100 Anos De Música Popular Brasileira – Projeto Minerva Vol.6 (1975)

Embora pouco comentada a postagem do volume 5 do Projeto Minerva, vieram muitas solicitações para que eu continuasse a postar outros números. Tá certo, aqui vai mais um…
Hoje teremos o volume 6, onde constam registros de Pery Ribeiro, Rosana Toledo, Lúcio Alves, Johnny Alf e Alayde Costa. Infelizmente este sexto volume que tenho é do relançamento, feito nos anos 80 pela Sigla/Soma. Eu chego a ficar indignado com o pouco caso que fizeram ao relançarem essa coleção. Os álbuns, originalmente eram de capa dupla, trazendo em seu interior as informações sobre seu conteúdo (número das faixas, ficha técnica, etc…). Para pouparem gastos na produção, a série relançada pela Sigla/Soma em 84 veio desfalcada. Os caras não tiveram a sensibilidade de ver que o mais importante para se compreender o disco e essa coleção estava ali, no que eles omitiram. Para saber quem é quem e o que é o quê só mesmo olhando pelo selo, que por sinal não informa muita coisa, nem a data. Daí, quando a gente cisma de criar um blog e disponibilizar o disco com as informações completas, os caras dizem que é pirataria. Mas vamos deixar essa questão para um outro momento, que por sinal eu gostaria de dar meus esclarecimentos.
Como relação ao nosso disquinho do dia, o que tenho a completar é dizer que o mesmo traz um repertório que compreende o período que vai de 60 a 70, entre bossas, Jorge Ben e outras tropicálias. Participam do programa outros músicos de renome, mas só identifiquei o Altamiro Carrilho, que por sinal pelejou para se manter no ritmo da bossa. Segue a baixo a programação:

lobo bobo – alayde costa
influência do jazz – johnny alf
o barquinho – alayde costa
fim de noite – lúcio alves
canto de ossanha – rosana toledo
consolação – pery ribeiro
última forma – pery ribeiro
pra dizer adeus – pery ribeiro
a banda – pery ribeiro
carolina – pery ribeiro
travessia – rosana toledo
canção do sal – pery ribeiro
é de manhã – pery ribeiro
esse cara – rosana toledo
roda – pery ribeiro
procissão – pery ribeiro
preciso aprender a só ser – rosana toledo
chove chuva -pery ribeiro e rosana toledo
mais que nada – pery ribeiro e rosana toledo
país tropical – pery ribeiro
fio maravilha -pery ribeiro e rodan toledo

100 Anos De Música Popular Brasileira – Projeto Minerva Vol. 5 (1975)

A sexta-feira foi um pouco corrida e pelo jeito o sábado também, mas vamos ao diário. Ainda com aquele espírito de bossa, temos para hoje um disquinho fino. Trata-se do volume 5 da coleção de oito álbuns produzidos por Ricardo Albim para o Projeto Minerva. Essa série saiu pela Tapecar nos anos 70 e foi novamente relançada pela Sigla nos anos 80. Um registro mais que histórico, perfeito! Básico a qualquer discoteca, seja ela de cd, vinil ou mp3. É de estranhar que até hoje nenhum blog tenha se prestado a trazê-los de volta. Vê-se de cara que estamos falando de uma coleção rara e muito importante. As gravações apresentadas aqui fizeram parte do programa de rádio levado ao ar para todo o Brasil por uns vinte anos. Quem não se lembra?
Escolhi o volume 5 que compreende uma fase da Bossa Nova. Neste disco temos Jonhnny Alf, Doris Monteiro, Lúcio Alves e Alaide Costa, tudo ao vivo, gravado no auditório do MEC, Rio.
Aos poucos irei soltando os demais álbuns da série. Ainda me faltam conseguir os volumes 2, 3, 4 e 8. Se acaso alguém tiver e puder enviar para mim, ficarei muito grato e postarei esses também. Compartilhe essa idéia!

rapaz de bem – johnny alf
eu e abrisa – doris monteiro
ninguém me ama / se eu morresse amanhã – doris monteiro
castigo – doris monteiro
se é por falta de adeus
camelô / mocinho bonito – johnny alf e doris monteiro
a banca do distinto – johnny alf e doris monteiro
foi a noite – lúcio alves
desafinado – alaide costa
garota de ipanema – alaide costa e johnny alf
se todos fosse iguais a você – lúcio alves
eu sei que vou te amar – lúcio alves
eu não existo sem você – alaide costa
a felicidade – lúcio alves

Bossa Nova – Para Fazer Feliz A Quem Se Ama (1988)

Olá! De última hora fui obrigado a mudar os planos da postagem do dia. Acabei esquecendo em um outro computador o disco preparado para hoje. Como não tenho como acessá-lo, o jeito vai ser apelar para os ‘álbuns de gaveta’. Por sorte achei mais um que celebra a Bossa Nova. Tenho aqui este lp lançado em 1988 com grandes nomes da nossa MPB, cantando alguns dos maiores sucesso do gênero. “Pra fazer feliz a quem se ama”.
Ao final, quem saiu ganhado foram vocês. Amanhã eu postarei o que deveria ter entrado hoje.

emilio santiago
vivo sonhado
triste
meditação
nara leão
corcovado
insensatez
joão bosco
a felicidade
o nosso amor
quarteto em cy
de conversa em conversa
tim tim por tim tim
samba de uma nota só
falsa baiana
moraes moreira
país tropical
chove chuva
guilherme arantes
nós e o mar
wave
leny andrade
garota de ipanema
rio
ela é carioca
ney matogrosso
vagamente
manhã de carnaval
mpb 4
chega de saudade
tem dó
carlos lyra
se é tarde
você e eu
saudade fez um samba

Viver Outra Vez – Campanha No Combate À Aids (1988)

Olá! Como todos devem saber, hoje é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Em todo o mundo o dia é lembrado como uma manifestação de alerta, despertando nas pessoas a consciência da necessidade da prevenção e o entendimento sobre a síndrome. O Toque Musical também participa, apresentando este disco, sugerido pelo nosso amigo Edú. Trata-se de um álbum curioso, com participação de diversos artistas cantando a canção “Viver Outra Vez”, que em seguida e incessantemente, seu instrumental, aparece como fundo para todas as outras faixas. Ela se repete como fundo para a aplicação de textos recitados por Paulo Autran, Fernanda Montenegro, Tônia Carreiro, Lima Duarte e Maitê Proença. Chega a ser meio chato ouvir sempre a mesma música que ao final do disco você até já decorou. Mas as mensagens de Carlos Drumond de Andrade, Mário Quintana, Vinícius e tantos mais, valem a investida.
Não se desanimem com a minha crítica, eu sou mesmo um chato. Mas sempre bem intencionado. Além do mais, o blog é para quem escuta música com outros olhos.

viver outra vez
vida menor – carlos drumond de andrade
a carpideira – adélia prado
if – paulo mendes campos
viver outra vez
balada negra – vinicius de moraes
o que é o que é – gonzaguinha
o poema – mario quintana
o marrueiro – catulo da paixão cearense

I Festival do Samba Na Bahia (1967)

Meus caríssimos, hoje eu tenho a honra de lhes apresentar um disco raro em todos os sentidos. “I Festival do Samba na Bahia”, um lp raríssimo lançado pela memorável gravadora baiana JS Discos em 1967. A primeira vista, pela capa e título, temos a idéia de que se trata de um disco de samba regional e tradicional. Daí é só colocar a bolacha no prato e sentir que o buraco é mais embaixo. Ou melhor, que o nível da coisa é mais acima. Nada de sambão, na verdade música popular brasileira da melhor qualidade. Samba sim, mas com gosto de bossa, de canção, de todo aquele espírito musical que imperava nos anos 60 e nos festivais. Uma seleção que ultrapassa o gosto regional, mesmo sendo o conteúdo temático principal, a Bahia e o Samba. Aqui podemos ouvir o Inema Trio, presente em cinco das doze faixas do álbum. Temos também neste disco composições de Antonio Carlos Pinto e José Carlos Figueiredo que viriam alguns anos depois formar a dupla Antonio Carlos e Jocafi. Por aí já dá para se ter uma idéia do estilo de samba deste suposto festival. Digo ‘suposto’ porque não encontrei em minhas pesquisas nenhuma referencia a este Festival. Daí, suponho (que me corrijam aqueles que sabem) que este disco não se trata de uma coletânea de finalistas de um festival. Também não se trata de um festival que aconteceu nos anos 70 como foi colocado pelo pesquisador e crítico musical Zuza Homem de Mello ao assinar o catálogo “No palco, os Festivais”, do Instituto Cravo Albin. Acho que ele não leu direito o título do álbum e nem o texto na contracapa. Observem que o lp tem o seguinte nome: “Primeiro Festival DO Samba NA Bahia” e não “Primeiro Festival de Samba da Bahia”. Entendi que nesta sutil diferença, a JS Discos (em 1967!) – que se despontava como o selo e gravadora do artista baiano – se apoiou na onda dos festivais (que se fazia forte naquela década) para (talvez) ‘alavancar’ as vendas deste lp. É certo que nos anos 60 e 70 aconteceram dezenas de festivais, nacionais e regionais e que infelizmente os registros de muitos desses eventos ficaram apenas na memória de alguns poucos ou fragmentados na sua própria história. Assim, com o passar do tempo, numa visão distanciada dos fatos, fica mesmo muito difícil separar o joio do trigo.
“Libertamos os grilhões a que nos cingiam as distâncias com o Centro Sul. Encurtamos os caminhos para todos – músicos, poetas e cantores. Somos a nova verdade bahiana nesse primeiro Festival do Samba na Bahia. Somos mais que um selo. Somos uma bandeira.”
Este trecho de texto da contracapa, mais do que um simples reflexo dos grandes festivais do eixo Rio-São Paulo, se refere à JS como o grande estandarte ou porta voz dos artistas que estavam fora daquela esfera principal.

alagados – inema trio
maria – inema trio
morte do amor – carlos ganzineu e inema trio
d’angola é camará – josé carlos figueiredo
roda de samba – inema trio
fim de festa – prefixo 4
retorno – carlos gazineu e sue safira
sebastião e a serenata – rosa virginia
cheguei tarde – antonio moreira
samba do mercado – inema trio
abolição – rosa virginia
na piedade um caso por caso marie oliveira

Um Sol Maior – TSO (1977)

Olá! Gostaria de informar que, muitas postagens antigas já estão com links novos. Pela minha checagem, faltam agora menos dez que ainda não foram renovados. Espero para breve estar com o blog todo em dia.
Dando sequência a mais um capítulo das nossas trilhas de novela, vamos com mais uma da Tupi. Esta novela eu nem me lembrava, por isso não sei nem qual era a estória. Mas gostei da trilha variada, com algumas coisas raras.

reencontro – luiz ayrão
the first time – the horizon orchestra
você – claudette soares
meiga presença – josé milton
descanso – cesar costa filho
flutuando no seu amor – maria tereza
ai quem me dera – clara nunes
foi um sonho só – gerson combo
tudo está mudado – benito di paula
rugas – luiz carlos clay
pare e pense – sidney quintela
uma chance – gerson combo

A Viagem – Trilha Sonora Original Da Novela (1976)

Olá noveleiros de plantão! Sábado também é dia de novela e não só por isso, aqui estamos nós num novo capítulo, com as trilhas musicais que marcaram época. Como deu para perceber, estou postando dois álbuns por dia. Pensei em apresentar apenas uma meia dúzia desses discos, mas quando fui ver já estava passando da conta. Daí optei por dois ao dia, para não prolongar por muito tempo nessa linha. Semana que vem vou estar postando o que deveria ter entrado nesta última. O importante é variar, mas sem perder o rumo de casa, né não?
Bom, temos para hoje, inicialmente, a trilha de “A Viagem”, a original e uma das últimas novelas da antiga TV Tupi. Escrita por Ivani Ribeiro, a estória foi baseada nos livros “E a Vida Continua” e “Nosso Lar” de Chico Xavier. Anos mais tarde Ivani reescreveria a novela para a Globo.
A trilha é bem variada como um drops sortido, trazendo entre suas faixas coisas raras e até inéditas. Confiram mais este capítulo…

moça criança – agepê
ganhar e perder – adriana
noche de ronda – gregório barrios
assim, tudo está bem – gilbert
tenho – wilson miranda
beco sem saída – silvio caldas
pecado – gregório barrios
carta de alforria – luiz américo
triste adeus – gilbert
se você vai – marcio prado
pulsars – kate lyra
tema r – aloisio silva

Carnaval De 1956

Ainda a tempo, resolvi trazer mais um disquinho de carnaval. Na verdade um complemento final, pois amanhã já é quarta-feira. Dessa forma, deixo aqui para vocês um dez polegadas que resistiu bravamente aos últimos 52 carnavais. Fico imaginando ao longo desse tempo, realmente, quantas vezes este disco foi celebrado. Quantos carnavais ele embalou. Certamente foram muitos, não apenas pelos chiados e desgaste do uso que provam isso, mas principalmente pelo seu repertório. Muito bom!

arranca a máscara – jorge goulart
meu lamento – nora ney
exaltação à mangueira- jamenlão
ai, maria – ruy rey e sua orquestra
batendo cabeça – gilberto milfont
pescador granfino – emilinha borba
nana nenem – vera lúcia
maricota cervejota – bill farr
é muita roupa – vagalumes do luar
saco de papel – risadinha

Carnaval De Ontem E De Hoje (1964)

Mais uma pérola resgatada que merece a maior atenção. Este disquinho foi lançado em 1964, como podemos ver pela capa, trazendo os “hits” do carnaval daquele ano juntamente com alguns outros sucessos do passado. O repertório é dos mais interessantes. A primeira faixa “Mag, Inês e Ana” já vale o disco e merecia estar presente no nosso próximo carnaval. Deveria ser adotada pelo governo na campanha de prevenção e conscientização no próximo carnaval. Tem tudo a ver, não é, presidente Lula?

mag, inês e ana – nuno roland
no balanço da cabrocha – nelson guimarães
cuidado matusquela – nelson guimarães
o futuro a deus pertence – helio cavalcanti
tudo pode acontecer – helio cavalcanti
falta tudo – kleber e o côro do clube do guri
não posso mais – nuno roland
a maria tá – walter levita
frevo n.1 dos vassourinhas – orquestra e côro do bloco dos vassourinhas
mané garrincha – côro do clube do guri
sem razão – anisio silva
cara boa – lucy rosana
um coração que chora – anisio silva
rei pelé – côro do clube do guri

Festival De Samba – Sambas Enredos Das Escolas (1968)

Devido à minha (sempre) falta de tempo, não estou tendo com organizar e pesquisar na rede aquilo que ainda não foi apresentado em outros blogs. As vezes é chato constatar que aquilo que a gente teve o maior trabalho para preparar e apresentar já estava disponível em algum outro lugar. Por essas e outras é que tomei esse caminho diversificado, que me dá opções e até alternativas quando tudo já parece ter sido postado.
Tenho para hoje este disco, precursor dos álbuns de sambas enredos. Um disco que vale mais pelo seu caráter histórico. Um registro ao vivo das seis melhores escolas de samba do ano de 1968. Neste ano sagrou-se campeã a Mangueira com seu “Samba, Festa de Um Povo”.
As gravações foram feitas nos terreiros (as quadras de hoje). Um ambiente perfeito para que este tipo de samba se manifeste de maneira autentica. Por curiosidade, temos também neste lp a participação de Martinho da Vila, como autor e puxador do samba “Quatro Séculos de Modas e Costumes”.
Confiram mais esta raridade…

dona beja, feiticeira de araxá – salgueiro
sublime pergaminho – unidos de lucas
viagem pitoresca através do brasil – mocidade independente
pernambuco, o leão do norte – império serrano
tronco do ipê – portela
samba, festa de um povo – mangueira
quatro séculos de modas e constumes – unidos de vila isabel
baterias:
império serrano
mocidade independente
salguerio
unidos de vila isabel
unidos de lucas
mangueira
portela

Bossa Nova – Sua História Sua Gente (1975)

Olá amigos! Inicialmente eu gostaria de agradecer a todos que estiveram ontem por aqui, celebrando comigo o aniversário do blog. Agradeço as mensagens, comentários e e-mails. Isso vem como um atestado, confirmando também o que o contador de visitas tem nos mostrado.
Bom, seguindo enfrente, temos para hoje um festival de Bossa Nova. Uma caixa com três lps e um caderno bem ilustrado, escrito por Aloysio de Oliveira, contando a trajetória da Bossa Nova. Pode-se dizer que este ‘box’ é um trabalho do Aloysio, pois a montagem e escolha do repertório também ficou por conta dele. Não se trata de uma coletânea histórica definitiva, mas sim da visão pessoal de um homem que, com a sua Elenco, muito ajudou à Bossa Nova e seus artistas.

Disco 1
sofrer é da vida – mario reis
você – dick farney e norma benguel
nós e o mar – doris monteiro
só danço samba – joão donato trio
mocinho bonito – billy blanco
samba do avião – os cariocas
rio – lúcio alves
as praias desertas – elizeth cardoso
último canto – agostinho dos santos
influência do jazz – leny andrade
minha saudade – tamba trio
por toda a minha vida- lenita bruno
Disco 2
samba da pergunta – joão gilberto
samba de verão – roberto menescal e seu conjunto
demais – maysa
folha de papel – sergio ricardo
chora tua tristeza – conjunto oscar castro neves
ao amigo tom – claudette soares
você e eu – sylvia telles
coisa mais linda – carlos lyra
ela é carioca – sergio mendes e bossa rio
maria moita – nara leão
upa neguinho – lennie dale
que maravilha, chove chuva, mas que nada – zimbo trio
Disco 3
tristeza de nós dois – luiz eça
tem mais samba – quarteto em cy
borandá – edu lobo c/ tamba trio
berimbau – baden powell
the girl from ipanema – astrud gilberto
carta ao tom 74 – toquinho e vinicius
de palavra em palavra – mpb4
chuva – os gatos
tema da boneca de palha – rosinha de valença
olha maria – chico buarque
só tinha de ser com você – elis e tom
ana luiza – tom jobim

Minas Canta Para O Brasil (1961)

Estou postando este disco, mais por sua raridade e história. O presente álbum foi o primeiro disco comercial gravado em Minas Gerais. Segundo informações na contracapa ele foi gravado em apenas duas noites no antigo estúdio da TV Itacolomi. O lp foi produzido por Hervé Cordovil e contou com Paulo Modesto e seu conjunto – um dos melhores da época na cidade – tocando e acompanhando os cantores Isnard Simone, Celso Garcia, Helena Ribeiro e Ricardo Parreira.
Infelizmente temos de bonus alguns chiados e estalos que inevitavelmente acompanham as faixas. Sei que tem gente que gosta e sabe como limpar…

curral del rey (menina moça) – isnard simone
zé fumaça- helena ribeiro
juras de amor – conjunto paulo modesto
praçavaz demello – celso garcia
porque – ricardo parreira
o bifeestá com a razão – conjunto paulo modesto
baqueiro do jequitinhonha – celso garcia
fingimento – helena ribeiro
tudo passa – conjunto paulo modesto
banana indigesta – ricardo parreira
sexta feira – isnard simone
petulante – paulo modesto

O Rancho Do Belarmino – Radio Inconfidênica (1970)

Nas ondas da Rádio Inconfidência encontramos um outro disco raro. Desta vez previlegiando a música sertaneja, temos aqui “O Rancho do Belarminio”. Este lp é fruto de um programa musical criado pelo produtor, apresentador e poeta Daniel dos Santos (o Belarmino) no início dos anos 60. O rancho foi um programa de muito sucesso que começou na Rádio Mineira e depois continuou na Inconfidência durante os anos 70. O álbum nos traz alguns dos diversos artistas que se apresentavam no programa que ia ao ar toda as manhãs, de 5 as 6.

educação – belarmino
desiludido – zé dourado e gaturama
juras mentirosas – zé dourado e gaturama
chuá chuá – maria do rosário
tudo precisa – nenzinho e alvinho
lenço preto – belarmino
vaqueiro alegre – vaqueiros de minas
flor do paraguai – vaqueiros de minas
boiadeiro de goiás – irmãs ribeiro e zelinho
te quero até morrer – irmãs ribeiro e zelinho
não me esqueças – adelário e ademir
saudade do sertão – adelário e ademir

Os Vibrantes 25 Anos Da Rádio Inconfidência (1961)

Eis aí um disco extremamente raro que só mesmo através de um blog musical você teria acesso. Este disco foi lançado em 1961 em comemoração aos então 25 anos da Rádio Inconfidência de Minas Gerais. Uma das mais antigas e tradicional rádio mineira, também foi berço e palco de grandes nomes da música brasileira. Neste lp temos a Orquestra da Rádio Inconfidência sob a regência do maestro Moacyr Portes tocando e acompanhando os diversos cantores do ‘cast’ da Inconfidência. Na época, esta era a única emissora em Minas que mantinha uma equipe efetiva de artistas. Uma boa curiosidade do álbum é a presença de Clara Nunes, ainda em início de carreira. Ouvindo este disco temos a certeza de que a música em Minas Gerais também tem sua prória história de rádio. Excelente disco, tem que ouvir!

ginga 57 – moacyr portes e orquestra
flor bonita – canta gilberto santana
história do beijo – canta vera regina
eres la mujer – canta alaor brasil
é mentira – canta marilu
foi assim – canta celso garcia
é para prestar atenção – moacyr portes e orquestra
boa noite, amor – canta fernando figueiredo
vida cruel – canta clara nunes
sincopado – moacyr portes e orquestra
deus me castigue – canta nadir lima
mãe maria – canta josé dias

Sucessos Da Bossa Nova (1964)

Dando sequência a postagem do dia, que hoje saiu mais cedo, vamos com mais Bossa Nova. Desta vez temos um álbum que foi recuperado por milagre. Este disco, podem acreditar estava uma peneira, cheio de furos feitos por cupim. Dá prá acreditar? Eu não sabia que cupim comia vinil, agora tenho certeza. Considerando o estado lastimável em que se encontrava o lp, em relação ao resultado quase finalizado, acho que ficou muito bom! Digo quase finalizado, porque não cheguei a limpar totalmente o arquivo no Sound Forge. Vou deixar para vocês a arte do acabamento final, ok? Como a contracapa ficou um tanto ilegível, transcrevo abaixo o texto sobre o disco:
“Este é um lp que focaliza seis grandes nomes interpretativos da bossa nova entre nós (mas cujo cartaz já ultrapassou as fronteiras): um flautista, um saxofonista, um pianista, dois “bandleaders” e finalmente um cantor – Jorginho, Aurino, Heraldo e Paulo “Fats” Eupidio e Johnny Alf, pela ordem.”

insensatez
tristeza de nós dois
para não sofrer
batida diferente
meditação
samba de uma nota só
nós e o mar
barquinho
tema se palavras
murmúrio
chora tua tristeza
menina moça

Arrasta Pé Na Roça (1980)

Completando a relação musical para as festas de junho, finalizo com este disquinho que é o bicho! Vai levantar poeira, pondo todo mundo para dançar. Não vai ficar ninguém sentado.
“Arrasta pé na roça” é um disco feito de encomenda para essas ocasiões. Um apanhado de forró com alguns dos melhores sanfoneiros nordestinos. Este não é para se falar, é prá dançar!

na toca do camarão – camarão
o tema é dominguinhos – camarão
itatuba – adolfinho
eu sou o bom – adolfinho
siridô – nilo cearense
festa boa é na palhoça – baú dos oito baixos
tex- camarão
aquela rosa – jacinto silva
seis de qua ra qua qua – baú de oito baixos
não me deixe louco – jacinto silva
com este a paia voa – zé alves
uai o chente – azulão da bahia

Reminicências (1960)

Hoje foi mais um daqueles dias em que eu não tive tempo nem para planejar o que iria postar. Foi puro osso. Assim, me vejo obrigado a recorrer ao gavetão, onde sempre encontrarei alguma coisa boa para encaixar.
Tenho então esta coletânea muito boa de marchinhas e sambas, bem conhecidos do público, em gravações originais de época com grandes nomes, intérpretes da velha guarda. Vale a pena conferir pois se trata de uma seleção musical e de artistas muito boa.

o teu cabelo não nega
(castro barbosa com o grupo da guarda velha)
alegria
(orlando silva com os diabos do céu)
linda lourinha
(silvio caldas com os diabos do céu)
a tua vida é um segredo
(mário reis e lamartine babo)
catharina
(carlos galhardo)
malmequer
(orlando silva)
linda morena
(lamartine babo e mário reis)
não pago bonde
(odette amaral com os diabos do céu)
a primeira vez
(orlando silva)
piroli, piroli
(castro barbosa comos diabos do céu)
eva querida
(mario reis com os diabos do céu)
cecy e pery
(dalva de oliveira e dupla preto e branco)

16 Seleções De Música Internacional (1962)

O segundo disco do dia, também um álbum com capa conceito, é esta seleção musical com músicas internacionais. Todas são composições que tiveram um grande apego popular, interpretadas por artistas nacionais, bem conhecidos do público. Chamo a atenção para as faixas com Dolores Duran e Angela Maria. A presença das duas já vale o disco. Mas temos mais… confiram, pois vale realmente ouvir este disco.

la violetera – angela maria
la marie vison – dolores duran
estupido cupido – the golden boys
abandono – gonzalo cortez
onde estará minha vida – agnaldo rayol
olhos castanhos – olivinha de carvalho
las secretarias – yunes
the peppermint twist – reynaldo rayol
cielito lindo – angela maria
ave maria lola – dolores duran
personality – the golden boys
look for a star – ronnie cord
coimbra – alberto ribeiro
terezita – yunes
piove – angela maria
soñar – trio tropical

I Festival Nacional De MPB – O Brasil Canta No Rio (1968)

Para que esta sexta-feira não fique com cara de que foi em vão, resolvi incluir mais um álbum, que tenho (quase) certeza de que ainda não foi publicado em nehum outro blog. Espero que os amigos apreciem e também comentem.
Este é álbum oficial do I Festival Nacioanal de MPB – O Brasil canta no Rio – promovido pela TV Excelcior. Aqui estão reunidas as músicas que vieram a ser classificadas no festival, sendo “Modinha” de Sérgio Bittencourt a merecida vencedora. Esta música foi defendida pelo ‘papa-festivais’ Taiguara e depois disso veio a ser gravada por outros inúmeros cantores da MPB, se tornando um clássico desde então. Vale mais do que nunca conferir esta bolacha.
(esta eu peço que aguardem até amanhã, quando já terá saído do forno, ok?)

você passa eu acho graça – clara nunes
ultimatum – marcos valle e anamaria valle
a vez e a voz da paz – taiguara
presente de mãe d’agua – maria creuza
capoeira – joão dias
reza praiana – mary lauria e o grupo de ensaio
modinha – taiguara
berenice – beth carvalho
bloco do eu sozinho – marcos valle
salina – mary lauria e o grupo de ensaio
dia de alegria – pedrinho rodrigues
lema – mauro marcelo

5º Aniversário Sinter (1956)

No ritmo do dia, tenho agora o prazer de apresentar um disco extremamente raro e muito bom. Um álbum histórico e especial pelos seguintes motivos. Este foi o primeiro ‘long play’ de 12 polegadas lançado no Brasil. Um álbum comemorativo que contempla 16 faixas, em formato de coletânea, dos primeiros e principais artistas do selo Sinter. Este álbum celebra os cinco anos da data de lançamento do, também primeiro, disco de 10 polegadas no formato 33rpm, lançado pela Sinter em 1951 no Brasil. Conforme o texto na contra-capa, com o lançamento de “Carnaval em Long Play”, o Brasil se tornaria o primeiro país na América do Sul e o quarto em todo o mundo a fabricar micro-sulco. Como se não bastasse este LP reúne obras muito raras que dificilmente podemos encontrar por aí. Assim, aproveite a ocasião e faça a feira. O toque tá dado…

valsa de uma cidade – orquestra melódica lyrio panicali
aí, que saudades da amélia – ataulfo alves e suas pastorinhas
cai, cai… – radamés gnattali
olha o grude formado – almirante
luar do sertão – paulo tapajós
peixe vivo – vanja orico
aruanda – jorge fernandes
flôr de abacate – a velha guarda
capitão francisco sena sobrinho – a lyra de xopotó
adeus – ismael silva
risque – jacques klein
churrasca – eduardo patané
pois é – britinho
linda morena – lamartine babo
prenda minha – mario azevedo
essa negra fulô – jorge fernandes

Vitrine Odeon – Vários (1958)

Para esta noite de sábado estou trazendo mais algumas coisas raras e muito interessantes. Temos aqui um álbum promocional da Odeon. Uma coletânea com alguns de seus artistas num raro exemplar, onde são mostradas as qualidades da recém-chegada Hi-Fi (Alta Fidelidade) no Brasil. O disquinho tem de um lado faixas de alguns de seus discos com a nova tecnologia e do outro uma apresentação narrada por Aloysio de Oliveira, comparando e mostrando as vantagens desse sistema. No pacote vem incluído (como de praxe) os encartes e selo. A data deste álbum foi colocada com 1958, mas eu não posso garantir. Não encontrei nenhuma informação a esse respeito. Mas deve ser mesmo por aí…
Lado A
adeus maria fulô – léo peracchi & sua orquestra
chatanooga choo choo – aloysio de oliveira e seu bando da lua
rouxinol alegre – steve bernard e seu conjunto
X-9 – conjunto brasil sonoro
Lado B
uma breve história em alta fidelidade – aloysio de oliveira:
flor do mal
se você jurar
rato, rato…
aquarela do brasil

Solistas Populares (1957)

Na dobradinha da noite, aqui vai mais um disquinho bacana. Uma seleção da Odeon para seus artistas instrumentistas. Uma pequena coletânea para adoçar a boca, lançada possivelmente em 1957. Fazem parte deste lp os seguintes artistas e músicas na ordem das faixas:
Carolina Cardoso de Menezes (piano) – uma farra em campo grande
Roberto Ferri (solovox) – ho!
Mário Gennari Filho (acordeon) – baía com h
Portinho (sax alto) – folhas soltas
Garoto (banjo) – polquinha sapeca
Raul de Barros (trombone) – amanhecendo
Garoto (guitarra) – choro triste
Aimê Vereck (ocarina) – maquininha

Seleções Continental N.2 (1957)

Putz! Que vacilão! Eu estava com tanto sono ontem a noite que acabei trocando as bolas. Ao invés de publicar, acabei salvando o post do dia como rascunho. Só agora, quando recomeço a semana, é que estou me dar conta disso. Desculpem a falha 🙂

Para esta semana pretendo trazer alguns disquinhos bem interessantes, os memoráveis 33rpm de 10 polegadas. Recebi a colaboração de um bom amigo que se dispos a nos liberar alguns de sua fantástica coleção. Tenho certeza que vocês irão apreciar essas raridades.
Começo então, para manter o ritmo, com esta coletânea bacaninha. Uma seleção com alguns dos maiores nomes da gravadora Continental nas décadas de 40 e 50. Uma seleção criada pela gravadora no intúito, na época, de popularizar os novos disquinhos de 33 rotações. Estes vinham acompanhando cada suplemento de discos de 78 rotações. Temos assim o segundo volume, o Seleção n. 2, com 12 faixas escolhidas dentre as melhores que foram gravadas para cada um dos suplementos.

festa do samba – jorge goulart
bate o bife – bill farr & emilinha borba
geração da vitamina – os cariocas
ne parle pas de moi – dick farney e seu quarteto
vento soprando – doris monteiro
prece – helena de lima
the continental – severinho araújo & sua orquestra tabajara
bate papo a três vozes – radamés, luciano e vidal
aqueles olhos verdes – antonio bruno
insensato coração – emilinha borba
prova real – trio madrigal
chuvisco – dilermando reis

Velho Realejo (1973)

Olá meus caros amigos cultos e ocultos! Vocês não fazem idéia de como o meu domingo foi ‘puxado’. Muito trabalho e pouco tempo para o ócio e o meu lazer favorito, o blog (quando estou no computador). Só estou fazendo a postagem de hoje por honra da firma. Minhas palpebras só estão abertas a custo do guaraná e dois palitinhos que coloquei para mantê-las abertas (aprendi a técnica nos desenhos animados). Bom, mas vamos lá…
O disco da noite é mais um daqueles que você nunca mais terá o prazer de ouví-lo. Pelo menos no que depender de um relançamento. Duvido! Coletâneas nunca voltam. Por essas e por outras é que eu estou postando esta aqui. Uma coletânea muito interessante e rara, não apenas por ser de 1973, mas por conter uma seleção musical e artistas que já não vemos mais. Um disco com valsa, samba e choro. Um disco de intérpretes e canções que ficaram na memória. Mas eu não vou me extender no assunto, prefiro hoje me extender na cama. Deixo que vocês confiram e dêem a opinião. Vou dormir… Zzz….

velho realejo – luiz carlos clay
o baile da saudade – ítalo nascimento
mensagem – déa franco
meus vinte anos – rogério tadeu
jamais te esquecerei – gilberto montenegro
minha casa – silvo caldas
dia de festa – ítalo nascimento
meu romance – rogério tadeu
zingara – gilberto monternegro
um cabloco abandonado – silvio caldas
até as lágrimas – déa franco
arranha céu – carlos roberto

Paulo Vanzolini – Onze Sambas E Uma Capoeira (1967)

Esta semana está sendo ‘osso’, como dizem uns amigos meus. Osso duro de roer! Estou envolvido em um evento neste fim de semana que me tomou todo o dia. Fiquei esgotado e nem tive como tomar aquela tradicional cervejinha de sexta-feira. Com tantos compromissos durante o dia, agora só quero mesmo saber de uma cama. Mas antes disso, vamos para o post de hoje.
Diante à minha total falta de tempo, mais uma vez, vou puxar um disquinho de gaveta. Embora seja outro álbum já manjado e bem explorado em blogs, vou publicá-lo em nome da beleza, da qualidade musical e principalmente porque é um disco que eu gosto muito. Vamos nessa com um disco gravado e lançado pelo selo Marcus Pereira em 1967. Um álbum que dispensa apresentações, uma seleção de músicas de Paulo Vanzolini na interpretação de diversos artista.

Sem dúvidas, este lp é uma jóia que merece um toque musical.

samba erudito
amor de trapo e farrapo
chorava no meio da rua
juizo final
ronda
napoleão
capoeira do arnaldo
praça clóvis
cravo branco
morte e paz
leilão
volta por cima

Pasquim Apresenta MPB Independente (1982)

Olá amigos cultos-ocultos e outros de plantão!
Para hoje temos um disquinho muito interessante. Uma coletânea de artistas que se lançaram na então nova investida do disco independente, sem gravadora. Gente de peso como Caetano Veloso e Tom Jobim estão presentes (independentes?). Mas o lp tem mais peixe grande e coisas interessantes, com se pode ver na capa e na relação das faixas. Este disco é parte integrante do jornal “O Pasquim” e não foi lançado comercialmente (pelo menos diretamente). Quem comprou o jornalzinho levou disco. Assim, podemos dizer que se trata de um disco raro, que com toda certeza não voltará a ser publicado. Sua peculiaridade também está no fato de apresentar artistas e versões raras. Vale mais do que nunca dar uma conferida neste toque.

feito em casa – antonio adolfo
monsieur duchamp – aguilar e banda performática
nego dito – itamar assumpção
garotos da rua – sergio mello e o parassol
aguas de março – tom jobim
agnus sei – joão bosco
hoje eu acordei como sol – arnaldo baptista
sonora garoa – passoca
longos prazeres de amor – tetê espíndola
rock mary – paulinho boca de cantor
a volta da asa branca – caetano veloso
mucuripe – raimundo fagner

Carnaval Do Jeito Que O Povo Gosta (1980)

E aqui vamos nós com mais um disquinho de carnaval. Este também é muito bom, na mesma linha do álbum anterior, quase 20 anos depois. Seguindo a receita o lp reúne, literalmente, uma ‘trupe’ de artistas variados. Olhando assim rapidamente, fui tentando identificar o grupo da capa. Alguns eu até acertei de cara, outros só depois de conferir o verso. Mas veja só o que achei a primeira vista. Da esquerda para a direita: começa com o Chacrinha (óbvio!), Ana Maria Braga (não é a própria?), Ivan Lins (nos bons tempos), Emilinha Borba (usando Rexona), Bofélia (será?), o rei momo Edson Santana, Clóvis Bornay (esse tá na cara que é…), Lady Francisco (ô coroa boa!), o Carequinha! Logo em seguida o de cowboy, pensei que fosse o Beto Carreiro. E finalizando, fala a verdade, o cara que vem voando não é a cara do Jerry Lee Lewis? hehehe… Bom, esta foi apenas uma primeira impressão, não se deixem levar por ela. Aqui temos uma seleção bem bacaninha, que como a outra, também vale para o seu próximo carnaval. Agora, lança o perfume…

maria sapatão – chacrinha
pó de guaraná – noel carlos
índio brasileiro – jorge goulart
água não! chopp… – edson santana
pão duro – mauro rosas
bomba, bomba… – emilinha borba
tomando cuba-libre – emilinha borba
a mulher do padilha – esther tarcitano
eles querem me matar de fome – noel carlos
o beijoqueiro – paulo bob
palhaço solidão – clóvis bornay
greve das mulheres – lady francisco e carequinha
a vela – chacrinha

É Carnaval! É Carnaval! – Com Vários Artistas (1965)

“Carnaval não passa. É das poucas coisas que permanecem. Carnaval fica o ano inteiro, nem que seja para recordar os dias de folias. E de um ano para o outro, todos querem relembrar o carnaval que passou.”
O texto acima, tirado do verso deste disco, não poderia ser mais apropriado para eu justificar meu atraso quanto ao carnaval que passou. Essa é uma grande verdade… não importa se o carnaval passou… ele passa de novo… Mas sua música está sempre presente, viva. Está sempre passando durante todo o ano. Portanto, não importa se ela só chegou agora por aqui. Talvez, tanto melhor… quem sabe assim você começa ouvindo as músicas e quando chegar o próximo já vai estar afiadinho.
Neste disco temos alguns clássicos dos salões, reunidos na voz e interpretação de diversos artistas do cash da Copacabana. Marchinhas e sambas que entraram para a história do cancioneiro popular, não só durante o carnaval.

1- cachaça – colé e carmen costa
2- chora doutor – black out
3- peço a palavra – mário tupinambá
4- recordar – gilberto alves
5- cacho de banana – arrelia e pimentinha
6- fala mangueira – angela maria
7- garota enxuta – joão dias
8- me dá um dinheiro aí – moacir franco
9- rolei – angela maria
10- tem nêgo bêbo aí
11- vou gargalhar – jackson do pandeiro
12- muito bem – arrelia
13- maria escandalosa – black out
14- fanzoca de rádio – carequinha

Liberdade, liberdade… – Espetáculo Cénico-musical (1965)

Aproveitando a onda do “deixa que eu edito”, aqui vai mais um disco sem separação de faixas. Na verdade este é um álbum que não carece necessariamente de tal edição. Isto porque o espetáculo também não tem pausas. Assim, só faz sentido separar as faixas para facilitar a localização imediata de algum trecho. Este disco é o registro ao vivo do espetáculo cénico-musical, apresentado no Teatro de Arena de Copacabana em abril de 1965, com texto de Millôr Fernandes e direção de Flávio Rangel. O elenco era formado por Paulo Autran, Tereza Rachel, Nara Leão e Oduvaldo Vianna Filho, numa produção conjunta do Teatro Opinião e do Teatro de Arena de São Paulo. Em plena ditadura militar o musical, se é que podemos dizer assim, foi sucesso imediato, percorrendo várias cidades do país. No ano seguinte, diante a repercussão, os militares resolvem proibir sua apresentação.

“Muitos acharão que Liberdade, Liberdade é excessivamente circunstancial. O ato cultural muito submetido ao ato político. Para nós, essa é a sua principal qualidade. (…) Consciente de si, do seu mundo, [o artista brasileiro] marca a sua liberdade, inclusive, realizando obras que são necessárias só por um instante. E que, para serem boas, necessariamente terão que ser feitas para desaparecer; deixando na história não a obra, mas, a posição. (…) muitas vezes a circunstância é tão clara, tão imperiosa, que sobe à realidade (…). Afirmamos que nesse instante a realidade mais profunda é a própria circunstância – e nesse momento não ser circunstancial é não ser real”.
Trecho do manifesto do Grupo Opinião



Estas São Demais! – A Grande Parada De Sucessos (1966)

Eis aí uma seleção bacana, o que foi e ainda hoje é sucesso garantido, dos saudosos anos 60 (ô tempinho bão, sô!). Como podemos constatar, aqui temos um grupo de artista de primeira linha do cash da Philips. Como na postagem anterior, este é um disco com faixas bem conhecidas do público, através de seus originais. Normalmente não sou do tipo que gosta de coletâneas ou compilações. Contudo, este não deixa de ser um disco que merece destaque, por ser um mostruário de primeira. Bom, diante a uma capa como essa, não tomarei ao trabalho de listar as faixas. Tá na cara…