Orquestra Jean Kelson – Berimbau & Bigorrilho (1964)

Olá amigos cultos e ocultos! Mais uma orquestra aqui para alegria geral. Para fechar o sábado, vou mandando para vocês a Orquestra de Jean Kelson, numa seleção musical das mais interessantes, doze temas que se dividem, de um lado o samba e do outro o ‘bigorrilho’, que neste disco virou quase um gênero musical, graças as composições que empregam a curiosa expressão, entre elas, a mais popular, a música de Sebastião Gomes, Paquito e Romeu Gentil, o “Bigorrilho”, revisitada até pelo Lulu Santos. Se me perguntassem o que é bigorrilho eu diria que é qualquer coisa e também aquele charmoso bairro de Curitiba. Taí uma expressão cheia de significados e que poucos saberão dizer o que realmente é. Como eu também não sei, vou me limitar às minhas ‘bigirrolhice’. De volta ao disco.
“Berimbau & Bigorrilho” é sem dúvida um disco curioso,  capaz de trazer informações técnicas detalhadas das gravações, gráficos e até propaganda da antiga linha aérea Cruzeiro do Sul. Mas no que diz respeito às informações artísticas, ficha técnica… isso, como sempre, fica a desejar. Atípico, este não é um lp de orquestra simplemente, ou seja, instrumental. Temos também um conjunto vocal que participa ativamente em várias faixas para o qual não há créditos. Quem seriam? A mesma pergunta muitos talvez também farão: quem era Jean Kelson? Um maestro estrangeiro em visita ao Brasil ou mais um pseudônimo? Esta última eu posso responder, Jean Kelson foi um nome adotado pelo maestro Guerra Peixe, que chegou a gravar outro disco usando o mesmo ‘apelido’. Acredito que ele usou este nome para afastar o Guerra Peixe do popular, preservando seu verdadeiro nome para o erudito.
E como dizia o Jorge Ben: “se malandro soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem…” (o que tem isso a ver? nada…, apenas lembrei da canção)

berimbau
samba de negro
catolé
munganga
agô agô
vou pra senzala\bigorrilho
saci pererê
vamos bigorrilhar
dança do bigorrilho
jogado fora
na base do bigorrilho
.

Guerra Peixe E Seus Músicos – Sambas Clássicos (1962)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! E o calor continua pegando por aqui. Por isso vou ser breve. Breve e generoso. Aqui vai um disco bem aos moldes do Toque Musical e bem ao gosto do Augusto 🙂 Trago hoje para vocês este excelente lp lançado pelo selo Chantecler, em 1962. Um belíssimo álbum esquecido na poeira do tempo e até onde eu sei, nunca postado em qualquer outro blog. Certamente, muita gente aqui vai querer conhecer. Temos o maestro e compositor Guerra Peixe em um de seus momentos de aventura pela música popular e desta vez sem usar pseudônimos! Não sei se os amigos sabem, mas Guerra Peixe costumava usar outros nomes quando não estava atuando como músico erudito. O mais conhecido era Jean Kelson, ou Orquestra Jean Kelson. Eu, inclusive, acho que tenho um disco dele. Vou procurar… Mas aqui neste “Sambas Clássicos” a coisa é ainda melhor. É música essencialmente brasileira. É samba! Guerra Peixe nos apresenta uma seleção de doze sambas nota 10, realmente clássicos indiscutíveis, em arranjos espetaculares. Um disco para se ouvir várias vezes. Imperdível! Vamos ver quem vai ser o primeiro a solicitar a jóia 🙂

ai que saudade da amélia

agora é cinza

não tenho lágrimas

implorar

foi ela

pelo telefone

helena helena

o orvalho vem caindo

não me diga adeus

adeus

até amanhã

cadê vira mundo

 

 

Orquestra Guerra Peixe & Coral De JOAB – Pra Frente Brasil

Hoje eu acho que faltou uma pitada musical a mais. Esse negócio de relaxamento é bom, mas se não houver um pouco mais de música, fica difícil. Este compacto, na verdade, era para ter entrado ontem, junto com o disco da Seleção Brasileira de Futebol. Fazendo um gancho também com o disco do Miguel Gustavo, criador da música que virou hino e sinônimo de Copa do Mundo. Neste compacto temos as duas versões como a Orquestra do Maestro Guerra Peixe. De um lado a versão instrumental e do outro a versão vocal com o Cortal de Joab. Taí… um disquinho de fim de noite. 😉

A Grande Música Do Brasil – A Grande Música De Chico Buarque (1978)

Chico Buarque, indiscutivelmente é um de nossos maiores compositores de todos os tempos. Postar um disco dele é sempre uma grande honra, porém eu ainda não o fiz porque acredito que toda a sua obra se encontra disponível, seja em lojas ou em blogs. Contudo, o universo ‘buaqueano’ ainda merece ser explorado. Muita coisa ligada à música deste grande compositor necessita ainda um resgate ou atenção. Aqui temos um bom exemplo disso, na série “A Grande Música do Brasil”, concebida por Marcus Pereira para a Discos Copacabana. Esta série foi criada no sentido de homenagear alguns dos maiores nomes da nossa música e também ao maestro Guerra Peixe, responsável por toda a direção musical. Trata-se de um disco instrumental e orquestrado. Não sei precisar quantos volumes tiveram a série, mas todos tiveram o arranjo sinfônico de Guerra Peixe. Além da excelência musical de Chico, podemos apreciar a arte deste magnifico regente. Confiram o toque… 😉

a banda – olê olá
noite dos mascarados
carolina
roda viva
quem te viu, quem te vê
januária
pedro pedreiro – deus lhe pague
o que será