João Petra De Barros – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 106 (2014)

Já estamos na centésima-sexta edição do Grand Record Brazil, o “braço de cera” do Toque Musical.  E prosseguimos esta brilhante e vitoriosa trajetória focalizando mais um grande nome da era de ouro de nossa música popular, cujo centenário de nascimento celebramos neste 2014: João Petra de Barros. Nosso focalizado veio ao mundo no dia 23 de junho de 1914, no Rio de Janeiro, e era irmão do também cantor Mário Petra de Barros. Começou sua carreira no início dos anos 1930 no “Programa Casé”, apresentado por Ademar Casé (avô de Regina Casé) na PRAX, Rádio Philips, que pertencia ao grupo holandês de mesmo nome. Em pouco tempo, João Petra se notabilizou por ter  timbre de voz parecido com o de Francisco Alves, grande astro do rádio e do disco nessa época, logo sendo cognominado  “a voz de dezoito quilates”.  Era figura constante em rodas de samba, ao lado de “cracões”  tipo Noel  Rosa, Custódio Mesquita , Chico Alves, Lamartine Babo, Benedito Lacerda, e com eles frequentava o então célebre Café da Uma Hora, na Rua São Francisco Xavier, zona norte carioca. A estreia de João Petra em disco acontece em 1933, na Odeon, com dois sambas para o carnaval desse ano,  ambos neste CD: “Quero falar com você” (Lauro dos Santos) e o clássico “Até amanhã” (Noel Rosa), ambos presentes nesta seleção e dos quais daremos mais detalhes a seguir. Um ano mais tarde, participa de um recital em benefício do Sindicato Brasileiro de Artistas de Rádio, ao lado de outros grandes cartazes da época, tais como Cármen Miranda e Custódio Mesquita, com eles também se apresentando em inúmeros programas radiofônicos  e espetáculos teatrais. Seria um dos pioneiros da Rádio Globo, fundada no Rio de Janeiro em 1944, em substituição à Rádio Transmissora, adquirida anos antes junto à antiga proprietária, a multinacional americana RCA Victor.  Mas essa carreira promissora e auspiciosa sofreria um abalo de monta exatamente no dia 22 de julho de 1946.  João Petra de Barros viajava no estribo de um bonde pela Rua da Assembleia, a caminho da Praça XV. De repente, uma caminhonete da Escola de Aeronáutica choca-se com o bonde, e atinge o terço médio da perna direita de João Petra. O cantor é logo atendido nem um pronto-socorro, mas tem sua perna amputada, fato que o traumatiza e o deixa inconsolável, a ponto de retirar-se da cena artística. Sabedora da tragédia nos EUA, onde então residia, sua amiga e colega Cármen Miranda chegou a lhe oferecer tratamento médico por lá, mas não foi possível salvá-lo. Após duas tentativas, João Petra de Barros suicidou-se no dia 11 de janeiro de 1947, com apenas 32 anos de idade. Em sua curta carreira, João Petra de Barros gravou 48 discos com 94 músicas. Desse legado, o Grand Record Brazil foi buscar as vinte e quatro faixas desta edição, muitas delas sucessos inesquecíveis, interpretados por ele com profundo sentimento. Abrindo-a, o samba “Quero falar com você”, de Lauro “Gradim” dos Santos,lado A de seu primeiro disco, o Odeon 10950, gravado em 19 de outubro de 1932 e lançado para o carnaval de 33, em janeiro, matriz 4526. Na faixa 12 está o verso do disco, um verdadeiro clássico do samba: “Até amanhã”, de Noel Rosa, matriz 4528. Noel o compôs durante uma excursão que fez pelo Sul do pais, como integrante do grupo Ases do Samba,inspirado em uma moça de cabaré por quem se apaixonou, na passagem por Porto Alegre. Sucesso estrondoso na folia de 1933, “Até amanhã” foi executado durante anos para encerrar os bailes carnavalescos. Na faixa 2, temos a valsa “Último sonho”, de Afonso Teixeira e Ari Monteiro, gravação Victor de 12 de maio de 1942, lançada em julho do mesmo ano, disco 34942-A, matriz S-052515. A faixa 3, “Canção ao microfone”, é um fox de Custódio Mesquita em parceria com o jornalista e médico Paulo Roberto, gravação Odeon de 15 de agosto de 1933, lançada em outubro do mesmo ano, disco 11058-A, matriz 4714. “Você prometeu”, a faixa seguinte, é um samba do mestre Ismael Silva em parceria com o jornalista Dan Mallio Carneiro, e João Petra o gravou na Odeon em 12 de junho de 1935, com lançamento em novembro seguinte para a folia de 36, disco 11281-B, matriz 5069. O lado A, que você vai encontrar na faixa 15, tem uma curiosidade. Trata-se da marcha-rancho “Linda pequena”, parceria de João de Barro, o Braguinha, com Noel Rosa, e que já estava gravada desde o dia 8 de dezembro de 1934, matriz 4965, ficando engavetada por quase um ano, e obtendo pouca ou nenhuma repercussão na folia de 36. Após o falecimento de Noel, em 1937, Braguinha, não entendendo o porquê da não-aceitação da música,  decide relançá-la para o carnaval de 38, com uma ou outra alteração na letra, e o novo título de “Pastorinhas”, na voz de Sílvio Caldas, obtendo desta vez o êxito merecido, e vencendo o concurso da prefeitura carioca na categoria marcha. A faixa 5, “Sou eu quem volta”, é um fox de Olga  Maria e Ribeiro Filho, e João Petra o imortaliza na Victor em 5 de junho de 1943,com lançamento em setembro do mesmo ano sob n.o 80-0111-B, matriz S-052787. O lado A, matriz S-052786, é justamente a faixa seguinte, a valsa ‘Quem será?”, de Custódio Mesquita e David Nasser. Para o carnaval de 1944, “a voz de dezoito quilates” grava dois sambas na mesma Victor, em 2 de dezembro de 43, e que são lançados bem em cima da folia, em fevereiro, com o n.o 80-0159: o lado A, sétima faixa desta edição, é “Depois de um longo inverno”, de Francisco Malfitano e Humberto deCarvalho, matriz S-052898. O lado B está na faixa 9: “Agora é tarde”, da parceria Alcyr Pires Vermelho-Pedro Caetano, matriz S-052899. A faixa 8, “Conto da carochinha”, é um samba-canção também de Custódio Mesquita, agora sem parceiro, gravação Victor de 14 de junho de1933 e lançado em agosto do mesmo ano, disco 33692-B, matriz 65776. Também de 1933 são dois foxes que João Petra grava na marca do cachorrinho Nipper em 25 de julho e são lançados em setembro seguinte com o n.o  33693. No lado B, faixa 10, ‘Sonho bonito”, de Joaquim Medina e Monte Branco, matriz 65822. Na faixa 23, você vai encontrar o lado A, “Dor de uma saudade”, matriz 65821, também de Joaquim Medina (e com ele em dueto com João Petra), agora tendo como parceiro nada mais nada menos que o Poetinha Vinícius de Moraes, então dando seus primeiros passos na MPB. A faixa 11 traz o maior hit da carreira de João Petra de Barros: a valsa “Última inspiração”, do alagoano  Peterpan (José Fernandes de Paula), imortalizada na mesma Victor em 16 de abril de1940 e lançada em junho seguinte sob n.o 34615-B, matriz 33382. É um clássico até hoje e tem várias regravações. Na faixa 12, o fox-canção “Cantor do rádio”, da parceria Custódio Mesquita-Paulo Roberto, gravação Odeon de 17 de agosto de 1933, lançada em setembro do mesmo ano, disco 11056-A, matriz 4713. O lado B está na faixa 18:  “Veio d’água”, canção de Francisco Alves e Luiz Iglésias, matriz 4712. A faixa 14 é um outro clássico do samba: “Feitiço da Vila”, da parceria Noel Rosa-Vadico, aquele da famosa definição “São Paulo dá café. Minas dá leite e a Vila Isabel dá samba”. Gravação Odeon de 22 de outubro de 1934, lançada em dezembro seguinte para o carnaval de 35, disco 11175-A, matriz 4938, na qual Noel faz a segunda voz, porém não foi creditado no selo como intérprete.  A faixa 16, “Santo Antônio amigo”, é um samba junino, como às vezes também se fazia, em gravação Victor de 9 de maio de 1941, lançada em julho seguinte sob n.o 34766-A, matriz 52208, nela ouvindo-se a inconfundível  flauta do mestre Benedito Lacerda  no acompanhamento.  Na faixa 17, outra bela valsa, ‘Teatro de revista”, de Marino Pinto e Pandiá Pires, gravação Victor de 28 de janeiro de 1942, lançada em abril do mesmo ano, disco 34889-A, matriz S-052467. A faixa 19 é o fox “Ninon  (Quando tu sorris)”, de Bronislau Kaper e e Walte Jurman, em versão de João ‘Braguinha” de Barro, gravação Odeon de 21 de setembro de 1934, lançada em novembro do mesmo ano, disco 11163-A, matriz 4917. É do filme alemão “Uma canção para você (Einlied fur dich”), de 1933, sendo nele cantado por Jan Kiepura.  A faixa 20, “Isso não se faz”, é outro samba do mestre Ismael Silva, agora em parceria com Noel Rosa e Francisco Alves, gravado na “marca do templo” em 2 de maio de 1933 e lançada em julho do mesmo ano, disco 11031-B, matriz 4661. Na faixa seguinte está o lado A, ‘Sorrindo sempre”,  outro samba dos mesmos autores mais Lauro “Gradim” dos Santos, matriz 4660. Na faixa 22, o fox “O que o teu piano revelou”, da parceria Custódio Mesquita-Orestes Barbosa, gravação Odeon de 12 de janeiro de 1935, lançada em maio do mesmo ano, disco 11222-A,matriz 4995. O lado B é a faixa de encerramento desta seleção, a canção “Tapera”, também de Custódio Mesquita, agora em parceria com Alberto Ribeiro, gravada em 11 de agosto de 1934 e que ficou nove meses engavetada, matriz 4892. Enfim, uma seleção vasta e primorosa que dá uma visão panorâmica da curta carreira de João Petra de Barros, e representa uma digníssima homenagem ao centenário de seu nascimento. Simplesmente imperdível!
* Texto de Samuel Machado Filho

A Música de Ismael Silva Na Voz De… – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 86 (2014)

Chegamos à edição de número 86 do Grand Record Brazil, apresentando a terceira parte de nossa retrospectiva da obra do compositor Ismael Silva (1905-1978). São mais dezessete composições deste notável mestre do samba, cantadas por intérpretes diversos, inclusive ele mesmo. Para começar, temos um dos mais expressivos intérpretes da obra de Ismael, Mário Reis.  Ele interpreta aqui, como solista, as quatro primeiras faixas deste volume do GRB,  todas elas sambas e em gravações Odeon, a saber: “Novo amor”, de Ismael sem parceiro, gravação de 27 de fevereiro de 1929, lançada em abril do mesmo ano com o n.o 10357-A, matriz 2400; “Sofrer é da vida”, parceria de Ismael com Francisco Alves e Nílton Bastos, gravado em 28 de novembro de 1931 com vistas ao carnaval, mas só lançado em julho de 32 (deveria, pela lógica, ter saído em janeiro) com o n.o 10872-A, matriz 4375; “Ao romper da aurora”, parceria de Ismael e Francisco Alves com outro mestre, Lamartine Babo,  também do carnaval de 1932, disco 10881-A, matriz 4398; e “Uma jura que fiz”, da parceria de Ismael Silva com Noel Rosa e Francisco Alves, que Mário gravou em 12 de julho de 1932, disco 10928-A, matriz 4482. Na faixa seguinte, volta a dupla Francisco Alves-Mário Reis, de quem apresentamos alguns registros  na edição anterior, agora interpretando uma obra-prima do samba, “Arrependido”, da santíssima trindade Ismael Silva-Chico Viola-Nílton Bastos, gravação Odeon de 28 de fevereiro de 1931, lançada em abril do mesmo ano sob n.o 10780-A, matriz 4163 (em nosso volume anterior apareceu o outro lado, “O que será de mim?”).  Sílvio Caldas, o eterno “caboclinho querido”, aqui comparece com duas faixas assinadas exclusivamente por Ismael Silva, que gravou na Odeon em  14 de dezembro de 1934 com lançamento em fevereiro de 35 (claro que para o carnaval) sob n.o 11194, o samba ‘Agradeças a mim” (lado B, matriz 4974) e a marchinha “Cara feia é fome” (lado A, matriz 4972). Jonjoca (João de Freitas Ferreira) vem em seguida com outro samba só de Ismael, ‘Não te dou perdão”, lançado pela Odeon em fevereiro de 1930 para o carnaval, disco 10579-A, matriz 3366. J. B. de Carvalho,  que se converteu à umbanda e gravou por toda a carreira a música de sua religião (teve até terreiro e programa de rádio do gênero), aqui comparece com outro samba de Ismael Silva sem parceiro, “Com a vida que pediste a Deus”, gravação Odeon de 26 de outubro de 1939, lançada em janeiro de 40 para o carnaval, “of course”, sob n.o 11803-B, matriz 6237. “Fã”, outro samba de Ismael sem parceria, foi gravado na mesmíssima Odeon por Gilberto Alves em  14 de julho de 1942, com lançamento em setembro do mesmo ano sob n.o 12189-B, matriz 7015. Compositor e humorista de rádio, Silvino Neto, pai do comediante Paulo Silvino, aqui interpreta uma marchinha de Ismael Silva sem parceiro, “Boa boca”, gravada na Victor em 18 de fevereiro de 1941 e lançada bem em cima do carnaval de 42, em fevereiro, disco  34873-B, matriz S-052447. Nélson Gonçalves, o eterno “metralha do gogó de ouro”, vem com o samba “Não tenho queixa”, parceria de Ismael Silva com David Raw, gravação também da Victor, datada de  15 de dezembro de 1942 com lançamento bem cima do carnaval de 43, em fevereiro, disco  80-0050-A, matriz S-052678. Orlando Silva, o sempre lembrado “cantor das multidões”, comparece com um samba que Ismael fez com Roberto Roberti e Arlindo Marques Jr.,  “Se eu tiver que escolher”, gravação Odeon de 12 de dezembro de 1945, editada bem em cima do carnaval de 46, em fevereiro, sob n.o 12672-B, matriz 7958. A faixa seguinte é “Antonico”, samba com o qual Ismael Silva retornou às paradas de sucesso, depois de anos no ostracismo. Foi imortalizado na Odeon por Alcides Gerardi em 19 de janeiro de 1950, com lançamento em  abril do mesmo ano sob n.o 12993-B, matriz 8625. É um samba pungente que foge à linha tradicional do autor, pelo andamento um pouco mais lento (o personagem Nestor, de que fala a letra, é o próprio Ismael Silva, na época enfrentando problemas financeiros). Clássico inúmeras vezes regravado. Cyro “Formigão” Monteiro, “o cantor das mil e uma fãs”, comparece aqui com a marchinha “Eu sou um”, também de Ismael sem parceiro, do carnaval de 1940. Gravação Victor de 11 de outubro de 39, lançada ainda em dezembro sob n.o 34529-A, matriz 33184. O Ismael Silva intérprete dá as caras nesta seleção com seu samba “Me diga o teu nome”, lançado pela Odeon em dezembro de 31 (lógico, para o carnaval de 32) sob n.o 10858-A, matriz 4280. No selo original, Francisco Alves e Nílton Bastos aparecem como co-autores, mas, em regravações posteriores, só Ismael  aparece como autor deste samba. Conhecido como “a voz de dezoito quilates”, João Petra de Barros aqui interpreta outro samba só de Ismael, “Não é tanto assim”, gravação Odeon de 18 de dezembro de 1933, lançada em janeiro de 34 para o carnaval, disco 11089-B, matriz 4771, finalizando a terceira parte de nossa retrospectiva.   Enfim, mais uma contribuição do GRB à preservação de nossa memória musical. Até a semana que vem!

* Texto de SAMUEL MACHADO FILHO

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Noel Rosa E Sua Turma Da Vila (1968)

Olá meus prezados amigos cultos e ocultos! Antecedendo ao aniversário de Noel Rosa, postamos aqui, na segunda feira, uma bela coletânea do compositor cantando suas próprias músicas. Ontem, em homenagem ao dia de seu nascimento tivemos um super álbum duplo, um disco raro e especial. Hoje, mais uma vez, vamos com Noel. É sempre bom um antes, um durante e um depois. Não dá para enjoar de Noel Rosa. Neste lp, lançado pela Odeon/Imperial, temos uma seleção de fonogramas raros. De um lado, abrindo o disco, temos seis faixas com Noel Rosa cantando. Algumas, inclusive, são repetidas, apresentadas nas duas últimas postagens. Do outro lado temos músicas de Ary Barroso e Noel & Vadico, interpretadas por João Petra de Barros. O cantor e compositor Luiz Barbosa também comparece em outras três faixas encerrando assim este delicioso ‘long play’. Não deixem de conferir!

conversa de botequim – noel rosa

joão ninguém – noel rosa

arranjei um fraseado – noel rosa

onde está a honestidade – noel rosa

provei – noel rosa e marilia batista

você vai se quiser – noel rosa e marília batista

sentinela alerta – joão petra de barros

duro com duro – joão petra de barros

feitiço da vila – joão petra de barros

sou jogador – luiz barbosa

bumba no caneco – luiz barbosa

um sorriso igual ao teu – luiz Barbosa

Velhos Sambas, Velhos Bambas (1985)

Olá amigos cultos e ocultos! Vocês não podem imaginar, recuperei o meu carro! Após haver passado quase 70 horas, recebi um telefonema da Polícia Militar avisando que o haviam encontrado. Corri imediatamente para o local. O carro foi abandonado em um bairro afastado de classe média alta, longe de favelas ou oficinas de desmanche, o que nos levou a acreditar que o ladrão o pegou apenas para dar umas voltas. Só sei que nessas voltas, me levou tudo que havia dentro do carro. Levaram o meu Ray Ban original, uma blusa daquelas que a gente adora, meu IPod com a coleção completa da série História da Música Popular Brasileira e uma pasta com alguns cheques e documentos. Fora isso, levaram também os quatro pneus, o estepe e ferramentas. Bacana…, me deixaram o carro todo depenado. Mesmo assim, fiquei mais feliz ao reencontrá-lo do que quando eu o comprei. Passei o dia de ontem e hoje recuperando um pouco os estragos. Pelo menos agora não fico a pé. Vou aproveitar meus dias de férias e dar uma boa recuperada nesse carro, que cada vez me convenço mais ter nascido para ser meu 🙂 Quero mais uma vez agradecer a todos o apoio e o carinho. Tenho certeza que meu carro apareceu graças à soma de todos esses pensamentos positivos. Muito obrigado! Os outros problemas permanecem e até se agravam, mas há momentos em que quando não se é possível remediar, remediado está. Portanto, apenas rezo e observo. Viver é sofrer. A felicidade é um estado imaginário.
Como eu fiquei ontem sem postar o disco do dia e este deveria ser um álbum/artista independente, farei hoje uma postagem especial. Temos aqui um álbum triplo independente, lançado pela FENAB – Federação Nacional de Associações Atléticas Banco do Brasil. A FENAB vinha desde 1979 produzindo discos como este, os quais eram oferecidos aos seus parceiros e associados. O grande barato desses discos é a edição de material inédito e raro, coisa que não se encontra facilmente por aí. No caso de “Velhos sambas, velhos bambas”, encontramos em seus três lps dois momentos distintos. Fonogramas raros e inéditos datados a partir de 1919 e regravações feitas em 1985, reunindo um destacado grupo de artistas e músicos. Como intérpretes temos Violeta Cavalcante, Roberto Paiva, Ademilde Fonseca, Roberto Silva, Zezé Gonzaga e Gilberto Milfont. Para acompanhar essa turma temos o Conjunto Época de Ouro, o Quarteto de Cordas da UFRJ, Altamiro Carrilho, Déo Rian, Orlando Silveira, Zé Bodega, Wilson das Neves e mais uma dezena de outros músicos talentosos, que poderão ser conferidos no encarte que vem anexo. É sem dúvida, um álbum especial e imperdível. Não deixem de conferir…

confessa meu bem – eduardo das neves
tatú subiu no pau – bahiano
quando a mulher não quer – francisco alves
o destino deus é quem dá – mário reis
nego bamba – otília amorim
meiga flor – francisco alves
quem espera sempre alcança – mário reis
patrão prenda seu gado – grupo da velha guarda
sonhei que era feliz – carmen miranda e zaira de oliveira
apanhando papel -francisco alves
meu consolo – mário reis
mentirosa – orlando silva
não dou liberdade a mulher – joão petra de barros
cansei – roberto silva
novo amor – filberto milfont
não diga minha residência – gilberto milfont
me deixa viver – roberto silva
agora é cinza – ademilde fonseca
comigo não – violeta cavalcante
quem há de dizer – roberto paiva
saia do caminho – zezé gonzaga
camisa amarela – ary barroso
mulher de malandro – vileta cavalcante
favela – roberto paiva
adeus batuca -ademilde fonseca
vai cavar a nota – roberto silva
meu barração – zezé gonzaga
segredo – zezé gonzaga
cansei de pedir – violeta cavalcante
disse me disse – gilberto milfont
camisa listrada – ademilde fonseca
já passava das onze – roberto silva
resiguinação – zezé gonzaga
falsa baiana – roberto silva
se você sair chorando – roberto paiva
as mariposas – adoniran barbosa
depoimento de klécius caldas
cinema mudo – ademilde fonseca
notícia – gilberto milfont
não quero mais amar ninguém – roberto paiva
castigo – gilberto milfont
ó seu oscar – roberto paiva
emília – roberto silva
rosalina – gilberto milfont