Arquivo da categoria: Luiz Gonzaga
Inéditas De João Silva E Luiz Gonzaga – Com Seus Convidados(2004)
Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Vez por outra a gente também posta aqui no Toque Musical produções da era do cd, discos que só foram lançados na versão digital. Se formos pensar bem, no curto período de glória do ‘compact disc’, muitas coisas foram lançadas, muitos artistas só gravaram na versão digital. Daí, seria um pecado deixar de fora trabalhos também tão importantes. Nesse pensamento, embora nosso foco maior seja a fonografia analógica, nunca deixamos de eventualmente trazer aqui as produções em cd. Justificada nossa postura, hoje temos uma edição digital, um disco que com toda certeza merece estar aqui no TM. Este disco me foi enviado por algum de nossos fiéis colaboradores e já faz tempo. Daí, nem sei mais que nos fez esse agrado (mas obrigado!). E agora foi que eu achei de postá-lo. Então, temos aqui uma produção de 2004, uma justa homenagem ao pernambucano João Leocádio da Silva, cantor, compositor e sanfoneiro, um dos importantes parceiros do grande Luiz Gonzaga. É de sua autoria, por exemplo, a letra de “Pagode Russo”, que segundo contam é uma das músicas mais tocada do Rei do Baião até hoje, ou seja, um de seus grandes sucessos. Mas João Silva tem muitas outras músicas em parceria com o velho Lua e é justamente neste cd que vamos encontrar uma série de composições inéditas, músicas até então desconhecidas do grande público. O cd é realmente uma beleza, um disquinho brilhante (em todos os sentidos) que vale a pena conhecer. Confira no GTM…
arre, égua
sá maricota
mulher sem juízo
eu e meu amor
sá menina
te jurei
forró bufado
um minuto de um beijo
seu paquerador
forró da sanfoninha
não sou rei de nada
só você não percebeu
rosa e ana
sossega eu
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Luiz Gonzaga – S.Paulo-QG Do Baião (1974)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Começando bem a manhã e antes de sair para o trabalho, vou deixando aqui um ‘disco de gaveta’, ou seja, aquele que está sempre pronto para cobrir um vão. Eu já havia abandonado esse termo, pois afinal, o que não falta aqui no Toque Musical é buraco, furo… Furo do amigo aqui, que nem sempre encontra tempo para manter a tradicional postagem diária. Mas como dizem por aí, é melhor pingar do que faltar.
Seguimos assim, trazendo este lp do Luiz Gonzaga, lançado em 1974 pela gravadora RCA. Aqui temos um disco dedicado aos paulistas e a comunidade nordestina, em São Paulo. Cidade onde o Lua amplificou o seu sucesso, ecoando por todo o Brasil e também fora dele. Trata-se de um lp importante, pois reúne gravações antigas da época dos 78 rpm com uma qualidade de som que só mesmo uma gravadora como a RCA Victor poderia nos dar. Há também o fato de que algumas gravações são raras, como é o caso de “A vida do viajante”, que aqui aparece na versão original. Geralmente quando ouvimos essa música, a versão é sempre em dueto com o filho Gonzaguinha. Na verdade, nem sei se existe essa primeira versão lançada em cd. Embora difícil de se ver e ouvir, acredito que sim, pois a obra do Gonzaga já foi toda rastreada. Confiram aqui essa joinha, é imperdível! 😉
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Luiz Gonzaga – Ô Véio Macho (1962)
Boa noite, prezadíssimos amigos cultos e ocultos! Hoje eu acordei com vontade de ouvir Luiz Gonzaga e naturalmente, eu não deixaria esse momento passar em branco aqui no Toque Musical. Embora o Gonzagão já tenha sido exaustivamente publicado aqui, Muitos de seus lps, principalmente os de 12 polegadas ainda continuam inéditos, pelo menos por aqui. Assim sendo, aqui vai mais um.
“Ô véio macho” é um lp de carreira, lançado em 1962 pela RCA Victor. Neste disco vamos encontrar o Luiz Gonzaga intérprete e parceiro. São doze faixas recheadas de xote, baião, forró e toada. Aqui, pela primeira vez, Luiz Gonzaga apresenta em disco um de seus parceiros e fã, José Marcolino, com quem divide seis faixas. Disco bacana, gravação com a qualidade que só mesmo a RCA Victor sabia fazer. Confiram…
Forró 78 – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 138 (2015)
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Cinema Em 78 RPM – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 137 (2015)
Estamos de volta com o Grand Record Brazil, agora em sua edição de número 137. E a seleção musical desta quinzena foi preparada por uma pessoa muito especial: eu próprio! Tudo começou quando o Augusto me mandou diversos áudios extraídos de clipes produzidos para o YouTube, pela Rádio Educativa Mensagem de Santos, aproveitando cenas de filmes diversos, todos em preto e branco. No entanto, apenas quatro músicas, devidamente conservadas aqui , fizeram realmente parte de filmes. Então sugeri que fosse feita uma edição com músicas que foram realmente apresentadas em películas de sucesso, a maior parte nacionais. Com o devido acolhimento da ideia, e com carta branca para sua elaboração, consegui garimpar dezesseis fonogramas, alguns até raríssimos, extraídos das bolachas de cera velhas de guerra. Uma seleção que resultou inclusive de pesquisas em fontes diversas, particularmente o “Dicionário de filmes brasileiros – longa-metragem”, de Antônio Leão da Silva Neto (Editora Futuro Mundo, 2002). Isto posto,vamos às músicas.Para começar, temos o clássico “O ébrio”, canção de e com Vicente Celestino, “a voz orgulho do Brasil”, por ele gravada na Victor em 7 de agosto de 1936 e lançada em setembro do mesmo ano, disco 34091-A, matriz 80195. O filme viria dez anos depois, produzido pela Cinédia e dirigido pela esposa do cantor, Gilda de Abreu, com grande bilheteria (teria superado até mesmo “Tropa de elite2”, o recordista oficial de bilheteria do cinema brazuca). Esta gravação é uma montagem que apresenta, primeiramente, o monólogo inicial, extraído da regravação que Celestino fez da música em 1957, e, em seguida, o registro original de 1936, junção esta feita para a coletânea “Sessenta anos de canção”, lançada após a morte do cantor, em 1968. Inezita Barroso, recentemente falecida, aqui comparece com “Maria do mar”, canção do maestro Guerra Peixe em parceria com o escritor José Mauro de Vasconcelos, autor de romances de sucesso como “Vazante”, “Coração de vidro”, “Banana brava” e “O meu pé de laranja-lima”. Fez parte do filme “O canto do mar”, produção da Kino Filmes dirigida por Alberto Cavalcanti, e Inezita a gravou na RCA Victor em 4 de agosto de 1953,com lançamento em outubro do mesmo ano, disco 80-1209-B, matriz BE3VB-0222. Temos, em seguida, a única composição de origem estrangeira inclusa nesta seleção. Trata-se de “Natal branco (White Christmas)”, fox de autoria de Irving Berlin, um dos maiores compositores dos EUA, e sucesso em todo o mundo. Seu intérprete mais constante foi o ator e cantor Bing Crosby, que a lançou em um show que fez para os pracinhas norte-americanos que serviam nas Filipinas, durante a Segunda Guerra Munidal. Bing também interpretou este clássico em dois filmes: “Duas semanas de prazer (Holiday inn)”, de 1942, e “Natal branco(White Christmas)”, de 1954. Com letra brasileira de Marino Pinto, foi levado a disco na RCA Victor por Nélson Gonçalves, ao lado do Trio de Ouro, então em sua terceira fase (Lourdinha Bittencourt, então esposa deNélson, Herivelto Martins e Raul Sampaio), no dia 25 de novembro de 1955, mas estranhamente só saiu em janeiro de 56, disco 80-1551-B, matriz BE5VB-0926. Houve uma versão anterior, assinada por Haroldo Barbosa, que Francisco Alves interpretava em programas de rádio, porém não gravada comercialmente. Na quarta faixa, o maior sucesso autoral do compositor pernambucano Nélson Ferreira: o frevo-de-bloco “Evocação”, primeiro de uma série de sete com o mesmo título, homenageando grandes nomes do carnaval recifense do passado. A interpretação é do Bloco Batutas de São José,lançada pela recifense Mocambo em janeiro de 1957, no 78 rpm n.o 15142-B, matriz R-791, e no LP coletivo de 10 polegadas “Viva o frevo!”. “Evocação” foi também sucesso no eixo Rio-São Paulo, em ritmo de marchinha, entrando na trilha sonora do filme “Uma certa Lucrécia”, de Fernando de Barros, estrelado por Dercy Gonçalves. Logo depois, outra gravação da Mocambo: é a balada-rock “Sereno”, lançada em 1958 no 78 rpm n.o 15233-A, matriz R-985, e incluída mais tarde no LP “Surpresa”. A música fez parte do filme “Minha sogra é da polícia”, uma comédia dirigida pelo mesmo autor da composição, Aloízio T. de Carvalho, e por sinal bastante cultuada pelos fãs de dois futuros astros da Jovem Guarda, Roberto & Erasmo Carlos, pois marcou a primeiríssima aparição de ambos no cinema. “Sereno” também foi revivida, em 1976, na novela “Estúpido Cupido”, da TV Globo, cuja trilha sonora foi a de maior vendagem da história da gravadora Som Livre: mais de dois milhões e meio de cópias! Na sexta faixa, uma raridade absoluta: trata-se da toada “Céu sem luar”, do maestro Enrico Simonetti em parceria com o apresentador de rádio e televisão Randal Juliano. Quem a interpreta, com suporte orquestral do mestre Tom Jobim, é Dóris Monteiro, em gravação Continental de 6 de maio de 1955, lançada em outubro do mesmo ano, disco 17171-A, matriz C-3628. Dóris também a interpretou no filme “A carrocinha”, produção de Jaime Prades estrelada por Mazzaropi sob a direção de Agostinho Martins Pereira, e na qual Dóris também contracenou com outro mestre, Adoniran Barbosa (seu pai, na trama). Desse mesmo filme, agora com o próprio Mazzaropi, um dos mais queridos comediantes do cinema brazuca, até hoje lembrado com saudade, é nossa sétima faixa, o baião “Cai, sereno (Na rama da mandioquinha)”, baião de Elpídio “Conde” dos Santos (autor do clássico “Você vai gostar”).O eterno jeca registrou “Cai, sereno” na RCA Victor em 2 de agosto de 1955, e o lançamento se deu em outubro do mesmo ano, disco 80-1497-A, matriz BE5VB-0821. Temos também o lado B desse disco,matriz BE5VB-0822, também de Elpídio: a rancheira “Dona do salão”, interpretada por Mazza no filme “Fuzileiro do amor”, dirigido por Eurides Ramos, primeira das três películas que o comediante fez no Rio de Janeiro para a Cinedistri, de Oswaldo Massaini. Ângela Maria, a querida Sapoti, nos apresenta o expressivo samba-canção “Vida de bailarina”, de Américo Seixas em parceria com o humorista Chocolate (Dorival Silva). Fez parte do filme “Rua sem sol”, da Brasil Vita Filmes, dirigido por Alex Viany, e a gravação em disco saiu pela Copacabana em dezembro de 1953, sob n.o 5170-B,matriz M-642. Voltando bem mais longe no tempo, apresentamos “Estrela cadente”, valsa-canção de José Carlos Burle, que fez parte do filme “Sob a luz do meu bairro”, da Atlântida, dirigido por Moacyr Fenelon. Carlos Galhardo,seu intérprete na película, cujos negativos infelizmente se perderam em um incêndio, gravou a música na Victor em 12 de abril de 1946, com lançamento em julho do mesmo ano sob n.o 80-0421-B, matriz S-078474. O eterno Rei do Baião, Luiz Gonzaga, apresenta a animadíssima polca “Tô sobrando”, que fez em parceria com Hervê Cordovil, e gravou na RCA Victor em 26 de julho de 1951, com lançamento em outubro do mesmo ano, disco 80-0816-A,matriz S-092995. Gonzagão também a interpretou no filme “O comprador de fazendas”, da Cinematográfica Maristela, estúdio paulistano que ficava no bairro do Jaçanã, baseado em conto de Monteiro Lobato e dirigido por Alberto Pieralisi, tendo no elenco Procópio Ferreira, Hélio Souto e Henriette Morineau, entre outros (o próprio Pieralisi dirigiu uma refilmagem inferior, em 1974). O número musical de Luiz Gonzaga, por sinal, foi rodado após o término das filmagens, uma vez que ele sofrera grave acidente automobilístico e quebrara o braço. Outra raridade vem logo em seguida: o samba-exaltação “Parabéns, São Paulo”, de Rutinaldo Silva,em gravação lançada pela Continental em março de 1954 (ano em que a capital bandeirante comemorou seus quatrocentos anos de existência), disco 16912-B, matriz C-3287. Esse foi o número musical de encerramento do filme “O petróleo é nosso”, da Brasil Vita Filmes, dirigido por um especialista em chanchadas, Watson Macedo. O belo samba-canção “Onde estará meu amor?”, de autoria da compositora e instrumentista Lina Pesce (Magdalena Pesce Vitale), é outra absoluta raridade nesta seleção “cine-musical”. Interpretado por Agnaldo Rayol no filme “Chofer de praça”, o primeiro que Mazzaropi fez como produtor independente, sob a direção de Mílton Amaral, foi lançado em disco pela Copacabana em maio de 1958, no 78 rpm n.o 5891-A, matriz M-2181, entrando mais tarde no primeiro LP de Agnaldo, sem título (CLP-11061). Gravações posteriores de Dolores Duran e Elizeth Cardoso, também pela Copacabana, reforçariam o êxito de “Onde estará meu amor?”. Silvinha Chiozzo, irmã da acordeonista e também cantora e atriz Adelaide Chiozzo, aqui comparece com duas músicas que interpretou no filme “Rico ri à toa”, primeiro trabalho do cineasta Roberto Farias, que mais tarde fez ”Assalto ao trem pagador” e a trilogia cinematográfica estrelada por Roberto Carlos (“Em ritmo de aventura”, “O diamante cor-de-rosa” e “A trezentos quilômetros por hora”), sendo depois diretor de especiais da TV Globo. Saíram pela Copacabana em 1957, sob número 5795. Primeiro,o lado B, “Zé da Onça”, baião clássico de João do Valle, o acordeonista Abdias Filho (o famoso Abdias dos Oito Baixos) e Adrian Caldeira, matriz M-1990, que Silvinha canta em dueto com Zé Gonzaga, irmão de Luiz Gonzaga. Vem depois o lado A, matriz M-1965, “É samba”, que Silvinha canta solo, concebido por Vicente Paiva, Luiz Iglésias e Walter Pinto, os três ligados ao teatro de revista. Para terminar, um verdadeiro clássico interpretado pelo grande Cauby Peixoto: o samba-canção “Nono mandamento”, de Renê Bittencourt e Raul Sampaio, e que fez parte do filme “De pernas pro ar”, co-produção Herbert Richers-Cinedistri, dirigida por Victor Lima. Cauby imortalizou este sucesso inesquecível na RCA Victor em 20 de dezembro de 1957,com lançamento em abril de 58 no 78 rpm n.o 80-1928-A, matriz 13-H2PB-0311. Um fecho realmente de ouro para a seleção desta quinzena do GRB, que por certo irá proporcionar grandes momentos de recordação e entretenimento a vocês que tanto prestigiam o TM. Quero expressar inclusive meus mais sinceros agradecimentos aos colecionadores Gilberto Inácio Gonçalves e Miguel Ângelo de Azevedo (Nirez) pela colaboração, enviando-me alguns dos preciosos fonogramas que compõem esta edição. E agora, luz, câmera, ação… e música!
*Texto e seleção musical de Samuel Machado Filho
Januário E Luiz Gonzaga – Seleção 78 RPM Do Toque Musical (2013)
Luiz Gonzaga – 100 Anos!
Boa noite, prezados! O dia foi puxado, mas ainda assim eu precisava achar um tempo para a postagem de hoje. Na presente data, o grande Luiz Gonzaga estaria completando 100 anos. Seria até um pecado o Toque Musical não prestar esta homenagem. Mas aqui estamos… Pensei em postar mais um disco do Lua, porém percebi que não tenho nada de especial que já não tenha sido postado aqui. Achei então, mais interessante, repostar no GTM os links de algumas dos melhores momentos: o box “Luiz Gonzaga – 50 Anos de Chão” e a coletânea exclusiva Toque Musical, “Luiz Gonzaga Instrumental – Gravações Na Década de 40 – Volumes 1 e 2”. Duas ótimas coletâneas que traçam bem a trajetória do artista. Como os nossos ‘toques’ via Mediafire foram todos deletados, o REPOST dessas postagens vem bem a calhar. Aqui tem mais, tem tudo que foi postado dele no Toque Musical. Salve Luiz Gonzaga, o Rei do Baião!
1º Semana Nacional Dos Transportes – Música Popular Em Ritmo De Transportes (1969)
Olá amigos cultos, ocultos e associados! Sabadozinho puxado esse meu! Não tive tempo hoje nem para ler e-mails. Só agora, no final do dia é que vou tentar dar o toque de hoje. Digo tentar porque, mal cheguei em casa, tomei um banho e agora já vou para outro compromisso. Estou só esperando o meu filhote acabar de se ajeitar. Vamos sair para jantar e não sei a que horas eu volto aqui. Diante a pressa, melhor é recorrer aos meus infalíveis discos de gaveta.
Este É Do Papai (1959)
Bom dia a todos os amigos cultos e ocultos, em especial aos papais que hoje comemoram a sua data.
Todo ano eu ensaio de postar este disco, mas acabo sempre me esquecendo dele na hora ‘h’. Desta vez eu procurei ficar atento e hoje ele está aqui. Taí um álbum muito bacana criado pela RCA Victor, nos tempos em que Dia dos Pais era mais que uma simples jogada comercial. Vejam vocês como é interessante… como a indústria fonográfica se preocupava em pautar essas datas, criando discos bem produzidos e música de qualidade.
Em “Este é do papai” a gravadora recrutou um belo elenco de intérpretes e músicos de seu ‘cast’ para criar um disco em homenagem ao “Dia dos Pais”. Todas as doze músicas do lp fazem referência direta ao papai, sempre enaltecendo a figura daquele bom homem, que era chamado de ‘chefe da família’. Os papais continuam existindo, muitos, inclusive, se mantém na típica caracterização, como nos inspira a foto da capa. Porém, vivemos hoje numa outra época, onde alguns valores e hábitos foram se modificando ou se perdendo. Para mim, o principal deles foi a emoção. Eis aí uma palavra (nesse sentido) que vem, como os velhos artistas e seus discos, se transformando ao longo dos tempos. Talvez, por isso mesmo, é que a gente fica procurando fazer esses ‘playbacks’ da vida. Independente de qualquer coisa, hoje é o Dia do Papai. Viva eu, viva você, viva todos nós que somos pais!
Luiz Gonzaga Instrumental – Gravações Na Década De 40 Volumes 1 e 2 (2011)
Chegamos, enfim, na sexta feira! Já comecei a fazer as minhas malas. Amanhã eu quero já estar cedinho com o pé na estrada. Levo comigo toda a parafernália necessária para (tentar) manter o ritmo diário das postagens. De qualquer forma, não vou garantir nada. Vamos deixar rolar, ok?
Para a nossa sexta independente eu preparei uma coletânea gorda e especial. Como podemos ver no encarte exclusivo, criado para dar forma a essas gravações, temos um Luiz Gonzaga inteiramente instrumental. Trata-se de gravações diversas feitas por ele na década de 40. Procurei reunir material lançado em discos de 78 rpm e também gravações realizadas por ele em programas de rádio. Temos aqui mais de 50 músicas! O que daria um belo box, com pelo menos uns três discos. Mas para a minha edição, eu preferi criar apenas dois volumes. O primeiro compreende os anos de 41 a 43, o segundo vai de 43 a 45. Ao ouvirmos esses registros fica mais fácil entender o porquê do Baião fazer tanto sucesso. Sem dúvida, é um ritmo contagiante, que se contrasta de forma relevante com a música popular produzida naqueles tempos. Luiz Gonzaga foi mesmo o Rei. Ele está para o Baião assim como João Gilberto para a Bossa Nova. São os donos da bola, os fodas! Entre essas gravações temos coisas de espantar e mesmo com uma qualidade sofrível do registro sonoro, percebemos em muitas músicas e no jeito de tocar de Lua uma contemporaneidade e semelhança com coisas que nem são do universo da música nordestina. É certo que muitas das músicas apresentadas aqui não são, naturalmente, só em ritmo de Baião ou mesmo de autoria de Gonzaga. Elas se tornam Baião ao serem tocadas por ele. Confiram e comentem também. É sempre gratificante um retorno, seja ele para complementar, corrigir ou criticar. Fazer um blog desses e sozinho, só mesmo contanto com os amigos cultos e ocultos 🙂
Luiz Gonzaga – Quadrilhas E Marchinhas Juninas (1973)
Bom, já que entramos na quadrilha, vamos dançar! Desta vez trazendo uma autoridade no assunto e assuntos, o grande Lua. Temos para hoje este álbum do Luiz Gonzaga lançado pela RCA, originalmente em 1965 e que em 73 foi relançado com esta capinha. Um disco dedicado às tradições joaninas, aos festejos de São João e às noites estreladas.
Luiz Gonzaga – 50 Anos De Chão (1988) REPOST
Mas independente dessas questões, hoje é um dia marcado para celebrar o amor paternal. Necessariamente o “pai” não precisa ser o progenitor. Ser pai, tanto no céu como na terra, vai além de um simples elo sanguíneo. Pai ou mãe estão acima do ser mundano que somos todos nós. Eu poderia descrever essa condição em apenas duas palavras: amor e proteção. Uma pessoa pode até não ter tido os pais verdadeiros, mas em algum momento, em algum lugar, ela encontrará amor e proteção. Sempre haverá alguém espelhando o sentimento mais nobre, o amor! Meu pai agora está em mim e meu filho já fui eu. Diferentes relações, diferente situações… mas o essencial permanece, sempre vivo, o grande amor.
Em homenagem então ao pai, quero dedicar esta postagem especial, trazendo para vocês o Gonzagão nesta edição comemorativa de seus 50 anos de carreira. Este álbum, na verdade uma caixa com cinco lps, procura fazer um apanhado da produção do Lua na RCA Victor. Temos aqui, praticamente, todos os seus grandes sucessos. Eu espero que vocês gostem. …e viva o papai!
Luiz Gonzaga – Meus Sucessos Com Humberto Teixeira (1968)
Outro álbum de 1968, uma safra muito boa. Aqui temos o Gonzagão, numa coletânea que reúne seus grandes sucessos em parceria com Humberto Teixeira. Em gravações originais, este é mais um disco raro, onde temos uma seleção única que nunca veio a ser relançada em cd. Eu não me recordo de um outro disco de Luiz Gonzaga com esses mesmos registro. Disco bão demais!