Arquivo da categoria: Selo Equipe
Orquestra Los Danseros – Los Danseros En Bolero (1964)
The Pop’s – 7º Aniversário (1971)
Rapaziada Da Saudade – Carinhos E Outros Temas Regionais (1973)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Olha aí, mais um lp de choro para alegrar a vida, principalmente dos amigos músicos que nunca se cansam de pedir discos de chorinho e música instrumental. Desta vez temos um lp lançado por Oswaldo Cadaxo e seu selo Equipe, em 1973. “Carinhos e outros Temas Regionais” é o título dessa produção que tem como intérpretes essa Rapaziada da Saudade, grupo que infelizmente não consegui informações. Porém, o que temos aqui é um belo e bem executado disco de choro repleto de clássicos. Um repeteco musical, sem dúvida, mas sempre muito bem vindo, afinal há diferentes formas de tocar uma mesma música, não é mesmo? Vamos também conferir… 😉
carinhoso
andré de sapato novo
língua de preto
lamento
doce de côco
samba de morro
cochicho
naquela mesa
murmurando
brasileirinho
pedacinho do céu
brejeiro
lágrima
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Celinho – O Rapaz Do Piston (1966)
Olá amiguíssimos cultos e ocultos! E aqui vamos nós, hoje trazendo um disco que há muito estava para ser postado. Infelizmente, o arquivo do disco o qual eu havia digitalizado se perdeu entre muitos outros tempos atrás. Mas, por sorte, tinha esse outro vindo de alguma outra fonte blogueira. Na falta do meu, vai no seu, hehehe…
Temos aqui o primeiro e talvez único disco desse incrível instrumentista mineiro, conhecido nas rodas como ‘Celinho do Piston’. Artista de grande talento, teve um currículo exemplar como músico, tatuando em muitos discos dos mais diferentes artistas nacionais. Sua carreira remonta os tempos do Conjunto Sambacana, de Pacífico Mascarenhas e no qual também tocavam Milton Nascimento e Wagner Tiso. Como muitos outros músicos mineiros, fez sua carreira no eixo Rio-São Paulo. Há muito pouca informação sobre ele na rede, o que dificulta a nossa pequena pesquisa. Mas sem dúvida, foi um grande artista e merece aqui o nosso registro. “O Rapaz do Piston” é um disco onde ele nos apresenta um repertório praticamente todo de músicas de sucessos internacionais. Trabalho bem executado, produzido por Toni Vestani para o selo Equipe, de Oswaldo Cadaxo. Não deixem de conferir no GTM 😉
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Tema 3 – Madrugada 1 30 (1969)
Compositor, pianista, arranjador e maestro, Gilson Peranzetta (Rio de Janeiro, 21/4/1946) é conhecido por imprimir criatividade e delicadeza às suas performances. Ele iniciou sua carreira musical em 1964, acompanhando diversos artistas, como Elizeth Cardoso, Maria Creuza, Antônio Carlos e Jocafi, Gonzaguinha, Simone, Edu Lobo e Ivan Lins. Com este último, aliás, trabalhou por dez anos. Durante sua carreira, recebeu inúmeros prêmios e contabiliza 33 álbuns solo, além de centenas de discos gravados para diversos artistas como pianista, produtor e arranjador. Compõe também trilhas sonoras para filmes e séries de televisão, e seu currículo também inclui apresentações nos EUA, Japão, Espanha (onde morou por três anos) e Alemanha, entre outros países. Na década de 1960, Gilson Peranzetta, formou o grupo Tema 3, integrado por ele ao piano, Luiz Roberto no baixo e Atayde na bateria. E foi com esta formação, em 1969, que o trio gravou este “Madrugada 1:30”, que o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos. Os arranjos e o violão ficaram por conta de Alberto Arantes, e no repertório constam sucessos de época (“Andança”, “Walk on by”, “Fool on the hill”, “Sá Marina”) e composições até então inéditas (“Trem da manhã branca”, “Afro”, “Ela vem de volta”, ZonD 5”). Há também músicos convidados, como o flautista Nicolino Cópia, o Copinha, o pistonista Carlos Cruz e o Quinteto Carlos Gomes. A produção foi de Norival Reis, o Vavá, que também escreveu o texto da contracapa. Enfim, mais um disco de qualidade que o TM possui a grata satisfação de oferecer. Confiram.
* Texto de Samuel Machado Filho
Eumir Deodato – Os Catedráticos (1966)
Pianista, compositor, arranjador e produtor musical, Eumir Deodato de Almeida nasceu no Rio de Janeiro em 22 de junho de 1943. Participou da bossa nova e da efervescência do samba jazz no início da década de 1960, estabelecendo-se como requisitado arranjador. Em 1964, reuniu vários nomes famosos do samba jazz, como Geraldo Vespar, Wilson das Neves, Dom Um Romão e Ivan Conti (o baterista Mamão) para formar o grupo Os Catedráticos, com quem lança quatro LPs, inclusive este que o Toque Musical traz para seus amigos cultos e ocultos, editado pela Equipe em 1966. Em 1967, radicou-se nos EUA, onde trabalharia com diversos nomes de relevo da música mundial, como Aretha Franklin, Wes Montgomery e Frank Sinatra. Na década seguinte, conseguiu gravar e lançar seus discos internacionalmente, obtendo sucesso também como intérprete, com uma versão da introdução do poema sinfônico “Also sprach Zarathustra”, de Richard Strauss. Trabalhou em quase 500 discos, escreveu trilhas sonoras para vários filmes e recebeu diversos prêmios, entre eles 16 discos de platina e um Grammy, sendo considerado uma personalidade internacional no mercado norte-americano de música. Neste quarto álbum dos Catedráticos, temos músicas bastante conhecidas em ritmo de samba jazz, tais como “Ai que saudade da Amélia”, “Samba de verão” e “Tristeza”, grande sucesso de carnaval em 1966. É mais uma raridade que o TM apresenta com a satisfação de sempre.
*Texto de Samuel Machado Filho
The Pops – 5. Aniversário (1969)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Eu sou mesmo um cara avoado. Estava crente que era 30 de junho a data de aniversário do nosso Toque Musical e já estou nessa não é de agora. Os dois últimos anos foram comemorados assim. E até a data de aniversário do Augusto TM/Toque Musical no Facebook, parece que também está com data errada, 30 de junho. Mas o certo mesmo é 30 de julho. Isso eu só fui perceber hoje quando pensava em postar uma coletânea de aniversário. Que sorte, errei… tenho ainda mais um mês para pensar em algo especial 🙂
E já que falamos de aniversário, que tal um disco do The Pop’s comemorando, em 1969, cinco anos de disco? Este álbum vem recheado em suas doze faixas com mais de o dobro de músicas, reunidas muitas delas em ‘pot pourri’. Assim como outros discos do The Pop’s, este também foi relançado nos anos 80 e 90 e se não estou enganado até em cd. Por enquanto, vamos apenas comemorar o aniversário do The Pop’s, ok? 🙂
Sergio Ricardo – Arrebentação (1970)
Olá amigos cultos e ocultos! Espero que tenham passado um bom Natal. Agora vamos para as festanças de fogos de fim de ano. Como não choveu por aqui no Natal, com certeza o ‘reveillon’ vai ser molhado. Eu, para não variar, vou ficando mesmo por aqui. Sem muito assanho 🙂 Enquanto esperamos, deixa eu ir fechando as portas com ‘chaves de ouro’. Vão aqui alguns disquinhos especiais. Digamos que foi o Papai Noel quem os deixou aqui para eu passar para vocês 😉
Aqui temos “Arrebentação”, mais um belíssimo trabalho de Sérgio Ricardo. Lançado pelo selo Equipe em 1970. Um álbum ao nível do artista, capa dupla e vinil, originalmente, de 140 gramas. Na ficha técnica, impressa no interior da capa, temos uma produção que contradiz as informações sobre este disco, no site do artista. Acredito que o ‘webmaster’quem cuida do site do Sergio Ricardo trocou as bolas e como ninguém percebeu, ficou. Avisa ao moço lá que “Arrebentação” foi produzido por Oswaldo Cadaxo; os arranjos e direção musical foi de Theo de Barros e regências do maestro Henrique Nuremberg. A capa, também ao contrário do que diz a home page, não é do Cesar Vilella e sim do Luiz Pessanha. Quanto ao conteúdo musical, este é todo autoral e no qual eu destaco minhas preferências: todo! De cabo a rabo! Um discaço que não poderia faltar nas fileiras do Toque Musical. Corram já para o GTM 😉
Jorginho Do Império Serrano – Pedra 90 (1974)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Antes que esta quinta feira se transforme em sexta, deixa eu dar um toque musical aqui. Vou trazendo para vocês um disco de samba. Temos aqui o cantor e sambista Jorginho do Império em seu ‘debut’ fonográfico. “Pedra 90” é o nome do disco lançado por ele em 1974, através do selo Equipe. Um disco muito interessante, mas o sucesso só viria mesmo no segundo lp, com a música “Na beira do mar”. “Pedra 90” foi relançado pela Editora Discobertas, do Marcelo Fróes. Jorginho do Império é filho de Mano Décio da Viola, um dos fundadores da Escola de Samba Império Serrano. Hoje, mais que nunca, um artista consagrado, um sambista e passista respeitado, com muitos discos gravados!
Osvaldo Nunes & The Pop’s – Compacto (1967)
Olá amigos cultos e ocultos! Eu havia pensado em dar uma pausa nos compactos, mas é que foram aparecendo mais, inclusive vindos através dos meus mais prezados colaboradores. Melhor mesmo é continuar, mas vou mesclando também com alguns lps, ok?
Temos aqui então este compacto simples, do selo Equipe, trazendo o cantor Osvaldo Nunes e o grupo The Pop’s, em disco lançado em 1967. Segundo as informações contidas no site Jovem Guarda, o presente compacto faz parte de uma série de três disquinhos lançados naquele ano. A produção, ao reunir os artistas, criou uma boa química ao gosto popular. Os discos fizeram sucesso e entre as músicas, a que mais se destacou foi “Segura Esse Samba Ogunhê”, muito tocada nas rádios de todo o país e ainda hoje desperta muito interesse. Em 1969 a gravadora decidiu então fazer um lp, o “Tá tudo aí”, com esses artistas, que também foi um disco de sucesso, inclusive ele já até foi postado aqui. O compacto que temos aqui traz duas composições de Osvaldo:
Os Santos – Natal Jovem (1968)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! E o tempo passa e eu nem me dei conta de que já estamos no mês de Natal. Tradicionalmente, nesta época, o Toque Musical sempre apresenta aqui aqueles discos que fizeram a trilha natalina, seja dos anos 50, 60, 70 e quem sabe, até dos anos mais recentes, muito embora esses tipos de discos e músicas, nos dias atuais, parece não despertar mais interesse de produtore$ e muito menos de gravadora$. O público, por certo, continuará amando e relembrando velhos natais. Ainda bem que nessas horas existe o Toque Musical e por trás dele, aqui, o velho Augusto TM, que mesmo cansado da indiferença e de uma participação mais efetiva (e afetiva) dos prezados amigos cultos e ocultos, continua dando os seus toques musicais.
Neste mês natalino eu vou procurar fazer diferente, antecipando as trilhas para não ficarem para a última hora. Senão, nem dá tempo de curtir o Natal dentro do seu tempo. Farei assim algumas postagens ao longo do mês, fechando tudo no Natal, ok?
Segue então o primeiro… Temos aqui o conjunto Os Santos, um grupo pop da época da Jovem Guarda. Semelhantes ao grupo, também da mesma época, o The Pop’s, Os Santos também colaboraram fonograficamente para trilharem o Natal. Este disco foi lançado para o Natal de 68, uma produção de Oswaldo Cadaxo, através de seu selo Equipe. Diferente de outros lançamentos natalinos, este álbum se propunha a mostrar uma versão mais moderna, ditada pelos jovens da época. De uma certa forma, um disco de natal para jovens :), tocado por um conjunto pop-rock-jovem-guarda-mora!. Contudo, ainda temos um repertório muito legal, onde Os Santos não ficam apenas no mesmo ‘arroz com feijão’, com aquelas musiquinhas já bem manjadas. Eles procuraram também valorizar a composição nacional, artistas e criadores como Assis Valente, Blecaute, Orlan Divo, René Bittencourt e outros mais, são alguns dos autores dessas músicas que já se tornaram verdadeiros clássicos do Natal.
Maestro Carioca – A Música Dos 4 Grandes (1969)
Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Enquanto eu engulo aqui o café da manhã, vou logo providenciando a postagem do dia, pois não sei se terei hoje outro tempo. Vou postando aqui uma colaboração do nosso amigo Mauro, que gentilmente nos enviou o arquivo digital de uma fita cassete. Vocês se lembram dela? Pois é, aqui também tem espaço para esse tipo de mídia, uma versão em fita magnética de fonogramas que foi muito popular nos anos 60 e 70. Com a vinda do digital, nos anos 80, os K7, ou Cassete, acabaram perdendo a vez. Seus aparelhos de tocar fita viraram sucatas. Lembram do ‘walkman’, do tocafitas no carro do titio, ou mesmo aquele super aparelho que fazia gosto vê-lo ligado junto ao equipamento de som da sala? Pois é, hoje não vale mais nada. Eu mesmo tenho dois, um Technics e um Teac, mas há tempos que eles estão parados, esperando um comprador no Mercado Livre. Hoje em dia é difícil achar fitas gravadas originais, principalmente se forem dos anos 60 e 70, que é o que vale a pena. Nos anos 80 só mesmo duplas sertaneja ainda lançavam suas músicas nesse formato. Felizmente esta fita aqui, do Maestro Carioca, resistiu ao tempo e para a nossa felicidade, hoje a temos na íntegra no formato ‘webdisco’ para o nosso Toque Musical. Lançada em 1969 pelo selo Equipe, certamente com sua versão em vinil (disco este que eu nunca vi), temos então o Maestro Carioca e sua orquestra, interpretando quatro grandes compositores.
“Nesta fita há um retrospecto de trinta anos de música popular. Trinta anos do melhor do Maestro Carioca. Você vai encontrar o registro, de alguma forma, desde o tradicional (Pai Joaquim de Angola), passando pela pilantragem (Emília) e chegando à toada nova (Folhas mortas), a mais recente forma da música popular. “Os Quatro Grandes Compositores Tradicionais” estão aqui reunidos: Ary Barroso, Ataulfo Alves, Wilson Batista e Noel Rosa.”
na cadência do samba
morena boca de ouro
feitiço da vila
palpite infeliz
feitio de oração
emilia
na baixa do sapateiro
pai joaquim de angola
folha morta
lenço no pescoço
mundo de zinco
atire a primeira pedra
Candeia – Seguinte…: Raiz Candeia (1971)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Não sei como anda a temperatura aí para o lado de vocês, mas por aqui tá bravo! Só gosto dessa temperatura quando estou de férias e preferencialmente na praia, tomando uma gelada.
Hoje o nosso toque musical é de samba. Samba de raiz. Samba de Candeia. Mais uma vez temos o prazer de ter em nosso blog o grande sambista Antonio Candeia. Trago para vocês um disco até já bem rodado em outros blogs. Mesmo assim, faço questão de tê-lo também em nossa lista de toques musicais. O presente lp foi lançado em 1971. Uma das excelentes produções de Oswaldo Cadaxo e seu selo Equipe. Este álbum voltaria a ser relançado em 1976 com o nome de “Filosofia do Samba”, tendo inclusive alterada a ordem original das faixas. Saiu pelo selo Padrão com algumas alterações também na capa. Foi lançado também em cd, caso alguém aqui esteja interessado. Trata-se de um disco clássico de samba. Sua audição é obrigatória! Vão daí que eu de cá vou também… tomar mais uma Becker da série 3 Lobos. Bão demais!
vem é lua
filosofia do samba
silencia tamborim
saudade
hora e a vez do samba
saudação a tôco preto
vai pro lado de lá
regresso
de qualquer maneira
imaginação
minhas madrugadas
quarto escuro
A Banda Do Gato – O Baile Do Gato (1969)
Bom dia, amigos foliões cultos e ocultos! Hoje é sexta feira, dia de artista/disco independente, mas é também a sexta feira que antecede ao Carnaval. Em alguns lugares e para muita gente já é carnaval. Assim sendo, dou uma pausa nos independente e caio matando na folia carnavalesca.
The Pop’s – Feliz Natal (1969)
Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Entramos de vez no espírito natalino. E como não poderia deixar de ser, um momento para se ouvir aquilo que um dia tocou no nosso Natal. Cada ano é um pouco diferente, as vezes triste, as vezes melancólico, mas sempre, em seu brilho e cores, faz nascer uma alegria e uma esperança, que acaba transformando o Natal em uma grande confraternização. Eu não sei explicar o sentimento que há em mim, quando vejo essas bolas de vidro coloridas de Natal. Hoje elas já nem são mais de vidro como as de antigamente. Elas eram lindas, encantadoras em seus reflexos, cores e tamanhos variados. Ah, que saudade daquele tempo em que a gente sentava na sala para ir montando aquela árvore, o pinheirinho cheio de bolinhas coloridas, luzes, algodão e isopor para ficar parecendo neve… Putz, que tempo bom! Me lembro que sempre deixávamos quebrar (sem querer, claro) algumas daquelas bolinhas e depois aproveitávamos os cacos para fazer cerol para passar nas linhas dos nossos papagaios (pipa). Ah, como era bom aqueles tempos! Ver essas bolas de Natal sempre me remetem à essas lembranças.
Primo Quintet – Um Homem E Uma Mulher (1970)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Segue aqui a nossa postagem do domingo. Uma trilha musical que vem bem a calhar, combinando com a suavidade do dia (pelo menos o meu foi). Temos aqui um disco raro de ser ver por aí (e ouvir também, com certeza). Vamos com o Primo Quintet e seu álbum “Um homem e uma mulher”. Disquinho bacana trazendo uma série de temas internacionais de sucesso, numa interpretação perfeita e arranjos jazzísticos que valorizam as músicas ainda mais. Há no disco uma única faixa nacional: “Te amo, te amo, te amo”, de Roberto e Erasmo Carlos. Sinceramente, esta foi a melhor interpretação instrumental de uma música da dupla que ouvi até hoje. Primo e seu quinteto conseguem recriar encima de uma melodia marcada. Transformaram a música num jazz. Achei perfeito… O álbum num todo é ótimo. Acabei mesmo foi quase esquecendo de falar do Primo Quintet, um grupo liderado pelo pianista João Peixoto Primo. Este instrumentista veio do Rio Grande do Sul. No final dos anos 50 e início dos 60 ele tinha um conjunto, o Flamingo, o qual trazia como cantora a adolescente Elis Regina. Outro fato curioso e marcante foi a sua transferência para a cidade de Brasília, onde passou a ser uma espécie de músico oficial do governo. Durante muitos anos e alguns presidentes, foi o responsável pelo entretenimento musical das festas e bailes da Capital Federal.
The Pop’s – Estas São Joinhas… Joinhas… Tá Falado (1971)
Boa tarde a todos, amigos cultos e ocultos! Parece mentira, mas mesmo no fim de semana eu estou conseguindo tempo para as nossas postagens. O jeito é ir na brecha. Relaxa que encaixa…
Antes de tudo, quero aqui me retratar. Acho que fui um pouco injusto com o Nilo Sergio Jr. na postagem de sexta feira. Eu, no fundo, fiquei foi um pouco chateado, como quando a gente leva um fora da menina. Uma espécie de desilusão passageira. Eu creio que falei demais e sem saber. O cara é uma pessoa bastante esclarecida, extremamente educado (como não podia deixar de ser um filho do Nilo Sérgio) e me contou um pouco das dificuldades da família em manter uma gravadora do porte da Musidisc. Pelo pouco e resumido e-mail deu para se ter uma ideia de como é difícil manter uma empresa brasileira, tendo como concorrentes diretos e indiretos grandes multinacionais, gravadoras que eu nem preciso citar nomes. Tentar manter uma gravadora pequena e sem grandes pretensões é difícil, mas ainda assim se mantinham, mas quando se trata de uma que queira ser até melhor que as estrangeiras, daí o bicho pega. E pegou para o Nilo Sergio, a ponto dele acabar tendo que ceder à pressões, abdicando de novos sonhos. Coisa muito chata… Mas essa história, eu espero, o Nilo Jr, ou um outro alguém, precisa contar. Merece realmente um livro. Uma história de vida que vale a pena ser sempre lembrada. Como eu previa, o Nilo Jr. me permitiu manter as postagens, obviamente sem os links, o que eu de imediato já fiz. E ainda se colocou à disposição para qualquer esclarcimento ou dúvida a respeito de alguma passagem dessa belíssima história. Eu peço aqui, em público, as minhas desculpas ao Nilo Sergio e sua família.
Bom, falando agora da postagem do domingo, tenho aqui para vocês este disco do The Pop’s que eu comprei ontem lá na Feira do Vinil. Taí um disco que eu não conhecia. Coisa curiosa, nunca tinha visto este disco antes na minha vida. O álbum é de 71, produzido por Oswaldo Cadaxo e seu selo Equipe. O The Pop’s gravou grande parte dos seus discos por essa etiqueta. Na contra capa dessa joinha e mesmo no selo, não há muitas informações além da relação de músicas, por sinal um repertório bem interessante. Não sei e nem vou ter tempo para localizar quem eram os integrantes do grupo neste disco. Deixo essa para assunto no Comentários. Tá falado? 😉
The Pop’s – Vol. 3 (1968)
Achei na rede este disquinho e resolvi posta-lo devido a sequencia dos álbuns já apresentados e deste no contexto da música jovem dos anos 60. Embora considerados um pouco ‘brega’, os cariocas The Pop’s foram um dos importantes grupos de rock instrumental, ao lado de The Jordans, The Jet Blacks, The Clevers, The Rebelds e outros. O grupo passou por algumas formações, mas a fase boa mesmo foi quando o J. Cesar era seu guitarrista. Ele tem solos incríveis! Infelizmente neste álbum ele já havia saído.