Sanguinho Novo… Arnaldo Baptista Revisado (1989)

Olá amigos cultos e ocultos! O tempo realmente passa depressa e a gente nem percebe. Parece até que foi ontem o lançamento deste disco.  Ele ainda me soa como algo novo, um verdadeiro sanguinho novo. E olha que já se passaram 25 anos! Caracas! Este lp foi lançado em 1989 reunindo alguns dos mais expressivos nomes do hard, punk e pop rock nacional da época. Grupos e artistas de uma linha mais ‘cult’, ou melhor dizendo, alternativos do rock nacional. Bandas paulistas, cariocas e mineiras prestando um tributo a um dos mais importantes nomes do rock tupiniquim, o genial Arnaldo Baptista. Não sei bem o que motivou a produção desta coletânea, na época eu até pensei, será que o Mutante se foi de vez? Afinal, tributos em música a gente só costuma ver quando o artista morre. Felizmente aqui não foi bem assim. O que rolou mesmo foi uma demonstração de afinidades, um encontro de várias bandas ligadas numa pessoa só. Um sangue novo para um grande ícone do rock brasileiro, que andava meio esquecido (até para ele próprio). São doze bandas em releituras desconcertantes de algumas das muitas composições de Arnaldo ao longo de toda a sua carreira, seja com os Mutantes ou sozinho.

o sol – sexo explícito
dia 36 – 3 hombres
bomba h sobre são paulo – vzyadoq moe
a hora e a vez do cabelo nascer – sepultura
i fell in love one day – último número
superficie do planeta – paulo miklos
sanguinho novo – akira s e as garotas que erraram
jardim elétrico – ratos de porão
cê tá pensando que eu sou loki – fellini
sitting on the road side – atahualpa i us panquis
é fácil – skowa
te amo podes crer – maria angélica
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Maria Angélica – Outsider (1988)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Nossa semana segue em frente ao sabor do vento dos anos 80 e 90. Acabou que eu não postei nada dos anos 60 e 70, mas não faltarão oportunidades, ainda temos muitos sulcos a percorrer.
Para hoje eu estou trazendo um disco que na década de 80 era um dos meus prediletos nacionais (estou falando de rock, tá?). Lançado no auge do fervor das bandas alternativas, que faziam o contraponto com as pop e mais comerciais, o “Maria Angélica – Outsider” foi o primeiro disco de uma banda, cujo o nome era “Maria Angélica Não Mora Mais Aqui”. Naquela época era o máximo esses nomes fraseados, seguindo as tendências de bandas internacionais. Talvez por uma questão de ordem prática, quando do seu lançamento, ficou reduzido apenas ao nome próprio, Maria Angélica. O grupo foi criado uns quatro ou cinco anos antes de lançarem “Outsider”. Era uma banda cultuada inicialmente por poucos, os mais descolados e os antenados. Os shows, segundo contam, eram ótimos. Era mesmo uma banda ‘cult’, liderada pelo poeta e jornalista Fernando Naporano e o guitarista Carlos Nishimiya. Faziam parte também, Victor Bock (segunda guitarra), Victor Leite (bateria) e Lu Stopa (vocal). O som do Maria Angélica é uma mistura de diversas influências do rock, mas principalmente do punk. As letras são praticamente todas em inglês. A performance vocal de Fernando nos remete à uma mistura de John Lydon, do Sex Pistols e Damo Suzuki, do Can. Gosto bem disso…

hotel hearts
purple thing
another life
i don’t mind
shyness
dog’s life
shame of love
absinto me só