Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados! Tenho, infelizmente, uma triste notícia para todos. Vou noticiá-la primeiramente por aqui para ver até onde o escriba Augusto tem chegado, ou seja, quantos realmente estão lendo o que eu escrevo. A notícia não é boa, mas dependendo da repercussão, posso até achar que não foi tão mal assim. O negócio é o seguinte… ao chegar no fim deste mesmo de maio, o blog Toque Musical vai mesmo pendurar a chuteira. Isso porque, segundo a equipe do Blogger, a partir de junho todos os autores do blog, deverão assumir uma identidade verdadeira, Quer dizer, se eu quiser manter o TM, terei que obrigatoriamente revelar a minha verdadeira pessoa. Pelo menos para eles eu terei que deixar de ser o ‘misterioso baixinho black power’ e mostrar de vez a minha cara. Bom, eu sou feio, mas não sou bobo. Não vou entrar nessa e me expor de bandeja assim. Prefiro então que eles encerrem o blog. Preferia mesmo que fosse no final de junho, assim o Toque Musical estaria encerrando com chave de ouro, completando os seus 5 aninhos de existência e resistência. Talvez, dependendo do meu estado de espírito, eu continue levando o blog em frente, na versão desatualizada do concorrente, WordPress. Talvez até eu crie uma nova versão por lá, o que me dará menos trabalho do que ficar incluindo as postagens que faltam. É provável também que o WordPress acabe seguindo o mesmo caminho do Blogger e isso é que me desestimula. Sinceramente, se for rolar, fica aqui já o convite para o velório do Augusto TM. Assim sendo, aproveitem bem os últimos dias de Pompéia e rezem para que haja vida após a morte!
Mas enquanto isso, vamos dando os toques, até que a morte nos separe 🙁 Hoje é dia de artista/disco independente, porém o presente álbum não é exatamente um disco independente, foi apenas lançado por uma pequena editora, em 1965 e mais tarde, relançado pelo obscuro selo Hot, supostamente em 1970, que é a versão que eu apresento a vocês. Temos assim, Nelson Emmanuel Piló, um grande compositor e violonista, mineiro de ‘Belzonte’, que num passado agora distante era muito tocado nas rádios da capital mineira. Nos anos 50 ele se tranferiu para o Rio de Janeiro, indo trabalhar como arranjador na Rádio Nacional. Foi amigo de Dilermando Reis e segundo nos conta Fábio Zanon em seu programa pela Rádio Cultura FM, era Piló quem transcrevia para o papel as músicas do outro mestre. Dilermando, por sua vez chegou a gravar músicas de Piló. Nosso compositor e instrumentista mineiro também foi responsável pela transcrição e arranjos de obras de Ernesto Nazareth e Catulo da Paixão Cearense. Gravou também outros discos, álbuns hoje muito raros, conhecidos apenas por quem é do pinho. Voltou a Belo Horizonte onde foi professor de muita gente. Neste álbum, praticamente quase todo autoral, vamos encontrar uma pequena amostra das qualidades e da ténica desse grande artista. Pessoalmente, gosto muito da faixa 2, “Suspiro da negra”, música esta também gravada por Dilermando. Vamos conferir…
Nelson Piló – Seu Violão E Sua Arte (1970)
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saudades de aracaju
suspiro da negra
oração da tarde
relembrando o recife
dança da princesa
bossa nova internacional
márcia
bailado das estrelas
tema do conde de eden
dança dos astros