Cau Pimentel – Alem Do Litoral (2004)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Hoje eu estou aqui meio que ‘de molho’, em casa, depois de ter passado por uma pequena cirurgia para extrair os meus dois últimos sisos indecisos, que ficaram para o final. Agora, podem acreditar, não vou ‘rancar’ mais nada. Deixo o ato de ‘arrancar’ para aqueles que põe a mão na cabeça, pasmos com meus erros ortográficos. Podem continuar arrancando os cabelos de raiva ou de dó, eu de cá, vou tomando meu Johnny Walker com Danone Active…
Bom, deixa de bobagem e vamos falar sério… Hoje eu estou trazendo para vocês um compositor que me foi apresentado pelo amigo Chris Rousseau. Trata-se de Cau Pimentel, um nome que, por certo, poucos devem conhecer, eu mesmo nunca tinha ouvido falar dele. Mas nunca é tarde para se ter contato com um artista de qualidade, mesmo quando ele se apresenta mais como compositor do que intérprete, tendo a música com um paralelo. Pelo que o Chris me relatou, Cau é um advogado. Pesquisando mais, um pouquinho daqui e dalí, descobri que ele já havia gravado um compacto lá pelos anos 70. Deve ter sido mais um artista que, diante às dificuldades da profissão, preferiu seguir outra que lhe desse mais estabilidade. Pelo que eu entendi, Cau Pimentel é um advogado que atua na área de direitos autorais. Possilvemente, defende os direitos de muitos dos nossos artistas. Confesso que fiquei um pouco receioso em postar esse seu trabalho, mas o Chris me garantiu que o cara, embora advogado, tem a sensibilidade de um poeta. Ele comentou com Cau sobre o Toque Musical. Ele autorizou que eu fizesse a postagem e até me permitiu compor uma nova capa para este trabalho, lançado originalmente em 1983 com o título de “Amigos”, pelo selo independente Pointer. Em 2004, Cau relançou o trabalho em formato de cd, incluindo outras músicas. Desta vez o disco não apresentava um nome, mas veio como se chamando “Além do Litoral”, título de uma das faixas. Ao compor a capinha, optei por esse título, dando assim, ao trabalho, um novo fôlego. 
A música de Cau Pimentel, embora essencialmente popular, não é, ou foi, sucesso de rádio. Mas como muitos outros artistas, se mantém num nível de excelência e qualidade que dispensa essas firulas e tal popularidade. Uma prova disso são os amigos e parceiros aqui convidados, que participam do disco. Figuras como Ivan Lins, Zé Luiz Mazziotti, Alaide Costa, Pery Ribeiro, Jane Duboc, Natan Marques, Dori Caymmi, Filó Machado, Gilson Peranzzetta, Conjunto Placa Luminosa… vixiii…tem gente demais, só mesmo conferindo nos créditos do disco.
fim de festa
verso novo
tempos
jura quebrada
ausência
calvário
mascavo
confissão de amor
aldeia
pé na jaca
san fernando
beira mar
clave de fá
promenade
brilho
fim de festa
além do litoral
os habitantes do cais
rainha por um dia
yemanjá

Dick Farney – Solo (1997)

Muito bom dia a todos! Começamos logo cedo, porque hoje eu terei um dia cheio. Para começar, daqui a pouco eu vou ao dentista fazer a extração dos meus dois dentes sisos, que indecisos, até hoje não nasceram. Sinceramente, não estavam me incomodando em nada, mas a minha médica cismou que preciso ‘rancá-los’. Será que vou aguentar a extração de dois numa mesma sessão? Putz! Vai ser uma sexta feira anestésica, ou senão, dolorosa. Aí de mim…

Por falar em sexta feira, hoje também é dia de discos independentes (indepenDENTES… ai, ai, ai…, olha eu de novo…).
Hoje temos uma postagem super especial. Uma colaboração do amigo Renato, que muito atenciosamente me enviou este registro raro do grande Dick Farney, todo completinho.
Trata-se de um cd duplo, lançado de forma independente, através da Fiesp, numa homenagem póstuma, dez anos após a morte do ‘jazz man’. Este é um ‘album’ que talvez, jamais venha a ser lançado de maneira comercial, até porque ele foi concebido no sentido de ser apenas um brinde promocional. Por outro lado, existem também as implicações no que se refere à direitos autorais. Talvez, por isso mesmo, editoras como a ‘fominha’ Biscoito Fino, nunca irão lançar essa jóia. Acredito que sua melhor forma de divulgação seja mesmo os blogs musicais.
O que temos aqui são mais de 40 músicas, grande parte do repertório do artista, mas principalmente clássicos da música americana. No ‘álbum’, um cd duplo, temos um registro intimista, solo e despretencioso, somente Dick e seu piano. São ‘gravações caseiras’ feitas por dois de seus amigos, Arnaldo de Azevedo Silva Junior e José Mário Paranhos do Rio Branco. Gravado em fitas cassete, nos anos 90, passaram por uma boa remasterização, dando origem a este belo cd, que vocês só irão encontrar nos ‘ebays’ da vida digital ou aqui no nosso Toque Musical.
Taí uma postagem que merece muitos comentários, vocês não acham? 😉
georgia on my mind
moon river
satin doll
i’ll be seeing you
what are you doing the rest of you life
are my dreams real
angel eyes
this love of mine
please be kind
lullaby of birdland
moonglow
perdido
here’s that rainy day
i’ll remember april
santin doll
all the things you are
if i should lose you
in the wee small hours of the morning
emily
but beautiful
it could happen to you
the one i love
tangerine
these foolish things
young and foolish
round midnight
swanee river
one for my baby
santim doll
brandenburg gate
what are you doing the rest of your life
but beautiful
our love is here to say
estrelita
improviso em jazz
waltz for debby
here’s that rainy day
blues improvisado
i fall in love too easily
you go to my head
i cover the waterfront
thank you
but beautiful

Cida Moreyra – Summertime (1981)

Bom dia a todos! É, como vimos e ouvimos, acabei fazendo uma semana de cantoras. Hoje, sexta, não seria diferente. Me lembrei deste outro disco emprestado, do meu amigo Carlos Moraes, lá de Tiradentes, que vai cair como uma luva. Trata-se do primeiro álbum da cantora, atriz e pianista Cida Moreyra. No início dos anos 80 ela estreou o espetáculo cênico musical “Summertime, uma homenagem à cantora americana Janis Joplin, dirigido por José Possi Neto. O show solo de Cida Moreyra teve uma boa aceitação da crítica e fez muito sucesso, a ponto de se transformar em seu primeiro registro fonográfico. No disco ela canta, claro, músicas do repertório de Janis – mas também inclui outras, que vai de Billie Holiday, Mamas And The Papas, passando também por Chico Buarque, Macalé e Angela Roro – num mesmo tom característico, só piano e voz. Disquinho bacana, eu recomendo…

summertime
stardust
all fo me
dream a little dream of me
california dreamin’
she’s leaving home
gota de sangue
geni e o zepelin
good morning heartache
my man
vapor barato
mercedez benz
kozmic blues
summertime

Pelvs – Peter Greenaway’s Surf (1993)

Pronto, chegamos ao final da semana dedicada ao rock e afins. Eu já estava cansado de ficar na mesma onda. Meu negócio é variedades. Não consigo ficar muito tempo ouvindo um mesmo tipo (ou gênero) de música. Para encerrar, hoje eu vou tentar fazer diferente. Tenho três discos que já estavam na lista e só não entraram porque eu não dei conta de fazer as tais ‘dobradinhas’, com duas postagens no dia, com eu imaginava. Vamos ver se hoje eu consigo…
Segue aqui a primeira, “Pelvs – Peter Greenaway’s Surf”. Pelo nome já deu para imaginar que se trata de uma banda de ‘surf music’? Mais ou menos. O Pelvs na verdade é bem mais que isso. O grupo surgiu no início dos anos 90 no Rio de Janeiro. Gravaram este que foi o primeiro álbum e na sequência vieram mais três. O Pelvs é uma da banda independente das mais antigas e em atividade até hoje. Chegam a ser quase uma comunidade, com tantos participantes. Atualmente eles são um sexteto. O som da banda é uma mistura de tudo o que há no rock. Neste álbum eu gosto muito é da guitarra. Embora não tenha nada diretamente a ver, me faz lembrar um artista que eu idolatro, Neil Young (quando nervoso e roqueiro). O Pelvs, assim como diversos outros grupos independentes estão fazendo parte da comunidade musical Trama Virtual, que tem uma proposta de download remunerado. Acho até interessante a ideia, você paga uma taxa para baixar as músicas e o montante de ‘downloads’ no fim do mês é rateado entre os artistas que participam (juntamente com o UOL que banca o serviço). Pelo que eu soube, através dos próprios artistas envolvidos na Trama, o que se ganha não paga nem o taxi até o banco. Mesmo assim não deixa de ser uma boa iniciativa, principalmente de apoio e divulgação do artista. Aqui no Toque Musical eu estou postando discos que possivelmente vocês encontrarão por lá. Mas não é minha intenção embaçar o trabalho da Trama Virtual. O que estou postando aqui é apenas uma cópia da versão em vinil, a qual serve apenas para uma avaliação e nem se compara ao produto a venda. Inclusive, a respeito do meu “Peter Greenaway’s Surf”, acredito que as faixas não segue a ‘desordem’ da lista contida na contracapa. Vocês irão notar que está tudo um pouco confuso, mas o disco está completo, exceto por duas músicas que só entraram na versão cd. Pois é, música, de uma certa forma, é uma coisa etéria e felizmente de graça para quem escuta (e tem bons ouvidos). Já o suporte que carrega a música, este sim deve ser remunerado. Por tanto, comprem discos, esses sim são audíveis, palpáveis e um fetiche sem igual.

loveles
ior
bacon’s babe
don’t want… so she tried
we’ve
ferry boat, ferry boat
white a. l.
putercent overdrive
menstruation and masturbation
white bathroom
left speaker – margarine / right speaker: sugar
sundried and mellowed
a. l. fucked
with sand and rough salt
black trunk
the black coconut sweet
jazz
morangotango
surferena

Maria Angélica – Outsider (1988)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Nossa semana segue em frente ao sabor do vento dos anos 80 e 90. Acabou que eu não postei nada dos anos 60 e 70, mas não faltarão oportunidades, ainda temos muitos sulcos a percorrer.
Para hoje eu estou trazendo um disco que na década de 80 era um dos meus prediletos nacionais (estou falando de rock, tá?). Lançado no auge do fervor das bandas alternativas, que faziam o contraponto com as pop e mais comerciais, o “Maria Angélica – Outsider” foi o primeiro disco de uma banda, cujo o nome era “Maria Angélica Não Mora Mais Aqui”. Naquela época era o máximo esses nomes fraseados, seguindo as tendências de bandas internacionais. Talvez por uma questão de ordem prática, quando do seu lançamento, ficou reduzido apenas ao nome próprio, Maria Angélica. O grupo foi criado uns quatro ou cinco anos antes de lançarem “Outsider”. Era uma banda cultuada inicialmente por poucos, os mais descolados e os antenados. Os shows, segundo contam, eram ótimos. Era mesmo uma banda ‘cult’, liderada pelo poeta e jornalista Fernando Naporano e o guitarista Carlos Nishimiya. Faziam parte também, Victor Bock (segunda guitarra), Victor Leite (bateria) e Lu Stopa (vocal). O som do Maria Angélica é uma mistura de diversas influências do rock, mas principalmente do punk. As letras são praticamente todas em inglês. A performance vocal de Fernando nos remete à uma mistura de John Lydon, do Sex Pistols e Damo Suzuki, do Can. Gosto bem disso…

hotel hearts
purple thing
another life
i don’t mind
shyness
dog’s life
shame of love
absinto me só

Paulinho Nogueira – Tons E Semitons (1986)

Olá amigos cultos e ocultos! Seguindo em nossa trilha fonográfica musical, vamos hoje retomando aos independentes. Atendendo a um pedido mais que especial e já com um certo atraso. O independente da semana é o grande compositor e violonista Paulinho Nogueira, um nome que dispensa maiores comentários e que aqui no Toque Musical já marcou presença outras vezes, pode conferir…
“Tons e Semitons” foi seu 25º lp, lançado de forma independente, associado ao produtor Fred Rossi, em 1986. Segundo Paulinho, o disco foi uma realização bem espontânea, simples, descontraída e com músicas, até então inéditas. Apenas a faixa “Chôro chorado” foi feita em parceria com Toquinho e Vinicius. Para não variar, este é mais um belo trabalho que paralelamente teve editado, em forma de livro, as partituras das dez músicas. Infelizmente essas eu não tenho para mostrar. Ao que tudo indica, a edição do livrinho ficou logo esgotada e não sei se chegaram a relança-la novamente. Mas é possível encontrar em sebos especializados.
Confiram já este toque, em tons e semitons 😉

tons e semitons
bachianinha nº 1
valsa em sol do meio dia
chôro chorado
reflexões em dois por quatro
frevinho doce
chôro para bordões
bachianinha nº 2
simplesmente
bolerando em terças

Grito Suburbano (1982)

Olá! Hoje o dia vai ser literalmente ‘punk’. Por isso estou trazendo para a postagem de hoje quatro bandas de punk rock. Peguei pesado? Pesado e sujo. De vez em quando a gente precisa radicalizar. Aliás esta semana foi um pouco assim. Quando penso no variado leque musical ou fonográfico publicado neste blog, imagino o que vocês devem pensar de mim. É, eu sou meio camaleão… uns dias chovem, outros fazem sol, outros fazem lua… O importante é que toda a emoção sobreviva!

Para fecharmos a semana do rock, temos uma sexta-feira agitada com as bandas punk Olho Seco, Inocentes, Cólera e de bônus a ilustre e desconhecida Cancro. As três primeiras fazem parte da coletânea “Grito Suburbano”, lançada em 1982, o auge do movimento no Brasil. São bandas paulistas, autenticas referências do punk rock nacional. Referencia inclusive para o Cancro, banda de Belo Horizonte, surgida em 1986. Temos aqui um raríssimo registro de uma fita demo desta também uma autêntica banda punk mineira. O som é tosqueira total, mas após resistir bravamente por três rodadas, você se torna fâ. Se duvida, basta conferir 😉
desespero – olho seco
sinto – olho seco
garotos do suburbio – inocentes
medo de morrer – inocentes
joão – cólera
gritar – cólera
lutar matar – olho seco
eu não sei – olho seco
pânico em sp – inocentes
morte nuclear – inocentes
subúrbio geral – cólera
hhei – cólera
bônus
anarkbusca – cancro
cotidiano – cancro
defenda os bichos – cancro
defenda os bichos (instrumental) – cancro
ministérios – cancro
cancro também é cultura – cancro

Êta Nóis! (1984)

Muito bem, hoje eu estou começando mais cedo que de costume. Aliás, a essa hora eu deveria estar dormindo, mas o sono não veio eu fui ficando… São agora quase 1:30 da manhã. Acredito que esta postagem só estará finalizada daqui a algumas horas. Sem pressa… Vou sair agora, dar um ‘tapa na onça’ e volto, tomo uma dose de Dranbuie, fico babando de sono e vou dormir. Êta nóis! – pausa de seis horas…

Retomando… onde parei? Ah, sim, estamos na postagem do dia e hoje vai ser a vez dos independentes. Vou trazendo para vocês este disquinho que é uma delícia de se ouvir. Um álbum produzido por uma turminha de artistas singulares. Gente que fez a minha cabeça com sua música simples, direta e encantadora. Gente que sempre batalhou para levar ao público uma arte musical rica de vivências, acima do convencional. Uma outra música que se faz no Brasil.
“Êta Nóis!” é o que se pode chamar de um álbum cooperativo, envolvendo uma turma de artistas oriundos de vários cantos do Brasil, ligados pela mesma emoção e espírito musical. Uma produção singela no sentido da pureza, mas de uma extrema sensibilidade e muitas qualidades, que se destacou entre tantos discos lançados naqueles (medonhos) anos 80. Fazem parte deste trabalho a dupla Luli e Lucina, que eu já apresentei aqui em pelo menos uns dois discos (maravilhosas). São elas que encabeçam o projeto que traz também os irmãos Jean e Paulo Garfunkel, outra dupla talentosa pouco divulgada além da estratosfera paulista. Tem o mato-grossense zen, Bené Fonteles, que é uma jóia rara. A compositora sergipana Joésia Ramos, criadora do “forró rabecado”que é um misto de suas composições com a dos mestres da cultura popular nordestina. Tem o grupo paulista de Araraquara, Flor do Campo (do qual eu não sei nada, me desculpem!). Tem também a Marta Strauch (seria a artista plástica carioca?), parceira aqui do indomável e saudoso poeta Paulo Leminski na faixa “Moto Contínuo”. Além dos titulares, o disco ainda traz como convidado especial, Ney Matogrosso, cantando a faixa que dá nome ao lp. Não bastasse as ilustres figuras, ainda temos nos bastidores nomes como Natan Marques, Milton Edilberto, Murilo Fonseca e outros que vocês poderão conferir ao fazerem este contato quase mediúnico pelo Rapidshare 🙂 Confiram…
mazzaropi – jean e paulo garfunkel
lira mulata – luli e lucina
amor roxo – joésia
lua pequena – flor do campo
moto contínuo – marta strauch
êta nóis! – ney matogrosso e luli e lucina
gosto que eu gosto – jean e paulo garfunkel
barcos e beijos – joésia
dentro da nuvem – bené fonteles
viola apocalíptica – flor do campo

Christophe Rousseau – Na Casa Do Músico (2009)

Bonjour! Hoje meu dia vai ser foda! Daí, serei ainda mais vespertino, agilizando para não ficar no atraso. Tenho uma boa surpresa, que preparei ao longo da semana.
Apresento a vocês o franco-uruguaio-carioca, Christophe Rousseau, um artista independente que vive entre o Brasil e a Europa. Ele passa seis meses na França, tocando em diversos lugares e nos outros seis ele está no Rio. Chris é uma figura conhecida do blog. Foi através dele que o Toque Musical lançou as polêmicas fitas de João Gilberto na casa de Chico Pereira. Desta vez ele volta às nossas postagens, mas como um artista, o elemento principal.
Há pouco mais de um mês ele me mostrou essas gravações despretensiosas que fez no Estúdio Casa do Músico, em São Gonçalo, Rio. De maneira bem intimista ele toca violão e canta, demonstrando muito bom gosto e qualidade. As gravações não foram feitas com a intenção de irem a público, percebe-se logo que são apenas ensaios. Mesmo assim ficou muito legal e eu insisti em apresenta-lo como se fosse um álbum de verdade. Criei a capinha com a arte em anexo, como qualquer outro álbum. Espero que vocês gostem do resultado e caso alguém tenha interesse em contratar o Christophe, o contato segue na embalagem. Pode chamar que vai ser show 😉

joão e maria
la javanaise
sorry seems to be the hardest world
l’écran noir de mes nuits blanches
j’ai rendez-vouz avec vous
dansez sur moi
les petits pavés
l’orage
the man i love
il faut tourner la page
dans mon ile
jeanne la française
le sud
ne me quittes pas
les moulins de mon coeur
nature boy
muito a vontade
bebê
c’était pour jouer
carinhoso

Arthur Moreira Lima – De Repente (1984)

De repente, eis que chegamos ao Dia do Independente (até rimou). Como estamos na semana dedicada à música erudita, o certo é que sejamos coerente, trazendo um disco do gênero e numa produção paralela. Temos então este álbum independente do pianista Arthur Moreira Lima, gravado nos Estados Unidos e lançado no Brasil pela L’Art Produções Artísticas, com capa e texto de Millor Fernandes. Este não é exatamente um disco de música erudita. A erudição está apenas no modo de tocar e na formação desse grande instrumentista, reconhecido mundialmente. As faixas trazidas no lp, como se pode ver logo a baixo, são em sua maioria de músicas populares e bem conhecidas do público. O álbum, também chamado “Retratos 3×4 de alguns amigos 6×9”, numa analogia fotográfica, refere-se ao seu singelo trabalho solo interpretando grandes compositores como Villa Lobos, Chico Buarque, Noel e Vadico, Radamés, Pixinguinha e outros mais… Disquinho bacana, confira…

tico-tico no fubá
vaidosa n.1
conversa de botequim
teclas e dedos
feitiço da vila
batuque
valsinha
canhoto
a condessa
therezinha de jesus
ave maria
carinhoso

José Alexandre – Alma De Músico (1981)

Hoje cedo catei uns três discos para escolher qual seria postado. Fiquei com o “Alma de músico” de José Alexandre. Achei que ninguém ainda o houvesse postado, mas me enganei. Bobeira minha… devia ter pesquisado antes. Tem pelo menos uns dois blogs com este disco. Mas agora, depois de todo o trabalho, vai ser esse mesmo. Se você, meu amigo, ainda não o ouviu ou não o conhece, a oportunidade é agora!
José Alexandre ficou conhecido do grande público através da música “Bandolins”, defendida por ele e Oswaldo Montenegro no Festival de Música da TV Tupi em 1979. Essa música fez muito sucesso e ajudou a abrir as portas para seu primeiro disco, lançado em 81. “Alma de músico” foi um álbum com poucas, mas com boas composições, bem produzido e com participações especiais (Túlio Mourão e Oswaldo Montenegro). Neste disco se destacam as faixas, “Sábado” de Frederiko (Som Imaginário) e o sucesso “Estrela” de Montenegro.
José Alexandre ou Zé Alexandre continua na ativa e sempre participando (e ganhado) de festivais pelo país. Para saber mais sobre o Zé visite o seu site oficial: http://www.zealexandre.com.br/
alma de músico
sábado
grávida
estrelas
prá zé cantar
pousa
cartas marítimas
como se estivesse fora
casca d’anta

O Melhor Dos Festivais De Minas 1984

Este disco é o resultado de um projeto criado pelo governo mineiro em 1984. Um festival que reunisse os vencedores de outros festivais regionais de música pelo estado. Como é sabido, em Minas Gerais, eventos dessa natureza sempre tiveram vez. Este foi o primeiro, não sei dizer se houve continuidade, afinal projetos e políticas sociais não são o forte dos nossos governos. Quanto ao disco, apesar de ser um álbum simples com apenas oito músicas, não deixa de se uma boa amostra da produção nos festivais mineiros. Isso é que é toquinho mineiro, uai!

1- amanhecer – Marcus Bolivar
2- agua do cantil – Silvio Rabelo, Julio Regis e Sergio Rabelo
3- coisa simples – Robertinho Brant
4- luci – Toninho Ledo
5- destroier – Maurilio Rocha
6- pintura – Arlindo Maciel
7- estrada de ferro bahia-minas – Eros Januzzi e Jose Emilio Guedes
8- sete cantigas para chorar – Toniho Resende

Centro Popular de Cultura – O Povo Canta (1964)

“O povo canta” foi um trabalho musical composto por Carlos Lyra, Francisco de Assis, Billy Blanco, Rafael de Carvalho, Geni Marcondes e Augusto Boal. A venda desse compacto arrecadou fundos para a construção do Teatro do CPC da UNE. No ano seguinte, o disco foi retirado de circulação pela censura. Na mesma época, o Teatro do CPC da UNE, recém-construído, foi metralhado pelo Movimento Anti-Comunista (MAC). Por um longo período este inocente disquinho foi considerado “material subversivo”. Hoje vale uma baba na mão de colecionadores.

… e não é pra menos, este disco pode ser considerado uma peça histórica na cena musical e política desse nosso país. Música de crítica, resistência e protesto. Insdispensável!

Paulo Rafael (1988)

Segue aqui mais um disco raro, pelo menos nas bandas do sul. Paulo Rafael, grande guitarrista pernambucano. Para quem não o conhece, este cara toca com o Alceu Valença. Sua trajetória começa na década de 70, quando foi integrante da banda Phetus e depois Ave Sangria, duas banda de renome no cenário rock nordestino. Chegou a fazer um disco “Caruá”, por um selo independente, com o também integrante da banda do Alceu na época, Zé da Flauta. Esse disco, apareceu recentemente postado em alguns blogs. Interessados, posso postá-lo também. Bom, sobre o disco aqui apresentado, o que tenho a dizer é que se trata de um album instrumental muito bom. Foi o primeiro trabalho solo desse instrumentista. Guitarras acústicas, sintetizadas, com pitadas de rock, jazz e ritmos nordestinos. Sei de um outro trabalho experimental do Paulo com o tecladista mineiro Marcio Lomiranda e a cantora carioca Taryn Kern Szpilman, o Eletro Fluminas. Mas essa é uma outra história e vamos deixar para uma próxima ocasião.

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