Ary Barroso Internacional (1964)

Boa tarde, prezados amigos cultos e ocultos! Devido a uma viagem, estou sendo obrigado a recorrer aos meus ‘discos de gaveta’, aqueles que estão sempre prontos, seja no ‘hd” ou no pen drive. Sempre levo comigo, quando viajo, alguns arquivos para cobrir as emergências. Dessa forma, levo hoje para vocês uma coletânea prá lá de bacana. Estamos falando aqui de Ary Barroso, em um álbum lançado pela Musidisc possivelmente no ano de sua morte, 1964. Não há no lp qualquer informação da data, mas pelo texto na contracapa, tudo leva a crer que se trata de uma homenagem póstuma. A Musidisc reuniu alguns de seus maiores sucessos internacionais, extraídos de outros discos e artistas da gravadora. Alguns, inclusive, até já apresentados aqui no Toque Musical. De qualquer maneira, trata-se de uma coletânea da Musidisc, o que é sinônimo de qualidade. Mais ainda sendo o motivo principal a música de Ary Barroso. Confiram!

aquarela do brasil – ed lincoln e seu conjunto
aquarela do brasil – don pablo de havana
risque – orquestra românticos de cuba
morena boca de ouro – luiz bittencourt e orquestra
rio de janeiro – bob flemimg
bahia (na baixa do sapateiro) – don pablo de havana
bahia (na baixa do sapateiro) – henry nirenberg e sua orquestra
bahia (na baixa do sapateiro) – os violinos mágicos
é luxo só – orquestra pan american
foi ela – luiz bittencourt e orquestra
.

Bob Fleming (1961)

Bom dia amigos cultos, ocultos e associados! Hoje eu estou trazendo um disco que eu considero nota 10. Um dos primeiros álbuns do selo Musidisc, lançado em 1961 e apresentando o saxofonista criado por Nilo Sérgio, Bob Fleming. Quem acompanha o blog sabe que aqui temos outros discos desse artista e em vários outros momentos falamos sobre a real identidade do mesmo. Muitos falam que Bob Fleming era o saxofonista Moacyr Silva, depois passou a ser o Zito Righi… São tantas histórias e lendas que eu já nem sei mais qual é a verdade. Hoje, ao iniciar essa postagem, ainda agora, li no site “Agenda do Samba Choro” (uma lista de discussão sobre MPB) um texto que me deixou ainda mais confuso. Trata-se de um e-mail enviado ao site, em junho de 2004, pelo saxofonista Moacyr Marques da Silva onde ele tenta esclarecer a verdade sobre o assunto. Segue logo a baixo uma cópia do texto, que pode também ser conferido na própria lista do Samba Choro:

Rio de Janeiro 06 de junho de 2004. 

Prezados Senhores. 

Como testemunha viva dos fatos descritos sobre “BOB FLEMING”, gostaria de
esclarecer que eu, Moacyr Marques da Silva, músico, saxofonista, citado em
seu site: 

“Caro internauta. Quero aqui informar-lhe que muito há que reparar neste seu
release sobre Bob Fleming. Não sei que fontes vc consultou, mas são muito
imprecisas. Conheci, pessoalmente, por intermédio de membros de minha
família o verdadeiro Bob Fleming, pseudônimo usado por um grande músico
brasileiro do Rio de Janeiro, cujo nome correto é Moacir Marques, que
apesaqr de não ser americano era branco, nada tendo a ver com o Moacir
Silva, outro grande músico brasileiro, este sim negro. Moacir Marques, tocou
em diversas orquestras ( inclusive da Rádio Nacional ) e formou um conjunto
que tinmha seu nome e tocava em diversos bailes do Rio de Janeiro e
adjacencias.Tive o privilégio de receber de suas mãos aquerle LP onde na
capa aparecia algém vestido numa armadura tocando sax. Procure pesquisar
mais em cima destas minhas informações e refeça ou retire do ar seu artigo,
para que evitar que com o passar do tempo essa incorreção venha a se tornar
uma verdade que nenhum dos dois Moacir merecem”.

Não fui e jamais gravei com este pseudônimo, criado por Nilo Sérgio, dono da 
gravadora Musidisc, à época, para Moacyr Silva (Negro) e posteriormente para
 
Zito Rig (branco), outro saxofonista. Como músico profissional exerci a
 
função em diversas gravadoras (Copacabana Disco e Odeon, funcionário
 
efetivo) e rádios ( Tupi, Nacional e outras). Fui integrante e fundador da
 
Orquestra da Rede Globo de Televisão, enquanto existiu (23 ANOS).Tive meu
 
próprio conjunto musical, com o qual gravei 6 LP’s, entre os anos 60 a 66.
 
Integrei a Orquestra de Ary Barroso e do Maestro Copinha. Me apresentei com
 
grandes artistas Internacionais.
 
Em meados de 1966, com a Orquestra do Maestro Copinha, me apresentei no baile
 
beneficente da Cruz Vermelha Internacional oferecidos pelo Príncipe de
 
Mônaco em seu palácio; gravei com todos os grandes cantores da música
 
popular brasileira (ver ficha técnica nos LP´s – Simone, Gilberto Gil,
 
Bethanea, Gal Costa, Elizete Cardoso, e muitos outros). E, ainda, sou
 
funcionário público estatutário, aposentado na categoria de músico –
 
clarinetista baixo – da Orquestra Sinfônica Nacional do Ministério da
 
Educação, lotada na Universidade Federal Fluminense. Apesar da semelhança
 
dos nomes, Moacyr Marques da Silva, ou melhor, Moacyr Marques, “BIJOU”, como
 
sou conhecido no meio musical, jamais poderia ser confundido com o grande e
 
respeitado amigo Moacyr Silva, cuja a carreira abrilhantou a música
 
brasileira. Para maiores esclarecimentos, entre em contato:
 
Tels: 21-2447-1446 ou 21-2447-0139 horário da manhã.
 
Aproveito pra parabenizar o autor dos artigos sobre Moacyr Silva, e solicito
 
que desconsiderem as observações do Sr. Reginaldo Gomes de Souza. Grato pela
 
atenção.
 
Moacyr Marques – BIJOU.
 

Sinceramente, eu já não estou entendendo mais nada sobre essa história. Porém, como um dos muitos divulgadores do ‘sax’ criado por Nilo Sérgio, me vejo na obrigação de apresentar todos os fatos e versões. Qual é a verdade? Taí uma questão cheia de polêmica, que vale novamente vir à tona. Vamos comentar?

nosso amor

fechei a porta

é luxo só

teleco-teco nº 2

meditação

cheiro de saudade

a noite do meu bem

fim de caso

ideias erradas

e daí?

mundo mau

ho-ba-la-la

rio de janeiro (isto é meu brasil)

cidade maravilhosa

dizem por aí

o amor e a rosa

se acaso você chegasse

agora é cinza

chora tua tristeza

ri

carinho e amor

menina moça

o nosso olhar

exemplo

Bob Fleming – Boleros, Boleros, Boleros (198?)

Olá! Antes de tudo, eu gostaria de esclarecer dois pontos importantes para um melhor entendimento do nosso Toque Musical. Primeiro com relação aos links. Sempre usamos o Mediafire e o Rapidshare para arquivos maiores de 100 mega e para reposição dos vencidos. Acredito que todos atualmente estão ativos, contudo, conto com o interesse e colaboração de vocês. A reposição é imediata. O segundo ponto diz respeito à maneira como os álbuns são apresentados aqui. Procuro sempre caprichar, mas alguns detalhes como remasterização e capa, tenho procurado não intervir, de forma que se mantenha íntegra toda uma informação. Acho que é importante mostrar a coisa como ela é. Mostrar a capa do disco e não apenas o seu encarte. Por certo, tudo de forma apresentável, mas qualquer melhoramento, prefiro deixar a cargo de cada um. Em resumo, quero que o ábum chegue até vocês da forma mais pura, sem intervenções. Tenho tomado essa posição devido à facilidade com que hoje em dia podemos modificar, transformar e subverter uma informação. Digo isso principalmente dos arquivos de imagem e de som. Daí, chego a conclusão que quanto menos mexer, melhor. (cês tão intendendo?)
Bom, chega de blá-bla-blá… vamos ao que interessa! E hoje, como prometido, o negócio é o bolero. Como nesta semana eu andei postando álbuns instrumentais, para não destoar muito, preferi escolher boleros instrumentais. Então, nessa hora, não deu outra… escalei o Mr. Sax, Bob Fleming ou se preferirem Moacyr Silva. Como é sabido de todos, o saxofonista Moacyr Silva, assim como outros músicos, atuaram com outros nomes, principalmente nomes estrangeiros, de forma a driblar contratos com outras gravadoras. Moacyr fez muito isso e no caso de Bob Fleming, foi adotado para que o instrumentista pudesse gravar pela Musidic. O nome, me parece, foi cunhado por Nilo Sergio, dono da gravadora. Por esta ele gravou vários discos, entre eles esta série de boleros, que pelo que tudo indica começou a partir de 1960 com o Volume 1. O segundo volume eu não localizei a data, mas o terceiro saiu em 1965. Nos anos 80 os três volumes foram reunidos e relançados pela Sigla com esta bela capa conceitual, onde juntando os três álbuns temos um poster dessa loira sensual (até rimou!). O repertório vocês podem conferir logo a baixo, quase todas as músicas bem conhecidas do público. Vamos então ouvir o nosso Ben Webster tupiniquim. Maravilha…
vol.1
frio en el alma – aquellos ojos verdes
un mujer – desesperadamente
por que ya no me quieres – olhos castanhos
magic is the moonlight – tres palabras
adios – se muy bien que vendras
solamente una vez – frenesi
maria elena – la violetera
quiereme mucho – cubanacan
torna a surriento – o sole mio
poinciana – marta
stars in your eyes – orchilds in the moonlight
quero beijar-te as mãos – nostalgias
vol.2
la barca
cancion de amor cubano
nocturnal
duerme
regalo de viaje
misty
tu, mi delirio
la puerta
sabor a mi
green fields
sweet and lovely
vol. 3
charade – just for tonight
sin motivo – ay de mi
accarezzame – arrivederci
star dust – fly me to the moon
sta sera pago io – amapola
amor – abrazame asi
rose – trop beau
acercate mas – quizas, quizas, quizas
quando calienta el sol – besame mucho
uno per tutti – io che amo solo te
nessuno al mondo – al di la