Carioca E Sua Orquestra – Orquestra De Baile (1958)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Celebrando mais um dia musical no nosso mês de aniversário, trago par vocês o excelente (e famoso) lp do Maestro Carioca, Orquestra de Baile. Disco de 12 polegadas lançado pelo selo Rádio, em 1958. Já tivemos aqui outros discos do maestro Ivan Paulo da Silva, mais conhecido por ‘Carioca’. Trombonista, compositor e orquestrador, estreou na orquestra de Fon-Fon, no Rio de Janeiro. Foi diretor da orquestra All Stars, da Rádio Nacional. Gravou dezenas de discos, escreveu arranjos importantes e também foi diretor de diversas gravadoras. Atuou até o final da década de 80. Seus discos continuam por aí, mais na memória do que em rádios. Mais nos blogs, como o Toque Musical do que na televisão. Quem busca ouvir seus discos só mesmo assim, pela internet, nos blogs e no Youtube (alimentado por blogueiros).
“Orquestra de Baile” é um daqueles discos feitos para dançar, onde as músicas vão se sucedendo quase como um ‘pot-pourri’. No repertório temos sambas e fox em arranjos realmente maravilhosos. Taí um disco que vale a pena ouvir. Ouvir e até dançar, porque não?

samba no arpege
apito no samba
alexander’s ragtime band
bernadine
pinguinho de gente
torcida organizada
i had the crasiest dream
não troquemos de mal
fascinação
conversa de botequim
boa pinta
ginga das palmas
.

Maestro Carioca – A Música Dos 4 Grandes (1969)

Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Enquanto eu engulo aqui o café da manhã, vou logo providenciando a postagem do dia, pois não sei se terei  hoje outro tempo. Vou postando aqui uma colaboração do nosso amigo Mauro, que gentilmente nos enviou o arquivo digital de uma fita cassete. Vocês se lembram dela? Pois é, aqui também tem espaço para esse tipo de mídia, uma versão em fita magnética de fonogramas que foi muito popular nos anos 60 e 70. Com a vinda do digital, nos anos 80, os K7, ou Cassete, acabaram perdendo a vez. Seus aparelhos de tocar fita viraram sucatas. Lembram do ‘walkman’, do tocafitas no carro do titio, ou mesmo aquele super aparelho que fazia gosto vê-lo ligado junto ao equipamento de som da sala? Pois é, hoje não vale mais nada. Eu mesmo tenho dois, um Technics e um Teac, mas há tempos que eles estão parados, esperando um comprador no Mercado Livre. Hoje em dia é difícil achar fitas gravadas originais, principalmente se forem dos anos 60 e 70, que é o que vale a pena. Nos anos 80 só mesmo duplas sertaneja ainda lançavam suas músicas nesse formato. Felizmente esta fita aqui, do Maestro Carioca, resistiu ao tempo e para a nossa felicidade, hoje a temos na íntegra no formato ‘webdisco’ para o nosso Toque Musical. Lançada em 1969 pelo selo Equipe, certamente com sua versão em vinil (disco este que eu nunca vi), temos então o Maestro Carioca e sua orquestra, interpretando quatro grandes compositores.

“Nesta fita há um retrospecto de trinta anos de música popular. Trinta anos do melhor do Maestro Carioca. Você vai encontrar o registro, de alguma forma, desde o tradicional (Pai Joaquim de Angola), passando pela pilantragem (Emília) e chegando à toada nova (Folhas mortas), a mais recente forma da música popular. “Os Quatro Grandes Compositores Tradicionais” estão aqui reunidos: Ary Barroso, Ataulfo Alves, Wilson Batista e Noel Rosa.”

na cadência do samba

morena boca de ouro

feitiço da vila

palpite infeliz

feitio de oração

emilia

na baixa do sapateiro

pai joaquim de angola

folha morta

lenço no pescoço

mundo de zinco

atire a primeira pedra

 

Carioca And His Cuban Percussion Orchestra – Chachacha Explosivo (1962)

Muito bom dia, amigos cultos, ocultos e associados! Enfim, após passar uma semana me recuperando das perdas e danos, retomo nossas postagens em um novo endereço. Aliás, em novos endereços. Por loucura ou pura teimosia, repliquei o Toque Musical em 10 vezes. Ou seja, criei, além deste, mais nove blogs iguaizinhos. Com a ajuda de alguns amigos, pretendo ainda criar mais. Numa próxima onda terrorista como foi essa, vou ‘poluir’ a rede de Toque Musical. Colocarei na rede pelo menos umas 20 cópias do blog, com o detalhe de serem atualizados todos, simultâneamente. Por enquanto, só estará público este endereço. Lembro também que existe uma outra versão do blog pelo WordPress, o qual muitos de vocês já conhecem e que funciona como uma filial, sem link, obviamente. Assim sendo, não vai ser por falta de toques que vocês irão ficar sem música. Quanto aos vilões do Toque Musical, eu quero mais é que morram secos de ódio, sufocados e mudos na inveja, infiltrados ou não no nosso GTM. Quanto ao Blogger, mais uma vez, obrigado pelos ‘espaços cedidos’. Viva a hipocrisia! (desde que me permitam continuar existindo)

Aproveito também o momento para pedir a todos um voto de confiança e amizade em forma de um gesto, que aparentemente pode parecer, de minha parte, um pedido de pura vaidade, mas não é não. Gostaria de ver uma demonstração de simpatia através do quadrinho de seguidores. Acho que não seria pedir muito aos amigos que se colocassem como seguidores, como já o fizeram alguns. É uma coisa boba, eu sei, mas demonstra, para mim, uma outra força, um estímulo e a simpatia. Se o número de seguidores for igual ou próximo ao crescente GTM, eu ficarei muito satisfeito e verei que vale a pena continuar a empreitada. Para um blogueiro como eu, o importante é o ‘feed back’. Se não escuto nem o eco do meu toque, não há mais porque continuar ‘cantando’.
Como prova de gentileza, dou sequência ao Toque Musical com um disco super bacana, que eu acredito, venha a agradar a todos. Não bastasse a bela capa, temos aqui um belíssimo disco. Eis aqui o que eu considero o melhor disco de ‘Cha Cha Cha’ já gravado no Brasil: Carioca And His Cuban Percussion Orchestra. Este álbum eu reencontrei, após muito procurar, em uma banca de feira da Praça 15, no Rio. Para a minha felicidade o álbum ainda era ‘zero bala’, virgem até no selo de proteção, coisa típica dos discos da Imperial/Odeon. Nunca havia sido tocado antes, vejam que beleza!
Assim sendo, temos aqui o já apresentado Ivan Paulo da Silva, mais conhecido como Maestro Carioca, que na verdade era paulista. Acredito que o ‘Carioca’ veio do fato dele ter a sua atuação artística mais concentrada no Rio de Janeiro. Apenas por curiosidade, é dele aquele famoso prefixo do “Reporter Esso”, da Rádio Nacional. O cara era mesmo muito bom.
Neste belíssimo álbum, como se pode ver logo de cara, Carioca se dedicou a explorar (com maestria, diga-se de passagem e com retundâncias) o que era, ainda então, um dos gêneros mais populares daquela época, o ‘cha-cha-cha’. O Maestro Carioca engana bem (no bom sentido, claro!) se fazendo passar por um ‘bandleader’ cubano. Sinceramente, não deixa nada a desejar, chegando mesmo a superar muitos cubanos. Aqui encontraremos um repertório fino, com músicas bem conhecidas do público, em arranjos de matar de inveja a Orquestra Aragón (ou vice-versa, hehehe…)

o terceiro homem
limelight
stranger in paradise
las secretarias
temptation
monalisa
el bodegueiro
me lo duo adela
again
rum and coca-cola
chachacha nº 5
alexander’s sagtime band

Orquestra Namorados do Caribe – Sabor De Sucesso (1964)

Temos para hoje, mais uma vez, um trabalho do Maestro Carioca, arranjando e regendo a Orquestra Namorados do Caribe, uma versão RCA Victor para a Orquestra Românticos de Cuba, da Musidisc. Neste álbum a Orquestra nos apresenta um repertório quase todo de músicas italianas que faziam muito sucesso nos anos 60. Bem agradável, longue… Vai mais uma pedrinha de gelo aí? Apreciem com moderação 😉

la bamba
non ho l’etá
if i had a hammer
anamaria
esta noche
come sinfonia
free me
sapore di sale
io che amo solo te
se le conse stanno cosi
cio’ che rimare alla fine de un amore
roberta

Carioca Swings – The Delphin Jr. Orchestra Plays – Dance… Dance… Dance… (1965)

Quase que sem querer, acabei transformando as postagens da semana numa mostra de regentes e orquestradores. Hoje e mais uma vez, marcando presença no Toque Musical, temos o Maestro Carioca, figura importante na música brasileira, mas como outros antigos artistas, esquecida em meio a tanta mediocridade musical. Como no caso do André Penazzi, Maestro Carioca é um nome difícil de encontrar informações, pelo menos através da rede. Sites especializados, que se gabam de serem fomentadores da cultura e história na MPB, a cada nova consulta que faço, me faz perceber o quanto ainda são incompletos. Vamos então ajudar… Segundo a Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana, o Maestro Carioca foi um trombonista que integrou a geração de músicos que, na década de 40, traçou os caminhos da música popular orquestral brasileira. Chefe de orquestra, compositor, arranjador e instrumentista, nascido em Taubaté, SP, em 1910 (faleceu no Rio de Janeiro em 1991). Seu verdadeiro nome era Ivan Paulo da Silva. É de sua autoria o famoso prefixo do antigo noticiário radiofônico “Repórter Esso”. Durante três décadas ele esteve a frente de diversas orquestras, trabalhou no rádio e na televisão. Gravou dezenas de discos e participou e outros tantos numa diversidade musical que abrange diferentes estilos. No presente lp o maestro vem nos brindar, mais uma vez, como um grande ‘band leader’, à frente de sua orquestra, ele nos traz alguns dos mais famosos ‘standards’ da música americana. Disco muito bacana. Para mim, só faltou “Caravan” de Tizol. Confiram…

love is a many splendored thing
this can’t be love
blue moon
sentimental journey
all the way
love me or leave me
s’ wonderful
night an day
summertime
blues in the night
love letters
flamingo