Arquivo da categoria: Maysa
Maysa (1957)
Maysa (1966)
Olá, amigos cultos e ocultos! Aqui vamos com mais um disco de cantora e diga-se de passagem, um super disco e uma super cantora, a inesquecível Maysa. Mais uma cantora que dispensa apresentações até porque, aqui ela já tem o seu lugar garantido. Já postamos outras ‘cositas’ de Maysa. E desta vez vamos com este lp lançado pela RCA Victor, em 1966. Este foi seu décimo quarto algum de estúdio. Marcando os seus dez anos de carreira. Um disco com um toque moderno, a começar pela capa onde não consta nenhuma informação, nem o seu nome, apenas o seu retrato. Na contracapa já encontramos um texto de apresentação, de Roberto Corte Real e a lista de músicas. O repertório segundo contam, foi uma copilação de músicas gravadas em programas de televisão, temas nacionais e internacionais.
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Som Brasileiro (1975)
É com a satisfação de sempre que o Toque Musical oferece hoje, a seus amigos cultos, ocultos e associados, mais uma coletânea apresentando MPB da melhor qualidade. Trata-se de “Som brasileiro”, editada em 1975 pela Odeon (depois EMI, hoje Universal Music), reunindo alguns dos então contratados da “marca do templo” em dez faixas marcantes e bastante expressivas. Uma seleção de primeira, conforme vocês poderão constatar. O álbum já começa arrebentando, com o grande Mílton Nascimento e seu eterno clássico “Travessia”, que o projetou nacionalmente em 1967 e aqui, em registro feito, ao que parece, especialmente para esta compilação. O grande Bituca ainda comparece com outra de suas inesquecíveis criações, “San Vicente”, lançada em 1972 no histórico álbum duplo “Clube da Esquina”. Outro “cobra” de nossa música, Marcos Valle, aqui nos traz “Remédio pro coração”, de sua longa e profícua parceria com o irmão Paulo Sérgio, extraída de seu álbum de 1974. O clássico “Primavera”, de Carlos Lyra e Vinícius de Moraes, composto para a peça “Pobre menina rica”, é aqui oferecido na voz de Alaíde Costa, em gravação que saiu primeiro num compacto duplo também de 1974 e, no ano seguinte, foi incluída em um dos muitos LPs dessa excelente cantora. João de Aquino vem com “Sapos e grilos”, parceria dele próprio com Paulo Frederico, faixa extraída do álbum “Violão viageiro”. Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro, juntamente com outra notável cantora, Márcia, aqui nos apresentam “Mordaça”, em registro feito ao vivo durante o espetáculo “O importante é que a nossa emoção sobreviva” (título, por sinal, oriundo de um verso desta música), e lançado primeiramente no álbum de mesmo nome. Gonzaguinha, o inesquecível e eterno aprendiz, então ainda se assinando Luiz Gonzaga Júnior, aqui comparece com “Meu coração é um pandeiro”, faixa de seu segundo álbum-solo, de 1974 (no mesmo ano, a música teve outro registro, feito ao vivo, pela cantora Marlene). Obra-prima de João Donato, em parceria com Lysias Ênio e Mercedes Chies, “Até quem sabe?” é apresentada neste disco na voz da não menos inesquecível Maysa, em faixa de seu derradeiro álbum de estúdio. Autor de clássicos como “Eu e a bridsa” e “Céu e mar”, Johnny Alf expressa bem sua porção- intérprete com “Um gosto de fim”, de Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza, faixa extraída do álbum “Nós”. Finalizando, temos o grande Egberto Gismonti, músico completo e extremamente versátil, com “Vila Rica 1720”, por ele gravada pela primeira vez em 1972, para o álbum “Água & vinho” e, aqui, em seu segundo registro, extraído de um de seus mais expressivos LPs, ‘Academia de danças”. Repertório primoroso, intérpretes do melhor quilate… Que mais se pode querer?
*Texto de Samuel Machado Filho
Velha Bossa Nova (1976)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Segue aqui mais um disco da série ‘doação’ que eu acredito que todos irão gostar. Trata-se de uma coletânea. Coletâneas são sempre muito bem vidas, principalmente se for de Bossa Nova e ainda com um time e repertório que foge ao comum. Eis aqui um lançamento da RCA Victor, de 1976. São 18 faixas bem escolhidas do arquivo da gravadora durante a década de 60. Ao falar em 18 músicas e vendo pela capa e contracapa uma lista tão grande de artistas há de se pensar que este é um álbum duplo. Mas não é duplo e curiosamente também não são gravações reduzidas. Para meu espanto, conseguiram enfiar num lp de 12 polegadas 18 músicas e sem corte. Uma prova de capacidade acima do normal para um lp.
Máximo de Sucessos (1971)
Meus prezados amigos cultos e ocultos. Segue aqui uma coletânea das mais interessantes. Uma seleção com alguns dos mais expressivos artistas que gravavam pela Philips no início dos anos 70. Disco mono, porém de capa dupla. Um luxo que as gravadoras, na época, podiam se dar, ou nos dar, melhor dizendo. Esta é sem dúvida uma coletânea rara que muito colecionador gostaria de por a mão. Foi o disco inicial, o primeiro de uma série que viria a ser lançada pela gravadora durante aquela década. Não tenho muita certeza, nem tive tempo de pesquisar, mas creio que chegaram a quase 20 volumes. Uma boa estratégia da gravadora para apresentar seus artistas e lançamentos. E começou bem 😉
A Bossa De Ontem É De Sempre (1975)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Finalmente é sexta feira e aqui estou eu, de novo ao ‘volante’. É muito bom poder contar com o amigo Samuel, seus textos são ótimos, bem informativos, mas isso aqui precisa também ter um lado pessoal, passional e até tendencioso, porque não? 🙂 Daí, o Augusto aqui volta para que o Toque Musical não perca essas características (tem que ter o lado irritante, kkk…)
Para esta sexta feira ficar mais feliz eu estou trazendo outra boa doação, feita pelo nosso amigo Fáres. Vamos de bossa nova, nesse lp lançado pela CBS em 1975. Trata-se de uma coletânea reunindo alguns dos artistas do seu ‘cast’, da década de 60: Tito Madi, Conjunto Farroupilha, Thelma Soares, Maysa e a Elis Regina (do tempo que ela assinava o nome com dois L). Esta era uma boa maneira das gravadoras reapresentarem artistas, que muitas vezes já nem faziam parte do seu elenco, mas que tinha deixado ali um legado de sucesso. E a Bossa Nova, que nunca morreu, vez por outra acendendo paixões, estava naquele 75 em alta. Daí talvez um bom motivo para acionar alguns de seus artistas ‘bossanovistas’. O repertório é, sem dúvida, muito bom e bem conhecido de todos. Um deguste sempre necessário que acaba fazendo a gente revisitar velhos álbuns.
Maysa (1969)
Sem sombra de dúvida, Maysa Figueira Monjardim (1936-1977) foi uma figura singular na história da música popular brasileira. E, como tal, teve uma vida atribulada, como bem frisado na resenha da edição do Grand Record Brazil que lhe dedicamos. Seu estilo singular de composição e interpretação, que a fez um dos maiores nomes da canção intimista, influenciou ao menos meia dúzia de músicos de sua geração, e principalmente os que surgiram muito depois dela, tais como Ângela Rô Rô, Fafá de Belém, Leila Pinheiro, Simone e até mesmo Cazuza e Renato Russo. Em 1969, após residir por cinco anos na Espanha, Maysa retornou definitivamente ao Brasil, bem mais magra,animada e alegre. Dizia ter perdido não quilos mas litros, em inúmeras clínicas de emagrecimento. É desse ano o álbum que o Toque Musical apresenta a hoje a seus amigos cultos,ocultos e associados. Mas, como ela mesma escreveu na contracapa, “eu nunca parti. Eu fui ali e já vim. Eu nunca parti. Eu só reparti. Só não reparti partidas. E nem sempre quem reparte fica com a melhor parte. Eu por exemplo fiquei com o pior. Fiquei com as saudades de vocês”. E não gostava da palavra “volta”. Quem está na foto da capa com ela é o filho Jayme Monjardim, mais tarde talentoso diretor de programas de televisão, em especial novelas e minisséries (como a que focalizou a própria mãe, na Globo, em que Larissa Maciel a encarnou à perfeição). Gravado na extinta Copacabana, este disco, o décimo-quinto álbum de carreira, mostra uma Maysa bastante afinada com as manifestações musicais que ocorriam à sua volta. Tanto que os acompanhamentos foram entregues a músicos de extrema competência e bastante conceituados, Antônio Adolfo e Egberto Gismonti, além dos então já veteranos Lindolfo Gaya e Severino Filho. São doze músicas de compositores que ainda iniciavam sua trajetória na MPB e eram ainda pouco conhecidos, mas que iriam se consagrar com o tempo. O próprio Antônio Adolfo assina três faixas em parceria com Tibério Gaspar: “Rosa branca”, “Tema triste” e “Você nem viu”.O irmão de Antônio Adolfo, Ruy Maurity (responsável por hits como “Serafim e seus filhos” e “Nem ouro nem prata”) assina,em parceria com José Jorge, “Estranho mundo feliz” (que parece ser obra da própria Maysa, dada sua personalíssima interpretação) e “Quebranto”. Egberto Gismonti (que mais tarde faria bem-sucedida carreira internacional) vem com “Um dia” e “Indí”, esta em parceria com Arnoldo Medeiros, cujas letras, sensíveis e muito singelas, chegam a abordar elementos da natureza, o que iria caracterizar a obra de Gismonti futuramente. A faixa de abertura, “Pra quem não quiser ouvir meu canto”, é de César Roldão Vieira”, nome que então começava a se destacar em festivais de MPB. O recém-falecido Nonato Buzar assina “Canto de fé”, em parceria com Willian Prado, Paulinho Tapajós vem com “Catavento”, que fez com Arthur Verocai, e Durval Ferreira comparece com “Eu e o tempo”, parceria com Flávia,que também assina “Imensamente”, junto com Hedya. O resultado disso tudo é um dos trabalhos mais delicados e modernos de toda a carreira de Maysa, verdadeiro achado em sua discografia, com sua sonoridade suave e sofisticada. Um trabalho irretocável de ponta a ponta, da primeira à última faixa, sendo impossível não se encantar. E, como ela mesma escreveu na contracapa, “agora, muito simplesmente, eu quero pedir a vocês que me ouçam”…
* Texto de Samuel Machado Filho
Maysa – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 100 (2014)
O Melhor Da Bossa (1965)
Olá meus prezados amigos cultos e ocultos! Custei, mas cheguei! Fui tomado pela preguiça e acabei deixado para a última hora esta postagem. Como aqui ninguém está com pressa, qualquer hora é hora…
Tenho aqui uma coletânea de bossa nova da melhor qualidade. Material da saudosa RGE, com alguns de seus mais expressivos artistas da linha jazz e bossa. Este álbum, “O Melhor da Bossa” é o autêntico, lançado em 1965! Muita gente confunde. Isto porque em 1989, comemorando os 30 anos de Bossa Nova, a RGE relançou o disco com outra lista de fonogramas e artistas. Manteve a capa e a mesma concepção da contracapa com cada artista com uma fonte texto diferenciada. Sinceramente, eu não entendi. Será que o pessoal da gravadora/selo não tinha mais as fitas masters, ou mesmo um exemplar em lp? Se tivessem me procurado, talvez eu pudesse ter ajudado. Olha o disco aqui…
garota de ipanema – zimbo trio
onde está você – paulinho nogueira
nós e o mar – maysa
evolução – manfredo fest
primavera – agostinho dos santos
berimbau – luiz chaves
sambão – ely arcoverde
balanço do mar – ana lucia
inútil paisagem – tenório jr
o menino das laranjas – os seis em ponto
também quem mandou – wanda
borandá – conjunto ok
Rio, Cidade Maravilhosa (1960)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aqui vou eu me repetido no discurso e na saudação. Fica difícil ser diferente quando, mesmo sem querer, eu fui criando um formato tão pessoal para o meu blog. Isso se deve muito ao fato de que em um determinado momento eu precisei provar a todos que este espaço é estritamente amador, sem prentensões que vão além do meu desejo de trazer até vocês discos raros e que não se ouve mais. Não faz sentido para mim possuir ou ter acesso a riquezas fonográficas que eu não possa compartilhar. Amor como este não se faz sozinho. É preciso levá-lo a quem precisa ou àqueles que estão em mesma sintonia. Isso é diferente de querer sair na frente. De estar em busca de outros propósitos e objetivos. Isso aqui não é feito por jornalistas, estudantes de comunicação, ensaístas ou profissional do ramo de entretenimento pela web. Também não é o blog do ‘Gerson’, pois não penso em levar vantagem em nada. O Toque Musical é apenas um espaço amador e pessoal. Daí, cheio de falhas como deve caber a quem não é profissional. (putz! até rimou!)
Deixando de lado a polêmica (dizem que eu adoro!), vamos ao que interessa… Tenho aqui um álbum maravilhoso cujo o tema é uma cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro. Em 1954, o maestro Radamés Gnattali foi chamado para orquestrar a “Sinfonia Popular em Ritmo de Samba”, uma obra criada pelos então jovens compositores Antonio Carlos Jobim e Billy Blanco. O disco, de 10 polegadas, saiu naquele ano contando com a participação de grandes nomes como Dick Farney, Elizete Cardoso, Lúcio Alves, Gilberto Milfont, Os Cariocas, Doris Monteiro, Emilinha Borba, Jorge Goulart e Nora Ney (será que eu esqueci alguém?). Em 1960, Radamés é novamente chamado para uma segunda versão, agora neste álbum de 12 polegadas intitulado, “Rio, Cidade Maravilhosa” que eu apresento a vocês. Diferente do primeiro, neste, também da Continental, temos uma homenagem à cidade carioca, onde desfilam algumas das mais famosas músicas feitas louvando a belíssima capital fluminense. O álbum se divide em dois momentos. No lado A temos a referida segunda versão da Sinfonia do Rio de Janeiro, tão boa ou melhor que a primeira. Pessoalmente gosto mais desta. Nela encontramos um novo grupo de estrelas, algumas até da versão anterior. São eles: Os Cariocas, Risadinha, Luely Figueiró, Albertinho Fortuna, Nelly Martins, Maysa, Jamelão e Ted Moreno. No lado B temos outras sete músicas interpretadas pelo Coral de Severino Filho, Maysa e Albertinho Fortuna. Maravilha total! Este disco voltou a ser relançado com outra capa no início dos anos 80 e até já foi postado no amigo Loronix (aliás, os dois!). Tomei a liberdade de incluir o disquinho de 54, postado pelo Zeca, juntamente com este que eu estou apresentando agora. Assim fica mais fácil entender e com certeza, com esta capa, vai encher a boca de muito colecionador. Taí, uma pura raridade…
Adoniran Barbosa E Paulo Vanzolini- Nova História Da MPB (1978) 3
Maysa (1977)
Apoteose – O Show Dos Shows (1991)
Sobre este disco não é preciso falar muito, tá na capa! Uma seleção de artistas de primeira linha que passaram pela RGE. É isso aí… a gravadora se mantém com nomes de peso. Nada como uma coletânea, reunindo o que de melhor o selo ofereceu ao longo dos tempos. Neste, lançado somente em vinil e cassete (lembra da fitinha?), temos apresentações ao vivo de shows e festivais, realizados em 1964 e 65. Faixas retiradas de outros álbuns da gravadora.