Nelson Piló – Seu Violão E Sua Arte (1970)

Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados! Tenho, infelizmente, uma triste notícia para todos. Vou noticiá-la primeiramente por aqui para ver até onde o escriba Augusto tem chegado, ou seja, quantos realmente estão lendo o que eu escrevo. A notícia não é boa, mas dependendo da repercussão, posso até achar que não foi tão mal assim. O negócio é o seguinte… ao chegar no fim deste mesmo de maio, o blog Toque Musical vai mesmo pendurar a chuteira. Isso porque, segundo a equipe do Blogger, a partir de junho todos os autores do blog, deverão assumir uma identidade verdadeira, Quer dizer, se eu quiser manter o TM, terei que obrigatoriamente revelar a minha verdadeira pessoa. Pelo menos para eles eu terei que deixar de ser o ‘misterioso baixinho black power’ e mostrar de vez a minha cara. Bom, eu sou feio, mas não sou bobo. Não vou entrar nessa e me expor de bandeja assim. Prefiro então que eles encerrem o blog. Preferia mesmo que fosse no final de junho, assim o Toque Musical estaria encerrando com chave de ouro, completando os seus 5 aninhos de existência e resistência. Talvez, dependendo do meu estado de espírito, eu continue levando o blog em frente, na versão desatualizada do concorrente, WordPress. Talvez até eu crie uma nova versão por lá, o que me dará menos trabalho do que ficar incluindo as postagens que faltam. É provável também que o WordPress acabe seguindo o mesmo caminho do Blogger e isso é que me desestimula. Sinceramente, se for rolar, fica aqui já o convite para o velório do Augusto TM. Assim sendo, aproveitem bem os últimos dias de Pompéia e rezem para que haja vida após a morte!
Mas enquanto isso, vamos dando os toques, até que a morte nos separe 🙁  Hoje é dia de artista/disco independente, porém o presente álbum não é exatamente um disco independente, foi apenas lançado por uma pequena editora, em 1965 e mais tarde, relançado pelo obscuro selo Hot, supostamente em 1970, que é a versão que eu apresento a vocês. Temos assim, Nelson Emmanuel Piló, um grande compositor e violonista, mineiro de ‘Belzonte’, que num passado agora distante era muito tocado nas rádios da capital mineira. Nos anos 50 ele se tranferiu para o Rio de Janeiro, indo trabalhar como arranjador na Rádio Nacional. Foi amigo de Dilermando Reis e segundo nos conta Fábio Zanon em seu programa pela Rádio Cultura FM, era Piló quem transcrevia para o papel as músicas do outro mestre. Dilermando, por sua vez chegou a gravar músicas de Piló. Nosso compositor e instrumentista mineiro também foi responsável pela transcrição e arranjos de obras de Ernesto Nazareth e Catulo da Paixão Cearense. Gravou também outros discos, álbuns hoje muito raros, conhecidos apenas por quem é do pinho. Voltou a Belo Horizonte onde foi professor de muita gente. Neste álbum, praticamente quase todo autoral, vamos encontrar uma pequena amostra das qualidades e da ténica desse grande artista. Pessoalmente, gosto muito da faixa 2, “Suspiro da negra”, música esta também gravada por Dilermando. Vamos conferir…

saudades de aracaju
suspiro da negra
oração da tarde
relembrando o recife
dança da princesa
bossa nova internacional
márcia
bailado das estrelas
tema do conde de eden
dança dos astros