Izio Gross & Grupo – Isto É Bossa (1999)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Em nosso sortido balaio temos sempre de tudo um pouco. Hoje, para variar ainda mais nossas postagens eu trago um trabalho de primeiríssima com o pianista Izio Gross, uma saudação e homenagem a dois grandes bateristas brasileiros, Edson Machado e Dom Um Romão. Esta é na verdade uma versão em cd que reúne dois momento de Izio Gross, um ao lado de Edson Machado em gravações de seu disco de 1964. E anos mais tarde em gravações com Dom Um Romão, pouco antes de vir a falecer. O cd saiu como uma homenagem póstuma e ainda hoje se pode comprá-lo por aí. Muito bom 🙂

just a moment
fleur blanche
fire fly
na moita
noche de ronda
cartão de visita
mau mau
murmúrio
menina feia
palahçada
dançando e balançando
samba perroquet
a certain smile
samba triste
mulher de trinta

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Dom Um Romão – Spirits Of The Times (1973)

Dom Um nasceu no dia três de agosto de 1925, na cidade do Rio de Janeiro. Seu pai era baterista e o influenciou tanto na música africana quanto da brasileira. Dom Um Romão é um estilista original da percussão, sempre utilizando os instrumentos para poder evocar os sons de natureza.
Dom Um Romão se tornou um profissional nos final de 40, tocando bateria em orquestras de dança e acabou sendo contratado pela orquestra da Rádio Tupi. Ele formou no Beco Garrafas em 1955, o Copa Trio (que tinha o pianista Toninho e o baixista Manuel Gusmão). No mesmo período, ele foi contratado pela boate Vogue.
Em 1958, ele participou do marco inicial da bossa, o álbum de Elizeth Cardoso, “Canção do Amor Demais”. Em 1961, Romão tocou com Sérgio Mendes no Sexteto Bossa Rio, no Festival Sul-americano de Jazz (no Uruguai). Em 1962, com o Bossa Rio, participou do Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall, em New York. Com Cannonball Aderley, ele gravou o álbum “Cannonball’s Bossa Nova” (Riverside).
Com o Copa Trio participou de “O Fino da Bossa” no Teatro Paramount (1964), sendo a primeira vez que bossa nova foi lançada na cidade de São Paulo. O seu primeiro álbum, “Dom Um”, foi gravado no mesmo ano. Com pianista Dom Salvador e o baixista Miguel Gusmão surgiu a nova formação do Copa Trio, que acompanhou vários cantores na boate Bottle’s, no Beco Garrafas, inclusive o Quarteto em Cy. O trio ao se unir a Jorge Ben, acabaram formando o Copa 4.
Em 1965, ele participou do primeiro álbum de Flora Purim (então sua esposa), “Flora é MPB”(RCA). No mesmo ano, ele foi convidado por Norman Granz para se mudar para os EUA, onde gravou com Stan Getz e Astrud Gilberto, seguindo depois para a Europa. Sendo muito requisitado, Dom Um gravou muitos álbuns, inclusive com Tom Jobim. Romão se juntou ao Brasil 66 de Sérgio Mendes para gravar “Fool on the Hill”(A&M) e para excursionar ao Brasil (1966).
Ele participou da gravação do álbum “Francis Albert Sinatra & Antônio Carlos Jobim” no ano seguinte. Deixando o grupo de Sérgio Mendes, ele gravou entre outros, com Tony Bennett (The Movie Song Álbum). Já em 1971, Romão substituiu o Airto Moreira no Weather Report.
Em 1973, ele gravou seu primeiro álbum de solo no EUA, “I Sing the Body Electric”, e na seqüência, “Spirit of the Times”. No mesmo ano, ele viajou com Blood, Sweat and Tears. “Hotmosphere” seu terceiro álbum,foi gravado em 1976. Dono do estúdio Black Beans em Nova Jersey, Dom Um acabou se mudando para a Suíça no início dos anos oitenta.
Na Suiça ele formou o Dom Um Romão Quintet, que participou no exterior de vários shows, inclusive abrindo as apresentações de muitos artistas importantes, como Tony Bennett e Blood, Sweat and Tears. Em 1993 gravou “Saudades” e em 1998, o cd “Rhythm Traveller” foi gravado no Brasil.
*Texto extraído do site Clube do Jazz
01 – Shake (Ginaga Gingou)
02 – Wait On The Corner
03 – Lamento Negro
04 – Highway
05 – The Angels
06 – The Salvation Army
07 – Kitchen