Chacrinha (1981)

Olá, prezados amigos cultos e ocultos! Dando prosseguimento à sua mostra de compactos, o TM traz, mais uma vez, o inesquecível “velho guerreiro”, Abelardo Chacrinha Barbosa, de quem já apresentamos dois LPs. Trata-se de um disquinho lançado pela Odeon em 1981, época em que Chacrinha trabalhava na TV Bandeirantes, hoje Band, com dois forrós especialmente compostos por Rossini Pinto. De um lado, “O pai de santo”, e de outro, “O cozinheiro”. Tudo com a malícia e os versos de sentido dúbio característicos do gênero (as letras estão reproduzidas na contracapa). Enfim, são músicas bastante divertidas, e o disquinho vale muito a pena. É mais um legado precioso do “velho guerreiro” para a posteridade, e outro disco raro que é eternizado pelo TM. A conferir no GTM, sem falta.
 
o pai de santo
o cozinheiro
 
 
*Texto de Samuel Machado Filho 

Chacrinha & Chacretes – Cantam Para Todas As Festas (1985)

É incontestável a importância de José Abelardo Barbosa de Medeiros, ou mais simplesmente Chacrinha (Surubim, PE, 30/9/1917-Rio de Janeiro, 30/6/1988), para a comunicação de massa no Brasil. No rádio e principalmente na televisão, usando roupas exóticas e espalhafatosas, ele foi enorme sucesso de audiência, apresentando programas de calouros (a “Buzina”, com a qual reprovava os calouros que desafinavam) e de cantores consagrados (a “Discoteca”). Muitos cantores que debutaram como calouros de Chacrinha despontariam mais tarde para o estrelato, entre elesRoberto Carlos, Perla, Paulo Sérgio e Raul Seixas. O “velho guerreiro”, como foi carinhosamente chamado por Gilberto Gil no samba “Aquele abraço”, também criou frases e bordões famosos, tais como “Terezinha!” (originário da propaganda da água sanitária Clarinha, que fazia no rádio), “Vocês querem bacalhau?”, “Na TV nada se cria, tudo se copia” (é verdade…), “Quem não se comunica se trumbica”, “Eu vim para confundir e não para explicar”, “Roda, roda, roda e avisa” (anunciando o intervalo comercial), “Como vai, vai bem? Veio a pé ou veio de trem?” “Vai para o trono ou não vai?”, etc. Além disso, anualmente lançava marchinhas de carnaval que caíam na boca do povo. Quem não se lembra, por exemplo, de “Você gosta da lourinha?”, “Maria Sapatão”, “Leva eu, painho”, “Marcha da camisinha” e tantas outras? Além dos jurados que avaliavam os calouros, tais como Elke Maravilha, Pedro de Lara, Edson Santana, Aracy de Almeida, Carlos Imperial e o travesti Rogéria, outro elemento que contribuía para o sucesso de Chacrinha na televisão eram as “chacretes”, dançarinas profissionais de palco que faziam coreografias para acompanhar as músicas e animar a atração. No início, eram conhecidas como “vitaminas do Chacrinha”, e em 1970 passaram a ser denominadas chacretes. Algumas das mais famosas foram Rita Cadillac, Fernanda Terremoto, Suely Pingo de Ouro, Índia Amazonense e Fátima Boa Viagem. E é justamente com o inesquecível “velho guerreiro” e suas endiabradas chacretes o álbum que o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos.  É “Chacrinha &chacretes cantam para todas as festas”, lançado pela Som Livre em 1985, época em que ele apresentava o “Cassino do Chacrinha”, na Globo. Com direção de produção de Pedrinho da Luz, que também participa como arranjador, regente e técnico de mixagem, é um álbum cheio de alegria e alto astral, feito para animar as mais diversas festividades. Para as festas juninas, por exemplo, há uma quadrilha marcada (a contracapa do disco reproduz seu roteiro). Há também um pot-pourri carnavalesco (do qual a “Maria Sapatão” faz parte), músicas para o Natal (o clássico “Jingle bells’), e aniversários, inclusive para o público infantil. Em suma, um disco bem animado, “pra cima”, que o TM hoje nos oferece, como recordação e justa homenagem a este grande comunicador que foi Abelardo “Chacrinha” Barbosa!

o bate-bola
nosso herói
miau miau
tá com medo tabaréu
mamãe um sonho no sítio
brincando de roda
tem sanfona no salão
o som do chacrinha abelardo barbosa
jingle bell
rock do ratinho

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*Texto de Samuel Machado Filho

Chacrinha E Supersonics – As Super Quentes Da Discoteca (1972)

Alô Terezinha! Disseram que ele não vinha, olha ele aí! É.. é ele mesmo, o velho guerreiro. Figura singular dos programas de auditório, Chacrinha foi talvez o mais famoso apresentador de programas de auditório do Brasil. Com seu estilo fanfarrão, cheio de palhaçadas, num visual sempre muito colorido, ele realmente comandava a massa, como já dizia Gilberto Gil. Seus programas de auditório eram uma verdadeira festa. Tinha de tudo e para todos.
Seu nome era José Abelardo Barbosa de Medeiros e o apelido Chacrinha nasceu quando ele ainda era radialista. A emissora onde trabalhava era numa pequena chácara e ele se referia a ela como ‘chacrinha’, daí pegou. Mas a figura do Chacrinha surge mesmo no final dos anos 50, quando a TV Tupi estréia o programa Discoteca do Chacrinha. Ao longo do tempo ele trabalhou em diversas emissoras de tv, mantendo consigo o estilo do velho palhaço e o mesmo formato de programa. Foi a cada dia acrescentando novidades, como a cartola, a buzina, o disco numérico de telefone e muitas cores. Tudo isso para decorar ainda mais a festa com artistas diversos, cantores e calouros. Quem não se lembra do troféu abacaxi? Era uma época boa e farta, tinha até bacalhau distribuido na platéia. Era uma zorra total. Mas o melhor mesmo eram as dançarinas, as famosas “chacretes”. Me lembro de algumas como, Lia Hollywood, Gracinha Copacabana, Índia Amazonese, Índia Poti, Sarita Catatau, Fernanda Terremoto, Leda Zepepelin e a mais famosa de todas, até hoje botando para quebrar, Rita Cadillac.
Este disco foi gravado em 1972, com produção de Milton Miranda e direção musical do maestro Gaya. Nele temos o velho guerreiro cantando e fazendo das suas ao lado de um côro, possivelmente de chacretes. O repertório é bem variado e as músicas não são separadas por faixas. É festa do lado A e do lado B.

mon amour, meu bem, ma femme
agora eu sei
eu quero botar meu bloco na rua
concerto par um verão
são coisas da vida
cavaleiro de aruanda
fio maravilha
nó na cana
gato e sapato
vou tirar você desse lugar
esta noite você vai ter que ser minha
o jornalista (o enviado especial)
rock and roll lullaby
alone again
let me sing, let me sing

Rede Globo De Televisão – Cortesia De Fim De Ano (1971)

Já que estamos na semana das curiosidades, aproveito inicialmente para informar que criei a pouco tempo atrás uma comunidade no Orkut. Temos por lá também uma bandeira do Toque Musical. Como não sou muito ligado nessas coisas, acabei por não comunicar à vocês. Mas recentemente resolvi investir um pouco nele, ou melhor, no público que o acessa, divulgando um pouco mais o blog. Fiquei admirado com a resposta imediata. Em pouco mais de um mês eu já estou cheio de amiguinhos e pelo jeito, vamos só aumentando a comunidade. Confesso a vocês que sou um completo ignorante em relação ao Orkut. Na verdade eu não tenho é muita paciência com esse tipo de relacionamento. Mas devo admitir sua eficiência como ferramenta de divulgação. Por lá tenho publicado as capinhas dos discos que já foram postados juntamente com um link para o blog. Eis aí mais um recurso que eu não estava utilizando.
Bom, aqui temos um álbum promocional distribuído de brinde pela Rede Globo de Televisão. Este disco foi oferecido como cortesia de fim de ano. Uma maneira da Globo anunciar as novas mudanças que viriam a partir do ano de 1971. A rede de televisão estava em fase de melhorias, como a chegada da transmissão a cores. Programas como o Som Livre Exportação, Faça Humor Não Faça Guerra, Discoteca do Chacrinha, Balança Mas Não Caí, além das novelas Irmãos Coragem, Pigmalião 70 e Verão Vermelho são alguns dos temas de abertura apresentados neste lp.

alô brasil, aquele abraço
hora da buzina
discoteca do chacrinha
balança mas não cai
faça humor não faça guerra
som livre exportação
teletema – regininha
menina – cláudio cavalcanti
gente humilde – márcia
pigmaleão 70 – umas e outras
verão vermelho – elis regina
irmãos coragem – jair rodrigues
quarentão simpático – umas e outras
hora da buzinha