Boa tarde, prezados amigos cultos e ocultos! Devido a uma viagem, estou sendo obrigado a recorrer aos meus ‘discos de gaveta’, aqueles que estão sempre prontos, seja no ‘hd” ou no pen drive. Sempre levo comigo, quando viajo, alguns arquivos para cobrir as emergências. Dessa forma, levo hoje para vocês uma coletânea prá lá de bacana. Estamos falando aqui de Ary Barroso, em um álbum lançado pela Musidisc possivelmente no ano de sua morte, 1964. Não há no lp qualquer informação da data, mas pelo texto na contracapa, tudo leva a crer que se trata de uma homenagem póstuma. A Musidisc reuniu alguns de seus maiores sucessos internacionais, extraídos de outros discos e artistas da gravadora. Alguns, inclusive, até já apresentados aqui no Toque Musical. De qualquer maneira, trata-se de uma coletânea da Musidisc, o que é sinônimo de qualidade. Mais ainda sendo o motivo principal a música de Ary Barroso. Confiram!
Arquivo da categoria: Bob Flemming
Bob Fleming (1961)
Bom dia amigos cultos, ocultos e associados! Hoje eu estou trazendo um disco que eu considero nota 10. Um dos primeiros álbuns do selo Musidisc, lançado em 1961 e apresentando o saxofonista criado por Nilo Sérgio, Bob Fleming. Quem acompanha o blog sabe que aqui temos outros discos desse artista e em vários outros momentos falamos sobre a real identidade do mesmo. Muitos falam que Bob Fleming era o saxofonista Moacyr Silva, depois passou a ser o Zito Righi… São tantas histórias e lendas que eu já nem sei mais qual é a verdade. Hoje, ao iniciar essa postagem, ainda agora, li no site “Agenda do Samba Choro” (uma lista de discussão sobre MPB) um texto que me deixou ainda mais confuso. Trata-se de um e-mail enviado ao site, em junho de 2004, pelo saxofonista Moacyr Marques da Silva onde ele tenta esclarecer a verdade sobre o assunto. Segue logo a baixo uma cópia do texto, que pode também ser conferido na própria lista do Samba Choro:
Rio de Janeiro 06 de junho de 2004.
Prezados Senhores.
Como testemunha viva dos fatos descritos sobre “BOB FLEMING”, gostaria de
esclarecer que eu, Moacyr Marques da Silva, músico, saxofonista, citado em
seu site:
“Caro internauta. Quero aqui informar-lhe que muito há que reparar neste seu
release sobre Bob Fleming. Não sei que fontes vc consultou, mas são muito
imprecisas. Conheci, pessoalmente, por intermédio de membros de minha
família o verdadeiro Bob Fleming, pseudônimo usado por um grande músico
brasileiro do Rio de Janeiro, cujo nome correto é Moacir Marques, que
apesaqr de não ser americano era branco, nada tendo a ver com o Moacir
Silva, outro grande músico brasileiro, este sim negro. Moacir Marques, tocou
em diversas orquestras ( inclusive da Rádio Nacional ) e formou um conjunto
que tinmha seu nome e tocava em diversos bailes do Rio de Janeiro e
adjacencias.Tive o privilégio de receber de suas mãos aquerle LP onde na
capa aparecia algém vestido numa armadura tocando sax. Procure pesquisar
mais em cima destas minhas informações e refeça ou retire do ar seu artigo,
para que evitar que com o passar do tempo essa incorreção venha a se tornar
uma verdade que nenhum dos dois Moacir merecem”.
Não fui e jamais gravei com este pseudônimo, criado por Nilo Sérgio, dono da
gravadora Musidisc, à época, para Moacyr Silva (Negro) e posteriormente para
Zito Rig (branco), outro saxofonista. Como músico profissional exerci a
função em diversas gravadoras (Copacabana Disco e Odeon, funcionário
efetivo) e rádios ( Tupi, Nacional e outras). Fui integrante e fundador da
Orquestra da Rede Globo de Televisão, enquanto existiu (23 ANOS).Tive meu
próprio conjunto musical, com o qual gravei 6 LP’s, entre os anos 60 a 66.
Integrei a Orquestra de Ary Barroso e do Maestro Copinha. Me apresentei com
grandes artistas Internacionais.
Em meados de 1966, com a Orquestra do Maestro Copinha, me apresentei no baile
beneficente da Cruz Vermelha Internacional oferecidos pelo Príncipe de
Mônaco em seu palácio; gravei com todos os grandes cantores da música
popular brasileira (ver ficha técnica nos LP´s – Simone, Gilberto Gil,
Bethanea, Gal Costa, Elizete Cardoso, e muitos outros). E, ainda, sou
funcionário público estatutário, aposentado na categoria de músico –
clarinetista baixo – da Orquestra Sinfônica Nacional do Ministério da
Educação, lotada na Universidade Federal Fluminense. Apesar da semelhança
dos nomes, Moacyr Marques da Silva, ou melhor, Moacyr Marques, “BIJOU”, como
sou conhecido no meio musical, jamais poderia ser confundido com o grande e
respeitado amigo Moacyr Silva, cuja a carreira abrilhantou a música
brasileira. Para maiores esclarecimentos, entre em contato:
Tels: 21-2447-1446 ou 21-2447-0139 horário da manhã.
Aproveito pra parabenizar o autor dos artigos sobre Moacyr Silva, e solicito
que desconsiderem as observações do Sr. Reginaldo Gomes de Souza. Grato pela
atenção.
Moacyr Marques – BIJOU.
Sinceramente, eu já não estou entendendo mais nada sobre essa história. Porém, como um dos muitos divulgadores do ‘sax’ criado por Nilo Sérgio, me vejo na obrigação de apresentar todos os fatos e versões. Qual é a verdade? Taí uma questão cheia de polêmica, que vale novamente vir à tona. Vamos comentar?
nosso amor
fechei a porta
é luxo só
teleco-teco nº 2
meditação
cheiro de saudade
a noite do meu bem
fim de caso
ideias erradas
e daí?
mundo mau
ho-ba-la-la
rio de janeiro (isto é meu brasil)
cidade maravilhosa
dizem por aí
o amor e a rosa
se acaso você chegasse
agora é cinza
chora tua tristeza
ri
carinho e amor
menina moça
o nosso olhar
exemplo