Olá amigos cultos e ocultos! Mais uma orquestra aqui para alegria geral. Para fechar o sábado, vou mandando para vocês a Orquestra de Jean Kelson, numa seleção musical das mais interessantes, doze temas que se dividem, de um lado o samba e do outro o ‘bigorrilho’, que neste disco virou quase um gênero musical, graças as composições que empregam a curiosa expressão, entre elas, a mais popular, a música de Sebastião Gomes, Paquito e Romeu Gentil, o “Bigorrilho”, revisitada até pelo Lulu Santos. Se me perguntassem o que é bigorrilho eu diria que é qualquer coisa e também aquele charmoso bairro de Curitiba. Taí uma expressão cheia de significados e que poucos saberão dizer o que realmente é. Como eu também não sei, vou me limitar às minhas ‘bigirrolhice’. De volta ao disco.
“Berimbau & Bigorrilho” é sem dúvida um disco curioso, capaz de trazer informações técnicas detalhadas das gravações, gráficos e até propaganda da antiga linha aérea Cruzeiro do Sul. Mas no que diz respeito às informações artísticas, ficha técnica… isso, como sempre, fica a desejar. Atípico, este não é um lp de orquestra simplemente, ou seja, instrumental. Temos também um conjunto vocal que participa ativamente em várias faixas para o qual não há créditos. Quem seriam? A mesma pergunta muitos talvez também farão: quem era Jean Kelson? Um maestro estrangeiro em visita ao Brasil ou mais um pseudônimo? Esta última eu posso responder, Jean Kelson foi um nome adotado pelo maestro Guerra Peixe, que chegou a gravar outro disco usando o mesmo ‘apelido’. Acredito que ele usou este nome para afastar o Guerra Peixe do popular, preservando seu verdadeiro nome para o erudito.
E como dizia o Jorge Ben: “se malandro soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem…” (o que tem isso a ver? nada…, apenas lembrei da canção)
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Guerra Peixe E Seus Músicos – Sambas Clássicos (1962)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! E o calor continua pegando por aqui. Por isso vou ser breve. Breve e generoso. Aqui vai um disco bem aos moldes do Toque Musical e bem ao gosto do Augusto 🙂 Trago hoje para vocês este excelente lp lançado pelo selo Chantecler, em 1962. Um belíssimo álbum esquecido na poeira do tempo e até onde eu sei, nunca postado em qualquer outro blog. Certamente, muita gente aqui vai querer conhecer. Temos o maestro e compositor Guerra Peixe em um de seus momentos de aventura pela música popular e desta vez sem usar pseudônimos! Não sei se os amigos sabem, mas Guerra Peixe costumava usar outros nomes quando não estava atuando como músico erudito. O mais conhecido era Jean Kelson, ou Orquestra Jean Kelson. Eu, inclusive, acho que tenho um disco dele. Vou procurar… Mas aqui neste “Sambas Clássicos” a coisa é ainda melhor. É música essencialmente brasileira. É samba! Guerra Peixe nos apresenta uma seleção de doze sambas nota 10, realmente clássicos indiscutíveis, em arranjos espetaculares. Um disco para se ouvir várias vezes. Imperdível! Vamos ver quem vai ser o primeiro a solicitar a jóia 🙂
ai que saudade da amélia
agora é cinza
não tenho lágrimas
implorar
foi ela
pelo telefone
helena helena
o orvalho vem caindo
não me diga adeus
adeus
até amanhã
cadê vira mundo
Orquestra Guerra Peixe & Coral De JOAB – Pra Frente Brasil
Hoje eu acho que faltou uma pitada musical a mais. Esse negócio de relaxamento é bom, mas se não houver um pouco mais de música, fica difícil. Este compacto, na verdade, era para ter entrado ontem, junto com o disco da Seleção Brasileira de Futebol. Fazendo um gancho também com o disco do Miguel Gustavo, criador da música que virou hino e sinônimo de Copa do Mundo. Neste compacto temos as duas versões como a Orquestra do Maestro Guerra Peixe. De um lado a versão instrumental e do outro a versão vocal com o Cortal de Joab. Taí… um disquinho de fim de noite. 😉