Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Para uma manhã fria como está agora, para dar aquela esquentadinha, que tal cairmos no embalo do ‘casatschok’? É isso aí… Casatschok foi mais uma ‘onda’, um modismo dançante. Segundo o texto na contracapa, trata-se de ‘uma dança vigorosa e sensual’ que veio da Rússia (vigorosa eu concordo, sensual, só se for pela moça dançando de mini-saia). Trata-se de uma dança típica russa que tentaram revitalizar naquela época como sendo uma nova ‘onda dançante’. Em busca de novidades comerciais, a indústria fonográfica inventava de tudo, inclusive os nomes, como ‘Ivan Roskov”, aqui encarnado no maestro Rogério Duprat. Creio, ao contrário do que muitos pensam, que esses pseudônimos não eram desejo daqueles que os usavam, mas faziam parte do jogo de cena. Se a gravadora queria lançar um determinado tipo de disco, criava um nome apropriado e catava um de seus maestros para dar conta do recado. O Duprat esteve por trás de vários nomes e orquestras fantasmas, que só existiram naquele momento. Eventualmente, diante a um sucesso de vendas, se repetia a dose e novamente o artista ou orquestra ‘X’ voltava a cena, chegando mesmo a ganhar uma identidade quase física. Ivan Roskov, pelo que sei, nasceu e morreu neste disco. “Casatschok”, com tudo, graças ao seu repertório, não fica só naquela de mais um disquinho sem importancia. Ele é no mínimo curioso, graças ao seu repertório e ao seu maestro tropicalista oculto, que dá ao disco extamante a atmosfera tropical, que nada lembra o gelo, a vodka… No máximo uma cutucada na censura da época, que por certo, mesmo com um descomprometido e inocente repertório, que também é variado e internacional, deve ter chamado a atenção. Tá vermelho, tá russo!
Ivan Roskov – Casatschok (1969)
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casstschok
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