The Jordans, The Jet Black’s E Ronnie Cord – 3 Compactos (2013)

Olá amigos cultos e ocultos, boa noite! Vamos hoje engrossar o caldo, ao invés de um, vamos com três compactos de gêneros e estilos familiares entre si. Temos inicialmente o conjunto The Jordans com dois sucessos internacionais, sendo que na faixa do lado B eles vem acompanhados pelo grupo vocal Os Titulares do Ritmo. O The Jet Black’s é outro grupo da época, também aqui apresentam mais dois sucessos internacionais, trilhas de filmes importantes de Hollywood. E para finalizar, temos um compacto do Ronnie Cord, aquele que fez parte da discoteca de todo roqueiro, cuja a faixa principal é “Rua Augusta”, um clássico do rock nacional, música de Hervê Cordovil.
not for sale – the jordans
midnight in moscow – the jordans
shave and scandal in the family – the jet black’s
zorba o grego – the jet black’s
rua augusta – ronnie cord
brotinho difícil – ronnie cord
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Leila Miranda – Zefinha (1972)

Juro que, ao pegar este compacto no sorteio, pela foto da capa, pensei que fosse o Cauby Peixoto. Há pouco tempo atrás ele estava com um visual nessa linha 🙂 Mas qual nada! O que temos aqui não é um cantor, mas sim uma cantora. Ou melhor dizendo, Leila Miranda, rádio-atriz de comédias, que nos anos 60 encarnou o personagem “Zefinha”,  uma fofoqueira que falava mal da vida de todos os artistas, no programa de Haroldo de Andrade, pela Rádio Globo.
Neste compacto duplo Leila Miranda nos apresenta inicialmente, do lado A, dois boleros ultraromâmticos: “Eu também lamento” e “Sem ele não quero viver”, mostrando seu lado cantora. O lado B é do humor, de  Zefinha, o personagem cantando (o que eu imagino) dois temas do programa de rádio: “Escolinha do Seu Neco” e “Meu conselho”. Nessas duas músicas, mais do que tudo, valem os arranjos e instrumental, em especial a guitarra deliciosamente perfeita, que caberia melhor ainda à um outro tipo composição. Gostaria de saber quem foi que tocou guitarra nessas duas músicas. Realmente muito bom!

eu também lamento
sem ele não quero viver
escolinha do seu neco
meu conselho
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Anisio Silva (1970)

Puxando do fundo da gaveta e sem olhar, me saiu este álbum do cantor e compositor romântico, Anísio Silva. Este disco eu ensaiei várias vezes a postagem, mas sempre acaba ficando. Desta vez ele veio no acaso e por acaso, num momento bom. Pessoalmente, o que mais me chama atenção neste disco não são as músicas e sim a foto da capa. Bacana, não? Uma bela composição, que nos remete mais a algum disco de jazz. Contudo, o que temos aqui é a autêntica música popular, a música que o povo com seu ingrediente mais importante, o romantismo. Confiram…

meu tema é você
o home e a vida
botãozinho de flor
ficamos sós
tem pena de mim
meus desejos
se eu te perder
o que eu queria
o amor que não vivi
indiferente
você é saudade
você tem tudo para ser feliz
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Régis Duprat E Rogério Duprat – A Bela Época Da Música Brasileira (1978)

Olá amigos cultos e ocultos! Sinceramente, às vezes tenho a impressão de que além do habitual há algo mais tramando contra mim. Ou melhor dizendo, contra o ritmo do nosso blog. Nesta semana eu tive que refazer por umas três vezes as postagens, tudo por conta do computador que trava e acaba me fazendo perder tudo. Aqui vou eu refazendo esta postagem… vamos lá…
Temos para hoje a música feita no Brasil no final do século XIX e início do século XX, num período da História conhecido como “Belle Époque”, expressão francesa que quer dizer bela época, um momento de muita agitação cultural na Europa, que veio a se refletir em outros cantos do mundo e principalmente o Brasil. Por aqui, a “Belle Époque Tropical” se estendeu até os anos 30.
Como parte integrante da série “Três Séculos de Música Brasileira”, criada e dirigida por Marcus Pereira, temos o exemplar, “A Bela Época da Música Brasileira”, fruto da pesquisa histórico-musical dos irmãos Régis e Rogério Duprat, responsáveis também pela direção musical deste disco. No álbum iremos encontrar uma variedade de gêneros e ritmos comuns da época, que vai de 1870 a 1920. São regravações revistas e reorquestradas pelos Duprat, de maneira mais fiel, nos oferecendo a atmosfera musical daquele momento. As faixas são todas instrumentais, exceto em “De que me serve esta vida” e “Eu adoro”, duas modinhas anônimas interpretadas aqui por Luis Carlos Sá (da dupla Sá & Guarabyra)
desafio
abigail
tetéia
voluptuosa
de que me serve esta vida
alerta rapaziada
ouverture n. 25
izaura magalhães de carvalho
cavatinha
eu adoro
maria
é só na ginga
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Rio Carnaval 1565-1965 – Rio De Janeiro A Janeiro – Carnaval De 400 Janeiros (1965)

Muito boa noite, amigos cultos e ocultos! Para comemorar os 6 anos do Toque Musical eu estou trazendo aqui uma preciosa raridade, com certeza, nunca antes apresentado em outros blogs. Eu estava guardando esta jóia para os dias de Carnaval, mas acabei esquecendo. Foi bom, pois sendo um álbum tão especial, merecia mesmo uma data também especial. Até porque este não é um trabalho que fala apenas do Carnaval, mas principalmente do Rio de Janeiro. E o que tem ele em comum como o aniversário do Toque Musical? Bom, este álbum celebra o aniversário da cidade. Em 1965 o Rio de Janeiro completava 400 anos. Tudo a ver… e ouvir 🙂 Como disse, disco especial para um dia especial. E aqui no Toque Musical tudo é festa, tudo é carnaval 🙂
Como podemos ver pelas ilustrações, trata-se de um livro, um autêntico álbum duplo produzido, em conjunto pela revista O Cruzeiro e a gravadora Copacabana, comemorando os quatro séculos de Rio de Janeiro. E como Rio é sinônimo de Carnaval, o trabalho fonográfico é todo pautado nessa relação. O ‘livro lp’ apresenta mais de 30 páginas ricamente ilustradas com belíssimas fotografias e textos do escritor Nelson Costa, extraídos de seu livro “O Rio Através Dos Séculos”, editado pela “O Cruzeiro” naquele mesmo ano de 65. Os lps que compoe do álbum são duas jóias. O primeiro, Rio de Janeiro a Janeiro””, é uma seleção de músicas que enalteceram a cidade maravilhosa. Produzido pelo grande Moacyr Silva, traz a cada faixa um diferente artista, maestro e orquestra, todos evidentemente do ‘cast’ da Copacabana. O repertório, não precisa nem dizer, é do conhecimento de todos. Para quem ama o Rio como eu, este disco é o que há. O segundo lp também não fica atrás (só na ordem de apresentação). “Carnaval de 400 Janeiros” trás uma seleção em ‘pot pourri’ de algumas das melhores músicas de carnaval. De um lado temos os sambas e do outro as marchinhas, tudo interpretado pelo Coral e Orquestra Copacabana, sob direção musical de Altamiro Carrilho. Como podemos ver e também ouvir este é um daqueles trabalhos que merece toda a nossa atenção. Já imaginaram se não fossem os blogs, assim como o Toque Musical, o que seria desta e de tantas outras jóias, esquecidas em algum canto, mofando, se perdendo…? Ainda bem que a gente está por aqui 😉

Disco 1
cidade maravilhosa – coral e orquestra copacabana
quatrocentas velinhas – jorge goulart
valsa de uma cidade – roberto silva
rio – jorge henrique
cidade brinquedo – os rouxinóis
fantasia carioca – jairo aguiar
o rio é mais rio – gilberto alves
samba do avião – francineth
eterna capital – roberto audi
rio dos vice-reis – gilberto alves
hip-hurra quatrocentão – jorge goulart
rio, praia e sol – jorge eduardo
guanabara quatrocentão – jairo aguiar
rio – coral e orquestra copacabana
baia da guanabara – rinaldo calheiros
rio – abilio martins
rio de janeiro a janeiro – fernando barreto
primavera no rio – altamiro carrilho
Disco 2
praça onze
madureira chorou
vai que depois eu vou
pra seu governo
cai, cai…
nêga do cabelo duro
recordar
é bom parar
implorar
não tenho lágrimas
despedida da mangueira
meu consolo é você
que rei sou eu
até amanhã
agora é cinza
o orvalho vem caindo
não me diga adeus
nêga maluca
de lanterna na mão
o teu cabelo não nega
marchinha do grande galo
maria candelária
aurora
nós os carecas
quem sabe, sabe
touradas em madrid
se a lua contasse
eu brinco
lig lig lê
mamãe eu quero
allah lá ô
confete
sassaricando
cachaça
a jardineira
me dá um dinheiro aí
cabeleira do zezé
pastorinhas
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Marivalda, A Forrozeira Da Amazônia – Mulher De Garimpeiro (1986)

Bom dia a todos os amigos forrozeiros cultos e ocultos! Ontem eu disse que estava encerrando a mostra junina, mas entre os discos que puxei veio também este curioso álbum da “Forrozeira da Amazônia”, a cantora e compositora cearence Maria Valníria Pinheiro, mais conhecida como Marinalva. Decidi então incluí-lo na festa. Disco bom para tocar no fim de festa, quando todo mundo já está calibrado e a criançada já foi dormir…
Marivalda vem neste álbum lançado pela Copacabana, trazendo seu forró picante, cheio de malícia e duplo sentido, uma peculiariedade nordestina sempre em voga. Mas há também espaço para músicas de outros autores, inclusive Humberto Teixeira em seu “Baião de Propriá”, ou ainda Pixinguinha em “Gavião Calçudo”.
Tem gente que me pergunta qual a razão de eu colocar aqui no final a lista da faixas das músicas, sendo que na maioria das vezes a contracapa já trás essa informação e eu na postagem incluo também essa contracapa. A verdade é que ao listar como texto os nomes das músicas, eu estou criando uma espécie de metadados que facilita a procura/pesquisa de uma determinada música no blog. Basta escrever o nome da música, ou parte dele, para cair nas postagens onde esta música se encontra. Entederam? 😉
PS.: corrigindo… fiz uma baita confusão com esta artista, trocando ela por outra cantora também com as mesmas características artísticas, nome parecido e até o mesmo jeitão. Para saber sobre a Marivalda, acabei indo parar num blog porreta! O Jornal Besta Fubana, onde tive o prazer de não apenas encontrar as informações necessárias, como também ótimos textos e artigos editados pelo seu adminstrador, Luiz Berto.

toco crú
faiquei e peguei fogo
pintainho no galinheiro
eu quero é mais
mulher de garimpeiro
papagaio dudu
paixão e desejo
xaxazando e rezando
gavião calçudo
lambada lambida
baião de propriá
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Carmélia Alves (1956)

Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Embalado pelas cantoras, segue aqui mais um nosso toque musical, apresentando para este sábado a “Rainha do Baião”,  a saudosa Carmélia Alves em um lp de 10 polegadas, lançado gravadora Copacabana em 1956. Este álbum, assim como sua capa, viria a ser reeditado novamente, em formato de 12 polegadas e com mais músicas, claro. Trata-se de um disco clássico de baião, apresentando aqui oito temas da dupla Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga. Imperdível, mesmo já tendo sido bem divulgado em outras fontes.

paraíba
asa branca
qui nem giló
juazeiro
baião de dois
assum preto
no meu pé de serra
estrada do canindé
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Almir Ribeiro – Uma Noite No Cave (1957)

Olá amigos cultos e ocultos! Boa noite! Por aqui, noite de chuva. Noite boa para tomar um vinho e eu já estou com a minha garrafa e taça na mão 🙂 Brindemos à noite!
Para nossa terça feira eu tenho aqui o cantor Almir Ribeiro, em disco de 10 polegadas lançado pela Copacabana no ano de 1957. Este artista teve uma carreira curta, interrompida vítima de um  afogamento numa praia de Punta Del Este, no Uruguai. Gravou apenas algumas bolachas de 78 rpm e dois lps, sendo um deles o que apresentamos aqui. “Uma noite no Cave” é um disco onde Almir Ribeiro nos apresenta algumas músicas do seu repertório na boate Cave, em São Paulo. De um lado temos quatro temas nacionais e do outro, quatro internacionais. Sob a direção de Aloysio Figueiredo, que também toca piano e acordeom no disco, Almir Ribeiro vem acompanhado por Pierre na guitarra, Zequinha na bateria e Nestor no contrabaixo.. O texto de contracapa apresentando o artista é de Vinícius de Moraes, o qual também comparece, na parceria com Tom Jobim, em “Se todos fossem iguais a você”.
Não deixem de conferir… 😉

fui eu
se todos fossem iguais a você
sempre teu
falaram de você
whithout my lover
only you
if i loved you
because
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Dolores Duran – Canta Para Você Dançar (1957)

Muito bom dia a todos os amigos, mais ocultos do que cultos! (afinal, comentários contextualizados não andam rolando muito por aqui). Não sei vocês perceberam, mas nesta semana eu estou alternando, um dia para eles, outro dia para elas (e todos os dias para nós, é claro!)
O toque de hoje é com a cantora e compositora Dolores Duran, um nome já bem divulgado por aqui, inclusive, boa parte deste repertório volta a se repetir. Mesmo assim, eu achei por bem de postar o álbum original com capa da época. Este disco, óbvio, já foi relançado outras vezes, creio inclusive que já tenha saído também em cd (mas quem é que está procurando cd por aqui?). Certo é que “Dolores Duran Canta Para Você Dançar” é um disco ótimo. Conforme se pode ler no texto da contracapa, este foi o terceiro álbum de Dolores lançado pelo selo Copacabana, em 1957. “Canta Para Dançar Com Você” teria no ano seguinte um segundo volume (logo que der eu posto aqui para vocês). Creio que não seja necessário entrar em detalhes sobre o conteúdo musical deste lp, na contracapa, como vocês verão há uma descrição de cada uma das faixas. Pessoalmente, neste disco, o que mais me agrada são as músicas de Billy Blanco, que no álbum formam quatro. Não posso esquecer também da cereja do bolo, a faixa “Por causa de você”, de Dolores e Antonio Carlos Jobim. A cantora neste lp vem acompanhada por Severino Filho e seu conjunto. É dele também todos os arranjos. Um belo disco, independente qualquer coisa, essencial nas fileiras do Toque Musical 😉

scapricciatiello
por causa de você
ohô-ahá
quem foi
feiúra não é nada
que mormuren
coisas de mulher
viens
conceição
se papai fosse eleito
mi ultimo fracasso
camelot
only you
estatuto de boite

Angela Maria – Quando Os Maestros Se Encontram Com Angela Maria (1957)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Bom dia e boa Páscoa, é claro! O dia não está lá uma beleza, o céu está fechado e São Pedro logo vai mandar aquela ducha para melar de vez o domingo. Mas quem tem em casa um bom chocolate, pode ficar na boa, comendo ovos de Páscoa… naquele laricão… Melhor ainda quando se pode também ouvir uma boa música. Eu como sempre, bem acompanhado, posso me dar ao luxo de escolher a vontade 🙂 Escolher para mim, e para vocês também. Hoje eu vou ficar aqui ouvindo só Jards Macalé e Paulo Vanzolini. Pensei até em postar algum disco de um desses artistas, mas como ainda estou no embalo e promessa de trazer cantoras, vamos dar sequência…
Separei para hoje este raro álbum da cantora Angela Maria, um disco que podemos considerar histórico dentro do mundo fonográfico. Foi um dos primeiros discos de 12 polegas lançado pela gravadora Copacabana. Foi uma superprodução, um dos discos mais caros a ser realizados naquela época. Isso por conta da ousadia de seus produtores em fazer um disco onde foram escalados oito grandes maestros e suas orquestras para acompanharem Angela Maria. O disco se divide em oito faixas, trazendo um repertório fino, que agrada em cheio e para um público além de tietes da cantora. É interessante notar como cada música se torna especial, com características próprias, sob os arranjos e regências dos mestres Gabriel Migliori; Guaraná; Léo Peracchi; Gaya; Lyrio Panicalli; Renato de Oliveria; Severino Araújo e Sylvio Mazzucca. Não deixem de conferir. Comentários também são bem vindos 😉

dora – com severino araújo
aos pés da cruz – com lindolph gaya
adeus – com renato de oliveira
saia do caminho – com léo peracchi
carinhoso – com lyrio panicalli
promessa – com gabriel migliori
caminhemos – com gustavo de carvalho (guaraná)
canta brasil – com sylvio mazzucca

Dora Lopes – Minhas Músicas E Eu (1965)

Olá, amigos cultos e ocultos! Agora que eu entrei no embalo, vamos continuar com as vozes femininas dando o toque musical. Hoje eu trago para vocês a cantora e compositora carioca, Dora Lopes, uma artistas que iniciou sua carreira ainda bem moça, nos anos 40, se apresentado em casas noturnas. Seu primeiro disco ela gravou no início dos anos 50. Passou por diferentes gravadoras, lançando ao longo de sua carreira 19 bolachas de 78 rpm e 3 lps. Entre os ‘long plays’, lançou este em 1965, pela Copacabana, onde ela pela primeira vez apresenta um trabalho totalmente autoral, em parceria com outros compositores.
Taí um disco que eu mesmo estou conhecendo agora. Não fosse por esta postagem ele ainda iria ficar um tempo na estante me esperando para ser ouvido. Estão vendo? É também assim que eu escuto e conheço velhos e novos discos. Produzir este blog é isso, um eterno aprendizado musical. 🙂

dona solidão
ambiente diferente
recalque noturno (eu sou a madrugada)
canção do que você é
dúvida
pintura manchada
meu alguém
com dolores no céu
meu samba triste
se arranca que vem chuva
lavadeira tem filho doutor
madrugada zero hora

Waldir Calmon – Boleros (1955)

Olá amigos cultos e ocultos! Aqui vamos nós com mais um toque musical. Da gaveta eu estou tirando mais um Waldir Calmon. Juro que foi uma escolha alheatória, puxei o primeiro que peguei e sem ver! Vamos nesta noite chuvosa, com boleros. Uma coletânea lançada pela gravadora Copacabana em 1955 com oito expressivos sucessos da época. Ao que tudo indica, são gravações extraídas de bolachas de 78 rpm. Vamos conferir?

por quanto tempo?

por que ya no me quieres

embraceable you

golden earring

troppo tardi

como eras linda

j’ai deux amours

cerejeira rosa e macieira branca

Moacyr Franco – Compacto (1963)

E eu já ia deixar passar batido, sem o compacto da semana. Nem me lembrei. Como ainda é domingo, vou logo cumprindo o prometido, um compacto por semana.

Segue aqui este que é duplo, ou seja, com duas músicas em cada lado. Onde ele interpreta “Tender is the night” em versão de Nazerno de Brito; o sucesso “Ninguém chora por mim” da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim e as humoradas “Toureiro suburbano”, de Haroldo Barbosa e Luis Reis e “Meu querido lindo”, música de sua autoria em parceria com Canarinho. Não tenho certeza, mas creio que o disquinho é de 1963. Uma produção de Nazareno de Brito, com arranjos de Pachequinho, Severino Araújo e Ted Moreno.

meu querido lindo

suave é a noite

ninguém chora por mim

toureiro suburbano

Maringá – A Cidade Que Nasceu De Uma Canção (1972)

Olá amigos cultos e ocultos! Custei mais cheguei… cansado, esgotado e quase dormindo. Antes, porém, deixa eu fazer aqui a minha postagem diária para não sair do compasso.

Hoje eu trago para vocês um disco que há muito eu venho ensaiando postar. Aliás, era para ter sido postado logo nos primeiros dias do Toque Musical. Acabou ficando na ‘gaveta’. Vamos com este álbum lançado pelo selo Copacabana, em 1972. Um disco que canta e tem como título a cidade paranaense de Maringá. Nele vamos encontrar diferentes intérpretes e um único autor, o mineiro de Uberaba, Joubert de Carvalho. Como todos aqui devem saber, Joubert de Carvalho era médico e compositor. Autor de inúmeras pérolas, entre essa, “Maringá”, canção celebrada por muitos cantores ainda hoje. O disco foi lançado em comemoração ao Jubileu da cidade, como um presente, conforme está escrito no texto da contracapa. E pelo que eu pude entender, Joubert de Carvalho, foi até a cidade, a qual apadrinhou, para prestar essa homenagem. Vamos encontrar aqui, além desta canção, outras também famosas, nas vozes de cantores como Agnaldo Rayol, Ângela Maria, Cyro Monteiro, Ataíde Beck, Jairo Aguiar, Silvio Caldas e o Coral Sabiá. Um bom disco que por certo os amigos irão querer ouvir. Tá na ponta da agulha, é só dar o toque 🙂

maringá – ataíde beck

minha casa – silvio caldas

hora da despedida – ataíde beck

silêncio do cantor – ângela maria

pierrot – agnaldo rayol

flamboyant – ataíde beck

a cidade que nasceu de uma canção – ataíde beck

tahi – ângela maria e cyro monteiro

lembro-me ainda – ataíde beck

rosalinda – agnaldo rayol

de papo pro á – coral sabiá

zingara – jairo aguiar

Os Rouxinóis – Compacto (1968)

Já valendo para a semana, aqui vai o primeiro compacto. Apresento a vocês o grupo vocal Os Rouxinóis do Rio. Para variar, não achei nada a respeito do deles., mas tenho certeza que logo aparecerá alguém por aqui esclarecendo o fato. Neste compacto duplo temos quatro sambas com aquela pegada de Bossa Nova. Embora eu tenha colocado a data de lançamento, esta não é de toda verdadeira. Foi apenas uma suposição. Aguardando informações… 😉

 

quais quais quais

moça no balanço

sambando sambando

bonequinha que balança

 

Abel Ferreira – Jantar Dançante (1958)

Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados! Alguém aqui já sentiu raiva de si mesmo, de se auto esgoelar, puto da vida por alguma burrada? Pois eu, vez por outra me sinto assim. Hoje, então, nem se fala… Vesti uma calça com o bolso furado e já sabia. Coloquei por descuido as chaves do carro nesse bolso e adivinha o que aconteceu? Perdi a bendita da chave. Fui obrigado a deixar o carro na rua, longe de casa (uns 30 km) e voltar de ônibus. PQP! Que ódio isso me deu. Voltei para casa cuspindo marimbondo, puto comigo mesmo. Por estar tão longe, preferi deixar o carro dormir na rua. Agora só amanhã… Para me acalmar, só mesmo ouvindo música. Como ainda não fiz a postagem do dia, vou aqui matando dois coelhos… e diluindo essa raiva.

Vamos com o grande Abel Ferreira e seu conjunto, em um disco raro, lançado pelo selo Continental em 1958. Creio eu que este foi o primeiro lp de 12 polegadas gravado por ele. Aqui encontraremos um repertório bem aos moldes da época, recheado de sambas, choros e ritmos internacionais como a rumba, o fox e o bolero. Tudo seguindo a onda, música para dançar a dois. Mas, longe de ser apenas músicas dançantes, temos aqui um cardápio fino, incluindo também composições do próprio Abel, como “Bôbo alegre”; “Baião no deserto”; “Rmbaraque” e “Sempre você”. Abel Ferreira, além de ser um grande instrumentista foi também um excelente compositor.

Infelizmente, o estado físico deste vinil, cheio de riscos e mais de 50 anos de poeira, me obrigou a dar um trato radical com o Sound Forge, ficando o som um pouco abafado. Mas melhor do que ficar ouvindo algo semelhante a uma panela de frituras. Do jeito que estou hoje, isso me dá nos nervos!

É isso aí… vou anunciar, mas não vou dar o toque agora. Se segura malandro, pra ouvir só se for comentando 😉

i only have eyes for you

é bom parar

baião no deserto

bôbo alegre

rumbaraque

besame mucho

auf’wiedersehn

lamento

quisera

morena boca de ouro

sempre você

ai, que saudades da Amélia

Waleska – Canto Livre (1980)

Boa dia todos! Hoje temos em nossa companhia e mais uma vez, a cantora Waleska. Sei que ela tem muitos fãs por aqui, por isso, resolvi emplacar mais um em nosso Toque Musical. Ao contrário de outros discos de Waleska, “Canto Livre” é um álbum que me pareceu mais alegre e solto, tanto pela escolha do repertório como também do produtor, diretor musical e regente, que foi o Sivuca. Aliás, ele também toca em várias faixas! E a Waleska, oras… como sempre, dando um show de interpretação. Grande cantora! Confiram o toque…

a festa

o amor da justiça

a quem possa interessar

choro livre

meu bar

capixaba do mato

acorda Alice

mulher de forno e fogão

bêbados e boêmios

choro cantado

mesmas ilusões

alessandra

 

 

Inezita Barroso – Lá Vem O Brasil (1956)

Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados! Êta domingo baixo astral este de hoje! Um belo dia de sol não foi suficiente para me levantar da gripe que peguei. Estou hoje ainda mais preguiçoso e para piorar o mal estar, fiquei sabendo agora a pouco do falecimento do cantor Roberto Silva. Infelizmente eu fui pego de surpresa e não tive tempo de preparar algum disco do cantor. Vou deixar a minha homenagem para a semana. Prometo que vou trazer algum disco dele para a gente ouvir. De qualquer forma, estou enviando para o GTM um novo link para o disco “Descendo o morro – Vol. 2”, postado no TM há tempos atrás. Hoje vamos mesmo é de Inezita Barroso, que já estava pronta para entrar. Tenho aqui este albinho de dez polegadas – “Lá vem o Brasil” – um disco bem bacana que a cantora gravou em 1956. Um trabalho totalmente acústico, só ela e o violão. Nele, ela nos apresenta alguns temas clássicos do nosso folclore, como, por exemplo “Tristezas do Jeca”, de Angelino de Oliveira; o poema musicado de Cecília Meirelles, “Berceuse da Onda”; “Galope a Beira Mar”, de Luiz Vieira e outros… Não deixem de conferir 🙂

lá vem o brasil

berceuse da onda

o carreteiro

temporal

sertão de areia seca

rede de sinhá

galope a beira mar

cantilena

Maria Alcina – Plenitude (1979)

Boa noite amigos cultos, ocultos e associados de plantão! E a vida continua para quem pode estar vivo, aos demais, que tenham um bom descanso. Bola pra frente e toque também…

Hoje o nosso encontro vai ser com a cantora Maria Alcina. Mineira de Cataguases, apareceu para o público em 1972, no Festival Internacional da Canção, onde defendeu a música “Fio Maravilha”, de Jorge Bem, a qual foi classificada na fase nacional. Gravou seu primeiro disco em 73, trazendo entre outras “Alô, alô..”, grande sucesso de Carmem Miranda. “Plenitude” era o nome do show da cantora, que chegou a ter problemas com a censura por conta de músicas com duplo sentido. Lembram-se de “É mais embaixo”? Ela fez sucesso com essa música e seu show acabou lhe rendendo este lp de mesmo nome. Vamos encontrar no álbum um repertório de primeira, com músicas de Rita Lee, Eduardo Dusek, Morais Moreira, Walter Franco e outros no mesmo calibre. Há também a participação de Adoniran Barbosa na faixa “Torresmo a milanesa”, dele e Carlinhos Vergueiro. Sem dúvida, um muito bom disco 🙂 Querem ouvir? Então dêem o toque 😉

tua sedução

tum tum

escandalosa

folia no matagal

não venha tarde demais

quase

haja o que houver

torresmos a milanesa

nova bandeira

voz da américa

é mais embaixo

plenitude

 

Altamiro Carrilho E Sua Bandinha – Vai De Valsa (1970)

Boa tarde, amigos cultos, ocultos e associados! Vejam vocês, neste mês de agosto ‘o ceifador’ tem mesmo se mostrado implacável com nossos músicos artistas. Todo dia morre um, êta mêsinho agourento, putz! Desta vez, lá se foi o Altamiro Carrilho, grande flautista da música brasileira. Estamos vivendo um momento, uma época, onde inevitavelmente, as gerações de ouro da música brasileira estão se findando. Vamos aos poucos perdendo nossos verdadeiros artistas, gente que se tornou grande pelo trabalho, talento e competência. Nomes que foram se formando num processo de amadurecimento gradual, sem ajuda de My Space, Facebook e outras ferramentas de sucesso instantâneo, hoje tão comuns. Mesmo o medíocre dessas gerações ainda dá de dez em seu similar atual o que, aliás, no meu entendimento nem se compara, está até a baixo da média. O que estamos vendo agora é o final da festa. Nossos ilustres convidados já estão partindo.

Em homenagem ao Altamiro, deixo aqui este seu disco de valsas, lançado em 1970. Me parece, salvo o engano, que a seleção reúne gravações de 78 rpm, da década de 50. Sem dúvida, um músico como o velho Altamiro Carrilho vai fazer falta. Mas ficará para sempre em nossa memória musical.

Obrigado, senhor flautista! Você brilhou aqui, agora vai brilhar no céu.

saudade de ouro preto

tarde de Lindóia

terna saudade (por um beijo)

suely

teus ciúmes

ledinha

no tempo do onça

vieni sul mar

morrer… sem ter amado

raio de sol

só pelo amor vale a vida

valsa da meia noite

 

 

Erasmo Carlos, Jean Carlo, The Clevers, The Youngsters – Compactos Do Toque Musical Vol. 5 (2012)

Boa noite, meus prezados… Voltando ao tempo daquelas ‘tardes de domingo’, aqui vão (no sábado),quatro diferentes momentos da música jovem nos anos 60. Temos aqui reunidos num só ‘toque’, quatro compactos, direta ou indiretamente ligados à Jovem Guarda. Temos, inicialmente o cantor cego, Jean Carlo num compacto duplo, com quatro faixas bem românticas de fazer inveja ao falecido Paulo Sérgio. Melhorando, temos The Clevers que vem de balada italiana e rock twist, também chamada de ‘surf music’ das antigas. Subindo mais um degrau encontraremos The Youngsters, a banda que por muito tempo acompanhou Roberto Carlos, trazendo aqui dois sucessos da música italiana e francesa. Para finalizar temos o Erasmo Carlos, que é o único que não vem de ‘covers’, apresentado dois de seus sucessos dos anos 60.
Taí, quatro compactos para relembrar o tempo das ‘horas dançantes’, morou? Se gostarem, tá na mão! Ou melhor dizendo, tá no GTM 😉

sentado a beira do caminho – erasmo carlos
johnny furação – erasmo carlos
eu nasci pra você – jean carlo
fim de romance -jean carlo
tão solitário – jean carlo
uma casa sobre o mundo – jean carlo
in ginocchio da te – the clevers
raunchy – the clevers
mah-há, mah-ná – the youngsters
je t’aime…moi non plus – the youngsters

Morgana – Fuga (1962)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje, quase que iríamos passar batido, sem postagem. Mas, felizmente, achei uma brecha entre o sono e a vontade de dormir e nela é que vai o álbum da Morgana. Escolhi este disco porque sei que esta cantora faz muito sucesso por aqui e além do mais era o que eu tinha à mão no momento. Espero que os amigos apreciem. Temos assim, “Fuga”, álbum lançado em 1962 pela Copacabana, por sinal, com uma belíssima capa. Produzido por Nazareno de Brito e com arranjos de Pachequinho, Severino Araújo, Ted Moreno, Ary Silva, Hector Lagna Fietta e Britinho. Por aí já dá para ver o quanto sortido é esse lp, cheio de sambas e outras coisitas mas. Vão daí que eu de cá já estou dormindo. (isso sim é que é uma fuga) Zzzz…
fuga
areia branca
cravo vermelho
a volta
primeira estrela que vejo
caminho perdido
maldito
maldade
ninguém no mundo
quero paz
que tristeza é essa
para que me enganar

Elizete Cardoso – Magnífica (1959)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Pelo visto eu terei que ficar batendo na mesma tecla até que todos entrem no ritmo do nosso GTM (Grupo do Toque Musical). Alguns visitantes, no desejo aflito de ir logo baixando os discos postados, não se preocupam em ler as informações do blog, principalmente depois dos últimos fatos ocorridos e consequentemente das mudanças que fiz no Toque Musical. Há nesse caso dois pontos fundamentais que devem ser observados. O primeiro diz respeito à associação dos amigos no grupo. Muita gente fica mais perdida que cego em tiroteio, sem saber como se inscrever. A coisa é bem simples, leiam o cabeçalho do blog. As informações estão bem claras. Após fazerem a inscrição, aguardem até que eu os aprovem no grupo. Não estou fazendo restrições a ninguém, nem mesmo aos espíritos de porco, que apesar de serem chatos, sei que no fundo nutrem uma grande admiração por mim. Agindo com educação e respeito, terão os mesmo privilégios dos demais. Os inscritos após aprovados, podem configurar suas contas no site do GTM, escolhendo a maneira que melhor lhes agradarem para o recebimento das mensagens. O segundo ponto importante, diz respeito à utilização do endereço de e-mail do grupo. Este, nunca deve ser usado para mensagens ou solicitação de músicas ou links. Evitem usar esse canal, deixando-o exclusivamente para os ‘toques’ (links) referentes às postagens do Toque Musical. Mensagens e links de terceiros, enviados para lá, serão imediatamente retirados e seu autor, se repetir o erro, será excluído do GTM. Quando quiserem um novo link para uma postagem antiga, basta colocar a mensagem no Comentário referente à ela. Assim que eu tiver tempo, farei a reposição. Infelizmente, a situação tem piorado e o terrorismo passa a ser feito até por bossais, o que me levou a tomar essas medidas.

Tem gente (os bossais) que acha que tudo isso me prejudicou, que o Toque Musical tem perdido o seu ‘tesouro’. Lêdo engano. Eu não perdi nada, absolutamente nada! O blog continua inteiro, sem corte ou censura nas publicações. Estão aqui todas as postagens que fiz desde o início. Faço ‘back up’ diariamente do TM e quanto aos discos… aah… esses continuam na minha estante, no meu toca discos e nos quase 15 terabites já digitalizados. Daí, quando um ‘doente’ pensa que está me sacaneando, está na verdade fazendo mal a ele próprio e aos demais visitantes do blog. O povo aqui, que não é bôbo nada, já sabe o que fazer, deixa o cabra babando sozinho, ignora que ele acaba surtando. Não posso negar que acho tudo isso ótimo. Fale mal, mas fale (sempre) do Toque Musical 😉 Putz, até rimou… hehehe…
Bom, agora falando da postagem do dia, hoje eu estou só respondendo à altura. Como havia dito anteriormente, estou no momento voltado para a produção musical mais recente, mas nem por isso fácil de encontrar. Quero aqui também dar a vez a um público que sempre me prestigia e aos discos e artistas da minha geração. Não necessariamente que sejam todos lá do meu gosto pessoal. Como vocês já sabem, eu escuto música com outros olhos 🙂
Aqui então, o disco escolhido para o domingo. Vejam só que beleza, Elizete Cardoso (ou Elizeth, como queiram), neste ótimo álbum gravado por ela em 1959. “Magnífica” nos traz um repertório especial, exclusivo para as composições de Marino Pinto. Neste lp, Elizeth Cardoso interpreta suas canções, a maioria em parceria com grandes nomes, tais como Vadico, Mario Rossi, Carlos Lyra, Antonio Carlos Jobim e outros mais. Participam deste disco, além do próprio Marino Pinto, Altamiro Carrilho, que tocou e também dirigiu a gravação, o jovem violonista Baden Powell e também os maetros Mozart Brandão e Severino Filho que cuidaram da orquestração e o côro. Com um time desses e os valores agregados, não tem como dizer que este álbum da Elizete Cardoso não é magnífico.
música do céu
que dizer?
reverso
cidade do interior
herança
renúncia
madrugada
velhos tempos
velha praça
aula de matemática
até quando?

Carnaval Rio Quatrocentão (1964)

Acho que hoje eu nem preciso fazer a tradicional saudação, visto que a coisa está mais para ‘salgação’. Sinceramente não entendi a tamanha motivação para tantos comentários. Não consigo acreditar que por causa de um simples chato, tudo virou uma enorme chateação. Não vou negar que fiquei também chateado pelas acusações daqueles que frenquentam este espaço, me culpando por não ter logo tomado as dores da HWR, por uma simples bobagem. Em outras ocasiões por aqui já fizeram pior e até comigo mesmo. Já fui mais que chato, fui chamado filho da puta, ladrão, pirata, viado, babaca, burro e até comunista (como se isso fosse uma ofensa). Em nenhuma das vezes saíram tantos ‘amigos’ em minha defesa. E no fundo, nem precisavam, pois aqueles que me conhecem de verdade, sabem que o meu entendimento de solidariedade é na linha de frente. É literalmente doando sangue. Percebo que a bandeira que tremula neste céu, hoje, não é a do Toque Musical. Além do mais, detesto Twitter…

Hoje me deu vontade de dar um basta nisso tudo, acabar com a seção de comentários em postagem e consequentemente dificultar o acesso aos links. Sei que tem muita gente bacana por aqui, amigos cultos e também ocultos, com um senso maior que o crítico. Em consideração aos verdadeiros segurei o passo, engulo mais saliva e vou em frente…
Tá aqui o disco do dia. Mais carnaval… acho que é disso que vocês estão precisando…
Segue aqui um belo álbum lançado pelo selo Copacabana. Um disco especial para uma data especial, Carnaval e 400 anos de favela. Este disco traz um encarte diferente, singular para os moldes tradicionais. Ele se abre como um livreto, com algumas páginas onde iremos encontrar a ficha técnica, as letras de cada uma das músicas e seus intérpretes. A propósito dos intérpretes, temos como destaque a Miss Guanabara e também Miss Brasil daquele ano, Vera Lúcia Couto dos Santos, cantando “Rosa Dourada”, uma marchinha de Moacyr Silva e David Nasser. É ela a moça da capa 🙂
Agora aqui, não sei se publico o ‘toque’, ou se mando vocês irem procurar ouvir o disco lá na HWR. Continuo subindo tudo com muito carinho 😉
joga a chave, meu amor – jorge goulart
lua cheia – angela maria
burrinha de mola – carequinha
vem cá mulata – gilberto alves
você passou – roberto silva
coração em festa – dina gonçalves
onda da cabeleira – roberto audi
me leva, eu vou – mário augusto
rosa dourada – vera lúcia couto dos santos
genipapo – gilberto alves
carnaval quatrocentão – elizeth cardoso
deu fungum – abilio martins
rainha de sabá e rei salomão – angela maria
dúvida cruel – dora lopes
tiro de feijão – dercy gonçalves
vendedor de ilusões – arrelia e pimentinha
vai zero aí? – walter stuart
me paga um óleo aí (pudim de cachaça) – noel carlos

Renato E Seus Blue Caps (1963)

Boa noite a todos! Estive ouvido hoje alguns discos da Jovem Guarda e entre eles este álbum do Renato e Seus Bule Caps. Taí um disco que eu nunca cheguei a ouvir todo, hoje foi a primeira vez. Me chamou a atenção porque nele aparece o Erasmo Carlos, tinha que ouvir.

O conjunto Renato e Seus Blue Caps surgiu no início dos anos 60, criado pelos irmão Renato, Paulo Cezar e Edson, que logo partiria para carreira solo, se transformando em “Ed Wilson”. Gravaram alguns 78 rpm, ainda naquela de ‘a la Gene Vincent’, fazendo um autêntico rock’n’roll, ou ‘twist’ , como se dizia na época. Se não me engano, acho que foi o Carlos Imperial quem ‘apadrinhou’ o conjunto. Neste lp de 1963 os “Blue Caps” aparecem com uma nova formação, entram Eramo Carlos como guitarista e cantor e também o saxofonista Roberto Simonal, irmão do Wilson Simonal. A capa é horrorosa, mas o disco é muito bom, estou gostando 🙂
Estou vendo aqui que este álbum foi relançado nos anos 80 e depois novamente, ganhando a sua versão cd nos anos 2000. Saiu numa série 2 em 1 com outra raridade, o primeiro álbum, “Twist”.
Estou vendo também que eu tenho este cd. Olha só… e nunca ouvi, nem lembrava que tinha.
Só eu mesmo, hehehe…
limbo rock
walking my baby back home
estrelinha
o lobo mau
comanche
boogie do bebê
ford de bigode
what’d i say
relax
stand up

Côro Infantil do Club dos Garotos G9 – O Natal Já Vem…

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Guardei para hoje, noite de natal, este raríssimo álbum natalino, em 78 rpm. Eis um disco dos mais interessantes, que só podia mesmo aparecer aqui no nosso Toque Musical. Este disco, o qual eu não consegui localizar a data de lançamento, traz duas peculiaridades que fazem dele um disco singular e até mesmo histórico. Começamos pela capa, que na verdade, na época dos 78 rpm não tinha outra função a não ser a de proteger, ou, embalar a bolacha. Aqui ela também é feita para isso, mas foi talvez uma das primeiras a apresentar uma arte ilustrativa, com um conceito gráfico agregado. Eu suponho que este disco seja do final dos anos 50, muito embora a ilustração nos remeta aos anos 30 ou início dos 40. Outro diferencial neste disco é a quantidade de faixas. Normalmente, os discos de 78 rpm mais comuns, apresentavam apenas duas músicas, uma de um lado, outra do outro. Neste, ao contrário, temos oito, como passou a ser nos primeiros microsulcos de 33 rpm e dez polegadas. Pode talvez parecer impossível em 78 rotações e em um disco de 10 polegadas, conseguirem colocar mais que duas músicas. Acontece que isso é apenas uma questão de divisão do espaço e tempo. Ou seja, num espaço onde cabe uma música de até 4 minutos, pode-se por 4 de um minuto. Foi o que sucedeu… Pela numeração do selo, SE 001, fica claro que este foi o primeiro disco de uma Série Especial. Foi, talvez, um disco experimental e para tanto, nada melhor que uma produção especial, um disco de natal.

Temos assim, oito temas natalinos adaptados em cantigas de roda, com versos de Luiza Margarida e interpretação do Côro Infantil do Club dos Garotos G-9, sob a regência de Zita Martins. Esses nomes entram no texto mais por definição de créditos. Infelizmente eu não encontrei nenhuma informação sobre eles ou mesmo sobre o disco. Fica o assunto em aberto para complementos e comentários.
Finalizando, quero mais uma vez desejar a todos uma noite feliz de natal. Que seja hoje o nosso momento de maior reflexão sobre o verdadeiro sentido dessa natividade. É o momento onde podemos perceber melhor a nossa condição individual de fragmento… Do fragmento divino! Somos parte Dele 🙂 Quando nos unimos, nos encontramos e estamos juntos, podemos sentir melhor a Sua presença. Nesta noite de natal, procure não ficar sozinho, mesmo não tendo, fisicamente ao seu lado qualquer outro ser vivo. Quem tem consciência dessa condição, de fragmento, mesmo afastado consegue pela força do coração se agrupar e dar forma ao “Corpo Divino”. Putz, comecei a divagar… deve ser o chocolate… bolo de chocolate (uauuuu…)
FELIZ NATAL A TODOS!
o natal já vem…
o cravo
vamos maninha
o pastorzinho
nesta rua
lá no cimo
ciranda cirandinha
mal ninguém me quer

Morgana – A Romântica (1963)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Temos aqui, mais uma vez, a cantora Morgana em um álbum de 1963. Neste lp ela nos traz um repertório bem condizente com esse romantismo intitulado. Músicas de autores bem variados, o que dá ao álbum um carácter mais abrangente, agradando gregos e troianos. Encontraremos aqui músicas de João Roberto Kelly, Alcyr Pires Vermelho, Dalton Vogeler, Vera Brasil, Rildo Hora, Ed Lincoln e por aí a fora… Este leque de variedades se dá também nos arranjos e acompanhamentos. Temos em diferentes faixas a presença das orquestras regidas por Pachequinho, Guerra Peixe, Sylvio Tancredi, Ted Moreno e Moacyr Santos. Vamos conferir? 🙂

nem deus
espero por ti, meu amor
confessa agora
meu grande amor
adeus à solidão
quatro letras
vê… lembra e pensa
tema do amor triste
tu
canção do amor perdido
mágoa
tristeza triste

A Fábrica – Trilha Original Da Novela (1971)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Ainda na estrada, sem saber direito a que horas eu estarei de volta, vou aproveitar enquanto tomo o café para fazer esta postagem. Hoje iremos com outra trilha de novela, a única que eu tinha à mão, ou melhor, no meu computador.

Vamos com a trilha de “A Fábrica”, novela levada ao ar em 1971. Escrita e dirigida por Geraldo Vietri, teve uma trilha preparada especialmente para o drama e contou para isso com a Grande Orquestra Copacabana e alguns de seus regentes/arranjadores. A trilha é totalmente orquestral com alguns temas criados a partir da música erudita, clássica e outras em arranjos criados pelos maestros Portinho, Leo Peracchi, Renato de Oliveira, Edmundo Vilani, Salinas e Moacyr Portes. Para quem gosta de orquestra, taí um prato cheio. Vão conferindo aí, porque eu aqui já estou de saída.
canção da alegria (baseado no último movimento da 9ª sinfonia, de beethoven
tema da sinfonia nº 40 em sol menor, de mozart
concert for a lover’s ending
cinismo
tema de izabel
nosso primeiro amor
opus nº 3
opus nº 4
a força do amor
or-nan
a canção anti tóxico

Morgana Com Renato De Oliveira E Sua Orquestra (1960)

Boa tarde a todos! Aviso aos amigos cultos, parceiros e colegas blogueiros que devido as alterações aqui no Toque Musical, os links para os blogs e sites estão sendo recolocados aos poucos e na medida em que eu vou me lembrando. É bem possível que eu esqueça de alguns, por isso, peço a vocês que me envie seus respectivos endereços.
Para encher de água a boca de muitos por aqui, hoje estou trazendo mais um disco da cantora Morgana. Taí um álbum que eu ainda não vi ‘nas bocas’. Que eu saiba ou tenha visto, nenhum outro blog ainda o postou. Tá pra nós então… Lançado em 1960 pela Copacabana, este disco foi gravado numa sentada só. Quer dizer, depois de tudo pronto (repertório, arranjos e músicos da orquestra) o Maestro Renato de Oliveira só precisou esperar algumas horas a chegada da cantora que se atrasou porque tinha de dar de mamar ao filhote recém nascido. Segundo nos conta a jornalista Lenita Miranda, no texto de contracapa, eles passaram toda a noite e madrugada gravando, até amanhecer o dia.
Neste álbum podemos encontrar um repertório fino, com músicas de Dolores Duran, Fernando Cezar, Tito Madi, Edson Borges, Vera Brasil e outros. Realmente muito bacana. Para embelezar ainda mais a coisa, temos esta belíssima capa, onde a fada loira parece mais ser uma morena. Bela foto (e sem crédito!). Na verdade, a Morgana era loira, mas a Isolda morena.
Morgana se chamava, na verdade, Isolda Corrêa Dias. Não sei se já comentei isso em outras postagens de discos da cantora (e nem vou verificar), mas a Morgana era antes uma cantora lírica. Como cantora de música popular ela foi sucesso e contam também que ela abandonou a carreira quando estava no auge, trocando a música por uma pizzaria. O fim desta cantora foi muito triste. Com um tiro na boca, tentou tirar a própria vida. Foi socorrida, mas ainda no hospital, num momento de consciência, arrancou todos os tubos e fios que a mantinha viva. Faleceu ali mesmo no hospital.

tome continha de você
encontrei o amor
a rosa
carinho e amor
leva-me contigo
sonata sem luar
menina moça
falar por falar
segredo para dois
só falta aqui você
a flor
elegia ao violão

Betinho E Seu Conjunto – O Rei Da Noite (1962)

Olá, amigos cultos e ocultos! Há pouco mais de um mês temos enfrentado aqui alguns problemas quanto às nossas postagens. Só agora em setembro foram retirados quase cem postagens, removidas para o rascunho, pela ‘equipe do Blogger’. Eles são pressionados por entidades internacionais que se dizem de proteção aos ‘direitos autorais’. O que me deixa intrigado é o fato de que esta ação de retalhamento parte de grupos e interesses estrangeiros. Balela dizerem que estão defendendo o direito dos artistas nacionais. Por certo nossos artistas estão tendo mais destaque e respeito nas divulgações pelos blogs do que pelas gravadoras e jabás pagos por fora. O que acontece é aquela coisa, semelhante a uma criança cheia de brinquedos, que só dá atenção para aqueles que acaba de ganhar, mas se alguém põe a mão naquele antigo, que nem se ligava mais, ela corre e toma de volta. Os discos postados aqui são antigos, raros e, sem dúvida, muito importantes para a história da música popular brasileira e também, é bom lembrar, para a história da indústria fonográfica no Brasil. Todavia, são obras que já não impulsionam um investimento de produção comercial, ou seja, não compensam serem relançadas. Por outro lado, ninguém mais está interessado em comprar cds e muito menos pagar por arquivos digitais. Há tempos eu venho repetindo, disco, no mundo de hoje é apenas um portifólio, um cartão de visitas. O fetiche, que era o maior valor agregado a um disco (me refiro ao lp), a (in)sensibilidade empresarial e de negócios das gravadoras fez o favor de destruir. Deram um tiro no próprio pé. Ao invés da indústria fonográfica investir em empresários e funcionários que gostam e entendem de música, preferiram recrutar economistas que gostam de dinheiro e seus funcionários que juram que foi Roberto Carlos o criador da Bossa Nova. Repito, nossa arte musical foi sucateada, levaram tudo de bom e agora querem também apagar nossa memória. Sinceramente, o que seria da nossa produção fonográfica de valor, não fossem aqueles milhares de consumidores, colecionadores, amantes do disco, que mantiveram ao longo de anos, guardados em suas estantes, essas ‘relíquias sonoras’? Podem acreditar, nenhuma gravadora, editora ou coisa parecida fez questão de guardar fita master ou exemplares extras de suas produções. Quando vemos aí algum relançamento, principalmente produções dos anos 60, em geral, foram prensados fora do Brasil e o áudio extraído de um vinil da época. Os discos saem lá fora com toda a pompa e bem valorizados, edição pequena, mas o suficiente para atender a um tipo de público que aqui no Brasil foi deixando de existir, na medida em que a música passou a ser tratada apenas como um mero produto de consumo. Acho que o que leva uma DMCA da vida a patrulhar e pedir o bloqueio de postagens, como as do Toque Musical, é simplesmente pelo receio de que os mp3 compartilhado venham a ofuscar o ‘negócinho’ deles lá fora. Gente burra e sem visão. Para acabar com o compartilhamento (seja lá do que for) só mesmo pisando fundo no freio da Revolução Digital. Vai ser difícil parar…
Por conta de toda essa situação de cortes e remoção de postagens (além dos sacanas de plantão), foi que eu resolvi criar um outro espaço, onde os ‘toques’ antes bloqueados poderão agora ser acessados livremente por todos. Através do Google Grupos, temos agora um fórum de debates, trocas de informações, ideias e muita música. Já comecei a enviar os convites para vocês, os amigos cultos. Os ocultos também participam, mas só que nessa modalidade terão que assumir uma identidade. Espero que até o final da semana todos vocês já tenham sido convidados. Aqueles que por desventura não receberem convites, poderão por iniciativa própria se inscreverem na caixinha lateral do Googles Grupo, aqui no TM. Vamos ver se essa alternativa vai vingar. Seja todos bem vindos!
Putz! Eu já ia me esquecendo do disco do dia. Olha aí… Hoje temos outra raridade que certamente ir chamar a atenção de vocês. Tenho aqui este álbum do Betinho, o Rei da Noite. Figura muito popular da noite paulista na década de 50. Iniciou sua carreira tocando com o pai, Josué de Barros, ao lado da cantora Carmem Miranda. Tocou na orquestra de Carlos Machado na década de 40. Com seu conjunto se apresentava na Rádio Nacional paulista e em boates da capital. Flertou com o rock, sendo considerado um dos pioneiros do gênero no Brasil. Foi também um dos primeiros guitarristas brasileiros a empunhar uma Fender. Acho que o seu maior sucesso foi a música “Neurastênico”, que até hoje, ainda, as vezes escuto algum maluco cantar. Betinho chegou a gravar vários discos, mas a partir dos anos 60 ele se converteu em um músico religioso. Nos anos 70 se tornaria um missionário e pastor protestante.
Neste lp encontramos um repertório basicamente instrumental, trazendo composições próprias, do seu pai, de Noel Rosa, Maysa, Humberto Teixeira e também sucessos internacionais. Bem divertido…

fita amarela – o orvalho vem caindo – scapricciatiello – trem ô lá lá
i love you samantha
doce de leite
over the rainbow
a polca do véio
ay cosita linda
ralando côco
i’m confessing that i love you
amor, coisa estranha
nel blu dipinto di blu
choro x
meu mundo caiu