Arquivo da categoria: Vinicius de Moraes
Elizeth Cardoso – Canção Do Amor Demais (1958)
Encontros (1975)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Celebrando os 11 anos do Toque Musical, hoje o presente é esse box lançado pela Philips em 1975 reunindo em três discos 33 registros de músicas onde seus artistas cantam em parceria. E como podemos ver pela capa, trata-se da fina flor da nossa então moderna música popular brasileira. Um box realmente imperdível.
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Nossa Filha Gabriela – Trilha Sonora Original (1972)
O Toque Musical prossegue seu ciclo dedicado às trilhas sonoras de telenovelas oferecendo mais uma raridade. O folhetim hoje posto em foco é “Nossa filha Gabriela”, da extinta TV Tupi, escrito por Ivany Ribeiro, dirigido por Carlos Zara (que também interpretou o personagem Tito) e levado ao ar, ainda em preto e branco, de primeiro de setembro de 1971 a 4 de março de 1972, totalizando 168 capítulos. E com um ótimo elenco, praticamente o mesmo da novela anterior de Ivany, “O meu pé de laranja lima” (adaptada de romance de José Mauro de Vasconcelos): Eva Wilma (então grande estrela da Tupi, no papel-título), Gianfrancesco Guarnieri (Giuliano), Ivan Mesquita (Candinho), Abrahão Farc (Romeu), Cláudio Corrêa e Castro (Napoleão), Lélia Abramo (Donana), Dênis Carvalho (Rodrigo), Geny Prado (ela mesma, a companheira de Mazzaropi no cinema, como Rosária), Bete Mendes (Rosana), etc. Na trama, Gabriela é a estrela de um teatro mambembe que chega a uma pacata cidade e muda o comportamento de seus habitantes. Três simpáticos velhinhos, Candinho, Romeu e Napoleão, disputam entre si a atenção de Gabriela. O que ela desconhece é que, no passado, os velhinhos haviam se casado com trigêmeas, uma delas era sua mãe e um deles, seu pai. Aí então, os três passam a disputar a paternidade de Gabriela, um mistério que permaneceria até o fim da trama. O resultado foi uma história simples e divertida, que, curiosamente, iria se chamar “A fazenda”! Sim, esse foi o primeiro título pensado para a novela, quando nem se imaginava que haveria um reality show com esse nome, tempos depois… Outra curiosidade é que Ivany Ribeiro escreveria, em 1986, um remake de “Nossa filha Gabriela”, produzido pela Globo, desta vez com o título de “Hipertensão”, e no qual o velhinho Napoleão foi interpretado pelo mesmo ator da versão original, Cláudio Corrêa e Castro. A trilha sonora de “Nossa filha Gabriela”, que o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos, foi composta e interpretada pela dupla Toquinho e Vinícius de Moraes, então fazendo enorme sucesso, e editada sob a chancela da Philips/Phonogram (selo Polydor). Quer dizer, garantia de música de qualidade e de felizes reminiscências para quem viveu essa época, e, por certo, agradável surpresa para a geração atual. Devidamente produzida por Cayon Gadia, e gravada em São Paulo nos Estúdios Reunidos, a trilha teve os arranjos e regências a cargo de outro “cobra”, José Briamonte. Abrindo o disco, a conhecidíssima “Sei lá, a vida tem sempre razão”, tema principal da novela, interpretada por coro feminino. Entre as quatro faixas que o Poetinha Vinícius interpreta solo, dois destaques imperdíveis: “A casa” e “O pato”, poemas infantis que Toquinho musicou, e que seriam mais tarde reaproveitados nos dois volumes da “Arca de Noé”, marcando gerações de crianças ao longo do tempo. Vinícius ainda canta “O céu é o meu chão” e a “Valsa para uma menininha”, além de interpretar “A casa” também em diálogo com Toquinho. Este se apresenta solo em “Modinha número 1” e “Amor em solidão”, e junto com uma certa Laís, canta “Ele e ela”. “O ceú é o meu chão” e “Modinha número 1” mereceram ainda versões instrumentais, também constantes deste disco. Completando o programa, outro tema exclusivamente instrumental, “Rosa desfolhada”. Tudo com o alto padrão técnico e artístico que sempre caracterizou as produções da Philips/Phonogram, fazendo da trilha sonora de “Nossa filha Gabriela” um produto simplesmente imperdível. É correr para o GTM, baixar e ouvir…
*Texto de Samuel Machado Filho
Vinicius de Moraes e Paulo Mendes Campos – Poesias Vol. 2 (1956)
Hoje, o Toque Musical oferece a seus amigos cultos, ocultos e associados um pouco da melhor poesia brasileira. Trata-se de um disco do selo Festa, de Irineu Garcia, jornalista, sonhador, boêmio e autêntico mecenas, que tantas contribuições deu à nossa cultura, inclusive na área musical, com LPs primorosos, tipo “Canção do amor demais”, obra-prima de Elizeth Cardoso, e “Por toda a minha vida”, de Lenita Bruno, ambos já oferecidos a vocês pelo TM. O álbum de hoje, gravado em 1956, é o segundo de uma série da Festa apresentando poetas brasileiros de renome, declamando de viva voz seus poemas. O primeiro volume foi com Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, e este segundo nos traz outros “cobras” do gênero: Vinícius de Moraes (Rio de Janeiro, 19/10/1913-idem, 9/7/1980) e Paulo Mendes Campos (Belo Horizonte, MG, 28/2/1922-Rio de Janeiro, 1/7/1991). Ressalte-se que, nessa época, era costume, no Brasil, lançar discos com recitais de poesia, e um deles, com o rádio-ator Floriano Faissal declamando poemas de Olavo Bilac, lançado em 1957 pela Musidisc, chegou a ser campeão absoluto de vendagem, o que fez a Odeon e a RGE também lançarem títulos explorando esse mercado. Nenhum selo, porém, foi tão dedicado à poesia quanto a Festa, que construiu um catálogo tão impressionante quanto numeroso nessa área. O poetinha Vinícius, claro, dispensa quaisquer apresentações. Neste trabalho, ele nos oferece sete verdadeiras obras-primas vindas de sua inspiração, entre elas os antológicos “Soneto de fidelidade”, “Pátria minha”, “Poética” e “Soneto de separação”. Quanto a Paulo Mendes Campos, creio que muitos o conheceram através das crônicas incluídas nos livros da série “Para gostar de ler”, da Editora Ática, verdadeiros “best-sellers” entre estudantes de ensino fundamental e médio nas décadas de 1970/80, e até hoje em catálogo. Paulo também foi poeta, e seus primeiros livros, por sinal, foram de poesias: “A palavra escrita” (1951) e “O domingo azul do mar” (1958). Aqui, ele declama seis poemas, e apenas um, o soneto “Despede teu pudor”, é de seu livro de estreia, sendo os demais apresentados pela primeira vez. Tudo isso, aliado ao padrão de qualidade da marca Festa, faz deste trabalho, assim como outros da série, um verdadeiro documento histórico, digno de ser apreciado por quem prestigia tudo que há de bom no rico e variado acervo da poesia brasileira. Pura sensibilidade!
soneto da felicidade
balada da moça do miramar
soneto de amor total
a morte de madrugada
soneto de separação
pátria minha
poética
infância
o homem da cidade
pesquisa
despede teu pudor
poema didático
if
* Texto de Samuel Machado Filho
Vinícius: Poesia E Canção Vol. 2 (1966)
Olá amigos cultos e ocultos! Hoje, dia 13 de dezembro, fazem 50 anos que aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo o encontro da poesia e da canção de Vinícius de Moraes. Foi uma noite de gala onde estiveram presentes grandes nomes da música como Baden Powell, Carlos Lyra, Cyro Monteiro, Edu Lobo, Elizeth Cardoso, Francis Hime, Pixinguinha e (claro) Vinicius de Moraes. A apresentação foi feita pela filha do poeta, Suzana de Moraes e contou também com a participação do ator Paulo Autran que recitou alguns de seus poemas. Este show teve um registro a altura, gerando ao final dois lps, produzidos por Roberto Quartin e seu selo Forma. Os discos foram lançados no ano seguinte. Acredito que na época não era muito comum álbuns duplos, daí os dois discos saíram separadamente. Muito por conta disso eu começo pelo segundo volume, que é o que eu tenho. O certo seria postar primeiro o volume 1, mas esse eu vou ficar devendo. Quem sabe no ano que vem, quando então o disco completa 51 anos (uma boa ideia!). Mas antes disso, se for o caso, eu irei postar o que falta, não se preocupem…. Por enquanto, vamos só celebrar e comemorar a poesia e a canção de Vinícius de Moraes.
Elizeth Cardoso – Elizeth Interpreta Vinícius (1963)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Vamos nesta manhã de sexta feira trazendo um clássico da mpb. Temos aqui a grande Elizeth Cardoso interpretando músicas de Vinícius de Moraes e seus parceiros, em disco original lançado pela Copacabana em 1963. Embora o disco não traga nenhuma informação técnico-artística se sabe que essas gravações contaram com a regência e arranjos do maestro Moacir Santos, com participações de Baden Powell, Vadico, Nilo Queiroz e o próprio Vinicius de Moraes.
Este lp voltaria (claro!) a ser reeditado no final dos anos 60 com uma outra capa e posteriormente em versão cd, até chegar no mp3, versão a qual os amigos já podem desfrutar não é de hoje, O Toque Musical só veio para colaborar nesse compartilhamento 😉
Vários – Levanta A Poeira (1977)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Unindo o útil ao agradável (ou coisa assim), aqui venho eu trazendo para vocês a postagem desta sexta feira. Digo isso, poque estou postando hoje um disco de doação, feito pelo amigo Fáres, que gentilmente nos ofertou e eu, como prometido, fiquei de digitalizar o lp para ele. Nessas horas, todos saem ganhado. Até porque, o disco de hoje é uma interessante coletânea, com algumas faixas que vale a pena relembrar. “Levanta a poeira” foi lançado em 1977, trata-se de uma coletânea daquelas tipo ‘salada mista’, onde a gravadora junta um pouco de tudo aquilo que tem de sucesso e faz isso, um mexidão. Como podemos ver aqui, temos uma relação de músicas e artistas bem diferentes entre si, embora todos rezem da mesma missa, a música popular brasileira. Temos Geraldo Vandré, Helena de Lima, Toquinho & Vinícius, Maria Creuza e entre esses, outros nomes como Mutinho, Luiz Carlos, Clovis de Lima, Beto Scala, Diomedes e Mauro Silva, artistas que com seus fonogramas complementam esta curiosa produção. Gosto de coletâneas como esta, confusas e mal trabalhadas. Sempre rola algo que estava me faltando ouvir.
No mesmo ano de 1977 a Som Livre também lançou um disco (de samba) como título bem parecido, “Levanta Poeira”, o qual, também já foi postado aqui no Toque Musical. Pensei até que fosse continuação da saga…
Toquinho, Vinícius & Amigos (1973)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Contrariando as expectativas, por aqui, realmente, não vai ter Copa! Não adianta nem pedir ajuda à Fifa, ao Lula ou à Dilma. Adoro futebol, mas aqui ninguém é idiota. Vai que o Joseph Blatter e sua gang resolvem começar a fazer exigências… querer deixar isso aqui parecido com o Loronix, tudo em inglês, texto perfeito padrão Fifa… sem chance! Aqui, faço eu!
Vamos então rodando o nosso disco do dia. Vamos com este célebre lp de Toquinho & Vinícius lançado pela RGE/Fermata em 1973. Um álbum cheio de convidados, como se pode ver logo pela capa: Chico Buarque, Maria Bethania, Maria Creuza, o italiano Sergio Endrigo e Ciro Monteiro, que aparece aqui em suas últimas gravações.
Garota De Ipanema – Trilha Original Do Fime (1967)
Também perdemos o cineasta, num caso trágico, o cineasta Eduardo Coutinho. Fiquei pasmo com o caso. A vida imitando a ficção… loucura!
Acho que meio por conta do Cinema’ foi que hoje eu decidi então postar este disco, a trilha sonora do filme “Garota de Ipanema”, de Leon Hirszman. ‘Para me facilitar e também abrilhantar nossa postagem, vou pegando emprestado o texto escrito por Fernando Zamith em 2011 sobre o filme:
Baden Powell & Vinícius De Moraes – Os Afro-Sambas (1966)
Olá amigos cultos e ocultos! Ontem recebi duras, porém importantes, críticas de um amigo sobre o que eu escrevo e como escrevo as coisas aqui no Toque Musical. Realmente, os textos das minhas postagens trazem sempre muitos erros, sejam lá de ortografia, concordâncias, ou mesmo de caráter histórico e informativo. Há, sem dúvida, muita coisa errada por aqui (e vai além, hehehe…), mas mesmo assim eu insisto, teimoso como um burro, vou tocando sozinho esse meu ‘mal hábito’. E o mais curioso de tudo isso é que mesmo sendo assim como sou, como é o Toque Musical, tem por aí muita gente que nos copia, que seguem uma ‘linha’ semelhante. Eu já disse isso, o TM faz escola! 😉
Em homenagem ao meu amigo crítico e também a todos os outros cultos e ocultos, eu hoje trago este álbum, um clássico que despensa maiores apresentaçoes. Aliás, melhor apresentação que o texto do próprio autor, ainda mais sendo ele Vinícius de Moraes, não poderia haver. “Os Afro-sambas” é um disco dos mais importantes da MPB, lançado através do selo Forma, de Roberto Quartin, em 1966. Produzido de maneira livre, sem se prender a questões e padrões comerciais, o disco traz apenas oito músicas, mas que são a continuidade de um trabalho que a dupla iniciou quatro anos antes, quando ‘se conheceram’, vamos dizer assim. Um trabalho excepcional, que mesmo nunca esquecido, não poderia deixar de ser lembrado aqui. Há ‘medalhões’ que a gente precisa sempre cultuar, não é verdade?
Vinícius De Moraes – Poesias (1959)
Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Como as nossas postagens não seguem mais aquele obsessivo ritmo diário, posso me desculpar por só estar celebrando os 100 anos de Vinícius agora, um dia depois. Acho que tudo bem, não é mesmo? Afinal, uma figura como Vinícius de Moraes e em seu centenário, merece comemoração por pelo menos uma semana! O Toque Musical não poderia deixar esse momento passar em branco. Como a obra do Poetinha já está prá de bem divulgada, fica difícíl achar alguma coisa diferente, rara, como cabe ao TM. Acabei optando por este álbum de poesias, lançado em 1959, pelo selo Festa, que muito se dedicou a promover a poesia brasileira. Neste pequeno lp de 10 polegadas vamos encontrar cinco de seus mais famosos poemas e, claro, recitado pelo próprio autor.
Parabéns, Vinícius! Que seja eterno por toda a vida 🙂
Seleção 72 (1972)
Olá amigos cultos e ocultos, do Brasil e do mundo! A Copa está começando e eu nem me preparei devidamente para acompanhá-la aqui no Toque Musical. Eu bem que poderia ter separado alguns discos relacionados ao futebol e ao Campeonato Mundial, mas sinceramente, estou com preguiça. Preguiça de futebol e dessa seleção brasileira. Vou torcer, é claro, pelo meu Brasil, mas com o mesmo tesão que tenho torcido pelo meu glorioso Galo. Digo glorioso porque um dia ele já foi para mim. Porém, o futebol já não é mais o mesmo. Hoje em dia não temos mais jogadores e craques. O que existe são profissionais do futebol. Uns jogam bem, outros são estrelas, mas muito poucos são mesmo bons de bola. Aliás, o que se vê hoje é apenas um espetáculo. O show não pode parar. Tô com o Dunga, mas prefiro mais a Branca de Neve, essa pelo menos se dá bem no final da estória.
De qualquer forma, apenas para celebrar uma tradição, vou postar aqui alguma coisa que pelo menos lembre o futebol. Na falta de tempo e do tesão, vou postando aqui algo que sobre esse assunto só se vê na capa. Temos aqui um disco promocional do Grupo Microlite, detentores das marcas Ray-O-Vac, Saturnia e Lipasa. Nem sei se essas famosas marcas do passado ainda existem. A da pilha sim, até comprei umas alcalinas um dia desses.
O certo é que este disco promocional, feito pela Fermata, traz doze faixas mistas, contendo músicas de artistas brasileiros, trilhas de filmes, jazz e alguns outros temas internacionais, como podemos conferir logo a baixo. Dos artistas brasileiros, todas as faixas fazem parte de discos já bem conhecidos e baixados no universo musical dos blogs. Os temas internacionais também são bem populares e bastante agradáveis. A “Seleção 72”, embora não tenha ido à Copa, tem uma bola cheia no gramado, esperando o artilheiro que possa fazer um gol. Vai nessa que a parada é da boa! 🙂
Vinicius de Moraes – Nossa Filha Gabriela (1972)
Olá amigos cultos e ocultos! O tempo anda curto, mas o Toque Musical não pode parar. Ainda limpando a gaveta, tenho outro disco que sempre ficou esperando oportunidade. Temos aqui mais uma das boas trilhas de novela feita pela dupla Toquinho e Vinícius. “Nossa Filha Gabriela” foi uma novela da extinta TV Tupi, dirigida por Carlos Zara e que foi ao ar em 1971. Foi a primeira vez que uma telenovela recebeu um tratamento musical como este, com uma trilha exclusiva, como no cinema. Depois dessa experiência a dupla viria a fazer mais sucesso em novas músicas destinadas à teledramaturgia, como “O Bem Amado” e “Fogo Sobre a Terra”. Este disco tem também como destaque Vinicius cantando. Acho que depois das experiências em diversos shows e no Circuito Universitário, o poeta resolveu soltar um pouco mais a voz.
Vinicius de Moraes – Eterno Retorno (1986)
Eis que chegamos ao final de 2009. Apesar de vários pesares, eu não posso reclamar e dizer que foi um ano ruim. Teve chuva e teve sol, alegrias e tristezas. Mas a vida é isso, uma sequência ao acaso num caso sempre sequente. Entre tantas coisas que nos deixam para baixo, tivemos por aqui e diariamente, a música e as boas lembranças para nos por para cima. Um alento em dias tão tumultuados. Estar a frente deste blog tem sido para mim, uma terapia, um exercício de cultura musical, de relacionamento e principalmente um grande prazer. O que eu ganho em contrapartida ao apresentar diariamente uma nova postagem é mesmo a satisfação, alguns bons amigos cultos e outros ocultos. Um relacionamento agradável com pessoas com as mesmas afinidades. Isso é prazer 🙂
Vinicius de Moraes – Vinicius (1967)
Bom dia companheiros cultos e ocultos (tá vendo, mudei!). Hoje meu dia vai estar cheio e o tempo está curto. Não tive nem tempo para preparar o que pensava ser a postagem do dia. Na verdade, minha intenção era fazer desta uma semana temática, voltada para nossas cantoras. Mas não houve jeito de planejar a tempo. Eu não trouxe nossas divas, mas para não ficarmos longe disso, teremos o prazer da companhia de quem sempre soube cantar as mulheres (em duplo e bom sentido), o poetão (porque poetinha é muito pouco) Vinicius de Moraes. Este álbum não é mais nenhuma novidade-raridade, pois já foi bem explorado em outros blogs e também já foi relançado em cd através da coleção “Com dizia o poeta”, uma caixa com toda a discografia de Vinicius. Sobre o disco, lançado em 1967 pelo selo Elenco de Aloysio de Oliveira, também não há muito o que se falar além do que já é notório. Dispensa maiores apresentações. Mesmo porquê, como disse, meu tempo está limitadíssimo. Fica aqui o toque do dia, retirado emergencialmente da gaveta, para não perdermos o bonde. Por falar em bonde, deixa eu pegar o meu. Até amanhã!
Deus Lhe Pague – TSO (1976)
Bom dia, meus prezados amigos cultos e ocultos! Vamos nós começando a semana, trazendo sempre uma rara novidade ou uma grata lembrança, para alegar nossas vidas.
Joao, Tom, Vinicius & Os Cariocas – Um Encontro No Au Bon Gourmet (1962) REPOST
02. Samba de uma Nota Só (Antonio C. Jobim/Newton Mendonça)
03. Corcovado (Antonio Carlos Jobim)
04. Samba da Bênção (Baden Powell/Vinicius de Moraes)
05. Amor em Paz (Antonio Carlos Jobim/Vinicius de Moraes)
06. Bossa Nova e Bossa Velha (Miguel Gustavo)
07. Samba do Avião (Antonio Carlos Jobim)
08. O Astronauta (Baden Powell/Vinicius de Moraes)
09. Samba da Minha Terra (Dorival Caymmi)
10. Insensatez (Antonio Carlos Jobim/Vinicius de Moraes)
11. Garota de Ipanema (Antonio C. Jobim/V. de Moraes)
12. Devagar com a louça (Haroldo Barbosa/Luiz Reis)
13. Só Danço Samba (Antonio Carlos Jobim/Vinicius de Moraes)
14. Garota de Ipanema /Só Danço Samba / Se Todos Fossem Iguais a Você (Jobim/Vinicius) Todos juntos
Jesus Cristo Super Star (1972)
Orfeu Da Conceição – Tom Jobim E Vinicius De Moraes (1956)
Bom dia, boa tarde, boa noite… Começando a ‘segundona’ bem animado, lá vou eu preparando as postagens da semana. Como os cantores da velha guarda sempre fazem muito sucesso por aqui, vou continuar resgatando mais alguns. Porém, para que eu também não me canse de bater nas mesmas teclas, vou alternar as postagens, mesclando entre os ‘gogós de ouro’ alguns musicais e trilhas que gentilmente me foram cedidos pelo autor do blog Trilha Sonora Original. Como ele anda sem tempo para postar suas trilhas, me enviou algumas aqui para a nossa salada mista.
Começo então com “Orfeu da Conceição”, peça escrita originalmente em 1942 por Vinícius de Moraes e musicada em parceria por Tom Jobim para a montagem de estréia em 1956. Este foi o primeiro trabalho de parceria entre os dois. Não vou entrar em detalhes, deixo que vocês os descubram no texto de contracapa, escrito pelo próprio Vinícius.
O disco, lançado também em 56, nos traz a Orquestra Odeon, composta por 35 músicos, regidos por Tom Jobim, o excepcional violonista Luiz Bonfá e o cantor Roberto Paiva. Para completar, temos Vinícius declamando o monólogo de Orfeu. Ilustrando tudo isso, temos ainda a belíssima capa, trabalho de autoria do artista plástico, o pintor Raimundo Nogueira. Sem dúvida, um disquinho maravilhoso. Confiram direito esse toque!
Toquinho & Vinicius – São Demais Os Perigos Desta Vida… (1972)
Então está aí… “São demais os perigos desta vida”, um álbum maravilhoso que sela (formalmente) a parceria de Vinicius de Moraes com Toquinho. Foi o segundo disco da dupla e é nele que encontramos as seguintes composições:
Apoteose – O Show Dos Shows (1991)
Sobre este disco não é preciso falar muito, tá na capa! Uma seleção de artistas de primeira linha que passaram pela RGE. É isso aí… a gravadora se mantém com nomes de peso. Nada como uma coletânea, reunindo o que de melhor o selo ofereceu ao longo dos tempos. Neste, lançado somente em vinil e cassete (lembra da fitinha?), temos apresentações ao vivo de shows e festivais, realizados em 1964 e 65. Faixas retiradas de outros álbuns da gravadora.
Vinicius – Testamento (1980)
Vamos à bobagem do dia (o texto, claro!). Trazendo hoje uma coletânea musical de Vinícius. Lançado pela RGE em 1980, este é um álbum póstumo, que reúne alguns de seus melhores momentos na gravadora. Registros históricos do encontro do “poetinha” com Maria Bethânia, Marilia Medalha, Maria Creuza e seu eterno parceiro Toquinho. O disco é muito bom, pena não ser álbum duplo.
Vinicius De Moraes – Vinicius Poesias (1981)
O Encontro No Au Bon Gourmet (1962)
Aproveitando um tempinho livre, resolvi criar uma capinha para este registro histórico e raro. Uma maneira de dar cara (pelo menos aqui no TM) ao que poderia ter sido um disco. Aliás um grande disco! Para os que ainda não sabem, ou ainda não o viram (e ouviram) no Loronix, eis aqui uma outra alternativa de conhecer essas gravações. Trata-se de um show, uma temporada no restaurante Au Bon Gourmet, onde se encontraram as ilustres figuras de Tom Jobim, Vinícius de Moraes, João Gilberto e o grupo Os Cariocas. Realmente um encontro e tanto, que ainda contou com a presença na ‘cozinha’ de Milton Banana na bateria e Otávio Bailly no contra-baixo. Sob a direção musical de Aloysio de Oliveira, o show foi uma espécie de batismo, a primeira apresentação em público de canções que em pouco tempo se tornariam clássicos, como “Garota de Ipanema”, “Samba do avião”, “Samba da benção” e “Só danço samba”. Há também outros momentos memoráveis nessas gravações, que embora um pouco precárias, possuem um valor inestimável. Vamos ao toque…
10 Anos Sem Vinicius – Vinicius & Amigos
Vinicius de Moraes – Poesia e Cancao Vol.1 e 2 (1966)
Música e poesia sempre andaram juntas. Elas se completam e fazem nascer a canção. Não é atoa que o Toque Musical vem trazendo já a alguns dias álbuns de poesia. Mas é preciso intercalar a fala com a música. Dessa forma, acho interessante postar discos como este, onde a poesia e a música se encontram verdadeiramente. Aqui temos numa só postagem dois discos, dois volumes que também considero básico em toda boa discoteca de mpb. Estes discos registram um tremendo show que aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo, em dezembro de 1966, homenageando o poetinha Vinicius de Moraes. Participaram do tributo Carlos Lyra, Edu Lobo, Baden Powell, Ciro Monteiro, Francis Hime, Elizeth Cardoso, entre outros… Teve também a Orquestra Sinfonica de São Paulo e o quarteto formado pelas feras Cesar Camargo Mariano, Milton Banana, Azeitona e Copinha. Será que precisa falar mais? Imperdível!
Volume 1
01 – Abertura “Vinicilana” (Guerra Peixe) – Orquestra Sinfonica de Sao Paulo – Samba da Bênção (Baden Powell / Vinicius de Moraes) – Vinicius de Moraes / Coro
02 – A Bênção Francis Hime (Vinicius de Moraes) Texto – Paulo Autran – Saudade de Amar (Francis Hime / Vinicius de Moraes) – Francis Hime
03 – A Bênção Edu Lobo (Vinicius de Moraes) Texto – Suzana de Morais – Arrastão (Edu Lobo / Vinicius de Moraes) – Edu Lobo
04 – A Bênção Baden (Vinicius de Moraes) Texto – Paulo Autran – Berimbau (Baden Powell / Vinicius de Moraes) – Baden Powell
05 – A Bênção Carlos Lyra (Vinicius de Moraes) Texto – Suzana de Morais – Marcha da Quarta-feira de Cinzas (Carlos Lyra / Vinicius de Moraes) – Carlos Lyra
06 – A Bênção Antônio Carlos Jobim (Vinicius de Moraes) Texto – Paulo Autran – Lamento no Morro (Tom Jobim / Vinicius de Moraes) – Cyro Monteiro
07 – A Bênção Ari Barroso (Vinicius de Moraes) Texto – Vinicius de Moraes / Paulo Autran / Suzana de Morais
08 – A Bênção J S Bach (Vinicius de Moraes) Texto – Paulo Autran – Jesus Alegria dos Homens (Johann Sebastian Bach) – Vinicius de Moraes / Baden Powell / Coro
09 – Poética I e II (Vinicius de Moraes) Poesia
10 – Tempo Feliz (Baden Powell / Vinicius de Moraes) – Cyro Monteiro
11 – Soneto da Separação (Vinicius de Moraes) Poesia – Paulo Autran
12 – Canção do Amanhecer (Edu Lobo / Vinicius de Moraes) – Edu Lobo e Orquestra
13 – A Brusca Poesia da Mulher Amada (Vinicius de Moraes) Poesia
14 – Texto Sobre “Pobre Menina Rica” (Otto Lara Resende) Texto – Suzana de Morais
15 – Primavera (Carlos Lyra / Vinicius de Moraes) – Carlos Lyra e Orquestra
16 – Canto de Ossanha (Baden Powell / Vinicius de Moraes) – Vinicius de Moraes / Baden Powell / Coro
Volume 2
01 – Abertura II (Guerra Peixe) – Orquestra Sinfonica de Sao Paulo
02 – Zambi (Edu Lobo / Vinicius de Moraes) – Edu Lobo
03 – Pedro Meu Filho (Vinicius de Moraes) – Vinicius de Moraes / Coro – texto
04 – Sem Mais Adeus (Francis Hime / Vinicius de Moraes) – Francis Hime, Orquestra e Coro
05 – Soneto da Fidelidade (Vinicius de Moraes) Poesia – Suzana de Morais
06 – Minha Namorada (Carlos Lyra / Vinicius de Moraes) – Carlos Lyra e Orquestra
07 – A Bênção Pixinguinha (Vinicius de Moraes) Texto – Lamento (Pixinguinha / Vinicius de Moraes) – Cyro Monteiro
08 – Eurídice (Vinicius de Moraes) – Baden Powell e Orquestra
09 – Monólogo de Orfeu (Vinicius de Moraes) Poesia – with Elizeth Cardoso
10 – Vinicius Poeta do Encontro (Otto Lara Resende) Texto – Vinicius de Moraes / Suzana de Morais / Paulo Autran – Se Todos Fossem Iguais a Você (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
Vinicius De Moraes, Clara Nunes E Toquinho – Poeta, Moça E Violão – A Historia Dos Shows Inesqueciveis (1973)
Este é mais um disco que merece a nossa atenção. Um álbum triplo com o registro de um show de Clara Nunes, Vinícius de Moraes e Toquinho. O espetáculo entitulado “Poeta, moça e violão”, aconteceu no Teatro Castro Alves, de Salvador, em 1973. No show, obviamente, há um pouco dos três, mas principalmente a poesia de Vinicius. Um disco imperdível!
Amália Rodrigues & Vinícius de Moraes – Amália / Vinicius (1978)
LP gravado em Lisboa em 1970 e relançado no Brasil em 78. Este é um disco curioso. Traz o registro de uma sarau, uma festa na casa de Amália Rodrigues em homenagem ao poeta Vinicius de Moraes. No álbum temos poesias, fados e a música brasileira. Segundo contam, esta gravação foi feita sem que (aparentemente) ninguém soubesse. O microfone foi escondido dentro de um vaso de flores. A famosa gravação pirata portuguesa. Por sorte alguém lembrou de tirar a água antes do microfone :))) (brincadeirinha). Mas o fato é que este disco nunca chegou a ser relançado no Brasil em formato cd. Também, nessa altura do campeonato, relançar este álbum em cd é chover no molhado. Mesmo assim eu não duvido que algum selo queira relançar este trabalho, afinal é um disco dos mais interessantes. Enquanto ninguém se habilita, a gente aqui toma as providências…