Arquivo da categoria: Jamelão
Jamelão (1971)
Boa noite de domingo, amigos cultos e ocultos! Olha aí, mais uma vez temos a honra de apresentar aqui um disco do grande Jamelão. Figura emblemática do Carnaval carioca e mais exatamente Mangueira, a qual ele pertenceu, sendo o intérprete oficial da Escola, de 1949 até 2006. Embora não gostasse de ser chamado de puxador de escola de samba, ele foi o maior cantor da ‘linha de frente’ de todos os tempos. Gravou muitos discos e entre esses temos aqui um lp de 1971, lançado pela Continental, trazendo doze sambas românticos, composições de João Roberto Kelly, José Bispo, Jair Amorim, Lúcio Cardin e outros. Confiram no GTM…
.
Continental 30 Anos De Sucessos (1973)
Olá, amiguíssimos cultos e ocultos! Olha, vou ser sincero com vocês… estamos em total decadência. Sim, o Toque Musical nunca esteve tão em baixa. E isso se deve a uma série de fatores, a começar por essa plataforma que embora seja perfeita, já não atende aos requisitos que hoje pedem mais interação e imediatismo. As redes sociais, mais especificamente o Facebook e o Youtube passaram a ser a bola da vez. Tudo pode ser encontrado nesses dois ambientes de uma maneira muito mais rápida e interativa e de uma certa forma o interesse do público está mudando, se generalizando. Ampliando os horizontes, mas numa profundidade cada vez mais rasa. Daí, ninguém tem mais saco para acompanhar postagens. O que dizer então quando para se ter acesso ao que se publica aqui precisa antes se associar a um grupo? Sem dúvida, isso é desestimulante e só mesmo que está muito interessado é que encara o jogo. E o jogo hoje se faz muito mais rápido. Demorou, dançou… Por isso, se quisermos nos manter ativos por mais 10 anos, o jeito é acompanhar os novos tempos e implementar novas alternativas. Daí, penso em migrar definitivamente o Toque Musical para o Youtube. Há tempos venho pensando nisso, talvez agora seja a nossa hora. Fiquem ligados, logo o nosso canal vai estar na rede com tudo aquilo que já postamos por aqui. Será um trabalho longo, afinal, repor mais de 3 mil postagens não é moleza. Mas vamos tentar 🙂
Marcando esse momento, eu hoje trago para vocês um álbum triplo comemorativo, da gravadora Continental, lançado lá pelos idos de 1973, ano de uma das melhores safras da indústria fonográfica brasileira. 73 foi o ano em que essa gravadora completou seus 30 anos de atividade e lançou este álbum cujo os discos são de 10 polegadas. São três lps percorrendo todas as fases da gravadora, trazendo os mais diferentes artistas em ordem cronológica. Começa em Vicente Celestino, indo até aos Novos Baianos. São trinta músicas que expressam bem os 30 anos desta histórica gravadora.
Confiram já no GTM 😉
Jamelão – O Sucesso (1968)
A Música De Cartola – Seleção 78 RPM Do Toque Musical – Vol. 68 (2013)
Para esta edição do Grand Record Brazil, foram selecionadas nove faixas, gravadas em 78 rpm. Abrindo esta seleção, temos a primeira composição gravada de Cartola, “Que infeliz sorte!”, lançada pela Odeon em dezembro de 1929, na voz de Francisco Alves, disco 10519-A, matriz 3095. Mário Reis chegou a adquirir os direitos de gravação deste samba por 300 mil-réis, mas preferiu repassá-lo ao Rei da Voz. Em seguida, Cármen Miranda, já então “o maior nome feminino da fonografia nacional”, interpreta “Tenho um novo amor” gravação Victor de 11 de maio de 1932, lançada em julho seguinte sob n.o 33575-B, matriz 65486, com acompanhamento do mestre Pixinguinha, à frente do Grupo da Guarda Velha. É uma parceria de Cartola com Noel Rosa, não creditado no selo e na edição. Vem também a ser o caso das faixas seguintes, interpretadas por Francisco Alves e por ele gravadas na Odeon: “Não faz, amor”, gravação de 7 de julho de 1932, disco 10927-A, matriz 4481, e “Qual foi o mal que eu te fiz?”, imortalizado pelo Rei da Voz em 30 de dezembro de 32 mas só lançado em maio de 1933 sob n.o 10995-B, matriz 4574. Noel e Cartola, sem dinheiro, procuraram Chico Alves no Largo do Maracanã e lhe pediram algum. Chico concordou, desde que cada um fizesse um samba naquele momento. Foi aí que compuseram “Qual foi o mal que eu te fiz?”, com toda a segunda parte de Noel, que nessa ocasião fez sozinho “Estamos esperando”, gravado por Chico em dupla com Mário Reis. No dia 3 de janeiro de 1933, Francisco Alves retorna aos estúdios da Odeon para gravar outro samba de Cartola, agora sem parceiro: “Divina dama”, que será lançado logo em seguida com o número 10977-B, matriz 4575, constituindo-se no maior sucesso da primeira fase de composições gravadas do poeta mangueirense. A faixa seguinte, “Na floresta”, foi gravação de Sílvio Caldas, parceiro de Cartola neste samba, em 13 de julho de 1932, matriz 65546, mas a Victor só o lançou em outubro de 33 com o n.o 33712-A. Isso em virtude de atritos entre Sílvio e Francisco Alves. Bucy Moreira compôs um samba chamado ‘Foi um sonho”, do qual Chico Alves gostava da letra, mas não da melodia. Então o Rei da Voz encaixou a de “Na floresta”, deixando a letra de lado. Os versos seriam musicados e gravados por Sílvio Caldas, e Francisco Alves, evidentemente, surtou e quis impedir o lançamento do disco. Mas Sílvio Caldas convenceu o Rei da Voz de que ele tinha comprado apenas a melodia: “Você deixou a letra de lado e o Cartola precisa ganhar dinheiro!” E Chico deixou os atritos também de lado… A faixa seguinte é “Não posso viver sem ela”, parceria de Cartola com Alcebíades “Bide” Barcelos, gravada na Odeon por Ataulfo Alves, à frente de sua Academia de Samba, em 27 de novembro de 1941, com lançamento bem em cima do carnaval de 42, fevereiro, sob n.o 12106-B, matriz 6870. Entretanto, o hit maior desse disco foi o clássico “Ai, que saudades da Amélia”, de Ataulfo e Mário Lago, que ofuscou esta aqui. O samba-canção “Grande Deus” foi composto por Cartola em 1946, quando contraiu meningite e demorou mais de um ano para se recuperar. Porém, só em agosto de 1958 é que a música foi lançada em disco, na voz do grande Jamelão, pela Continental, sob n.o 17573-A, matriz C-4099. E, para encerrar mais este pequeno-grande programa do GRB, o samba “Festa da Penha”, parceria de Cartola com Asobert (pseudônimo e anagrama de Adalberto Alves de Souza). Foi gravado em 1958 por Ary Cordovil para o extinto selo Vila, em disco de número 10003-A, matriz V-7801-A. A festa em questão acontecia todo ano no mês de outubro, com romaria de fiéis percorrendo o longo caminho até a igreja (com escadaria e tudo), que até hoje fica bem em cima do morro da Penha, numa demonstração de fé e oportunidade para apresentação de novas músicas, sempre com um olho profano em direção ao carnaval. Esta é a homenagem do GRB ao mestre Cartola, nome que tem seu lugar garantido entre os imortais de nossa música popular.
* Texto de SAMUEL MACHADO FILHO
Cast Continental – O Amor Mais Puro (1963)
Olá amigos cultos e ocultos! Acabo de voltar da Feira de Vinil, onde (pra não variar), comprei mais discos do que vendi. Estou empenhado em refazer minha discoteca básica de rock”n’roll, preferencialmente só com discos importados e originais. Hoje, numa baita sorte comprei quatro pérolas da minha adolescência: Nektar, Can, Hard Stuff e Atomic Rooster, tudo importado e praticamente novos. Que beleza! É disco que eu gosto!
E amanhã é o Dias das Mães, não é mesmo? Pensando nisso eu resolvi me antecipar, trazendo um dia antes um disco de celebração, aquele que vai ser a minha homenagem a todos os `filhos da mãe` e a ela própria, sempre viva em nossos corações. Feliz seja esse dia para todos, com ou sem a presença Dela. Deixo aqui para vocês essa coletânea especial, lançada em 1963 pela Continental, com o propósito de homenagear a mamãe. Um disco muito interessante e original, reunindo vários artistas da gravadora e músicas que com certeza marcaram momentos como esse. Salve a mãe! O amor mais puro!
Jamelão – Samba Enredo – Sucessos Antológicos (1975)
Boa noite, amigos foliões! Antes de sair para o último dia de festa (aliás, o dia realmente da festa), vou deixando a nossa postagem. Mais uma vez, dentro do clima, o nosso tema é o carnaval. Para hoje eu reservei este álbum da pesada do Jamelão. Temos aqui um lp lançado em 1975 pela gravadora Continental. Estão reunidos dez sambas enredos defendidos pelo grande sambista, um dos maiores puxadores de escolas de samba. As dez faixas, como se pode ver, fazem mesmo valer o disco. Confiram aí, porque eu aqui já estou de saída. A folia me aguarda 🙂
Vamos Dançar? – Vol. 1 (1957)
Olá a todos! Hoje eu estou trazendo um disco bem interessante, um lp dos mais raros entre os raros postados aqui. Trata-se de uma coletânea da Sinter reunindo oito de seus artistas em gravações originalmente lançadas em 78 rpm. O lp do qual eu extraí as gemas, infelizmente não estava lá grandes coisas, precisei de paciência para limpa-lo, ‘na unha’. Acho que agora está um pouco mais aceitável. Por outra, a qualidade desse microssulco é também questionável. Este é um raro exemplo entre os primeiros lp de 12 polegadas onde podemos encontrar mais do que 12 faixas. Eles aqui aproveitaram ao máximo o espaço do vinil para colocarem 16 músicas, ou seja, 8 bolachas num só lp. Ficou tão apertadinho que mal se percebe a pausa entre uma faixa e outra.. Suponho que entre os sulcos também, o que, no meu entendimento, prejudicou uma melhor captação do som pela agulha. Mesmo apesar disso, achei de posta-lo para que os amigos possam conhecer, ou reconhecer. Há aqui alguns fonogramas raros, como é o caso do primeiro disco gravado por Johnny Alf, trazendo as duas faixas: “De cigarro em cigarro”, de Luiz Bonfá e “Falseta”, de sua própria autoria. No álbum não há muitas informações, inclusive a data de lançamento, que eu acredito que seja de 1957 ou 58. Apenas no selo, de forma confusa, é que podemos identificar música e artista. Entre essas há uma que não consta o intérprete, o choro “Atraente”, de Chiquinha Gonzaga (faixa 7). Suponho que seja a música do outro lado do 78 onde tem a faixa “Zulu”, com Irany Pinto. Nesta, só quem pode nos ajudar é o nosso pesquisador Samuel Machado Filho. Aliás, dar um geral em todas, hehehe… Fala aí Samuca!
fuchico – os copacabana
tenderly – donato e seu conjunto
eu vou partir – jamelão
teus olhos entendem os meus – steve bernard
maria candela – carioca e sua orquestra
de cigarro em cigarro – johnny alf
atraente – os copacabana
eu quero um samba – os namorados
mambo do turfe – carioca e sua orquestra
falseta – johnny alf
zulú – irany pinto
mora no assunto – Jamelão
invitation – donato e seu conjunto
três ave maria – namorados
blue canary – steve bernardes
perereca – os copacabana
PS.: Através de nosso amigo Salvador identificamos o intérprete da 7ª faixa, “Atraente”. Trata-se do conjunto Os Copacabana. Esta gravação foi relançada no disco “Quincas E Os Copacabana”, em 1958, pelo selo Odeon (e pode ser encontrado no Vinyl Maniac).
Jamelão – Ela Disse-me Assim (1968)
Bom dia a todos! A semana promete, mas meus outros compromissos e a falta de tempo comprometem. Mesmo assim, vou tentar não deixar a peteca cair. Hoje terei que lançar mão de mais uma reserva, notícia pronta para cobrir jornal, os meus ‘discos de gaveta’. Ainda bem que o sorteado foi o Jamelão. Vai combinar com o ritmo das últimas postagens.
Temos aqui um álbum do cantor, lançado no final dos anos 60, cuja a música que dá nome ao disco, de Lupicínio Rodrigues, foi um dos seus grandes sucessos. Aliás, este lp, no geral, foi um grande sucesso. Recheado de excelentes e variados estilos de sambas. Destaco também entre esses, “Folha Morta”, de Ary Barroso e “Timbó”, de Ramon Russo, um afrosamba que foi regravado pelo grupo Farofa Carioca. Confiram aí o Jamelão, que eu já estou de saída…
As Maiorais do Ano (1959)
Para não ficarmos apenas orbitando sobre futebol e festa junina, aqui temos uma boa coletânea do selo Continental, disco este lançado no ano de 1959. Temos nesta seleção musical um leque variado do ‘cast’ da gravadora. Algumas músicas até já foram apresentadas aqui em seus álbuns originais, todavia há outras, raros momentos que irão despertar o interesse. São amostras do que foi produzido pela gravadora naquele ano. Vejam que boa coletânea…
a felicidade – chiquinho e seu conjunto
Rio, Cidade Maravilhosa (1960)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aqui vou eu me repetido no discurso e na saudação. Fica difícil ser diferente quando, mesmo sem querer, eu fui criando um formato tão pessoal para o meu blog. Isso se deve muito ao fato de que em um determinado momento eu precisei provar a todos que este espaço é estritamente amador, sem prentensões que vão além do meu desejo de trazer até vocês discos raros e que não se ouve mais. Não faz sentido para mim possuir ou ter acesso a riquezas fonográficas que eu não possa compartilhar. Amor como este não se faz sozinho. É preciso levá-lo a quem precisa ou àqueles que estão em mesma sintonia. Isso é diferente de querer sair na frente. De estar em busca de outros propósitos e objetivos. Isso aqui não é feito por jornalistas, estudantes de comunicação, ensaístas ou profissional do ramo de entretenimento pela web. Também não é o blog do ‘Gerson’, pois não penso em levar vantagem em nada. O Toque Musical é apenas um espaço amador e pessoal. Daí, cheio de falhas como deve caber a quem não é profissional. (putz! até rimou!)
Deixando de lado a polêmica (dizem que eu adoro!), vamos ao que interessa… Tenho aqui um álbum maravilhoso cujo o tema é uma cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro. Em 1954, o maestro Radamés Gnattali foi chamado para orquestrar a “Sinfonia Popular em Ritmo de Samba”, uma obra criada pelos então jovens compositores Antonio Carlos Jobim e Billy Blanco. O disco, de 10 polegadas, saiu naquele ano contando com a participação de grandes nomes como Dick Farney, Elizete Cardoso, Lúcio Alves, Gilberto Milfont, Os Cariocas, Doris Monteiro, Emilinha Borba, Jorge Goulart e Nora Ney (será que eu esqueci alguém?). Em 1960, Radamés é novamente chamado para uma segunda versão, agora neste álbum de 12 polegadas intitulado, “Rio, Cidade Maravilhosa” que eu apresento a vocês. Diferente do primeiro, neste, também da Continental, temos uma homenagem à cidade carioca, onde desfilam algumas das mais famosas músicas feitas louvando a belíssima capital fluminense. O álbum se divide em dois momentos. No lado A temos a referida segunda versão da Sinfonia do Rio de Janeiro, tão boa ou melhor que a primeira. Pessoalmente gosto mais desta. Nela encontramos um novo grupo de estrelas, algumas até da versão anterior. São eles: Os Cariocas, Risadinha, Luely Figueiró, Albertinho Fortuna, Nelly Martins, Maysa, Jamelão e Ted Moreno. No lado B temos outras sete músicas interpretadas pelo Coral de Severino Filho, Maysa e Albertinho Fortuna. Maravilha total! Este disco voltou a ser relançado com outra capa no início dos anos 80 e até já foi postado no amigo Loronix (aliás, os dois!). Tomei a liberdade de incluir o disquinho de 54, postado pelo Zeca, juntamente com este que eu estou apresentando agora. Assim fica mais fácil entender e com certeza, com esta capa, vai encher a boca de muito colecionador. Taí, uma pura raridade…