Olá, amigos cultos e ocultos! Tem dias em que a gente fica num desânimo que não dá nem vontade de levantar da cama. Essa etapa eu até consegui vencer, mas sinceramente, estou me arrastando para fazer qualquer outra coisa, inclusive a postagem de hoje. Mesmo assim, vamos a ela, um ‘disco de gaveta’ para não dar muito trabalho.
Arquivo da categoria: Selo EMI-Odeon
Carlinhos Vergueiro – Pelas Ruas (1977)
Johnny Alf – Nós (1974) REPOST
Uma outra homenagem… Uma postagem especial ao grande Johnny Alf que acaba de nos deixar. Vai Alfredo! Nós ficaremos aqui com o Johnny, seu legado musical e suas lembranças. Valeu demais!
Segue aqui nesta postagem um belo álbum de 1974. Nós é um discaço, um dos 3 mil da minha lista dos mais mais da MPB. Participam deste trabalho, tanto nos arranjos/orquestrações quanto nas faixas, as ilustres figuras de Egberto Gismonti, Gilberto Gil, Ivan Lins, Paulo Moura, Arthur Verocai e Wagner Tiso.
Com este belíssimo lp, deixo registrado no Toque Musical a presença de um dos mais importantes músicos brasileiros, que agora vai tocar com a turma lá do céu.
PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!
Paulinho Da Viola (1975) REPOST
Estamos levando a semana no samba e para mim, samba sem Paulinho da Viola é como comer arroz sem feijão, não dá… Assim sendo e também para manter o bom nível musical enquanto eu dou uma pausa, aqui vai mais um belo disco desse grande artista. Lançado em 1975, o álbum traz entre outras, “E a vida continua”, “Argumento” e “Amor a natureza”. Embora discos de medalhões, como é o caso do Paulinho, nunca saiam de catálogo, há sempre uma certa dificuldade em encontrá-los. Por essa e por outras é que ele está aqui 😉 abrilhantando nosso toque musical.
PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!
Nelson Cavaquinho (1973)
Bom dia, prezados amigos cultos e ocultos. Nesta semana, sem intenção, tenho postado discos dos anos 70. Taí uma década que eu adoro, principalmente pelo lado musical. Acho que foi o ápice da indústria fonográfica no Brasil. Era um tempo onde quem administrava as gravadoras entendia de música, tinha sensibilidade e competência. Depois vieram os administradores formados em universidades e transformaram tudo em negócios. E pode-se dizer que foram péssimos administradores, pois, ofuscados pelo brilho do ‘compact disc’, deixaram-se levar por um caminho sem volta. Sucatearam a indústria do vinil e o pior, também a nossa música e os nossos artistas. Sinceramente, não fossem os blogs musicais, em sua anarquia cultural, atuando nos últimos dez anos, muita coisa ainda estaria perdida, esquecida… nas mãos dos gringos que vão relançando lá fora aquilo que aqui ninguém se lembra mais.
Putz, nem sei porque eu comecei de novo esse assunto… uma coisa leva a outra, deve ser… Melhor falarmos do disco do dia 🙂
Hoje segue aqui uma bela coletânea do Nelson Cavaquinho, lançada em 1973 pela EMI-Odeon, através de seu selo especial Fenix. Nela encontramos alguns dos clássicos de Nelson e seus parceiros. Embora não conste no lp informações (além de um diálogo transcrito entre o jornalista Sérgio Cabral e Nelson), eu suponho que a seleção do repertório inclui novas gravações. Digo isso porque algumas músicas cantadas por ele me soaram diferente ao ouvido. Deve ser talvez porque já faz um tempo que eu não escuto o sambista. Nem me lembrava dele cantando junto com o seu mais fiel parceiro, Guilherme de Brito, que aqui também marca presença. Foi muito por conta disso que este álbum está sendo postado agora. Não é nenhuma raridade, inédito ou novidade. Mas cá pra nós, quem consegue aqui no Brasil enjoar de arroz com feijão?
PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!
Nana Caymmi – Mudança Dos Ventos (1980)
Numa semana dedicada às cantoras, mesmo num limitado sete dias, ou sete postagens, eu não poderia deixar de fora uma das cantoras que eu mais aprecio, Nana Caymmi. Por certo, há dezenas ou centenas de grandes cantoras, umas até desconhecidas do grande público, que seriam as mais indicadas para a nossa mostra, mas não me contive ao desejo de ouvir e ter aqui no Toque Musical mais um belíssimo trabalho desta maravilhosa cantora.
“Mudança dos Ventos” foi lançado pela EMI-Odeon no ínicio dos anos 80. Felizmente, o que mudou foi só os ventos, pois a cantora aqui continua a mesma, senão melhor. Um excelente repertório, bons músicos, bons arranjos e boa produção. O grupo vocal Boca Livre participa do disco em duas faixas: “Meu bem querer”, de Djavan e “Estrela da terra”, de Paulo Cesar Pinheiro e Dori Caymmi.
Este álbum, pelo que eu pude verificar, já foi bem divulgado em outros blogs. Possivelmente os amigos cultos e ocultos já o localizaram. Mesmo assim, como disse, não resisti a tentação. Além de ser um disco que eu gosto muito é um dos melhores trabalhos fonográficos lançados naquela bendita década. Tem que conferir…
Marília Pêra – Elas Por Ela (1990)
Tavinho Moura – Cabaret Mineiro (1981)
Bom dia, moçada culta e oculta! Tenho percebido que muita gente (outros blogs) estão pegando carona nas minhas postagens. Vez por outra ando encontrando ‘links alienígenas’ colocados logo a baixo de algum post. Confesso que não sei bem como tudo isso funciona, se são os próprios blogueiros que o fazem ou se automaticamente esses links vão brotando no meu blog. O certo é que ontem a coisa foi exagerada, havia uma lista com mais de trinta links e dos mais diversos blogs. Decidi então dar uma boa faxina, investigar e entender como tudo acontece. Acabei, por falta de paciência e de tempo mudando algumas configurações do blog, o que alterou inclusive na parte de diagramação, fontes e formatos. Estou agora fazendo esta postagem e ainda nem vi o resultado. Espero não precisar mudar mais nada.
Na postagem teste, temos então o compositor mineiro, Tavinho Moura e seu premiado trabalho para o filme de Carlos Alberto Prates Correia, “Cabaret Mineiro”. Aliás, diga-se obrigatoriamente de passagem, premiado não só a música, mas o filme num todo. Prêmios de melhor filme, trilha, diretor, ator, atriz, fotografia e montagem. Quem ainda não viu o filme, vale a pena procurar e assistir. A trilha é impecável, ótima, da primeira à última faixa. As composições e adaptações são de Tavinho Moura, assim como os arranjos e orquestração. Há também duas músicas de Noel Rosa, “Nunca… jamais” e “Prá esquecer”. Participam do disco a mesma a turma do filme, atores e músicos. Não vou nem listá-los aqui, pois esta é grande se encontra nos créditos do encarte (em anexo). Mesmo assim é bom destacar a participação de grupos e artistas como Flávio Venturini e boa parte do seu 14 Bis, Conjunto Naquele Tempo, Grupo Tacuabé, Uakti Oficina Instrumental, Marujada de Montes Claros e a sensualíssima atriz e cantora Tânia Alves (êta morena boa!).
Joel Nascimento – Meu Sonho (1978)
Beth Carvalho – Na Fonte (1981)
Putz! Ontem eu levei um susto com a parada para manutenção do Mediafire. Achei que os arquivos haviam todos sido deletados. Já vi coisa parecida acontecer e nos dias atuais de caça às bruxas, não seria de estranhar. Preocupado com esta situação, eu volto novamente a pensar na possibilidade de levar o Toque Musical para o privado. Naturalmente ao fazê-lo eu irei (com uma boa antecedência) avisar a todos os frequentadores. Só faria sentido criar um clube fechado se nele eu mantivesse o mesmo número de público. Sei que pelo menos 1/3 dos visitantes ainda preferem se manter ocultos, seja por comodismo ou por algum tipo de temor aos patrulheiro$ da nova ordem digital. É pensando também nesse incomodo, no terrorismo eminente, que me vem a idéia de criar um espaço reservado, sem temor ou anonimato. Uma comunidade onde todos se conheçam, onde não haja “Gerson” querendo levar vantagem.
Volto mais uma vez a lembrá-los que neste blog não há interesses além de uma boa amizade, do intercâmbio cultural e das afinidades musicais. Eu não ganho um centavo (e nem quero) para fazer o Toque Musical. Se há alguém ganhando com isso, podem acreditar, são somente os donos da rede que nos garante gratuitamente esses espaços e um bando de advogados gananciosos que vem fazendo os $eus na sangria. Aqui eu não peço nenhuma contribuição, direta ou indireta. Se os criadores do produto não estão ganhando, não é justo que eu ganhe também. Sei que muitos hão de discordar das minhas idéias, tanto de um lado como do outro. Mas seria de bom tom para todos os blogueiros de música, reconsiderarem suas políticas, evitando doações financeiras, propagandas e principalmente a postagem de discos recentes. Um blog de música deve ter como meta principal, promover essa cultura fonográfica, preservar seus valores específicos, resgatar a memória e a história musical. E acima de tudo, ser feito com paixão. Por favor, não me interpretem mal… independente disso tudo, prezo a todos os blogueiros e respeito seus pontos de vista. Mesmo que por algumas vezes eu tenha me excedido, sempre soube reconsiderar, me desculpar pelos meus erros. Como já dizia o Paulo César Pinheiro, “o importante é que a nossa emoção sobreviva”.
E por falar em emoção, vamos a do dia… Vamos ao que é mais interessante, à Beth Carvalho em seu álbum de 1981, “Na fonte”. Este disco é outro da sambista que eu ponho fé, um dos meus favoritos. Nele nós estamos mesmo na fonte do Samba. Beth Carvalho reuniu neste lp os bambas do samba e pagode carioca, gente que sempre ficou nos bastidores, mas que são os pilares da música que mais expressa o Brasil. Um disco verdadeiramente de sambistas, produzido e arranjado por Rildo Horta. Vamos nessa… tá na hora da virada!