Olá amiguíssimos cultos e ocultos! Na sequência das postagens dos grupos de Beagá, eu escolhi para hoje um disco que não me desse trabalho. Rápido de digitalizar, pois se trata de um EP, um disco com apenas quatro faixas, porém para contrariar as minhas expectativas, trata-se de uma banda totalmente desconhecida, inclusive em pesquisas no Google. Eu como não tenho tempo a perder, nem vou correr atrás de informação. Esta, por certo, uma hora aparece. Sempre tem alguém que conhece, que sabe alguma coisa… quando não, até mesmo os próprios artistas. Por onde será que anda essa moçada hoje em dia?
A música do Edição Extra reflete bem a atmosfera dos anos 80, porém eu imagino que eles não decolaram por conta da sua música, que ao meu ver (e ouvir) fica numa indecisão entre pop, rock… meio que rebuscado, sei lá… acho que faltou uma pega, um refrão… Talvez ao vivo a música do Edição Extra funcionasse melhor. Independente de qualquer coisa, penso que a banda merece uma segunda chance, por isso é que ela está aqui. Faz parte da história da música jovem feita em Minas. Querem conhecer?
Arquivo da categoria: Selo Independente
Eugênio Brito – Trilha Mineira (1991)
Olá amigos cultos e ocultos! Eu pensei que iria ficar mais folgado a partir deste mês, tendo assim mais tempo para me dedicar às postagens, mas realmente está difícil. Morreu o Jair Rodrigues, teve o Dia das Mães… e eu acabei não prestando as minhas homenagens. Podia até fazê-las agora, porém ainda estou na dívida com a ‘minerada’. Vou continuar nesta semana apresentando a música que vem de Minas.
Para hoje eu trago esta produção independente do compositor Eugênio Brito, lançada em 1991 pela editora Letra & Música e gravado na Bemol. Este álbum é resultado da premiação de Eugênio Brito no 1º Festival de Música da Cidade de Vespasiano, realizado em 1990. Neste festival, produzido também pela Letra & Música, Eugênio faturou o primeiro lugar com a canção “Trilha Mineira” e teve também outra música, “Giramundo”, classificada entre as oito finalistas. O lp saiu no ano seguinte, sendo produzido pelo próprio artista e contando com a participação de outros grandes nomes da música mineira, como Maurício Tizumba, Fernando Rodrigues e outros. André Dequech e Renato Mota, que também tocam nas faixas, são os responsáveis pelos arranjos. Por aí já dá para sentir as qualidades deste trabalho. Confiram!
Serpente (1985)
Olá amigos cultos e ocultos, boa noite! Para esta semana eu resolvi reunir aqui algumas coisas do ‘bairro’. Ou melhor dizendo, alguns discos dos diferentes ‘clubes de esquina’ que temos nessa Belô. As vezes é bom tirar a poeira, ressuscitar os mortos e os esquecidos, assim como dar luz a prata da casa. Tem muita coisa interessante que merece ser lembrada. Vou começando por essa que foi, com certeza a mais ‘descolada’ banda de rock da cidade: Serpente. Um grupo que tinha tudo para decolar, não fosse as montanhas de Minas que os impediam de serem vistos e ouvidos como as diversas bandas que surgiam no país naqueles anos 80. No meu entendimento, faltou a eles um bom produtor, ou mais ainda, uma gravadora. A banda surgiu em 82, formada por Kêta (vocal) e Dida (baixo). O Serpente fazia sucesso por onde passava. Tinham aquela essência do bom rock’n’roll. Para ser mais exato, os caras se incorporavam na melhor banda da Terra, os Rolling Stones, ao lado dos Beatles, claro 😉 Traziam aquela atitude da dupla Jagger e Richards, sem serem caricatos. Tocaram muito nas noitadas de Beagá, nas Calouradas da Puc e Ufmg. Outro grande barato do Serpente era que os caras se empenhavam em criar músicas próprias. Seu grande ‘hit’ foi “Poe na roda”, um rock com todos os ingredientes ‘stoneanos’ e uma letra na medida, mensagem simples e direta, como convém ao estilo. Outra música que também merece destaque é “Dia louco”. Esta talvez, seja aquela com maior apelo comercial, uma música que bem produzida e com outros arranjos, estaria agora figurando entre os sucessos da música pop nacional dos anos 80. Em 1985 eles gravaram este EP no estúdio do João Guimarães, baterista de outra saudosa banda, o Kamikaze. O disco foi uma produção independente, o que quer dizer que o número de cópias também não grande. Hoje o lp se tornou uma raridade, peça procuradíssima por colecionadores, inclusive estrangeiros. Este vinil é uma peça importante da história do rock em Belo Horizonte. Ah, eu já ia me esquecendo… O grupo Serpente foi o embrião da banda mais que cover, mais que over dos Stones, a carismática ‘It’s Only Rolling Stones’. Sem bairrismo, a melhor banda de Rolling Stones do Brasil 😉
Para aqueles mais ‘antenados’ no ‘rock tupiniquim’, interessados em saber um pouco mais da história do grupo Serpente e do It’s Only Rolling Stones, eu sugiro assistirem documentário “Vinte Anos na Estrada do Rock”, de Flávia Barbalho. Demorei com este disco, mas agora já estou pondo na roda, valeu? 😉
Compositores Brasileiros Contemporâneos – 13. Festival de Inverno da UFMG (1986)
Vanja Orico E A T. B. Samba – A Passarela Do Samba (1984)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Quando não estou com pressa, estou atrasado, o que quer dizer quase a mesma coisa. Essa semana tá pegando! Ontem eu até esqueci de publicar a postagem que fiz, só percebi isso agora a pouco. Sorte é que já estava tudo pronto, foi só por à público. Como hoje so me sobrou esses últimos 30 minutos do dia, vou aqui lançando mão de outro que já estava na ”gaveta’. Para ser rápido, escolhi um compacto, por sinal, bem oportuno. No início da semana eu havia postado um disco da Vanja Orico, vi que todos gostaram, decidi então postar este compacto também. Um disco bem apropriado para o momento também pelo fato de que já estamos perto do Carnaval. Embora eu não tenha encontrado, numa rápida pesquisa, qualquer informação descente sobre este compacto, tudo me leva a crer que ele foi lançado próximo da inauguração do Sambodromo do Rio. O disquinho, inclusive é uma produção da Secretaria de Turismo do Rio e Funarj, voltado para a temática carnavalesca e mais exatamente ao Sambódromo, onde acontecem os desfiles das Escolas de Samba. No disco, apenas duas músicas, Compacto simples, mas já uma raridade que vale conhecer.
Valdênio – Esquinas E Bares (1992)
Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! O calor por aqui está bravo e a lombeira também. Não vejo a hora de cair na cama, mesmo sem um ar condicionado. Mas antes, porém, eu vou deixando um toque musical extraído aqui das Minas Geraes. Apresento, para os que não conhecem, o Valdênio, um dos grandes artistas mineiros, músico do grupo Zé da Guiomar em seu primeiro disco, lançado em produção independente no início dos anos 90. Valdênio estudou violão clássico com Cláudio Beato e violão popular com Juarez Moreira. No início de sua carreira participou de diversos festivais e formou o grupo “Queluz de Minas”, nos anos 80 (disco este, um compacto também já postado aqui no Toque Musical). Esteve envolvido em diversos projetos até lançar “Bares e Esquinas”. Um álbum, realmente, que merece a nossa atenção. Composições de qualidade, todas de Valdênio. Um time de músicos de primeiríssima (Juarez Moreira, Chico Amaral, Ezequiel Lima, Nenem, Ricardo Fiuza, Bauxita, André Dequech, Kiko Mitre, Carla Villar, Bill Lucas, Sérgio Moreira, Telo Borges, Eduardo Delgado…). A direção musical e os arranjos são de Juarez Moreira. Pô, sinceramente, este disco não tem o que se falar. Tem é que se ouvir!
Carioca & Devas – Mistérios Da Amazônia (1980)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Para não esquecermos que as sextas feiras por aqui já foram mais independentes, eu hoje vou postar um legítimo disco de produção paralela. Temos aqui um disco, o primeiro de Ronaldo Freitas, o “Carioca” e seu grupo Devas. Quem não conhece e vê de relance este disco há de pensar que se trata de uma produção regional e pelo título, “Mistérios da Amazônia”, deve pensar que é algo bem distante, soando como o carimbó. Mas não, não se trata de música regional. O papo aqui é instrumental. Música de qualidade, bem construida e trabalhada. Composiçoes e arranjos do proprio Ronaldo Carioca, que aqui faz uma incurssão quase progressiva. Música instrumental inspirada em elementos ambientais das regiões norte e nordeste. Por se tratar de música instrumental com um desenvolvimento progressivo, muitas pessoas colocam este disco no hall do rock progressivo nacional, mas sinceramente, creio que não era essa a postura dos músicos envolvidos. Carioca e o Grupo Devas trilharam por outros caminhos, prova disso são seus outros discos, pautados numa música insturmental muito própria, com influencias jazzisticas e experimental. Eles vem ainda acompanhados por outros músicos da cena de vanguarda paulista, como é o caso de Zé Eduardo Nazário.
Marcelo Vouguinha – Forma Livre (1983)
Carlos Careqa – Os Homens São Todos Iguais (1993)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Aqui estou eu, sem mais aviso prévio e sem tarefas diárias. Sigo agora nas postagens de acordo com a minha vontade e meu tempo livre. Isso é muito bom, pois não fico mais ancioso ou preocupado, pensando em qual vai ser o disco do dia. Agora eu inverti, qual vai ser o dia do disco 😉
Para encerrar de vez esse domingo, vou deixando aqui postado este álbum independente do cantor e compositor catarinense, Carlos Careqa. “Os homens são todos iguais” foi um álbum lançado em 1993. Creio eu que foi este o primeiro álbum do Careqa. Nele há algumas músicas que marcaram época, pelo menos para mim. Começando por “Não dê pipocas aos turistas”, uma visão tão divertida de Curitiba que vale até um repeteco. “Acho” é outra música que eu também adoro, com uma letra bem criativa. Aliás, este é o grande mérito do Carlos Careqa, letras bem construídas, com tiradas inteligentes e poéticas. Há outras músicas também muito boas que fazem deste um de seus melhores oito discos 🙂 Há nele a participação especial de figuras como Arrigo Barnabé e o falecido Itamar Assumpção. Com mais esses aditivos, não há o que duvidar da qualidade deste trabalho. Muito bom e eu recomento 😉
Copa-Leme Orquestra – Músicas Imortais Álbum Coleção De Ouro (1971)
Olá amigos cultos e ocultos! Como eu sei que por aqui há uma legião de fãs de orquestras, vou hoje caprichar na postagem para essa turma. Temos aqui um disco que só mesmo no Toque Musical vocês poderiam encontrar. Trata-se de um obscuro álbum duplo, lançado possivelmente em 1971, através de um selo chamado ‘Disc News’. Curiosamente, mesmo sendo um álbum duplo,não há nele qualquer tipo de informação que vá além da própria lista de músicas. Pesquisando pelo Google também não chega muito longe, vamos vê-lo apenas no Mercado Livre. Em resumo, temos aqui um álbum duplo de uma orquestra chamada Copa-Leme Orquestra, a qual nos apresenta um repertório clássico, com todas aquelas músicas que sempre fazem o sucesso. Por conta, inclusive, de alguns ‘pot-pourri’ eu achei melhor não nomear as faixas. De qualquer forma, através do selo é fácil fazer essa identificação.
Taí um bom disco para o sábado 😉
Grupo Queluz De Minas (1981)
Boa noite, amigos cultos e ocultos. Hoje eu vou mandar aqui um compacto, produção independente aqui de Minas Gerais. Apresento aos que não conhecem o grupo Queluz de Minas. Um conjunto vocal nascido no final dos anos 70, na cidade de Conselheiro Lafaiete. Segundo eles contam, o grupo foi criado no intúito de fazer um show em homengem ao um músico da cidade, João Salgado que vem de uma das famílias de fabricantes da famosa ‘Viola de Queluz”. Queluz é uma região no município de Conselheiro Lafaiete onde, entre o final do século XIX e o início do século XX, eram fabricadas por duas famílias (Meirelles e Salgado) as violas de pinho, que hoje se tornaram raríssimas e cobiçadas por todo bom violeiro.
O Grupo Queluz de Minas, pelo que sei só gravou este compacto e (me parece) um lp (ou cd?). Não encontrei nada a esse respeito, mas é possível saber. Alguns de seus integrantes prosseguiram em carreira individual e com outros grupos. Ao que parece eles continuam na ativa, pelo menos no Facebook onde mantem uma página.
Jacaré – Choro Frevado (1985)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Eis aqui um disco que eu descobri recentemente. Na verdade eu o adquiri em um lote de disco que comprei em um sebo no Recife. Há tempos esse disco está esperando uma oportunidade de ser apresentado aqui. Hoje eu resolvi postá-lo e porque não dizer, conhecê-lo melhor. Confesso que me surpreendi. Aliás, quando se trata de artistas nordestinos eu geralmente me surpreendo, pois a turma lá pra cima tem uma musicalidade ímpar.
Temos aqui o ‘Jacaré’, apelido de Antonio da Silva Torres, um genial instrumentista e compositor pernambucano. Músico nato, que veio a ser descoberto, tardiamente, pelo violonista Maurício Carrilho na década de 80. Gravou apenas este disco através de um projeto cultural patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Recife e Funarte, o Projeto Nelson Ferreira, que buscava registrar e promover a boa música feita na região e seus artistas. O disco de Jacaré foi o segundo volume de uma série do qual eu só conheço este lp. Com apoio e produção artística de Maurício Carrilho, o disco foi lançado em 1985. Como se trata de uma produção cultural, certamente o número de cópias (discos) foi pequena, insuficiente para apresentar o artista aos quatro cantos do país. Mesmo assim já valeu o esforço, o registro para a posteridade. Mesmo de maneira tímida, este trabalho permaneceu. A Funarte, pelo que sei, chegou até a relançá-lo em formato cd. Este é mais um daqueles álbuns que a gente precisa mesmo conhecer. Na verdade, não só o disco, mas também o artista. Para melhor apresentá-los, vou tomar aqui emprestado o texto do jornalista Marcos Toledo, publicado no Jornal do Commercio do Recife, há 12 anos atrás:
Obs.: Jacaré faleceu em 2005
Charme Faces – Um Plano (2002)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Finalmente é sexta-feira! Mesmo estando eu um tanto ‘pitimbado’, cheio de dores, como cabe a todo cidadão na ‘idade do condor’. Foi por estar meio mal que não tive ânimo para postar nesses últimos dois dias. Hoje me sinto um pouco mais animado, a ponto de curtir uma balada (mas regada a água mineral) e de quebra ainda botar um som para todo mundo dançar. Oha ele aí…
No início do ano estive em São Paulo e por lá comprei, numa garimpada pelos sebos do Centro, uma série de curiosidades musicais, discos que me chamaram a atenção. Produções nacionais, claro, mas específicamente da terra da garôa. Gêneros dos mais variados. Fico impressionado de ver essas produçoes independentes, coisas que parecem circular apenas na própria cidade, ou para um grupo muito específico. É o caso deste álbum (duplo!) do trio “Charme Faces”, um grupo de rap muito bem arranjado. Os ‘manos’ fazem um som bem gostoso, um batido contagiante, que leva qualquer um no clima. Claro, é música puramente americana, ‘black music’, um estilo conhecido do ‘charme’, que agrada com facilidade. O que pega é a qualidade dos ‘raps’, as letras são fraquinhas, somadas a um vocal típico de paulista suburbano que puxa o ‘erre’. Mas no mais, o disco é bem interessante de se ouvir, seja com esses ou com outros olhos. Infelizmente eu não tenho nenhuma informação do grupo. Pelo Google também não encontramos muita coisa além das próprias músicas. O Charme Faces, pelo pouco que pude ver é uma trio muito bem conceituado do rap, inclusive internacional. A música “Sexta feira” é um dos seus hits mais conhecidos. Taí uma boa razão para essa apresentação. Hoje é sexta feira!
Labirinto – Kadjwynh (2012)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Domingo, para não variar, é um dia cheio de surpresas, geralmente desagradáveis. Como já foi noticiado em todos os veículos de comunicação, principalmente pela web, morreu hoje o nosso grande cavaquinista Waldir Silva. Eu cheguei até pensar em dedicar esta postagem a ele, mas infelizmente não tenho como preparar uma para de imediato. Assim, estou pelo menos repondo no GTM os dois discos que temos publicado aqui. Logo que possível a gente faz a homenagem, afinal este é um artista que merece o nosso carinho.
Como disse, o domingo é um dia de surpresas, mas que também podem ser boas. Eis aqui uma delas, a conceituada banda Labirinto. Hoje eu estou postado um disco lançado no ano passado. Trata-se de um EP cujo nome é “Kadjwynh”, que segundo informações quer dizer ‘energia vital’ na língua indígena Kayapó. O trabalho foi editado em formato cd e também em lp, em tiragem limitada. Como se pode ver nas ilustrações, o vinil é super bacana, totalmente estampado num desenho que lembra muito uma arte japonesa, embora não tenha nada a ver. Confesso que comprei este disco mais pela sua arte, digno de ficar na discoteca sempre exposto, de forma decorativa. Mas o que é belo por fora é ainda mais primoroso por dentro. Me fez lembrar um pouco de tudo que já ouvi em matéria de rock progressivo, psicodélico e coisas do gênero. Gostei tanto do trabalho dessa moçada que acabei comprando também o álbum duplo “Anatema”, lançado em 2010, genial! Para que gosta de rock progressivo, eis aqui uma superbanda. Esta eu fiz questão de postar e indicar. Não basta ouvir apenas, tem que comprar o disco e ir ao show. Aos interessados, sugiro que visitem o site da banda. Vale a pena!
Cabine C (1987)
Olá amigos cultos e ocultos! Aqui vamos nós neste sábado frio… acho que hoje eu nem vou sair de casa. Desânimo total! Tomar uma sopa ou talvez um mingau (putz, até rimou!)
Seguimos com mais uma curiosidade do rock tupiniquim, desta vez lá dos anos 80, Cabine C, alguém aí se lembra? Formada em Sampa por Ciro Pessoa (ex Titãs), Marinella 7, Wania Forghieri e Anna Ruth. Foi mais uma das muitas bandas surgidas naquela década, buscando seu lugar ao sol. Ficou só neste lp, disco este, por sinal, produzindo pelo Luiz Schiavon do RPM. Álbum independente, com onze faixas, também conhecido como “Fósforos de Oxford”, nome de uma de suas músicas. O Cabine C traz um ‘rock’ bem aos moldes do que rolava naquela época do pós punk. Suas músicas trazem elementos do gótico, industrial, dark… muito influenciada pelas bandas inglesas de ramificação mais ‘cult’ da onda ‘New Wave’. O Cabine C teve seu segundo momento ao ser incluído em uma copilação lançada há alguns anos atrás na Inglaterra, ao lado de outras bandas brasileiras, o cd “The Sexual Life of The Savages”.
Câmbio Negro HC – O Espelho Dos Deuses (1990)
Galo Metal – Torcida Organizada (2002)
Olha o Galãaaao aí de volta! Mais um toque atleticano. Me lembrei que hoje temos um clássico, Atlético e Cruzeiro se enfrentam mais a tarde. O time ‘azul babado’ vem louco atrás de uma vitória que sirva para levantar o ânimo de sua torcida, que tem andado tão calada (porque será?). Para esquentar a disputa, segue aqui uma coletânea heavy metal dedicada ao Galo, lançada em 2002, reunindo 13 bandas de rock mineiras expressando toda a paixão por esse super time. Eu já havia postado esta coletânea em um outro momento e com a capa original dentro de um pacote em homengem ao Atlético. Como não foi um post exclusivo, faço-o agora e como uma capa nova (não sei onde foi parar o meu cd).
A propósito, já estão no GTM os links de outros discos sobre o Atlético que foram postados aqui, ok?
Dorival Caymmi – Caymmi (1985)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje, domingo, estou fazendo a minha última postagem antes de entrar de férias. São férias curtas, apenas uns dez dias, mas o suficiente para eu descansar. Depois eu volto para ainda a tempo brindarmos os 6 anos do blog Toque Musical. E para luminar a cavernar e abrilhantar nosso espaço, vou deixar durante esse tempo um presente especial. Aqui, tudo é ao contrário. Eu saio e deixo a luz acessa. Faço aniversário e dou presente. 🙂
Olha aí, depois de tantos pedidos, estou trazendo para vocês este disco de Dorival Caymmi. Uma produção limitada, sob os auspícios da Fundação Emílio Odebrecht. Lançado não comercialmente em 1985 para um seleto grupo, em um luxuoso box contendo além de um álbum dúplo, um livro sobre o artista (Caymmi – Som Imagem Magia). O conteúdo fonográfico ficaria inédito até 1997, quando então recebeu um edição em cd. Mas podemos dizer que já se trata de um material fora de catálogo e consequentemente, merece a nossa atenção.
Este disco foi uma produção que envolveu o próprio Caymmi. Traz, por certo, algumas das muitas e mais famosas de suas composições. Depoimentos de Caribé, Jorge Amado, Tom Jobim e Caetano Veloso. Para completar o prato, temperos especiais: um time de músicos de primeiríssimas, a começar pelo regente e arranjador principal, Radamés Gnattali. Aliás, um time não, dois ou mais… Não vou nem mencioná-los para não me estender muito. Essas informações vão incluidas no ‘pacote’, ok?
Den Sorte Skole – Lektion III (2013)
Agostistinho de Matos – Um Violão Dentro Da Noite (198…)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Ontem, sexta feira, eu não postei nada. Juntou a preguiça com a falta de tempo e deu no que deu… Mas para compensar, vou ver se hoje consigo fazer duas postagens, para não perdermos a intesidade 😉
Vou logo apresentando aqui o disco que seria o de ontem: “Um violão dentro da noite”, do violonista mineiro Agostinho de Matos. Aliás, ao que parece, este foi o seu único registro fonográfico e ainda assim de maneira independente. Agostinho, para os que não o conhecem, foi um dos importantes professores de violão em Belo Horizonte. Muitos músicos e artistas conhecidos passaram pela sua escola, a EMAB. Ele também foi radialista, apresentando programas musicais nas Rádios Inconfidência e Guarani, aqui na capital Mineira. Também atuou na televisão, na extinta TV Itacolomi. Neste lp, cuja a data de gravação e lançamento não sejam informados (creio que é da década de 80), temos um repertório totalmente autoral, onde ele executa choro, tango, valsa, fox, balada, serenata e até música ao estilo paraguaio. Segundo contam, o professor Agostinho era um pouco avesso às gravações e só lançou este disco depois de muitos insistirem com ele. Vamos conhecer?
Paurillo Barroso – Acalantos E Canções (1966)
João De Jesus Paes Loureiro E Salomão Habib – Belém. O Azul E O Raro (1998)
Marlui Miranda – Rio Acima (1986)
Hoje, sexta feira, venho trazendo mais uma produção independente. Pela primeira vez estou postando aqui no Toque Musical um disco da cantora e compositora cearense Marlui Miranda. Já passava da hora de termos aqui algum trabalho desta artista, que também está entre as minhas favoritas. Marlui tem um trabalho muito próprio, uma música voltada para as questões indígenas e ecológicas. Suas pequisas nessas áreas lhe renderam um reconhecimento internacional e vários prêmios. Trabalhou em filmes e documentários, criando diversas trilhas. Já tocou e se apresentou ao lado de grandes nomes como Egberto Gismonti, Gilberto Gil, Nana Vasconcellos e internacionais como Jack De Johnette e John Surman.
“Rio Acima” foi seu terceiro álbum e traz além de suas composições, músicas como o clássico “Na asa do vento”, de Luis Vieira e João do Vale e também “Volto prá curtir”, de Jards Macalé e Waly Salomão.
Chico Lessa – No Tom De Sempre (2009)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Chegamos então à sexta feira, o melhor dia da semana! E hoje eu espero que seja mesmo. Esse tempo nublado não vai molhar o meu chapéu 🙂
Como tradicionalmente a sexta é dia de artista/disco independente, eu venho trazendo para vocês um disco nota 10, lançado em 2009 e pouca repercussão teve na época. Eu mesmo, não conhecia. Não conhecia este trabalho, mas o Chico Lessa é figurinha carimbada, cantor e compositor, um artista que tem sua trajetória associada ao pessoal do Clube da Esquina, aos festivais e agitos musicais cariocas daqueles anos 70. Eu sempre pensei que o Chico fosse mineiro, mas o cara é capixaba, nasceu em Vitória. Tomei um baita susto ao vê-lo nas fotos deste cd. Me lembro dele magrinho, meio hipponga. De repente me aparece assim, quase careca, de cabelso brancos… caraí… o tempo passou mesmo! Mas, considerando o inevitável, ele até que está muito bem e melhor ainda nessa produção feita pelo amigo Toninho Horta. Bom, por aí já dá pra imaginar o que temos neste cd. “No mesmo tom de sempre” é um trabalho que contempla (claro!) as composições de Chico, algumas, inclusive, em parcerias. Esta que dá nome ao disco, por exemplo, é uma música que ele fez em parceria com o Márcio Borges e foi incluida no disco “Os Borges – Em Famíla (1980)“. Como se pode ver pela contracapa são ao todo doze músicas, com participações super especiais de outros artistas como Carlar vilar, Yuri Popoff, Rudi Berger, Tatta Spalla, Robertinho Silva, Chico Amaral, Lô Borges, Juarez Moreira, Nivaldo Ornellas… e tem mais… inclusive o Toninho Horta, claro!
Quem quiser saber mais sobre o Chico Lessa e também sobre o lendário Clube da Esquina, sugiro uma visita ao blog Museu Clube da Esquina. Tem muita história para contar 🙂
Se alguém estiver interessado em comprar o cd, ainda é possível adquiri-lo através do site da Música Que Vem De Minas.
Renato Mendes – Some Stars (198…)
Péricles Cavalcanti – Sobre As Ondas (1995)
Antes que este ano acabe, que o blog acabe… Eu não poderia deixar de postar aqui um dos meus discos preferidos de todos os tempos, “Sobre as ondas”, do genial Péricles Cavalcanti. Este álbum eu venho há tempos ensaiando em postá-lo, mas só não o fiz antes porque não encontrava o bendito lp. O tempo passou e eu acabei esquecendo. Hoje, procurando o disco do dia, me lembrei. Lembrei que tenho apenas a versão em cd. Quer saber? Vai ser essa mesmo! Taí um disco que a gente precisa ouvir sempre, seja em cd, vinil ou mp3.
“Sobre as ondas” foi o segundo ou terceiro trabalho gravado por Péricles. Como em “Canções”, seu primeiro álbum, postando também aqui no TM, este é também impecável, praticamente todo autoral, tendo apenas duas músicas em parceria: “Poesseu, poessua (pérnalas)”, sobre poema de Décio Pignatari e “Imagem”, sobre poema de Arnaldo Antunes. Este disco foi lançado em 1995 de maneira quase independente. Composto, produzido e arranjando por Péricles. Muito bom! Eu garanto!
por todas as veias
minha vanguarda
doris monteiro
deuses e homens
imagem
a noite em que vicente celestino morreu
vídeo chorinho
número um nº 2
poesseu, poessua (pérnalas)
intimidade
aula de matemática nº 2
odeio música
com amor, com você
cara de mãe
mapa mundi
Noel Rosa (1982)
Boa noite amigos cultos e ocultos! Aos trancos e barrancos, aqui vamos nós. Com alguns atrasos, algumas falhas… mas saibam que se dependesse só de mim, isso aqui estaria uma maravilha.
Hoje eu estou trazendo um disco especial, em homenagem a uma figura também especial, o nosso inigualável Noel Rosa. Se estivesse vivo, estaria fazendo hoje 102. Mais novo que o Niemayer, heim!? Mas o Noel, como aquela vida boêmia que levava não ia mesmo muito longe. Não foi, realmente. Mas teve tempo suficiente para se tornar eterno. O presente lp foi produzido pela FENAB (Federação Nacional de Associações Atléticas Banco do Brasil), um disco duplo e independente, de tiragem limitada, lançado no ano de 1982. O álbum se divide em dois momentos, o primeiro no disco 1, iremos encontrar uma seleção de fonogramas antigos com alguns de seus primeiros sucessos interpretados por Araci de Almeida, João Petra de Barros, Mário Reis, Francisco Alves, Mário Reis, Marília Batista e também pelo próprio Noel. No disco 2 iremos encontrar, de um lado, outras músicas de Noel em gravações mais recentes, a partir dos anos 60. Do outro lado, uma seleção de seis músicas gravadas especialmente para este disco. Foram reunidos aqui artistas como Roberto Paiva, Zezé Gonzaga e Roberto Silva, acompanhados pelo Conjunto Época de Ouro. As músicas contaram com arranjo e regência do maestro Orlando Silveira. Para completar o álbum traz um livreto de dez páginas contando um pouco a trajetória de Nole Rosa. Muito legal 🙂
festa no céu – noel rosa
eu vou pra vila – almirante e o bando de tangarás
nuvem que passou – francisco alves
prazer em conhece-lo – mário reis
cem mil réis – noel roda e marília batista
joão niguém – araci de Almeida
feitiço da vila – joão petra de barros
capricho de rapaz solteiro – mario reis
pra me livrar do mal – francisco Alves
provei – noel e marilia batista
conversa de botequim – noel rosa
pela décima vez – araci de almeida
depoimento de joão de barro sobre ‘linda pequena’ e ‘pastorinhas’
linda pequena – joão petra de barros
pra que mentir – paulinho da viola
filosofia – mario reis
pra esquecer – clara nunes
não tem tradução – joão nogueira
mulato bamba – mario reis
tarzam (o filho do alfaiate) – roberto paiva e conjunto época de ouro
dama do cabaré – roberto silva e conjunto época de ouro
só pode ser você – zezé gonzaga e conjunto época de ouro
cor de cinza – zezé gonzaga e conjunto época de ouro
uma jura que fiz – roberto silva e conjunto época de ouro
mais um samba popular – roberto paiva e conjunto época de ouro
último desejo – roberto e conjunto época de ouro
Alberto Rosenblit & Mário Adnet (1980)
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Novamente estou as voltas com uma penca de solicitações de links para velhas postagens. Peço aos interessados que tenha paciência. Estou, na medida do possível, repondo por ordem de chegada as suas solicitações, ok?
Segue aqui um disco bem bacana, uma produção independente reunindo dois músicos de primeiríssima, Alberto Rosenblit e Mário Adnet. São, certamente, nomes pouco conhecidos do grande público, mas possuem carreiras sólidas como instrumentistas, compositores, arranjadores e produtores. Este álbum, gravado em parceria, foi o trabalho de estréia deles em discos. Gravado em 1979, contou com a participação de muita gente boa como o grupo vocal Boca Livre, Toninho Horta, Danilo Caymmi, e Leo Gandelman. Lançado em 1980, o disco foi escolhido como um dos melhores lançamentos independentes daquele ano. Algumas músicas chegaram inclusive a fazer um relativo sucesso, como é o caso de “Penedo”, música de Rosenblit, Márcio Resende, Luiz Fernando Gonçalves e Mário Adnet. O disco num todo é muito bom e vale a pena dar uma conferida 😉
tambá
penedo
pica pau
que mal me quer bem
baiambé
enviesado
ela
a meia noite e meia
adriana
não leve a mal
até o fim
valsa
Francisco Mário – Pijama De Seda (1985)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje eu trago para vocês um disco muito bonito do Chico Mário. Aliás, mais um, diga-se de passagem. Temos aqui no Toque Musical outros dois discos dele, na mesma linha, instrumental de primeiríssima. “Pijama de Seda” foi um disco de 1985, mais uma produção independente lançado com estréia em show na Sala Cecília Meireles, no dia 30 de setembro. Neste lp ele faz uma homenagem à Pixinguinha com a música que dá nome ao disco. Há também “Ressureição”, outra homenagem, desta vez ao irmão Henfil. Música esta onde ele toca com oito violões diferentes. De todas as músicas do disco, gosto em especial de “Violada”, me traz boas recordações, além de ser realmente linda. Todas as músicas são de autoria do próprio Francisco Mário. Este álbum foi também relançado em cd, mas com outra capa. Certamente ainda é possível encontra-lo em lojas.
ressureição
espanhola
terra queima
3ª guerra
lãs locas
pijama de seda
souza
venceremos
violada
faz que vai
coceirinha
saudade de mim
Tribo De Jah – Regueiros Guerreiros (1992)
Boa noite a todos! O dia hoje está bom para um reggae. Reggae sua mente, solte seus espíritos… Vamos apresentando neste sábado, um álbum raro, acredito que o primeiro, do grupo de reggae Tribo de Jah. Lançado em 1992 de forma independente, “Regueiros Guerreiros” traz nove músicas, todas de autoria do vocalista Fausi Beydoun. A Tribo de Jah nasceu na Escola de Cegos do Maranhão, onde quatro de seus integrantes se conheceram. O grupo é formado por músicos cegos e tomou corpo e identidade a partir da entrada de Beydoun, um entusiasta da cultura reggae. Vão analisando aí que depois eu volto. Fazer postagem através de celular dá uma canseira!
babilonia em chamas
babylon system
reggae bumba-boi
2000 anos
regueiros guerreiros
why do you do it
neguinha
breve como um jogo
song of destruction