Arquivo da categoria: Dilermando Pinheiro
Ritimos E Melodias Na Múisca Popular – A Velha Guarda (1966)
Olá, meus prezados amigos cultos e ocultos! Segue aqui mais um disco da caixa “Ritmos e Melodias na Música Popular”, da Abril Cultural. Desta vez, no disco 2, vamos encontrar a turma da Velha Guarda, ou seja, alguns dos precurssores da nossa MPB. As músicas coletadas aqui são por certo ‘bem rodadas’, todo mundo conhece, até por aqui, através da série Grand Record Brazil do Toque Musical. Na próxima semana tem mais, é só aguardar… 😉
Raul De Barros E Dilermando Pinheiro – Trombone Zangado (1955)
Upa! Finalmente liberado (nos próximos 15 minutos) para a postagem do nosso domingão! Como todos têm sido muito bonzinhos comigo eu, vou continuar retribuindo nas raridades fonográficas. Hoje eu tive mais tempo para preparar com calma um raro toque musical, que agora eu apresento a vocês. Eis aqui um disco bacana, coisa rara de se ver e ouvir por aí; “Trombone Zangado”. Chega a tal ponto, que tem um camarada vendendo um exemplar no Mercado Livre por nada menos que 900 reais. Ou ele perdeu o cabeção, ou eu estou com uma preciosidade aqui e não sabia. Sem dúvida, o disco é ótimo, mas pagar essa grana só se for colecionador apaixonado ou rico metido a besta. O meu está na mão, quem quiser me fazer uma proposta… hehehe… Bom, o que temos aqui é um lp, segundo o Dicionário Cravo Albim, gravado em 1955 pelo trombonista Raul de Barros ao lado do sambista Dilermando Pinheiro. Eu, sinceramente, nunca vi este disco, pois o que eu tenho, acredito, foi um relançamento de 1969, pelo mesmo selo Rádio. O encarte do álbum é bem simples, sem nenhuma informação além de título e artistas, chega a ser quase conceitual com a frase: “O bom está no disco, a capa é proteção”. A impressão que me passa é de um disco parte de uma caixa ou coleção. Mesmo assim, no selo vamos encontrar as informações básicas. “Trombone Zangado é na verdade, um disco dividido, com faixas alternadas entre Raul de Barros com Escola de Samba e Dilermando Pinheiro com conjunto. Fica claro, porém, que Raul de Barros está presente também no conjunto que acompanha Dilermando. Ouvindo hoje, com mais atenção, percebi uma coisa interessante nas músicas com Dilermando Pinheiro que até então eu não havia notado, o som do batuque do artista no chapéu de palha. Cheguei a pensar que fosse problema na digitalização e tratamento do som, era um barulho seco, mas ritmado. Era o chapéu de palha, no qual ele batucou por mais de 20 anos. O repertório, como podemos ver logo abaixo é formado por sambas, choros e maxixes, muitos deles, autênticos e expressivos clássicos. Viva a música brasileira!
Cyro Monteiro E Dilermando Pinheiro – Telecoteco, Opus Nº 1 (1966)
Boa tarde, prezados amigos cultos e ocultos! O disco de hoje nasceu de um contra ataque. Estava eu tranquilamente curtido a paz matinal do domingo, quando as ‘trombetas de jericocó” começaram a soar, seguindo pelo dia adentro. Haja domingo! Explico. É que está acontecendo aqui perto uma festa, promovida pela igreja católica local. Fico impressionado de ver como os católicos estão ficando iguais aos protestantes em matéria de barulho. Fervorosos de dar no saco. Será que eles acham que Deus é surdo?
Pois é, de contra ataque, não deu outra, puxei logo meu arsenal e mandei de samba no volume máximo. Foi Cartola, Nelson Cavaquinho, Candeia e até o “Batucada Fantástica” do Luciano Perrone. Entre esses e outros, rolou também “Telecoteco Opus Nº 1”, disco bacana do Cyro Monteiro com o Dilermando Pinheiro. Acho que nem preciso entrar muito em detalhes (que naturalmente já vem no pacote), pois este disco já foi bem divulgado em outras praças.
“Este disco é uma síntese do show Teleco-teco Opus nº 1, com Cyro Monteiro e Dilermando Pinheiro, apresentado pelo Grupo Opinião em seu teatro no Shopping Center de Copacabana. O disco reúne os melhores momentos do espetáculo, cheio de humor e ternura, durante o qual a antiga ‘dupla onze’ interpreta seus antigos sucessos e lança outros.
Telecoteco, opus nº 1, insere-se na mesma linha de ‘Opinião’, que o Grupo Opinião lançou nos palcos do Brasil com êxito integral e que também foik editado em disco: valorizaçãoo da música popular brasileira em suas expressões mais significativas, vendo-a como um todo que evolui, absorve influências e as incorpora. Isto, sem trair o fundamental: o espírito do povo que se exprime através de seus artistas e cantores.”
Por se tratar de um show, no disco não há separação por faixas. Ou melhor dizendo, não há faixas separadas para cada música. A gente escuta é numa sentada só. O que, aliás, a gente nem percebe, de tão envolvidos que ficamos ao ouvirmos esses dois grandes mestres bambas do samba.