesto, estava beijando todas as brasileiras! Algo inadmissível para os valores morais então vigentes, além do quê era época de ditadura militar “braba”. O resultado: Erlon Chaves saiu do Maracanãzinho algemado, e ainda proibido por 30 dias de exercer qualquer atividade artístico-musical! Nesse período, Erlon sumiu de cena e, ao retomar seu trabalho, voltou a ser apenas maestro e arranjador, até falecer, em 1974, de infarto fulminante. Enfim, o TM nos oferece hoje a alegria do reencontro, ao trazer este álbum documentando a fase internacional do FIC de 1970. Afinal, todos merecem uma segunda chance… .
II Festival Universitário da Guanabara (1969)
Olá, amigos cultos, ocultos e associados! Prosseguindo o ciclo dedicado aos festivais, o TM nos oferece hoje um compacto duplo com quatro músicas que concorreram no II Festival Universitário do Rio de Janeiro (então estado da Guanabara), promovido pela TV Tupi em 1969. Ao contrário dos certames similares promovidos pelas TVs Excelsior, Record e Globo, este destinava-se exclusivamente a compositores universitários, e foi realizado pela Tupi no Rio de Janeiro e em São Paulo durante quatro anos, de 1968 e 1972. Curiosamente, não consta deste compacto da Odeon a música vencedora da edição carioca de 1969 (quando o regime militar e, por tabela, a censura, já estavam bastante endurecidos, com a decretação do draconiano Ato Institucional número 5), “O trem”, de e com Gonzaguinha, então assinando-se Luiz Gonzaga Júnior. Em compensação, vamos encontrar aqui grandes nomes da MPB em princípio de carreira, aos quais coube a apresentação das músicas dos então jovens compositores universitários. Abrindo o precioso disquinho, temos “Nada sei de eterno” de Sílvio da Silva Jr. e Aldir Blanc, na voz de Taiguara, incluída depois no primeiro LP do cantor-compositor, uruguaio radicado no Brasil. “Dois minutos de um novo dia”, de Ruy Maurity e José Jorge, é interpretada pelo grupo Antônio Adolfo & A Brazuca, então em evidência. Clara Nunes, acompanhada pelo Quarteto 004, apresenta a quinta colocada, “De esquina em esquina”, de César Costa Filho e Aldir Blanc, incluída depois no terceiro LP de Clara, “A beleza que canta”. Finalizando, os sempre afinadíssimos Golden Boys, interpretando “A menina e a fonte”, de Arthur Verocai, Paulinho Tapajós e Arnoldo Medeiros. Enfim, é um pequeno-grande documento sonoro que enriquecerá os acervos de tantos quantos apreciem o que a MPB produziu de melhor e mais expressivo na década de 1960. É só conferir…
*Texto de Samuel Machado Filho
III Festival Internacional Da Canção Popular Rio – As 10 Mais Internacionais (1968)
Augusto José Marzagão (Barretos, SP, 12/12/1929) foi um verdadeiro “bruxo” da comunicação, no bom sentido, é claro. Sua atribulada trajetória pessoal iniciou-se aos 22 anos, nas funções de colaborador do então prefeito de São Paulo, Jânio Quadros. Depois disso, Marzagão passou vários anos na surdina, arquitetando um empreendimento fadado a marcar presença numa difícil etapa da vida cultural brasileira: o FIC (Festival Internacional da Canção). E tudo começou em 1965, quando ele foi contatado pela Secretaria de Turismo do Rio de Janeiro, então estado da Guanabara, a fim de organizar uma agenda de promoções e realizar um projeto de divulgação do turismo. Entre as músicas nacionais concorrentes, o FIC premiava uma delas, que se classificaria para a segunda etapa, disputando o troféu Galo de Ouro com candidatos de outros países. O certame teve sete edições no ginásio Maracanãzinho, a primeira com promoção da TV Rio, em 1966, e as demais, entre 1967 e 1972, pela Globo. Marcaram época o bordão do apresentador Hílton Gomes, “Boa sorte, maestro!”, e o “Hino do FIC”, de autoria de Erlon Chaves. Os FICs mudaram e enriqueceram não só a MPB, mas também a própria vida inteligente do país. Vários nomes de prestígio em nossa música popular foram revelados e/ou projetados nacionalmente pelas sete edições do FIC: Mílton Nascimento, Guarabyra, Beth Carvalho, Zé Rodrix, Egberto Gismonti, a dupla Antônio Adolfo-Tibério Gaspar, Taiguara, Paulinho Tapajós e muitos outros mais. Ter aberto essa clareira privilegiada ao talento, em situação particularmente adversa, constituiu, por si só, uma realização pessoal de projeção suficiente para abrir uma página de nossa história cultural a Augusto Marzagão. Prosseguindo o ciclo dedicado aos festivais, o TM oferece hoje a seus amigos cultos, ocultos e associados um álbum referente à terceira edição do FIC, realizada em 1968. Subintitulado ‘As 14 mais internacionais”, é, evidentemente, dedicado à fase “gringa” do evento, e foi lançado pela Philips, gravadora que também editou os três LPs que reuniram todas as concorrentes da fase nacional. E foi justamente no FIC de 68 que o Brasil ganhou pela primeira vez o Galo de Ouro, com “Sabiá”, de Tom Jobim e Chico Buarque, a faixa de abertura deste disco, interpretada pelas sempre afinadíssimas vozes do MPB-4 (originalmente foi defendida pela dupla Cynara e Cybele, ex-integrantes do Quarteto em Cy). Era uma espécie de “canção do exílio”, que transmitia bem o clima político da época (o co-autor, Chico Buarque, já estava exilado voluntariamente na Itália), mas o público a considerou alienante e a vaiou impiedosamente, pois preferia “Caminhando (Pra não dizer que não falei das flores)”, de Geraldo Vandré, que acabou vice-campeã e foi proibida pela censura do regime militar, sendo liberada apenas onze anos depois. As outras treze faixas, claro, apresentam músicas de vários países, que concorreram com “Sabiá” na fase internacional do certame. Entre elas uma curiosidade: a música representante da Romênia, “Le bruit des vagues”, defendida originalmente por seu co-autor, Romuald, e aqui na voz de um obscuro Ronaldo, fez bastante sucesso mais tarde numa versão em português de Flávia de Queiroz Lima, gravada por Altemar Dutra, com o nome de “Murmura o mar”. Outro destaque fica por conta da concorrente de Luxemburgo, “Jogo de futebol”, composta e interpretada por Antoine, e mais tarde regravada pelos Brazilian Bitles e pelos Fevers (note-se, na interpretação do autor, que ele canta algumas palavras em português!). E é justo também fazermos menção a Françoise Hardy, autora e intérprete da concorrente da sua França natal, “A quoi ça sert”, e ao grande Jimmy Cliff, que assina e interpreta a concorrente da sua Jamaica, “Waterfall”. Enfim, todo o disco é um documento interessante do que foi a fase internacional do FIC de 1968. Para baixar, ouvir e guardar!
*Texto de Samuel Machado Filho
III Festival Da Música Popular Brasileira – As Doze Finalistas (1967)
O TM prossegue sua série de álbuns dedicada a festivais de música apresentando a seus amigos cultos, ocultos e associados este curioso exemplar do gênero. O certame em foco aqui é o III Festival de MPB da TV Record, acontecido em 1967, e que ficou conhecido como “o festival da virada”, pois foi nele que Caetano Veloso e Gilberto Gil ensaiaram os primeiros passos da Tropicália, com músicas que a seguir comentaremos, e assim por diante. O lançamento deste disco ficou por conta da Chantecler, então braço fonográfico das lojas Cássio Muniz (espécie de Magazine Luiza da época, mal comparando), que colocou praticamente todo o seu cast na época para interpretar as doze finalistas do certame (acrescidas de mais duas faixas), com arranjos a cargo de Damiano Cozzella, Willy Join, Edmundo Cortes e Jacques Sandi, este o regente em todas as faixas. E com direito até a uma foto, na capa, do antigo Teatro Paramount (então conhecido por Record Centro, e hoje Teatro Renault), onde aconteceram as eliminatórias e a final desse histórico e importantíssimo certame musical. Naquele tempo, praticamente todas as gravadoras se beneficiavam do “boom” de vendas dos discos de festivais, e não é de se estranhar que a Chantecler também fizesse o seu, com os recursos (e contratados) de que então dispunha. Se não, vejamos: logo na abertura temos a vencedora, “Ponteio”, de Edu Lobo e Capinam, originalmente defendia por Edu com Marília Medalha e o conjunto vocal Momento Quatro, aqui interpretada em dupla por Joelma (então já sucesso nas paradas com músicas românticas) e Carlos Cézar. “Bom dia”, de Gilberto Gil e Nana Caymmi, que esta última defendeu, aqui vem com Mariana Porto de Aragão. “Roda viva”, de Chico Buarque, defendida por ele próprio no festival, é interpretada neste disco por José Augusto Sergipano (vamos chama-lo assim para não confundir com o atual, que é carioca), cujo repertório era recheado de boleros e canções românticas. “A estrada e o violeiro”, de Sidney Miller, que ele próprio apresentou junto com Nara Leão, aqui vem com a obscura Maria Helena, em dupla com Marcelo Duran. “O cantador”, de Dori Caymmi e Nélson Motta, que deu a Elis Regina o prêmio de melhor intérprete do certame, é cantada neste disco por Nalva Aguiar, então grande estrela da Jovem Guarda, que mais tarde, a exemplo de Sérgio Reis, abrigou-se entre os artistas sertanejos. “Samba de Maria”, de Frsancis Hime e Vinícius de Moraes, apresentada originalmente por Jair Rodrigues, aqui vem com a obscura Simoney. Defendida nesse festival por Ronnie Von, a marcha-rancho “Uma dúzia de rosas” aqui vem, curiosamente, na voz de Rosa Miyake, paulista de Lins, descendente de japoneses, recém-saída da novela “Yoshiko, um poema de amor”, da extinta Tupi, onde fez o papel principal. Rosa também apresentou durante anos o programa “Imagens do Japão”, dedicado à colônia nipônica, e exibido em várias emissoras, inclusive a Gazeta de São Paulo e a extinta Rede Mulher. O eterno e inesquecível Reginaldo Rossi foi escalado para interpretar, neste disco, “Domingo no parque”, de Gilberto Gil, uma das músicas que começou a odisseia do movimento tropicalista. A outra, “Alegria, alegria”, de Caetano Veloso, tem sua interpretação neste disco a cargo do obscuro Toni Ricardo. “Ventania ou De como um homem perdeu seu cavalo e continuou andando”, de Geraldo Vandré, é cantada neste álbum por Edmundo DaMatta, intérprete cujas primeiras apresentações públicas aconteceram em 1964, no programa “Hebe e simpatia”, apresentado por Hebe Camargo, por tabela sua madrinha artística, na antiga TV Paulista, futura Globo (é só o que se sabe dele). Na faixa seguinte, volta José Augusto Sergipano, para interpretar o frevo “Gabriela”, de Chico Maranhão, originalmente defendido pelo MPB-4. Cantor, apresentador de rádio e TV e também dublador de vários personagens de desenhos animados norte-americanos, como o gato Batatinha (da turma do Manda-Chuva) e a tartaruga Touchê, Roberto Barreiros foi escalado pela “marca do galinho madrugador” para interpretar o belo samba “Maria, carnaval e cinzas”, de Luiz Carlos Paraná, originalmente defendido pelo “rei” Roberto Carlos. Em seguida, volta também Marcelo Duran, agora com a polêmica “Beto bom de bola”, aquela que, de tão vaiada, fez com que seu autor e intérprete, Sérgio Ricardo, quebrasse seu violão e o atirasse na plateia, fato que marcaria para sempre a carreira de Sérgio. Por fim, temos Giane, criadora de hits românticos como “Dominique”, “Angelita” e “Olhos tristes”, interpretando “Volta amanhã”, de Fernando César e Maria Brito, curiosamente também vaiada pela plateia quando defendida no festival pela já citada Hebe Camargo. Enfim, mesmo sendo um álbum apenas de “covers”, é um trabalho curioso e interessante, que permite comparar estas interpretações com as dos cantores que defenderam estas músicas nesse que, sem dúvida, foi um dos mais importantes festivais de MPB em todos os tempos. Confiram…
ponteio – joelma e carlos cezar
bom dia – mariana porto de aragão
roda viva – josé augusto
a estrada e o violeiro – maria helena e marcelo dutan
o cantador – nalva aguiar
samba de maria – simoney
uma dúzia de rosas – rosa miyake
domingo no parque – reginaldo rossi
alegria alegria – toni ricardo
de como um homem perdeu seu cavalo e continuou andando – edmundo matta
gabriela – josé augusto
maria carnaval e cinzas – roberto barreiros
beto bom de bola – marcelo duran
volta amanhã – giane
*Texto de Samuel Machado Filho
Festival Dos Festivais (1966)
Boa tarde, caríssimos amigos cultos e ocultos! Aproveitando que eu andei digitalizando alguns discos de festivais, achei por bem compartilha-los com vocês. Já encaminhei um tanto para que o nosso resenhista de plantão, o Samuca, faça aqui as devidas e sequentes apresentações. Eu, mais uma vez, vou me limitar apenas na seleção e publicação das postagens. Eventualmente, vou dando uns pitacos.
Iniciando a semana dedicada aos festivais de música, que muito sucesso faziam desde os anos 60, eu abro com este lp, lançado pelo selo Philips em 1966. Trata-se de uma coletânea, um resumo de suas produções para alguns dos festivais de música da época. Escolhi este lp para abrirmos nossa semana temática também por conta de uma contracapa cheia de informações, que me garante uma postagem imediata. Nem preciso entrar em detalhes. Me poupem… hehehe…
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I Festival Universitário Da Música Popular Brasileira – Porto Alegre (1968)
Olá amigos cultos e ocultos! Aqui estamos nós para mais uma boa postagem. Mais um excelente disco da leva do meu amigo Fáres. Desta vez com um álbum raro, um disco de festival que não se vê por aí. Aliás, um disco que eu não conhecia e certamente muita gente por aqui também não.
Trata-se do I Festival Universitário da Música Popular Brasileira, realizado em Porto Alegre, em 1968. O disco traz 13 músicas das 17 finalistas. Foi gravado no Rio de Janeiro e contou com a interpretação de outros artistas, tais como Edu Lobo, Joyce, Márcia, Gal Costa, Sonia Lemos, Paulo Marquez e Momento Quatro, Neste festival a música vencedora foi “Jogo de Viola”, de João Alberto Soares e Paulinho Pinho, interpretado neste lp por Edu Lobo e Lucelena. Confiram no GTM 😉
I Festival De Favelas (1968)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Sempre atrás de curiosas raridades fonográficas, eu hoje trago para vocês o lp do “I Festival de Favelas”, um disco indispensável em qualquer discoteca de samba metida a bamba.
Há quase três meses atrás eu postei aqui o que foi o “V Festival (de Músicas) de Favela” e na postagem eu comentei a respeito das edições anteriores, inclusive deste lp, que deu origem a série 🙂 Agora ele me chega às mãos, ou melhor, ao prato, através do amigo Fáres que atenciosamente me presenteou, juntamente com tantas outras raras bolachas. (Valeu, amigão! A turma toda aqui agradece).
Temos então o “I Festival de Favelas”, disco lançado pelo selo Caravelle em 1968. Uma seleção de 14 músicas, certamente as selecionadas. Consta na capa (por sinal, belíssima) como subtítulo, que a gravação é ao vivo, o que nos dá a impressão de um clima de show, com palmas gritos e etc…, Mas não tem nada disso, o ao vivo quer dizer que tudo foi gravado de uma vez só. E isso explica a qualidade um tanto sofrível de algumas gravações sem uma correta mixagem. Mesmo assim, vale ouvir cada umas das faixas deste disco que traz entre seus intérpretes nomes como Geovana, Aroldo Santos, Sidney da Conceição e outros bambas.
5º Festival De Músicas De Favela (1974)
Olá amigos cultos e ocultos! Aproveitando uma encomenda de digitalização de discos, escolhi entre os tantos este curioso e obscuro lp. Digo isso porque além de ser um trabalho antigo, deve ter sido também um disco de edição limitada. Uma produção da CID (Companhia Industrial de Discos), de Harry Zuckermann, mas com o selo OBA (a Etiqueta do Sambista), criado especificamente para atender ao propósito que era a quinta edição do Festival de Músicas de Favela. Este festival, por certo foi um evento tradicional na cidade do Rio de Janeiro, como podemos ver aqui, já estava em sua quinta edição. Inclusive, fui buscar na rede mais informações, mas não há nada além do fato de que na terceira edição, de 1965, quem se saiu vencedor foi a cantora e compositora Aparecida com seu samba “Zumbi, Zumbi”, defendendo a favela da Cafúa. Numa pesquisa rápida ao Google não passamos disso. Há referencias sobre outras edições, mas principalmente no Mercado Livre, onde ainda se pode encontrar esses discos. E pelo que vi, houve outros festivais de música nessa linha como o “I Festival de Favelas”, gravado ao vivo e lançado nos anos 60 pelo selo Caravelle e o “Festival de Favela”. Em 1976 saiu pela Top Tape um lp que eu entendo como sendo a sexta edição do Festival de Músicas de Favela. Pelos artistas participantes, acredito que seja o mesmo festival e pelo jeito deve ter sido o último que mereceu um registro fonográfico.
Nesta quinta edição que eu apresento a vocês temos doze sambas de qualidade. Aliás, qualidade e originalidade é o que não faltava nessa época. Músicas muito boas, com compositores e intérpretes muito bem selecionados. Se fosse hoje, um festival como este teria a maldição do funk, do rap e outras merdas que vem ajudando a destruir a cultura musical dos morros, das favelas do Rio de Janeiro. Aqui ainda podemos encontrar o “Morro original”, que é também o título da música vencedora desta edição, composta por Fabrício Silva e Dodô Marujo e defendida por João de Deus. Sem dúvida, um disco interessante, que merece seu destaque no universo histórico do samba.
IV Festival Internacional Da Canção Popular Rio – Ao Vivo (1969)
Olá amigos cultos e ocultos! Sei que quase ninguém tem lido o que eu escrevo aqui, mesmo assim eu continuo afirmando ser esta a minha primeira voz. Aqui aparecem todas as minhas decisões sobre o blog, o que farei e o que deixarei de fazer. Quem não lê, tem trabalho dobrado e um expectativa muitas vezes frustrada, pois muito do que procuram já não está mais ativo, em links no GTM. E como eu disse, não pretendo repor. Somente o que foi postados nos últimos seis meses é que estará disponível. Quem chega atrasado ou não é cativo, come mosca, fica a ver navios… E não adianta me culparem, pois a culpa pelo que falta é do provedor de links, que tem lá os seus critérios e prazos determinados para cada arquivo hospedado. Nesse sentido, não há muito o que se fazer. Mudar para outro nem sempre resolve, pois todos tem suas vantagens e desvantagens. Entre os atuais, para mim, o melhor e mais adequado ao Toque Musical é o Deposit Files – homeopaticamente bem dosado. Só peca pelo prazo e pela maneira chata para se fazer o download. No mais é só alegria 😉
Seguindo aqui, trago mais um disco de Festival, o “IV Festival Internacional Da Canção Popular Rio”. Como se pode ver pela capa e título na postagem, trata-se da parte internacional deste festival. Uma seleção musical que a princípio não nos traria interesse, não fosse o fato de ser um evento realizado no Brasil e principalmente por apresentar entre elas uma música brasileira e interpretada por brasileiros. Me refiro a belíssima (e já um clássico) “Cantiga por Luciana”, música de Edmundo Souto e Paulinho Tapajós, este último, recentemente falecido (mais uma boa razão para esta postagem). O álbum é apresentado como se tivesse sido gravado ao vivo, mas ao que parece nem todas assim são. Inclusive, “Cantiga por Luciana”, aqui aparece em outra versão, interpretada pela cantora Reginha. Independente de qualquer coisa, acho que vale a pena conhecer, ou redescobrir este lp. Vamos ouvir?
III Festival Internacional Da Canção Popular Vol. 2 (1968)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Segue aqui mais um disco do III Festival Internacional da Canção Popular, o volume 2. Confesso que li pouco sobre os antigos festivais de música popular da década de 60. Aliás, sempre faço confusão, pois foram tantos e com nomes, as vezes, até parecidos. O interessante nessa época é que a indústria fonográfica investia pesado nesses projetos. Produziam não apenas o disco com as ’12 mais`, aquelas finalistas, mas também e na sequência, lançavam aquelas músicas que chegavam a classificação. Isso era muito legal, pois permitia que o público apreciasse as outras músicas (que em muitos casos eram tão boas ou melhores que as finalistas. Mas enfim, essa é uma questão polêmica, envolve o gosto do freguês e os planos das gravadoras.
Segue assim este que é o volume 2, trazendo novas canções, mas se repetido em alguns intérpretes. Músicas de alto nível, principalmente pelos arranjos e batutas dos nossos grandes maestros. Vale uma conferida!
1ª Bienal Do Samba (1968)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Estamos na boca do Carnaval, mas hoje vamos ter festival. Obviamente, para não sair do compasso, vai ser um festival de samba. Trago aqui para vocês, esquentarem também o gogó e recordarem, este disco bacana sobre a 1ª Bienal do Samba. Trata-se de uma versão do festival apresentada por artistas que faziam parte do ‘cast’ da gravadora. Alguns até são interpretadas pelos mesmos artistas, como é o caso de Cyro Monteiro que no festival defendeu o samba “Tive sim”, de Cartola. É em verdade uma seleção com as músicas que foram classificadas, porém interpretadas por outros artistas e grupos. Vale a pena conferir, pois embora não seja os originais, as músicas são memoráveis. Aliás, o grupo Os Originais do Samba também está presente, interpretando “Canto chorado”, de Billy Blanco, que na Bienal foi defendida por Jair Rodrigues.
VII FAMPOP (1989)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Para variar, eu hoje, ainda agororinha, fiz uma baita confusão. Não sei bem porque motivo, achei que fosse sexta feira. Como eu ainda não havia preparado nada para o dia dos independentes, achei de postar este disco, que entrou agora a pouco na minha gaveta. Este, por certo, não ficaria mesmo na reserva esperando oportunidades. O que temos aqui é a sétima edição da Feira Avareense da Música Popular, um dos mais importante festivais de música do Estado de São Paulo. Acontecia anualmente na cidade de Avaré, não sei se ainda mantém a tradição.
II Festival De Música Das Rádios MEC E Nacional (2010)
Mais uma vez estou eu aqui de volta neste sábado, tentando preenchê-lo com outra postagem. Afinal, a Nara Rara é boa, mas já estava meio batida, sei lá… Fiquei pensando que ainda caberia mais uma postagem de bônus. Daí me lembrei desta coletânea, reunindo as músicas classificadas no II Festival de Música das Rádios MEC e Nacional. Temos aqui 21 músicas, todas muito boas, que mereceram a classificação. Não sei se neste Festival houve vencedores (primeiro, segundo e terceiros lugares). Não encontrei na rede nenhuma informação a este respeito. Estranho… O fato é que temos aqui músicas de qualidade, interpretadas também por gente de gabarito, compositores e intérpretes.
“O Festival visa revelar e divvulgar gravações de obras musicais inéditas, abrindo espaço na programação das Rádios MEC e Nacional par cantores, compositores, instrumentistas e arranjadores, valorizandoa produção dos artistas do Rio de Janeiro.”
Agora em 2011 teremos a terceira versão do Festival, novas músicas, novos compositores e interpretes. Entre no site para saber mais sobre esse Festival e também para votar, escolhendo a música que mais agrada.
I Festival Da Música Popular Brasileira No Maranhão (1972)
Bom dia! A gripe parece que me pegou mesmo. Por essa razão eu hoje vou ficar de molho, quietinho em casa e só no mingau e na sopa. Tô numa moleza, num desânimo… precisando voltar para a cama. Mas antes, vamos liberar logo a postagem do dia, que por sinal é uma bela raridade e aqui, sempre completa 😉
Tenho para hoje esse raro lp de festival, o I Festival de Música Popular Brasileiro no Maranhão, realizado em 1971. Ainda nesta época os festivais de música popular eram uma febre, faziam grande sucesso e se espalhavam pelo país. Em diversos Estados e cidades brasileiras aconteciam eventos desse tipo, festivais regionalizados, permitindo que os artistas, que por alguma razão não chegavam aos grandes centros, tivessem assim a sua oportunidade. Os festivais regionais foram muito importantes pois, também neles, surgiram grandes nomes da nossa música popular.
O I Festival de Música Popular Brasileira no Maranhão foi realizado em setembro de 71 por iniciativa da Coordenadoria de Turismo e Cultura Popular de São Luís. Foram 130 o número de inscritos, mas na peneirada selecionaram apenas 15 músicas para a apresentação pública, que aconteceram no Ginásio Costa Rodrigues. Sob os auspícios da Prefeitura de São Luis e da Fundação do Bem Estar Social, as músicas selecionadas (ficaram só doze) tiveram a chance de serem lançadas em disco no ano seguinte. O álbum foi gravado no Rio de Janeiro, tendo como diretor musical e arranjador o saudoso Paulo Moura.
As músicas selecionadas são mesmo muito boas e a altura de qualquer festival nacional. Teve entre seus participantes artistas de projeção como os grupos Os Atuais, Coral de Joab e elementos do Grupo Musa.
Taí, mais um disco de festival que só mesmo em blogs musicais vocês terão a oportunidade de conhecer ou ouvir novamente. O toque está dado, agora é só conferir 😉
II Festival Internacional Da Canção Popular (1967)
Olá amigos cultos e ocultos! Como nesta semana eu já andei postando um disco de Festival, acho que vou mandar outro para vocês. Segue aqui um raríssimo e esperado exemplar do II Festival Internacional da Canção Popular, edição Rio, de 1967. Este álbum, com certeza, vai fazer muita gente dar pulinhos da alegria. Temos aqui momentos realmente memoráveis que jamais voltaram a ser vistos e principalmente ouvido pela grande maioria. Eu mesmo, que tenho o disco a tanto tempo, já faz um tempão que não o ouço. As vezes a gente precisa dar uma geral nas estantes de discos. Fico aqui matutando, tem discos que eu não escuto faz tempo. É, mas mesmo que eu quisesse… nem que eu tivesse mais 100 anos de vida, acho que não daria tempo de ouvir tudo. Por isso eu vivo numa constante overdose musical. No dia em que eu acabar de digitalizar todos os meus discos (hoje por volta de 6 terabites, com backup!), acho que não saberei o que fazer depois. Mas tenho a certeza de uma coisa, terei uma tremenda discoteca digital, capaz de suprir os mais variados gostos. Se um dia a música no mundo desaparecer, podem me procurar, eu tenho tudo guardado 😉 Como eu disse uma vez ao Zecaloro, eu não tenho só os meus, tenho também os seus 😉 e os de outros blogs que fazem um bom serviço completo. Meu alvo principal é sempre a música/disco fora de catálogo. São dos esquecidos é que precisamos nos lembrar e preservar. O novo terá o seu amanhã.
Bom, mas falando do álbum do dia, confesso estar um pouco confuso. Me lembrei agora que já havia postado um outro disco deste II Festival em maio do ano passado. Essas histórias de festivais bagunçam a minha cabeça, principalmente porque há discos que foram lançados com músicas de um determinado festival, mas necessariamente não são as representativas ou as que chegaram à final. No caso específico deste lp, as músicas e artistas não correspondem aos apontados com finalistas ou vencedores. Há, por exemplo, quatro faixas com a Gracinha Leporace. Será que ela defendeu essas quatro músicas no festival? Não estou bem certo e nem quero procurar agora essa informação. Vou deixar essa questão em aberto para ver se algum dos amigos cultos e ocultos esclarecem as coisas. As vezes é bom ter comentários que vão além, pertinentes ao disco postado e que complementam a informação. Me sinto mais motivado quando percebo esse interesse. Falem, Zuzas!
IV Festival De Música Popular Brasileira Vol. 1 (1968)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Começamos a semana bem, relembrando a ‘Era dos Festivais’. Há algum tempo atrás eu pensei em juntar todos os discos relativos aos Festivais, da década de 60 a 80 e postá-los no Toque Musical. Acontece que sempre falta um ou outro e além do mais se eu fosse entrar nessa, ficaria um mês inteiro só falando sobre o assunto. Por outro lado, já existe um blog especializado no assunto. Daí, prefiro ir de vez em quando postando os meus sem necessariamente ter que seguir uma ordem.
Tenho aqui o volume 1 do IV Festival de Música Popular Brasileira, realizado pela TV Record de São Paulo em 1968. Como disse bem Zuza Homem de Mello em seu livro “A Era dos Festivais”, o ano de 1968 foi marcado por uma fase de transição, “a Era dos Festivais entrava em sua curva descendente”. Os militares no poder, a Tropicália, o AI-5, Gil e Caetano presos, a perseguição política, os exilados… Era um momento político conturbado onde este 4º festival aconteceu. Terminaria aí a sua fase contestadora. Os Festivais que viriam depois já não teriam esse perfil.
No presente álbum temos relacionadas doze músicas classificadas…
Iº Festival Brasileiro De Seresta (1969)
Chegamos enfim na sexta-feira. Ontem eu acabei deixando alguns de vocês na fossa, ansiosos para ouvirem a Waleska. Confesso que não sei bem o que andou acontecendo por aqui, mas realmente a ‘Maysa’ nos brindou com um link e só no fim do dia percebi que o mesmo não entrou no comentários. Porém, o ‘Esquecido’, imediatamente salvou a pátria. Outra coisa estranha, o fuso horário no blog ficou mais maluco do que eu. A postagem entrou como se tivesse sido feita no dia anterior. Fiz a correção, republicando a postagem, mas infelizmente perdi os primeiros comentários. Durante a semana acabei, meio sem querer, criando uma alternância entre cantoras e festivais. Para não perdermos o ritmo, irei seguindo nessa onda. Ao invés de um disco/artista independente, teremos outro de festival.