O Toque Musical oferece hoje a seus amigos cultos, ocultos e associados um compacto duplo de 1975, selo RCA Victor, com quatro músicas interpretadas pelo cantor, compositor e radialista Barros de Alencar. Nosso focalizado, na pia batismal Cristóvão Barros de Alencar, veio ao mundo na cidade de Uiraúna, Paraíba, no dia 5 de agosto de 1932. Sua carreira de comunicador começou na Rádio Borborema de Campina Grande. Com o objetivo de buscar novos horizontes, viajou por inúmeras capitais brasileiras, tais como Recife, Fortaleza, Belo Horiznte e São Paulo, onde finalmente conseguiu um lugar ao sol, em meados da década de 1960, contratado pela PRG-2, Rádio Tupi, então “a mais poderosa emissora paulista”. Seu programa “Só sucessos”, em que executava os hits da ocasião, foi durante anos campeão absoluto de audiência, sobretudo entre as camadas mais populares. Barros passou também pelas rádios Record, América e Super Tupi (hoje Super Rádio). Na televisão, foi sucesso de audiência na Record, entre 1982 e 1986, com o “Programa Barros de Alencar”, onde ficou famoso com o bordão “Alô, mulheres, sentem-se nas cadeiras! Alô, marmanjos, não façam besteiras!” Gravou seu primeiro disco como intérprete em 1966, pela Chantecler, um compacto simples com duas versões: “Agora sim (Adesso si)” e “Não vá embora (Tu me plais et je t’aime)”. Inúmeros foram seus sucessos como cantor (que, evidentemente, executava em seus programas de rádio): “Olhos tristes” (coma participação de Giane), “Noites”, “Ana Cristina” (“Teus olhos são rasgadinhos, de boneca japonesa”…), “Meu amor é mais jovem do que eu”, “Namorados”, “Emanuela”, “Prometemos não chorar”, “Apenas três minutos” etc. Ao todo, gravou sete compactos e cinco LPs, além de participações em inúmeras coletâneas. Por causa de uma delicada cirurgia na garganta, Barros de Alencar teve de se afastar das atividades artísticas.
Barros De Alencar – Compacto (1975)
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O compacto duplo de Barros de Alencar que o TM possui a grata satisfação de oferecer hoje a vocês, oferece quatro músicas que fizeram muito sucesso quando lançadas, em 1975, captando muito bem o gosto e a sensibilidade popular, no que é chamado de música brega, termo em princípio pejorativo, sinônimo de “cafona”, mas hoje designa música popular facilmente assimilável. “Por esse amor que tu me dás”, a faixa de abertura, é versão de Jean Pierre para um hit do cantor espanhol Júlio Iglésias. Seguem-se “Estou ficando louco”, “Natali” (outra versão de Jean Pierre, esta para um sucesso do cantor italiano Umberto Balsamo) e, por fim, “A menina que cresceu”, composta por Tony Damito e Cézar para o filme “O conto do vigário”, dirigido por Kleber Afonso, e no qual Barros era o ator principal, contracenando com a também cantora Nalva Aguiar. Enfim, um trabalho que mostra Barros de Alencar em um dos melhores momentos de sua carreira, e por certo vai reavivar as lembranças de muitos que vivenciaram esse tempo. Divirtam-se!
por esse amor que tu me dás
estou ficando louco
natali
a menina que cresceu
* Texto de Samuel Machado Filho