Boa dia, amigos cultos e ocultos? Cá estamos com mais um daqueles discos, dos quais a gente nunca encontra informação. Sei que muitos se perguntam, então qual a razão de postar um disco/artista que ninguém conhece? Simples, conhecer… ou pelo menos buscar conhecer. E isso faz sentido aqui em nosso Toque Musical, onde o nosso lema é ouvir com outros olhos. Levy e seu “Mar aberto” não estaria aqui se não fosse o feliz acaso do encontro e mais que isso, as qualidades ou curiosidades que ele tem a nos oferecer. Em outras palavras, trata-se de um disco de um artista mineiro e isso se percebe logo nos primeiros acordes da primeira faixa. Tem um quê da sonoridade da turma do Clube da Esquina, uma simplicidade que dá ao disco um personalidade própria. Gravado na Bemol e lançado em 1988. Música boa e letra também. Trabalho autoral que infelizmente não foi possível obter informações sobre o artista.
Arquivo da categoria: Selo Bemol
Sérgio Moreira (1985)
Beethoven Silva – Herói Dos Sonhos Teus (1989)
Zoroastros Do Ritmo (1967)
Hino Ao América F.C. _ O Mais Simpático – Deca Campeão (1968)
Atlético Mineiro – O Bom (1971)
José Dias – Galo Legal (1969)
Os Apaches – 11º Mandamento (1968)
Halley Flamarion E Orquestra – Encontro Com Halley (1968)
Minha Terra Canta Assim (1969)
Bom dia todos, amigos cultos e ocultos! Sempre em busca de alguma coisa diferente para postar aqui, desta vez eu achei este lp, produção mineira, disco lançado pela Bemol, supostamente lançado no final dos anos 60, ou início dos 70. Infelizmente os disco da Bemol nunca traziam data de lançamento, uma pena. Mas, enfim, trata-se de uma coletânea, uma seleção de cantores e compositores de Minas Gerais. Um disco feito pelo Lions Clube da cidade de Patos de Minas que na época bancou essa produção e como diz o texto de contracapa, “transformou em realidade o sonho de alguns compositores e o devaneio de alguns cantores.” Há de lembrar ainda que nossos cantores são acompanhados pelo cavaquinista Waldir Silva e pelo conjunto Os Rebeldes. Enfim, é um disco interessante, pelo menos pela curiosidade que desperta. Querem conhecer? Chega lá no GTM 🙂
samba de dois – generino luis e sonia maria
tudo é ilusão – olivar noronha
mágoa – alda borges
mal de amor – generino luis
sua canção – waldir carvalho
lua nova versão – cloves otone
pensando em você – celina borges
canção do jardineiro – waldir carvalho
lágrimas de saudade – generino luis
o camponio – celina e alda borges
leonora – sonia maria neves
noite de natal – gaspar severo sousa
.
Alípio Martins (1967)
Grupo Tocaia – Araçari (1987)
Olá, caríssimos amigos cultos e ocultos! Hoje o nosso encontro é com o Grupo Tocaia e seu lp de 1987. O Grupo Tocaia, ao que tudo indica é mineiro e o disco foi gravado na Bemol. Infelizmente, as informações sobre este grupo é quase inexistente, daí só podemos nos basear em poucos dados, a começar pelo próprio disco. Pela internet também não temos muito além de saber que um de seus integrantes (Wladimir Misó) seguiu na música sertaneja, levando o gênero para os Estados Unidos, onde mora atualmente. Mas voltando no tempo, temos o Grupo Tocaia cujo o trabalho, “Araçari”, é um disco bacana, jovem e regional Há nele uma pitada de rock rural, de reggae, pop e da própria mpb expressa em letras e nas canções. A direção de produção e arranjos são do saxofonista mineiro Jairo Lara, o que é, sem dúvida, garantia de um trabalho de qualidade. Confiram no GTM…
.
Liderato – O Rato Que Era Lider (197…)
Boa noite, fiéis amigos cultos e ocultos! No balaio do ‘tudo que convém’, eu hoje vou de historinha infantil. É, isso mesmo, mais uma curiosidade que vocês só vão ver (e ouvir) por aqui. Olha aí, chamem as crianças. Vamos todos ouvir a história de Lederato, o rato que era líder. Uma historinha bem atual, uma fábula política que muito cabe nos dias atuais. Esta história é de André de Carvalho e Gilberto Mansur. A música tema é uma composição de Aécio Flávio e letra de André Carvalho.
Para facilitar a vida de todos, o áudio está num arquivo apenas, integral. Confiram no GTM!
Joaquim Ribeiro Do Carmo – Aula De Ballet Vol. 2 (197…)
Digam lá, amigos cultos e ocultos, como estão? Seguindo em mais uma postagem e mais que nunca fazendo jus a tradição, temos para hoje um disco diferente, feito especialmente para aulas de ballet. Este lp foi produzido por Joaquim Ribeiro do Carmo, professor de uma tradicional escola de ballet de Belo Horizonte, o Studio Joaquim Ribeiro. Era uma escola de ballet clássico e ele um tradicional professor, daqueles que dava aula ao piano e tinha lá as suas próprias composições. Além de professor de ballet, Joaquim Ribeiro também compunha e escrevia. Este disco foi concebido para exercícios de barra e de centro. Toda bailarina, mesmo as que não frequentavam o seu ‘Studio’ costumavam ter este disco. Como podemos ver, este é o volume dois. Ele já havia lançado anteriormente o primeiro volume. Tempos depois ele gravou também um cd. Infelizmente não consegui precisar a data em que este disco foi produzido, mas certamente foi nos anos 70. Fica aqui essa curiosidade, coisa que só o Toque Musical pode proporcionar. Confiram no GTM…
.
Waldomiro Lobo (197…)
Boa noite, meus amigos cultos e ocultos! Hoje temos um encontro com um artista interessante, Eis que entre minhas escolhas para postagens de discos de música sertaneja/caipira, selecionei também este lp, uma produção um tanto obscura, como boa parte das coisas da Bemol, selo/gravadora de Belo Horizonte, acreditando ser este um disco do gênero. Mas para a minha surpresa, acabei descobrindo que não era exatamente música caipira, mas algo ainda melhor, se tratava do único disco (lp de 33rpm) do cantor e compositor Waldomiro Lobo e não por acaso, também um disco póstumo, lançado logo após a sua morte. Este disco não tem data, mas tudo leva crer que tenha sido lançado no início dos anos 70. Conforme o texto de contracapa este foi um disco planejado pelo autor que selecionou o repertório entre coisas inéditas e músicas/poemas gravados nos anos 40 e 50. Segundo o texto, Waldomiro desejou fazer este lp no sentido que sua renda fosse revertida para obras assistenciais do sanatório da sua Fundação Waldomiro Lobo. Neste disco temos as interpretações do próprio Waldomiro Lobo e também de Seixas Costa, Rony-Roná e Gumercindo Chagas. Curioso também que alguma músicas aparecem aqui com nomes diferentes dos originais em 78 rpm. Olhando mais a fundo na ficha técnica, temos também um time de músicos como Elias Salomé, Expedito, Waldir Silva e outros. Sem dúvida, um disco raro que já esteja disponível no Youtube e agora vai estar no GTM também. Confiram…
.
3 De Minas – Verdadeiro Amor (198…)
Aqui temos um bom exemplo de discos de música sertaneja no qual só podemos mesmo contar com as informações da capa. Os “3 de Minas” é um lp de produção mineira, gravado pela Bemol, provavelmente nos anos 80. O disco não traz data. Na ficha técnica encontramos um grupo de músicos, seus nomes e instrumentos, mas nada que nos indique quem são os artistas principais. Quem são os três mineiros? Essa pergunta fica no ar até que alguém se manifeste. Enquanto isso, vamos nos ater ao principal, ao conteúdo deste lp. Temos aqui doze músicas no melhor estilo caipira/sertanejo. Fiz questão de colocar ‘caipira’ para que fique claro que se trata de música sertaneja autêntica e não esse lixo pasteurizado cujo molde original copia duplas como Chitãozinho e Xororó quando essas se tornam mais comerciais que sentimentais. Taí um disquinho bacana que me remete aos sons radiofônicos matinais. Coisa bem mineiro, paulista ou goiano. Confiram no GTM…
.
Corporação Musical Santa Cecília Banda e Coral (198…)
Olá, meus amigos cultos e ocultos! Tenho hoje o prazer de apresentar a vocês a banda e o coral da Corporação Musical Santa Cecília, um entidade tradicional da cidade mineira de Ipatinga, dedicada ao ensino e fomento da Música, criada há quase 60 anos. Neste disco, gravado na Bemol, temos um repertório variado com seresta, samba, canção, marcha, musica sacra, ou como nos apresenta no selo, ‘do dobrado ao clássico’. Temos de um lado a banda e do outro o coral. Um repertório bem interessante que nos convida a dar uma checada no GTM…
Antonio Adolfo – Cristalino (1989)
Falando do disco do dia, temos aqui, mais uma vez, o genial Antonio Adolfo com seu álbum “Cristalino”, lançado em 1989. Um disco de produção inicial independente, gravado no Estúdio Chorus. Mais um belíssimo trabalho autoral, de música instrumental e contando com um time de instrumentistas de primeira linha. Repertório bacana no qual cabe até uma nova e bela versão para um de seus temas clássicos, a composição “Sá Marina, feita em parceria com Tibério Gaspar. Confiram mais esse ‘brazuca’ no GTM…
.
José Vieira E Sebastião Idelfonso – Violões Ao Luar (1975)
Prezados, amigos cultos e ocultos, seguindo em nossa insana proposta fonomusical, tenho para hoje um delicioso apelo instrumental. Um disco para quem gosta de violão. Aqui temos “Violões Ao Luar”, de dois grandes violonistas mineiros, José Vieira e Sebastião Idelfonso, num lp lançado pela Bemol em 1975. Os dois violonistas apresentam neste lp 12 temas autorais. Tocam acompanhado de um terceiro violão, Orlando Pereira, filho de Sebastião Idelfonso. Juntos, eles dão um verdadeiro show. Infelizmente, o disco apresentava alguns riscos que em alguma faixas pode incomodar. Na falta de lago melhor, vamos que vamos…
.
Juan Moreno – Tangos (196…)
Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje eu trago aqui para vocês um disco de tango. E quando se fala em tango, certamente pensamos em argentinos. Mas o tango sempre fez muito sucesso aqui no Brasil, aliás, no mundo inteiro. Mas no Brasil, em especial, pela irmandade, pela proximidade geográfica e cultural, sempre tivemos uma relação muito forte com o tango. Muitos foram os artistas que vieram da Argentina trazendo o tango e encantando nosso público e isso não é de hoje, ou melhor, isso era de ontem, de tempos atrás. Muitos foram os artistas, nacionais e internacionais (argentinos) que se espalharam pelas grandes cidades do Brasil, criando verdadeiros redutos tangueros, principalmente nas rádios e casas noturnas. Aqui em Belo Horizonte também tivemos grandes artistas e orquestras de tango que se apresentavam nas rádios Guarani e Inconfidência. Entre esses haviam nomes como os cantores Ruy Martinez, Alaor Brasil, Maria Helena, Eunice Fialho e Roberto Blasco, este ultimo um argentino nato que veio se apresentar na cidade junto com a orquestra do uruguaio Francisco Canaro e acabou ficando de vez morando em BH, passando a fazer parte do ‘cast’ da Rádio Guarani. Outro grande cantor de tango da mesma época era Juan Moreno, que fazia parte do ‘cast’ da Rádio Inconfidência. Juan Moreno era na verdade um pseudônimo do coronel da Polícia Militar Waldir Pascoal. Conhecido como “El guapo del Tango”, ele cantou muito tempo acompanhado por seu próprio conjunto. Há pouquíssimas referencias sobre este artista na internet, inclusive sobre esse disco, gravado na Bemol. Acredito que tenha sido lançado no final dos anos 60. Em 1977 ele aparece também com outro disco de tango, lançado pelo selo Tapecar. Fora isso, não há mais nada na tela. Referencia passou a ser aqui…
Grupo de Seresta Zé De Beta – Curvelo Em Seresta (1970)
Olá, amigos cultos e ocultos! A postagem de hoje do TM é em clima de uma verdadeira seresta. Apresentamos hoje o primeiro LP do Grupo de Seresta Zé da Beta, lançado pela gravadora belorizontina Bemol em 1970. O grupo era originário de Curvelo, cidade da região central de Minas Gerais que tinha, em 2018, uma população de 79.625 habitantes. O nome da cidade tem origem em um de seus primeiros moradores, o padre Antônio de Ávila Curvelo. Segundo estudos recentes, Curvelo ocupa o décimo-quarto lugar no ranking das cinquenta cidades pequenas brasileiras que apresentam melhor desenvolvimento econômico. Neste primeiro volume de “Curvelo em seresta” (depois viria o segundo), o Grupo Zé da Beta apresenta dez músicas tradicionais do gênero. Após uma mensagem do próprio Zé, vem o repertório, que tem pérolas como “Boneca”, “Elvira, escuta”, “É a ti, flor do céu”, “Casinha pequenina” e “Amo-te muito”. Este disco, portanto, tem uma seleção seresteira de primeira linha, autêntico prato cheio para quem gosta do gênero e digno merecedor de mais esta postagem de nosso Toque Musical. É ir para o GTM e conferir.
*Texto de Samuel Machado Filho
Dulcinha E Fernando E Dose Dupla – Trama (1987)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Na certeza de que em algum momento alguma informação há de chegar até nós, estou hoje postando este lp, uma produção com o selo Bemol, lançada nos anos 80. Trata-se de Dulcinha e Fernando e Dose Dupla, um grupo, certamente mineiro, talvez da própria capital BH. Mas eu, como belo-horizontino, confesso, não me recordo dessa turma e também não consegui, numa rápida pesquisa, identificar os artistas. Não há muita informação sobre o disco além de sua referência no Discogs, por sinal, muito bem contado como raridade, chegando a um preço meio que absurdo, porém se percebe que apenas um cidadão é o detentor do disco e daí ele coloca o preço que quiser, não há concorrentes. Esse é o grande problema da especulação de preços do vinil. Não é só questão de qualidade, histórico ou quantidade, a coisa passa muito pelo crivo da subjetividade do colecionismo. Existem raridades e raridades…
Bom, mas o fato é que este disco, ao meu ouvido, me pareceu muito interessante. Tem todas as características de um disco pop, mas há nele uma certa peculiaridade, uma pegada de música mineira. Acho que isso tem a ver até mesmo com a própria produção, com o clima da gravação feito no mais tradicional estúdio mineiro, o Bemol. Infelizmente, o exemplar que possuo não tem encarte e nem traz maiores informações. Vamos então ficar no aguardo de algum esclarecimento. Mas nem por isso iremos deixar de conhecer Dulcinha, Fernando e o Dose Dupla. Basta ir lá no GTM buscar o link, ok?
.
Edição Brasileira – Lua (1988)
Olá, amigos cultos e ocultos! Há poucos dias atrás fiz a besteira de deletar alguns arquivos no computador e de bobeira, acabei excluindo uma pasta importante, a dos Festivais. Só percebi quando já havia deletado, pasta cheia, muito grande foi embora sem paradas. Achei que não tivesse um ‘backup’, mas por sorte tinha tudo num outro hd. De sobra, ainda achei uma ‘leva’ de discos de artistas mineiros, coisas de antigos projetos que acabaram não vingando. Hoje começamos essa mostra entre tantos outros diversos discos.
Tenho aqui o excelente grupo mineiro de música instrumental, Edição Brasileira e seu primeiro e único disco, Lua, lançado originalmente em 1988. O disco mereceu uma reedição em cd através do selo/editora Karmin, a partir dos anos dois mil e curiosamente ainda pode ser encontrado em algumas lojas virtuais. O Edição Brasileira foi um grupo formado grandes nomes da música mineira: Mauro Rodrigues (flauta e teclados); Bento Menezes (guitarra e violão); Lincoln Cheib (bateria) e Ivan Corrêa (contrabaixo). No disco eles ainda contam com participações importantes como André Dequech, Gil Amâncio, Nivaldo Ornelas, Renato Mota e outros… Beleza de trabalho, lançado e gravado pela Bemol já no processo digital. com muito carinho e dedicação. Vale a pena conhecer. Confiram no GTM…
Adilson Adriano – Nasce Um Novo Ídolo (1968)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje eu pensava em estar trazendo aqui um disco inédito e bem aos moldes do nosso blog. Acontece que depois de apresentar aqui mais de 3 mil títulos, as vezes, a gente se esquece e se engana, acaba postando de novo. Isso já aconteceu outras vezes, daí, desisto e parto para outro disco. Mas no caso aqui a coisa é diferente. Essa é quase uma re-postagem, na verdade estou postando o lançamento original. Temos aqui o obscuro cantor revelação, Adilson Adriano, promessa da Bemol/Paladium para aqueles tempos de Jovem Guarda. Aliás, na fase final do movimento, que já tendia para o brega romântico. Em seu repertório temos uma seleção que vai de versões internacionais a composições decadentes da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim, Luiz Ayrão e também composições próprias do artista, o que dá ao disco um ar mais personalizado. A direção artística é de Evaldo Gouveia e as regências e arranjos de Aécio Flávio e João Guimarães. Ao que se sabe, o disco foi lançado em 1968, porém, eu acredito que a versão pelo selo Paladium, que era vendida a domicílio, saiu como parte de um álbum com outros vários discos da gravadora. Adilson Adriano parece ter ficado apenas neste lp de dupla identidade e em compacto lançado também na mesma época. Mais uma curiosidade que só se encontra por aqui 🙂
Cláudio Pérsio – Outros Cantos De Minas (198?)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Continuamos em nossa mostra de compactos. Sempre procurando trazer algo que faz jus a máxima de se ouvir música com outros olhos. Buscamos, mais que nunca, apresentar aquilo que está longe do acesso comum. Geralmente, é depois que postamos aqui a coisa se espalha.
Hoje temos esse compacto duplo do compositor mineiro Cláudio Pérsio. Trata-se, por certo, de uma produção independente, possivelmente dos anos 80. Conforme podemos ler na capa, há um pequeno texto colado, apresentando o autor. Cláudio Pérsio é um médico, psiquiatra, músico e poeta. Procurando pela internet consegui apenas confirmar o que foi dito. Achei também um video com ele cantado uma outra música, o que me leva a crer que chegou a gravar mais alguma coisa. Neste compacto duplo iremos encontrar quatro boas músicas, composições de qualidade que reforçam e justificam sua presença aqui no Toque Musical. Gravações feitas aqui mesmo em BH, com arranjos de dois grandes mestres da música mineira, Célio Balona e José Guimarães. Muito bom, acima da média, com certeza!
Vox Populi – Spassomanguim (1969)
Infelizmente, o compacto que eu tenho está em péssimas condições. Mesmo assim, procurei extrair o seu áudio da melhor forma possível. Como também não tinha capa e nem mesmo uma referência de como era, criei então essa exclusiva para a nossa postagem.
Pacífico Mascarenhas – Sambacana VI (1988)
Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Tenho hoje para vocês este lp do compositor mineiro Pacífico Mascarenhas, considerado o pioneiro da Bossa Nova em Minas Gerais. Já apresentei aqui outros discos dele. Este, inclusive, eu achava que já tinha postado. A capa é bem legal com fotos da turma da Savassi, nos anos 50. Savassi era o nome de uma padaria, depois também deu nome a praça onde um dia ela existiu. Pacífíco fazia parte desse grupo.
Neste álbum, de capa dupla, lançado com selo Bemol em 1988, Pacífico Mascarenhas nos apresenta um repertório autoral, com regravações e novas composições. Seu Sambacana VI conta com um time de músicos de primeiríssima: Helvius Vilela, Juarez Moreira, Ezequiel Lima, Rubinho e Lincoln Cheib. Na contracapa, como podemos ver, além das letras, temos também o método para acompanhamento de piano patenteado pelo artista.
Jorge Goulart, Nora Ney, Antônio Guimarães E Waldir Silva – Feitiço Da Vila Vol. 1 (1971)
Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Trago hoje para vocês um disco dos mais interessantes, um álbum verdadeiramente raro e, por que não dizer, histórico. Um registro musical ao vivo de uma apresentação na noite de belorizontina dos cantores Jorge Goulart e Nora Ney e também, de quebra, dois grandes instrumentistas mineiros, o pianista Antonio Guimarães e o cavaquinista Waldir Silva num encontro mais que memorável. Sim, trata-se de um disco que poucos tiveram o prazer de conhecer porque sua tiragem foi bem limitada e nunca chegou a se relançado ou relembrado em alguma outra edição. Suponho até que a própria Bemol nem tenha mais as fitas master dessas gravações que aconteceram na numa noite de 1971, na boate Feitiço da Vila, em Belo Horizonte. Um belíssimo show que ficou registrado em disco, mantendo-se todo o clima do ambiente, sem pausas e sem faixas, tudo muito linear. O show se abre com Nora Ney interpretando Dolores Duran, Silvio Cesar e Noel Rosa. Depois é a vez do maestro e pianista Antonio Guimarães que arrasa em temas de Ary Barroso. Do outro do disco o samba toma conta, novamente com Nora Ney e o parceiro Jorge Goulart que desfilam Paulino da Viola, Nelson Cavaquinho, Zé Keti, Sinval Silva, Noel e Ary Barroso. Ah… Olha eu esquecendo do grande Waldir Silva. Ele também está presente no acompanhamento e interpretando duas músicas de Sinhô, “Gosto que me enrosco” e “Jura”.
Sem dúvida, o grande destaque deste lp é mesmo o casal Nora e Jorge. Nesta época eles estavam morando em Belo Horizonte. Este disco foi produzido pelo próprio Jorge Goulart e pelas informações que colhi em uma tiragem muito pequena. A ideia inicial era a de gravar outros discos na mesma linha, registro de shows, tanto assim que este era o volume 1. Mas ao que parece, a coisa ficou só na vontade. Uma pena, pois pouco se tem desses registros da noite de Beagá.
Para esta postagem eu preparei o arquivo de maneira a facilitar a vida de vocês. Como se trata de um show (embora editado), as músicas apresentadas não trazem uma separação por faixas, o disco corre direto nos dois lados. Daí eu resolvi editar, mas sem tirar um segundo de gravação. Está tudo completo. Eu coloquei apenas um ‘fade in’e um ‘fade out’ quando necessário, dividindo o disco em 16 faixas. Mas para não dizerem que eu aleijei ainda mais a edição do show, deixo também um arquivo completo, inteiro, unindo apenas o lado A com o lado B.
Quando falei da raridade (e também curiosidade) deste disco não pensei num preciosismo que o fizesse valer tanto, segundo o preço ‘ofertado’ por um maluco no Mercado Livre. O cara tem a coragem de cobrar 1390,00! Muito sem noção…
Grupo Folclórico Banzé (1997)
Olá amigos cultos e ocultos! Em nosso programa de variedades musicais, tenho para hoje este interessante lp, lançado pelo selo Bemol, em 1997 (creio eu). Trata-se de um dos importantes grupos folclóricos de Minas Gerais, mais exatamente, da cidade de Montes Claros, o Grupo Folclórico Banzé. Este é um grupo essencialmente de danças, criado no final dos anos 60 pela pesquisadora e professora do Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez, Zezé Colares Moreira. O nome Banzé foi uma variação natural do que era a ‘Banda da Zezé’. O grupo, ao longo de todos esses anos, participou dos mais importantes festivais folclóricos, nacionais e internacionais, tendo também em sua trajetória dezenas de premiações, sendo hoje um patrimônio cultural da cidade de Montes Claros. Este lp é um registro musical do trabalho do grupo e traz em seu repertório músicas e temas de domínio público. São canções natalinas e outros temas tradicionais extraídos em suas pesquisas pelas mais diversas cidades do norte de Minas Gerais. Um trabalho muito bonito que merece ser sempre lembrado.
Renato Mota – Brasileiro (1992)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Fazendo jus a tradição, coisa que há muito eu não faço, tenho para este domingo um disco de artista aqui de Minas. Estamos falando do cantor e compositor Renato Mota, um dos grandes talentos da atual música mineira. Iniciou sua carreira nos anos 80. De lá pra cá tem produzido uma obra de alta qualidade. Já gravou uma série de discos (CDs e DVD) e este lp foi seu primeiro trabalho, “Brasileiro”, lançado de forma independente pelo selo Bemol. O disco viria a ser relançado em cd alguns anos depois pela Movieplay com outro nome, “Caixa de Sonhos”, nome de uma das faixa do disco. “Brasileiro” é um trabalho bem elaborado, com músicas sofisticadas, num estilo que lembra bem o Ivan Lins internacional e jazzístico. Renato conta com a participação de altas feras como Toninho Horta, Nivaldo Ornelas, Marcus Viana e outros mais…