Arquivo da categoria: Selo Tapecar
The Rio Carnival Sound – Batucada Espetacular De Escolas De Samba (1974)
Vital Lima – Cheganças (1980)
Fernando Lona – Cidadão Do Mundo (1977)
Boa noite, meus camaradas, amigos cultos e ocultos! Marcando o ponto do dia, hoje eu trago para vocês o cantor e compositor baiano Fernando Lona. Já tivemos a oportunidade de postar aqui no Toque Musical alguns discos trilhas sonoras compostas por ele. Agora trazemos para vocês o “Cidadão do mundo”, seu único disco, lançado em 1977 pelo selo Tapecar. Infelizmente, no mesmo ano de lançamento deste lp, Fernando Lona viria a falecer em um acidente de automobilístico, dando assim fim a sua carreira. Porém, apesar de tudo, Lona será sempre lembrado como um grande compositor, entre tantos, parceiro de Geraldo Vandré, com quem compôs o clássico “Porta estandarte”. Esta é uma das doze faixas que fazem parte deste disco. Um trabalho bem bacana e que com certeza poucos conhecem. Não deixem de conferir no GTM…
desencanto
fado das gaiolas
três três
caiado
porta estandarte
queimada
cidadão do mundo
beira-mágoa
auto retrato
águas do sertão
abc
estandarte de couro brazões
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The Trepidant’s – Remember Me (1978)
Olá amigos cultos e ocultos! Hoje eu trago para vocês um disco que está em meus arquivos há tempos, assim como o lp, que até na semana passada, eu ainda guardava. Na verdade, nem me lembrava mais deste lp. Ele veio a tona por conta de um colecionador japonês que esteve em minha casa buscando algumas ‘pepitas’ para compor estoque em sua loja, em Nagoya. Pensei que o cara fosse querer Bossa Nova e samba, qual nada! O foco dele foi coisas da obscura e curiosa fonografia brasileira. O cara só catou coisas que nem eu mesmo conhecia direito. Entre tantos, ele pirou neste lp do grupo Trepidant’s, principalmente quando colocamos o vinil para tocar. Nessa hora, até eu comecei a analisar o som. Ele achou muito curioso um conjunto brasileiro cantando em inglês. Daí eu enchi ele com uma vasta coleção de lps e compactos, discos exatamente dessa fase dos anos 70, com os mais diferentes ‘gringos-brasileiros’, aquela turma toda que gravava cantando em inglês. Desovei todos os Pholhas, todos os compactos da Cash Box, Mark Davis, Dave Maclean, Chrystian, Terry Winter… O japa saiu daqui carregado e eu feliz da vida por ter feito um ótimo negócio. Já me enviou mensagem dizendo que em breve volta para buscar mais. É isso aí… tem gente que não se contenta apenas com os toque musicais’, querem o disco de verdade’. Como digo sempre, estando disponível, basta fazer uma oferta 😉
Quanto ao Trepidant’s, a essa hora já está lá no Japão. Só espero que não provoque nenhum terremoto. Aqui, só ficou na lembrança… Remember me… Tudo a ver… Este foi o primeiro lp gravado pelo grupo pernambucano que trazia um repertório de música pop, autoral e todo cantado em inglês. Um pop romântico, com letras simples, mas com uma boa pegada e qualidades necessárias para alegrar qualquer programação de rádio da época.
Os Trepidant’s, ao longo do tempo gravaram diversos discos pela Tapecar, RCA Victor, 3M e Estúdio Eldorado. Passaram depois a incluir em discos e repertório músicas cantadas em português. Me parece que continuam na ativa até hoje, com novos músicos, graças ao seu principal componente, o ‘Porra Doida’, José Geraldo, que foi quem deu origem ao conjunto. Confiram este lp!
Sambas Enredos Dos Blocos Carnavalesco Do Estado Da Guanabara ’75 – 1. Grupo (1975)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Seguindo a tradição, fevereiro é mês de Carnaval e por aqui a gente vai dando aqueles pulinhos, trazendo de volta lembranças de outras tantas festas. É incrível como tem discos ligados ao tema. Eu todo ano, nessa época, tenho postado discos de carnaval e parece que eles nunca acabam. Desta vez eu separei uma meia dúzia de títulos, os quais eu irei publicando até antes da quarta feira de cinzas.
Temos aqui um interessante lp lançado pela Tapecar. Produção da Federação (federação?) dos Blocos Carnavalescos da Guanabara, apresentado os sambas enredos dos blocos carnavalescos do antigo Estado para 1975. Dizem que samba enredo é tudo igual. Talvez em sua essência, assim como o blues americano. Mas há algo de diferente em alguns nessa coisa sempre igual.
Ester De Abreu – Amar Amar (1975)
Olá amigos cultos e ocultos, boa noite! Eu havia planejado postar aqui nesta semana um grupo de discos com vozes femininas. Infelizmente eu não consegui manter a regularidade nas postagens, daí vamos para o ‘quando der’, mas sem perder o foco 😉
Tenho aqui a cantora Ester de Abreu, uma artista que já apresentamos em outras épocas no Toque Musical. Desta vez eu trago o disco “Amar, amar” lançado pela Tapecar, em 1975. Pelo recado impresso na própria capa, percebe-se que é um disco de retorno. Acredito também que este tenha sido seu último trabalho. Não consta em sua discografia outros álbuns.. Ester, como sempre, nos vem com um repertório bem português, alguns temas clássicos, fados, como era o seu estilo. “Amar, amar”, título do disco, é também o nome de uma das faixas, composição para o poema de Florbella Espanca. “Ai, Mouraria”, “Nem as paredes confesso”, “Coimbra” e tantas outras fazem parte desse retorno. Bem legal, não deixem de conferir…
Gazolina Do Brasil & News Brasas Samba Show – Ao Vivo (197…)
Olá amigos cultos e ocultos! Nos últimos dias andei meio sumido. Para não variar, sem tempo e cada vez mais distante desse objetivo. Acho que, de certa forma, a fase máxima, a febre dos blogs musicais já passou. Por outro lado, paradoxalmente, os discos de vinil que eram seu assunto principal, a fonografia, passam agora por uma revitalização, com o retorno de diversos títulos raros, tudo sendo relançado em cópias quase perfeitas. Acredito que uma das razões para o retorno do vinil está diretamente relacionada aos movimentos de blogs como o Toque Musical. Creio que isso despertou muita gente e o interesse pelo vinil voltou aqui no Brasil. Eu mesmo, que pensava em apenas compartilhar e desfazer dos lps após digitalizar, também mudei de ideia e retomei minha coleção. Realmente isso é uma cachaça. Penso que por conta de me preocupar mais com a retomada da minha coleção, acabei direcionando o meu foco musical só para isso. O blog foi perdendo um pouco do sentido, sei lá… Mas, por outro lado, sei que não dá para abandonar um compromisso de quase oito anos. Ou por outra, não dá para abandoná-lo assim. Vamos seguindo então, em frente e a cada dia nos adaptando às regras e ao jogo. O TM não pára, segue ao ritmo e dança conforme a música.
Nos últimos dias andei meio afastado, pois estive viajando. Fui ao meu sempre querido Rio de Janeiro e por lá não deixei de sair no garimpo, em busca de discos que considero interessantes e principalmente para a minha própria coleção. Me lembrei também do Toque Musical, claro! E por lá adquiri algumas que aos poucos irão chegando aqui para vocês. Entre tantos, começo com este lp que eu mesmo não conhecia (adoro coisas assim). Trata-se de um curioso álbum lançado pela Tapecar, sem data, mas creio que deve ser do início dos anos 70, com o cantor Antônio Monte de Souza, mais conhecido como Gasolina. Um nome hoje pouco lembrado. Segundo consta, Gasolina veio da Rádio Gaúcha, em Porto Alegre, onde foi descoberto pelo radialista Ivan Castro. Conheceu o sucesso quando veio para as rádios do Rio de Janeiro e São Paulo. Cantou ao lado e foi impulsionado por grandes nomes como Nelson Gonçalves, Noite Ilustrada, Silvio Caldas e tantos outros. Foi também ator, fez teatro e cinema (O Auto da Compadecida, O Cantor e o Milionário) e na televisão se apresentava no programa “Copacabana Show”, lá pelos anos 60. O que foi feito dele, qual o seu paradeiro, isso é coisa que não consegui descobri. Mas aqui neste álbum ele aparece como “Gazolina do Brasil”, com Z. Talvez por conta de contratos com outra gravadora, ou por erro mesmo. O álbum não é qualquer coisa não. É de um tempo que a produção podia esbanjar. Neste lp temos uma capa dupla com fotos e mais detalhes sobre o trabalho. Diz a capa que é uma gravação ao vivo, porém pela qualidade da gravação e pela falta do público eu diria que não. Ou talvez até tenha sido, mas sem público, apenas aproveitando o espaço e o clima da churrascaria Las Brasas, onde os shows comandados por Gasolina aconteciam. Este álbum é uma síntese do show 😉 São 13 faixas na quais estão distribuídas 42 músicas entre sambas, machinhas, pontos e outros batuques. Gazolina vem acompanhado do conjunto New Brasas Samba Show e da cantora Célia Reis. Infelizmente não consegui localizar a data, mas certamente é um disco dos anos 70. No arquivo não nomeei as faixas devido a quantidade de músicas. Deixo que cada qual resolva isso ao seu modo, ok?
Renato Tito – Clarinete Jovem (1973)
Olá, amigos cultos e ocultos! Mais uma vez o Toque Musical se torna alvo de denúncias. Desta vez, como não conseguiram derrubar o blog, derrubaram a conta do Mediafire. Vocês devem ter percebido que os links nas últimas semanas foram todos deletados logo que entravam no GTM. Infelizmente, temos um ‘fator complicante’ (ou seria implicante?), um espírito de porco, capaz de todo tipo de ação negativa, a qual tem se intensificado pelo simples fato de eu o estar ignorando. Mas agora, estou vendo que precisarei tomar outras providências. Se é para sacanear, então vamos lá… Santos, me aguarde, pois estamos chegando! Esse papo a gente ainda continua. No momento, vamos à postagem do dia.
Hoje eu trago para vocês um outro disco do compositor e clarinetista Renato Tito. Um álbum bem procurado, solicitado por muitos aqui no Toque Musical. Gravado em 1973 pelo selo Tapecar, este lp procura trazer um Renato Tito mais ‘moderninho’, interpretando entre outros, temas da música pop nacional e internacional. O disco foi produzido pelo filho de Renato, o também compositor e instrumentista Paulo Tito. Paulo também participa do disco tocando guitarra. O disco, num todo, é bem agradável. Percebe-se, porém, que Renato Tito se sente mais a vontade tocando suas próprias composições ou músicas como “Carinhoso”, de Pixinguinha e Braguinha ou “Curare”, de Bororó.
A PARTIR DE HOJE, NOSSOS LINKS NO GTM TERÃO UM PRAZO LIMITADO DE VALIDADE, SENDO TODOS ATRAVÉS DO 4SHARED. A RENOVAÇÃO DOS MESMOS SERÁ GRADUAL E SEM PRAZO DETERMINADO. QUEM ESTIVER INTERESSADO NAS POSTAGENS DO TOQUE MUSICAL VAI PRECISAR FICAR MAIS ATENTO, LIGADOS DIARIAMENTE NO QUE ACONTECE POR AQUI. A PRIORIDADE É SEMPRE DA POSTAGEM DO DIA. SOLICITAÇÕES PARA ANTIGAS POSTAGENS SEGUEM POR ORDEM DE CHEGADA, OK?
music and me
juramento falso
minhas lágrimas
carinhoso
não sei porque
vou nesse balanço
em cada verso, em cada samba
curare
bem
evocação a luiz americano
meu retorno
a distância
Noite Ilustrada (1976)
Quarteto Teorema (1973)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! A semana está passando tão rápido que eu nem notei que hoje já é quinta feira. E antes que os dias livres da semana se acabem, lá vou eu com mais uma escolha não premeditada. Trago para vocês o Quarteto Teorema, um grupo vocal aos moldes do MPB-4, que esteve muito atuante no final dos anos 60 e início dos 70. Encontrar informações na rede sobre esse grupo é tão difícil como procurar o Wally. Sites que se colocam como verdadeiras enciclopédias de música brasileira, também não informam nada. E olha que não se trata apenas de discos ou artistas sem expressão. Eu, muitas vezes já me dei conta disso, discos/artistas importantes, mas sem referências. É por essas e por outras que nós que amamos verdadeiramente a música brasileira estamos aí na anarquia (?) fonomusical.
O Quarteto Teorema, até onde eu sei era um grupo liderado pelo ator, cantor e compositor baiano Fernando Lona, parceiro de Geraldo Vandré em “Porta estandarte”. Participava também do grupo (creio eu) outro baiano, o cantor e compositor Vidal França. Formando o quarteto, temos ainda mais dois nomes, os quais (suponho eu) foram Nazareno Vieira e Pena Branca, dupla a qual eu já postei um disco aqui. Embora essas informações não sejam precisas, foram montadas por mim, tomando como base as diversas peças de um quebra cabeças que se encaixam com perfeição. Aqueles que por ventura tiverem infomações complementares, não deixem de fora dos nossos comentários. É assim que vamos desembassando nossa história musical.
Me lembrei agora de um outro disco deste quarteto, um compacto lançado no final dos anos 60 para o time do Flamengo. Vou ver se o encontro e se possível, ainda hoje coloco aqui para você, ok? Confiram o Teorema…
Beth Carvalho – Canto Por Um Novo Dia (1973)
Olha aí um disco bacana. Samba(-canção) puro, coisa fina! Para muitos este é considerado o primeiro disco da Beth Carvalho. Mas na verdade foi o primeiro na Tapecar, onde, na minha opinião, ela gravou seus melhores trabalhos. Beth já havia gravado um disco pela Odeon, mas esse fica para um outro momento. Neste lp tem “Folha seca” do nosso maravilhoso Nelson Cavaquinho e Guilherme de Britto, “Velhice da porta-bandeira”, “Hora de chorar”, “Canto por um novo dia”… Grande disco!