Raul De Barros – Ginga De Gafieira (1958)

Olá, amigos cultos e ocultos! Tem dias em que a gente fica num desânimo que não dá nem vontade de levantar da cama. Essa etapa eu até consegui vencer, mas sinceramente, estou me arrastando para fazer qualquer outra coisa, inclusive a postagem de hoje. Mesmo assim, vamos a ela, um ‘disco de gaveta’ para não dar muito trabalho.

Tenho para vocês o lp “Ginga de Gafieira”, do grande trombonista Raul de Barros, um nome que dispensa maiores comentários. Este lp, é outro, já bem tocado em diversos blogs, mas que eu faço questão de também apresentá-lo no Toque Musical. Lançado originalmente em 1958, este álbum traz um autêntico repertório de sambas que o Raul tocava com seu grupo nas gafieiras do Rio. É um tipo de música que sempre esteve em voga, tanto assim que chegou a ser relançado pela Odeon nos anos 70, através de seu selo Imperial, em 80 pelo selo Jangada e em 90 saiu também em cd, pela Kuarup. Como se pode ver, o que temos aqui é o 3.0, com uma capa que seria a mesma usada na versão cd. Acredito que a capa original, de 58 (que ninguém tem e ninguém viu) seja a mesma que vemos aqui…
Desculpem, mas hoje está ‘druris’, como dizia um amigo meu. Tá difícil… vou voltar pra cama ou afundar no sofá fingindo assistir a Sessão da Tarde.
amigo velho
cidade maravilhosa
arrasta a sandália
jogadinho
trombone travesso
colher de chá
gosto que me enrosco
pé de chumbo
se acaso você chegasse
ginga de gafieira
neptuno
pau de burro

Carlinhos Vergueiro – Pelas Ruas (1977)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Esta é uma postagem que foi perdida nesses dias de tempestade. Me deu preguiça de refazê-la, mas em se tratando de um artista como o Carlinhos Vergueiro e este se quarto disco solo, eu não poderia deixá-lo apenas estampado aqui no Toque Musical. Além do mais tinha aquele caso que contei a respeito da figura de galã roqueiro do Carlinhos, que enganou muitos que ainda não o conheciam. Foi o que aconteceu com uma prima minha, que comprou o disco apenas pela capa, achando ser este uma artista de pop rock ou algo assim. Ficou decepcionada ao botar o disco na vitrola. Não era samba o que ela esperava ouvir. Pois é, não era o que ela queria ouvir, mas com certeza nós queremos.
Taí mais um excelente trabalho deste cantor e compositor de sambas, de música popular brasileira… Pessoalmente, gosto mais dos discos do Carlinhos dessa primeira fase, a setentona. Aliás, no meu entendimento, esta década de 70 foi a última grande fase da MPB, daí para frente o que veio (salvo as excessões) foi ‘tiriricas’ (por favor não perguntem o que eu quis dizer com isso, é exatamente o que vocês entenderem). Melhor que falar do ruim é pensar no que é bom. “Pelas ruas” é um ótimo trabalho, onde eu destaco as faixas “Porque será”, uma parceria de Carlinhos com Toquinho e Vinícius e ainda “Teimosia”, música com a participação da cantora Cristina Buarque, muito bem lembrada pelo amigo 300. Confiram…
briguemos
marginais da manhã
valsa
galo, o último cantor
conhaque
porque será
teimosia
mormaço
noção da batalha
ferve na noite
em nome dos amantes
boa noite morte

Johnny Alf – Nós (1974) REPOST

Uma outra homenagem… Uma postagem especial ao grande Johnny Alf que acaba de nos deixar. Vai Alfredo! Nós ficaremos aqui com o Johnny, seu legado musical e suas lembranças. Valeu demais!
Segue aqui nesta postagem um belo álbum de 1974. Nós é um discaço, um dos 3 mil da minha lista dos mais mais da MPB. Participam deste trabalho, tanto nos arranjos/orquestrações quanto nas faixas, as ilustres figuras de Egberto Gismonti, Gilberto Gil, Ivan Lins, Paulo Moura, Arthur Verocai e Wagner Tiso.
Com este belíssimo lp, deixo registrado no Toque Musical a presença de um dos mais importantes músicos brasileiros, que agora vai tocar com a turma lá do céu.

saudações
o que é amar
um gosto de fim
acorda ulysses
músico simples
nós
outros povos
plenilúnio
é um cravo e tem espinho
um tema pro simon

PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!

Paulinho Da Viola (1975) REPOST

Estamos levando a semana no samba e para mim, samba sem Paulinho da Viola é como comer arroz sem feijão, não dá… Assim sendo e também para manter o bom nível musical enquanto eu dou uma pausa, aqui vai mais um belo disco desse grande artista. Lançado em 1975, o álbum traz entre outras, “E a vida continua”, “Argumento” e “Amor a natureza”. Embora discos de medalhões, como é o caso do Paulinho, nunca saiam de catálogo, há sempre uma certa dificuldade em encontrá-los. Por essa e por outras é que ele está aqui 😉 abrilhantando nosso toque musical.

e a vida continua
argumento vida
nova alegria
amor a natureza
jaqueira da portela
mensagem de adeus
cavaco emprestado
chuva
nada se perdeu
deixa rolar

PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!

Nelson Cavaquinho (1973)

Bom dia, prezados amigos cultos e ocultos. Nesta semana, sem intenção, tenho postado discos dos anos 70. Taí uma década que eu adoro, principalmente pelo lado musical. Acho que foi o ápice da indústria fonográfica no Brasil. Era um tempo onde quem administrava as gravadoras entendia de música, tinha sensibilidade e competência. Depois vieram os administradores formados em universidades e transformaram tudo em negócios. E pode-se dizer que foram péssimos administradores, pois, ofuscados pelo brilho do ‘compact disc’, deixaram-se levar por um caminho sem volta. Sucatearam a indústria do vinil e o pior, também a nossa música e os nossos artistas. Sinceramente, não fossem os blogs musicais, em sua anarquia cultural, atuando nos últimos dez anos, muita coisa ainda estaria perdida, esquecida… nas mãos dos gringos que vão relançando lá fora aquilo que aqui ninguém se lembra mais.
Putz, nem sei porque eu comecei de novo esse assunto… uma coisa leva a outra, deve ser… Melhor falarmos do disco do dia 🙂
Hoje segue aqui uma bela coletânea do Nelson Cavaquinho, lançada em 1973 pela EMI-Odeon, através de seu selo especial Fenix. Nela encontramos alguns dos clássicos de Nelson e seus parceiros. Embora não conste no lp informações (além de um diálogo transcrito entre o jornalista Sérgio Cabral e Nelson), eu suponho que a seleção do repertório inclui novas gravações. Digo isso porque algumas músicas cantadas por ele me soaram diferente ao ouvido. Deve ser talvez porque já faz um tempo que eu não escuto o sambista. Nem me lembrava dele cantando junto com o seu mais fiel parceiro, Guilherme de Brito, que aqui também marca presença. Foi muito por conta disso que este álbum está sendo postado agora. Não é nenhuma raridade, inédito ou novidade. Mas cá pra nós, quem consegue aqui no Brasil enjoar de arroz com feijão?

juízo final
folhas secas
caminhado
minha festa
mulher sem alma
vou partir
rei vadio
a flor e o espinho – se eu sorrir – quando eu me chamar saudade – pranto de poeta
é tão triste cair
pode sorrir
rugas
o bem e o mal
visita triste

PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!

Nana Caymmi – Mudança Dos Ventos (1980)

Numa semana dedicada às cantoras, mesmo num limitado sete dias, ou sete postagens, eu não poderia deixar de fora uma das cantoras que eu mais aprecio, Nana Caymmi. Por certo, há dezenas ou centenas de grandes cantoras, umas até desconhecidas do grande público, que seriam as mais indicadas para a nossa mostra, mas não me contive ao desejo de ouvir e ter aqui no Toque Musical mais um belíssimo trabalho desta maravilhosa cantora.
“Mudança dos Ventos” foi lançado pela EMI-Odeon no ínicio dos anos 80. Felizmente, o que mudou foi só os ventos, pois a cantora aqui continua a mesma, senão melhor. Um excelente repertório, bons músicos, bons arranjos e boa produção. O grupo vocal Boca Livre participa do disco em duas faixas: “Meu bem querer”, de  Djavan e “Estrela da terra”, de Paulo Cesar Pinheiro e Dori Caymmi.
Este álbum, pelo que eu pude verificar, já foi bem divulgado em outros blogs. Possivelmente os amigos cultos e ocultos já o localizaram. Mesmo assim, como disse, não resisti a tentação. Além de ser um disco que eu gosto muito é um dos melhores trabalhos fonográficos lançados naquela bendita década. Tem que conferir…

mudança dos ventos
canção da manhã feliz
meu bem querer
pérola
meu silêncio
rama de nuvens
estrela da terra
de volta ao começo
fantasia (minha realidade)
mistérios
a mó do tempo
essas tardes assim

Marília Pêra – Elas Por Ela (1990)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Sempre correndo, aqui vou eu, aproveitando a brecha…
Hoje eu estou trazendo um disco que há muito já devia estar postado aqui. Comprei este álbum (duplo!) numa banca de saldão, em Sampa, logo que foi lançado. Acho que na época, o vendedor nem percebeu isso e liberou a bolacha por uma bagatela. Mas, assim como veio barato para mim, também acabei o vendendo nas mesmas condições. Só me arrependi de não ter feito uma cópia. Porém, mais uma vez, ele volta às minhas mãos, graças à colaboração de um amigo. 
“Elas Por Ela” foi um musical idealizado, dirigido e interpretado por Marília Pêra, no início dos anos 90. Fez muito sucesso na época, a ponto de merecer o registro em disco da EMI e depois ainda, inspirar uma nova versão num especial da Rede Globo. Neste trabalho, Marília Pêra não interpreta canções, mas sim os cantores, ou melhor dizendo, as cantoras. Sempre muito afinada, ela encarna algumas de nossas maiores cantoras, em temas consagrados. O espetáculo é bem ‘família’, inclusive para a Marília que conta com a participação de boa parte da sua. Filhos, sobrinha, irmão, maridos… todos empenhados e com muita responsabilidade.
Eu havia pensado em separar cada uma das músicas do álbum, mas preguiçosamente achei melhor manter a sequência linear, conforme nos é apresentado, sem pausas. Talvez num outro momento eu faça a separação. Por hora, eu quero mesmo é chocolate! Vão daí que eu vou daqui… 😉
a louca chegou
tem francesa no morro
texto de aracy cortes e j, maia
linda flor
pedacinhos do céu
século do progresso
camisa amarela
chica chica bum chica
mulher exigente
loura ou morena
texto de dalva de oliveira
mensagem
orgulho
que será (abajur lilás)
teus ciúmes
parabéns pra você
aves daninhas
vingança
duro nega!
beija-me
texto de eneida
ô abre alas
primeira bateria
o teu cabelo não nega
funga funga
pó de mico
evocação
coisinha do pai
lata dágua
vai com jeito
perigosa
a flor e o espinho
se queres saber
onde está você
demais
morrer de amor
fim de caso
vai, vai mesmo
amendoim torradinho
casaco marrom
túnel do amor
pare o casamento
opinião
mamãe coragem
texto caetano veloso
sonho meu
clementina, cadeê você
marinheiro só
juízo final
aquarela do brasil
texto andré valle 
seguidilla
têmpera

Tavinho Moura – Cabaret Mineiro (1981)

Bom dia, moçada culta e oculta! Tenho percebido que muita gente (outros blogs) estão pegando carona nas minhas postagens. Vez por outra ando encontrando ‘links alienígenas’ colocados logo a baixo de algum post. Confesso que não sei bem como tudo isso funciona, se são os próprios blogueiros que o fazem ou se automaticamente esses links vão brotando no meu blog. O certo é que ontem a coisa foi  exagerada, havia uma lista com mais de trinta links e dos mais diversos blogs. Decidi então dar uma boa faxina, investigar e entender como tudo acontece. Acabei, por falta de paciência e de tempo mudando algumas configurações do blog, o que alterou inclusive na parte de diagramação, fontes e formatos. Estou agora fazendo esta postagem e ainda nem vi o resultado. Espero não precisar mudar mais nada.
Na postagem teste, temos então o compositor mineiro, Tavinho Moura e seu premiado trabalho para o filme de Carlos Alberto Prates Correia, “Cabaret Mineiro”. Aliás, diga-se obrigatoriamente de passagem, premiado não só a música, mas o filme num todo. Prêmios de melhor filme, trilha, diretor, ator, atriz, fotografia e montagem. Quem ainda não viu o filme, vale a pena procurar e assistir. A trilha é impecável, ótima, da primeira à última faixa. As composições e adaptações são de Tavinho Moura, assim como os arranjos e orquestração. Há também duas músicas de Noel Rosa, “Nunca… jamais” e “Prá esquecer”. Participam do disco a mesma a turma do filme, atores e músicos. Não vou nem listá-los aqui, pois esta é grande se encontra nos créditos do encarte (em anexo). Mesmo assim é bom destacar a participação de grupos e artistas como Flávio Venturini e boa parte do seu 14 Bis, Conjunto Naquele Tempo, Grupo Tacuabé, Uakti Oficina Instrumental, Marujada de Montes Claros e a sensualíssima atriz e cantora Tânia Alves (êta morena boa!).

cabaret mineiro
nunca… jamais
o sonho
a rua de baixo
dona mariana
tema de salinas
maria manteiga – bunda virada
suite do quelemeu
prá esquecer
o aventureiro do são francisco
serenata das virgens
te pega te pica
meu semblante é teu sentido
onça
chirimia das loucas
o trem das loucas
paixão come pequi
adeus adeus

Joel Nascimento – Meu Sonho (1978)

Como eu havia dito, na sequência teríamos música. Se vocês não relaxaram na ioga, então tentemos pela música. Que tal um instrumental bem brasileiro? Vamos nessa, com o bandolinista Joel Nascimento, um dos grandes nomes da legítima música instrumental brasileira. Joel é uma fera do bandolim e neste seu terceiro álbum, lançado em 1978, segundo o Sérgio Cabral, ele procura em cada uma das músicas homenagear o artista brasileiro. São doze faixas, das quais apenas a que dá nome ao álbum é de sua autoria. As demais são composições conhecidas, algumas até clássicos da nossa MPB. Ele conta com a participação de outras feras da nossa música, como Geraldo Vespar e Luiz Roberto que cuidaram da orquestração e regência. Hélio Delmiro, Pedro Santos (Sorongo), Neco, Wilson das Neves e outros grandes músicos fazem parte também deste sonho de Joel Nascimento. Sem dúvida, um lp e tanto, bem produzido e principalmente, bem tocado. É ouvir e gostar 😉 Confiram, não tem erro… (só aqui)

meu sonho
as rosas não falam
bala com bala
amigos
coincidência
peneirado
congada do sino
maninha
entre mil… você
bijouterias
bandoladas
três estrelinhas

Beth Carvalho – Na Fonte (1981)

Putz! Ontem eu levei um susto com a parada para manutenção do Mediafire. Achei que os arquivos haviam todos sido deletados. Já vi coisa parecida acontecer e nos dias atuais de caça às bruxas, não seria de estranhar. Preocupado com esta situação, eu volto novamente a pensar na possibilidade de levar o Toque Musical para o privado. Naturalmente ao fazê-lo eu irei (com uma boa antecedência) avisar a todos os frequentadores. Só faria sentido criar um clube fechado se nele eu mantivesse o mesmo número de público. Sei que pelo menos 1/3 dos visitantes ainda preferem se manter ocultos, seja por comodismo ou por algum tipo de temor aos patrulheiro$ da nova ordem digital. É pensando também nesse incomodo, no terrorismo eminente, que me vem a idéia de criar um espaço reservado, sem temor ou anonimato. Uma comunidade onde todos se conheçam, onde não haja “Gerson” querendo levar vantagem.
Volto mais uma vez a lembrá-los que neste blog não há interesses além de uma boa amizade, do intercâmbio cultural e das afinidades musicais. Eu não ganho um centavo (e nem quero) para fazer o Toque Musical. Se há alguém ganhando com isso, podem acreditar, são somente os donos da rede que nos garante gratuitamente esses espaços e um bando de advogados gananciosos que vem fazendo os $eus na sangria. Aqui eu não peço nenhuma contribuição, direta ou indireta. Se os criadores do produto não estão ganhando, não é justo que eu ganhe também. Sei que muitos hão de discordar das minhas idéias, tanto de um lado como do outro. Mas seria de bom tom para todos os blogueiros de música, reconsiderarem suas políticas, evitando doações financeiras, propagandas e principalmente a postagem de discos recentes. Um blog de música deve ter como meta principal, promover essa cultura fonográfica, preservar seus valores específicos, resgatar a memória e a história musical. E acima de tudo, ser feito com paixão. Por favor, não me interpretem mal… independente disso tudo, prezo a todos os blogueiros e respeito seus pontos de vista. Mesmo que por algumas vezes eu tenha me excedido, sempre soube reconsiderar, me desculpar pelos meus erros. Como já dizia o Paulo César Pinheiro, “o importante é que a nossa emoção sobreviva”.
E por falar em emoção, vamos a do dia… Vamos ao que é mais interessante, à Beth Carvalho em seu álbum de 1981, “Na fonte”. Este disco é outro da sambista que eu ponho fé, um dos meus favoritos. Nele nós estamos mesmo na fonte do Samba. Beth Carvalho reuniu neste lp os bambas do samba e pagode carioca, gente que sempre ficou nos bastidores, mas que são os pilares da música que mais expressa o Brasil. Um disco verdadeiramente de sambistas, produzido e arranjado por Rildo Horta. Vamos nessa… tá na hora da virada!

virada
escasseia
grande erro
salve a mangueira (a mangueira não pode parar)
morrendo de saudade
motivação
gorjear da passarada
pedaço de ilusão
é, pois é
dança da solidão
tendência
deus me fez assim
alpendre da saudade

Luiz Claudio – Reportagem (1975)

“Qual é a música de sua autoria que você gosta bastante e por uma razão ou outra não fez o sucesso que merecia?” Esta foi a pergunta chave feita por Luiz Claudio a cada um dos onze compositores que aqui neste disco são interpretados por ele. Um lp curioso e interessante, que em cada faixa começa meio em tom de entrevista e depois Luiz Claudio entra cantando. Álbum de capa dupla, bem produzido por Aloysio de Oliveira. Tem orquestrações e regências de Wagner Tiso e participação do grupo Som Imaginário. Por aí podemos ter uma idéia da qualidade.

esperança perdida – tom jobim
lua cheia – chico buarque
matando o tempo – braguinha
cantiga – dorival caymmi
poema azul – sergio ricardo
há sempre um amanhã – tito madi
rugas – nelson cavaquinho
se pelo menos você fosse minha – roberto menescal
onde eu nasci passa um rio – caetano veloso
tarde – milton nascimento
canção da saudade – cartola

Zé Rodrix – I Acto (1973)

Zé Rodrix em seu primeiro disco solo após ter deixado o Sá e o Guarabyra. É um álbum maneiro como só o Zé sabe fazer. Suas músicas tem a capacidade de envolver as pessoas, assim como os seu jingles de comerciais. Depois de ouvir o disco pela segunda vez a gente já assimila vários trechos das suas músicas. Este álbum é sem dúvida (para mim) o melhor disco solo do Zé Rodrix. Chamo a atenção para as faixas “Casca de caracol”, “Eu preciso de você pra me ligar” e “Quando você ficar velho”. Para quem tem mais de 40, esse disco é memorável. Escutem! Esse cara é muito bom!