Quem Samba Fica? – Fica. (1974)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Olha só o que temos para hoje… Um autêntico disco de samba e da melhor qualidade. Reunindo cinco grandes nomes do samba carioca: Dona Ivone Lara, Sidney da Conceição, Flávio Moreira, Wilson Moreira e Casquinha. Um arranjo idealizado pelo produtor Adelzon Alves, que escalou os cinco sambistas e também João Donato, que havia recentemente voltado dos Estados Unidos, para cuidar da orquestração e regência ao lado do maestro Gaya. Em 1971 Adelozon produziu o que foi o primeiro volume, disco com o mesmo título e também lançado pela Odeon. Como podemos ver, trata-se de um disco trabalhado, pensado, onde seus produtores procuram captar a verdadeira essência do samba carioca através de seus verdadeiros representantes. A ilustração da capa é uma pintura de Sidney da Conceição, um sambista assim como Heitor dos Prazeres que se dedicava a pintura.  Está aí um disco bem a cima da média e hoje uma raridade, que não pode passar batido. Confira no GTM…

tyê – dona ivone lara
o sonho do escurinho – casquinha
construção de barracão – sidney da conceição
o cansaço da cabrocha – flávio moreira
meu apelo – wilson moreira
mel e mamão com açucar – wilson moreira
outro recado – casquinha
nanaê, nanã, naiana – sidney da conceição
samba e madrugada – flávio moreira
agradeço a deus – dona ivone lara



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Dona Ivone Lara – Sorriso Negro (1981)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Como já deve ter dado para perceber temos agora mais uma opção/alternativa de link no GTM para nossas postagens. Ativei a conta do Mediafire, ainda em fase de teste. Vamos ver como ele se comporta.
E aqui temos hoje Dona Ivone Lara, uma das importantes figuras femininas do samba carioca. Cantora, compositora e instrumentista. Foi a primeira mulher a integrar a ala de compositores de uma escola de samba. Iniciou na música e mais exatamente no samba ainda mocinha, lá pela década de 40, mas seu nome começou mesmo a se destacar a partir dos anos 60 quando passa a integrar a Escola de Samba Império Serrano. Compôs muitos sambas, sempre ligada ao espírito carnavalesco, participou de inúmeras rodas de samba e passou a ser mais conhecida quando fez parte das rodas de samba no Teatro Opinião. Porém, foi na década de 70 que ela adota o nome artístico de Dona Ivone Lara e passa a atuar profissionalmente, fazendo show e participando de diversas gravações. “Sorriso Negro” foi seu terceiro álbum solo. Um disco produzido pelo Sérgio Cabral (o pai!) e arranjos e regências de Rosinha de Valença e também de Hélvius Vilela. Conta com as participações especial de Jorge Benjor e Maria Bethânia, além de outros músicos e sambistas de renome. O repertório é praticamente todo autoral, lembrando que muitas dessas músicas são em parceria com outros compositores. Ela geralmente era a compositora das músicas enquanto os parceiros, de letras. Neste disco temos, inclusive, a regravação de seu primeiro samba enredo, “Os cinco bailes da história do Rio”, uma parceria dela com Silas de Oliveira e Bacalhau. Penso ser este um dos seus melhores discos e convido os amigos para o ouvirem também. Confira o link no GTM.
 
a sereia guiomar
de braços com a felicidade
alguém em avisou
unhas
me deixa ficar
nunca mais
sorriso negro
adeus de um poeta
os cinco bailes da história do rio
meu fim de carnaval não foi tão ruim
tendência
axé de ianga (pai maior)
 

 

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Noitada De Samba (1978)

Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Tenho hoje para vocês uma ‘Noitada de Samba’. Vamos hoje com um disco que certamente passou batido  para muita gente. Coisa fina, coisa rara…
Em 1971 nascia a ideia da Noitada de Samba, um projeto musical criado por Jorge Coutinho e Leonides Bayer. Um encontro de grandes artistas da música popular brasileira que aconteceu no Teatro Opinião por mais de uma década! A Noitada de Samba surgiu em plena ditadura, sendo um foco de resistência, onde os artistas buscavam através de suas músicas expressar seus sentimentos de oposição ao regime militar. O Teatro Opinião foi palco de um espetáculo musical de samba, do artista popular, compositor e intérprete carioca. Um espetáculo que acontecia todas as segundas feiras. Pela noitada passaram dezenas de artistas, grandes nomes do samba como Adelzon Alvea, Ademildes Fonseca, Alcione, Aluisio Machado, Arlindo Cruz, Baianinho, Beth Carvalho, Carlos Lyra, Dona Ivone lara, Leci Brandão, Roberto Ribeiro, Monarco, Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, João Nogueira, Martinho da Vila e tantos outros que nem dá para listar. Não somente os sambistas, mas artistas em geral, tinham no Teatro Opinião im dos poucos espaços de expressão. Foram 617 espetáculos ao longo de 13 anos. A Noitada de Samba durou até 1984, Recentemente virou um documentário, dirigido por Cely Leal, (preciso assistir!).
Este disco, um álbum histórico, reúne um pouco do que do que foi a Noitada de Samba, trazendo registros de Clara Nunes, Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, Odete Amaral, Xangô da Mangueira e muitos outros. É uma pena que seja um disco simples. Considerando o tempo que esse projeto durou, a centena de artistas que participaram e certamente as infinitas horas de gravação, poderiam ter gerado, no mínimo um álbum duplo. Mas é compreensível, tem sempre aquela questão dos direitos autorais, contratos de exclusividade e tantos outros obstáculos nesse grande negócio que foi o mundo da música.

seca do nordeste – clara nunes
tom maior – conjunto nosso samba
em cada canto uma esperança – dona ivone lara
tempos idos – odete amaral e cartola
ao amanhecer – cartola
estrela de madureira – roberto ribeiro
folhas caídas – odete amaral
eu e as flores – nelson cavaquinho
jurar com lágrimas – paulinho da viola
moro na roça – clementina de jesus
meu canto de paz – joão nogueira
verdade aparente – gisa nogueira
ah, se ela voltasse – baianinho
isso não são horas – xangô de mangueira
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Vários – Mário Lago – Nada Além (1991)

Bom dia, caríssimos amigos cultos e ocultos! Aproveitando que estou digitalizando alguns discos para um amigo, seperei este aqui para a postagem de hoje. Trata-se de um encontro com uma dezena de artistas homenageando o compositor, ator e radialista Mário Lago. Estão reunidas aqui algumas de suas mais marcantes composições e parcerias. O disco é bem interessante, pois nos traz uma boa variedade de artistas e interpretações exclusivas. Eu bem que podia ter deixado para fazer esta postagem na semana que vem, especialmente no dia 26, data de aniversário do artista. Se estivesse vivo estaria completando 102 anos! Mas eu como sou muito esquecido, iria acabar nem lembrando. Assim, me adianto nesta homenagem. Fica aqui a nossa lembrança.

quem chegou já tá
a onda
salve a preguiça, meu pai
atire a primeira pedra
ai, que saudade da amélia
aurora
nada além
ficarás
fracasso
faz de conta
faz como eu
dá-me tuas mãos
número um
caluda, tamborins
rua sem sol
fazer um céu
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Aniceto do Império – Partido Alto Nota 10 (1984)

Vou aproveitar o fim de semana para atender aos pedidos. Ontem foi a coletânea de compactos da RCA, hoje vamos com o Aniceto do Império e seus convidados. Depois de haver postado aqui o raro lp “O Partido Alto de Aniceto e Campolino“, alguns de nossos frequentadores pediram mais. Daí, vamos como este “Partido Alto Nota 10”, um álbum lançado pela CID em 1984, hoje tão raro quanto o primeiro e como o outro, um discaço! Temos aqui Aniceto muito bem acompanhado pela nata da música negra e do samba. Não precisa nem repetir nomes, tá na capa! Não devemos também esquecer da cozinha que traz José Menezes na viola, violão e cavaquinho, a turma do Conjunto Nosso Samba e o grupo vocal As Gatas.
Taí, um disco nota 10 para um domingo ensolarado (pelo menos para as bandas de cá). Agora é mandar descer a cerveja, os tira gostos e aumentar o volume do som. “Quem fugir dos preceitos vai ficar ‘enquizilado’ e ‘quizila’ de Aniceto não sai com engambelo”.

partido alto
desaforo
é fogo
chega devagar
difícil
ginga de yayá
quando louvar partideiro
enterevista
és partideiro?
quem é teu pai
mulher na presidência
dona maria luiza