Temos desta vez Os Incríveis, banda das mais famosas e pioneiras na cena rock brasileira. Já postamos outros discos deles aqui no Toque Musical e agora vamos com este, um lançamento RCA registrando um dos retornos do grupo no início da década de 80. Um trabalho pouco expressivo. Parece mais esses discos para cumprir contrato. Mas tá valendo…
Como uma coisa leva a outra, seguimos agora trazendo Ronaldo Lark, músico instrumentista, pistonista integrante do conjunto Os Versáteis. Após o final do grupo, Ronaldo Lark partiu para uma carreira solo, se destacando como um grandes instrumentistas de sua época. Gravou alguns discos solo e também acompanhou diversos outros artistas da música popular. Aqui temos seu primeiro lp lançado pela Odeon, em 1969.
Temos no disco de hoje uma amostra do que rolava de música na boate Meia Noite, do Copacabana Palace. Espaço requintado por onde passaram grandes nomes, nacionais e internacionais. Também era palco para programas da Rádio Nacional. Neste lp da Todamerica temos dois momentos, começando com o saxofonista Moacyr Silva e seu conjunto do lado A e no B, Cópia e seu conjunto, na clarineta e sax. Temos também como curiosidade a presença da cantora Claudia Barroso ainda em início de carreira. Uma seleção de repertório misto, com musicas nacionais e internacionais.
my funny valentine – moacyr silva e seu conjunto
portrait of jennie – moacyr silva e seu conjunto
tangerine – moacyr silva e seu conjunto
recado de olinda – moacyr silva e seu conjunto
encontrei minha amada – moacyr silva e seu conjunto
apito no samba – moacyr silva e seu conjunto
unforgettable – cópia e seu conjunto
believe in love – cópia e seu conjunto
what is this thing called love – cópia e seu conjunto
Aqui, um lp do selo Carroussell, lançado em 1961. Trazendo dois grandes instrumentistas, o pianista José Scarambone e o guitarrista Vadinho, acompanhados por um conjunto de excelentes músicos da noite. Por sinal, é da noite, do fim de noite que este disco fala e que a gente escuta. Uma seleção que cai muito bem na madrugada, tocando baixinho… faz bem…
Com o estouro do rock pelo mundo, nos anos 50. Aqui no Brasil também foram criados os artistas e conjuntos para fortalecerem o sucesso, o empreendimento e a onda do novo gênero musical. A RCA Victor viria a ser uma das primeiras gravadoras a investir no rock, formando, inclusive seu ‘cast’ com cantores e músicos. Aqui temos um lp, disco raro, uma seleção de jovens talentos que a gravadora produziu, trazendo temas, hoje clássicos. Disco realmente interessante para se ouvir e conhecer um pouco mais sobre os pioneiros do rock tupiniquim.
Mais uma vez temos aqui o piano de Britinho em um disco muito interessante que não poderia faltar em nosso Toque Musical. “Os Dez Maiores Sambas” é fruto de uma enquete criada pela imprensa nos anos 50 para a seleção dos dez maiores sambas de todos os tempos, até aquela época. Segundo nos conta o texto de contracapa do nosso lp, as dez músicas escolhidas foram motivo para o lançamento do disco pela Sinter, trazendo o admirável pianista João Leal Brito (Britinho) na condução dos sambas selecionados.
Mais uma boa curiosidade, “O Baile do Terror”, com os The Skeltons. Só pela capa a gente já fica com vontade de ouvir (ou não). Eis aqui um lançamento para embalar os jovens dos anos 60. Assim como fazia a RCA Victor lançando discos com artistas criados para determinadas produções, a Philips também e aqui temos um bom exemplo. The Skeltons foi um nome criado para personificar essa produção fonográfica voltada para um público jovem. Uma seleção de temas de sucesso da música internacional em versões de rock. O disco é inteiramente instrumental com playbeck de vozes, risadas de terror e falas no meio das músicas que criam uma atmosfera de uma festa, como algo gravado ao vivo. O resultado é um disco alegre e divertido.
Mais uma curiosidade musical para o nosso costumeiro toque 🙂 Temos desta vez um lp lançado no final dos anos 50 pela RCA Victor, “É hora de rock’n’roll”. The Selvis é o nome do suposto grupo que na verdade era um conjunto de estúdio da gravadora e segundo contam trazia o saxofonista Bolão. A RCA Victor chegou a lançar mais um ou dois discos de rock usando este nome, o sugestivo The Selvis.
Aqui desfilam doze grandes sucesso dos primeiros rock’n’roll em uma brilhante e empolgante interpretação do The Selvis
Seguimos com este raro e curioso lp lançado pelo selo Chantecler, trazendo o conjunto The Jet Black’s e o maestro Edmundo Villani Côrtes. Um encontro realmente curioso que buscava reunir sucessos da música (internacional) de diferentes épocas interpretadas numa roupagem moderna. Arranjos e piano de Villani conduzem os experientes rapazes do Jet Black’s. Um trabalho que vale a pena conhecer, instrumental, bem anos 60 🙂
Há tempos atrás chegamos a postar aqui um disco dos Versáteis e também uma coletânea exclusiva. Naqueles momento ainda não havia informações disponíveis sobre o grupo na Internet, mas o tempo e as informações se cruzam e chegam rápido. Os Versáteis era um grupo paulista, vindo de Guarulhos, formado na segunda metade dos anos 60. Era um grupo instrumental que passeava por diferentes gêneros da música pop daquela época. Animavam bailes e também tocavam na noite. Se destacaram numa das famosas boates de São Paulo, o Urso Branco, do empresário Abelardo Figueiredo. Gravaram uns quatro discos. Também tocaram ao lado de Tom Zé como banda de apoio em seu primeiro disco, “Grande Liquidação”. O grupo porém teve problemas com a Censura e durante o período da ditadura, foram boicotados, chegaram, inclusive a serem presos. Por conta da pressão, Os Versáteis chegaram ao fim um ano depois de lançarem este disco.
Seguindo nossa mostra, hoje vamos com um grupo musical pop dos anos 60, Os Impossíveis. Conjunto um tanto obscuro lançado pelo selo mineiro MGL que já nesta época também lançava discos com o selo Paladium. Pelo repertório e estilo Jovem Guarda podemos acreditar que Os Impossíveis eram na verdade o grupo The Jungle Cats, que faziam muito sucesso na capital mineira, em bailes e programas de auditório da antiga TV Itacolomi. Aqui neste lp temos a música “Vai”, de Carlos Greco que era da banda The Jungle Cats em uma outra gravação, um pouco mais lenta, mas que sugere ser o mesmo conjunto. Porém, como nessa época a coisa era bem bagunçada pelas gravadoras, em especial a MGL/Paladium, é provável também que Os Impossíveis seja um nome fictício e que na verdade sejam vários outros grupos que faziam parte da cena Brasa 4, um programa jovem da televisão belorizontina. Mistérios… Mas nessas suposições vamos, errados ou certos, pontuando as obscuridades fonomusicais brasileiras. Aos poucos novas informações vão chegando e a gente vai acertando.. 😉
Aqui uma outra raridade vinda também do início dos anos 60, Conjunto ds Anjos, conjunto instrumental, aparentemente vindo do Paraná. Das poucas informações que encontramos, foi que este grupo musical atuava nas cidades de Sorriso e Maringá, ainda nos anos 50, por certo animando bailes e festas. Consta que tinham uma legião de fãs e talvez por conta dessa fama acabaram conseguindo projeção, vindo a gravar este lp. O conjunto se chamava antes, Anjos da Lua e acabaram adotando o nome de Conjunto dos Anjos. Creio que na época já havia outro grupo com o nome de Os Anjos. Segundo consta, também acompanharam cantores, com Nelson Gonçalves, em shows nessas cidades paranaenses.
“Dançando com Os Anjos” é um disco com um repertório misto, contemplando um variado leque de músicas que faziam sucesso naquela época, ou seja de bolero, samba, bossa nova e rock. Um bom disco para se ouvir, músicos competentes., com certeza. Não se sabe ao certo a data de lançamento deste lp, mas tudo leva crer que seja de 1962, ou 63.
Já postamos aqui um disco da Sonia Delfino, cantora talentosa que era uma versão mais madura da Celly Campello. Digo madura, porque Sonia cantava a música jovem, mas também não poupava sua voz para outros gêneros e ainda assim pode ser considera uma das precursoras do rock no Brasil. “Alô Broto” surgiu no início dos anos 60 e teve muito sucesso, o que fez a gravadora lançar este outro, o número 2. Um disco que também trazia não somente o estilo americano, mas também um pouco da então moderna bossa nova. Seus discos hoje em dia são difíceis de encontrar, embora quase tudo pode ser ouvido no Youtube. Aqui então, no Toque Musical, completo e com direito ao pacote completo, com capa, contracapa e selos. Mas isso é para quem está associado ao nosso grupo, o GTM 🙂
Ainda não é junho e nem época de quadrinha (no bom sentido) e embora a capa, este não é exatamente um disco temático, mas atende bem aos anseios do antigo popular rural/sertanejo. Aqui temos um trio formado no final dos anos 50 pelo cantor e compositor Euclides Pereira Rangel, mais conhecido como Bolinha, que fez parte do Trio Mineiro, um dos importantes grupos sertanejos daquela época. Gravou dezenas de discos em 78 rpm. Bolinha montou um novo trio com duas vozes femininas, Aparecida Silvério (a Cidoca) e Suely Barreto com as quais passou a se apresentar na Rádio Tupi. Não demorou muito para logo estarem gravando diversas bolachas de 78 pela Odeon. Foi também por essa gravadora que lançaram em 1960 este lp que agora apresentamos.
Mais uma vez, presente aqui o grande e internacional Bola Sete. Atendendo a pedidos, desta vez trazemos “Choros and Preludes”, lp lançado em 1965 pelo selo americano Fantasy.. Mais um excelente disco deste instrumentista brasileiro que ganhou fama e destaque nos Estados Unidos. Neste disco ele executa diversos temas no violão, principalmente de Villa-Lobos Vale uma conferida.
Aqui, mais uma raridade que desperta interesse de muitos colecionadores, principalmente dos apaixonados pelo rock brazuca e pela Jovem Guarda. Lançado no final dos anos 60 pela Codil através do obscuro selo Avanço, temos o conjunto pop, Eduardo e Seus Menestréis, grupo que se formou em programa de auditório da televisão nos tempos da Jovem Guarda. Tinha como líder, Eduardo Assad, músico de formação clássica que por um período se dedicou a música pop. Era o pianista do Ronnie Von em seu programa e também fazia parte do conjunto de ‘ie-ie-ie’, que acabou entrando na onda pop do momento lançado este único lp. Assad seguiria sua carreira como músico, arranjador e diretor artístico da Rádio América, de São Paulo. Gravou alguns discos instrumentais e temáticos. Faleceu ainda novo, aos 40 anos. Já postamos dele, aqui, outros discos que também podem ser conferidos e talvez até baixados no GTM.
Começando mais um mês de postagem, abril, abrimos as cortinas do nosso palco para os atores, Ary Fontoura e Odelair Rodrigues, figuras que ainda hoje estão presentes em nossa memória, principalmente o Ary, ator ‘global’ que protagonizou diversos personagens de novelas.
Como cabe sempre ao nosso Toque Musical, aqui postamos todo tipo de curiosidades fonográficas. E hoje temos este lp lançado pelo selo Copacabana, em 1964, onde os dois atores nos apresentam diferentes quadros humorísticos e musicais, coisa bem comum naqueles tempos onde as gravadoras também investiam nesses gêneros. Aliás, as gravações fonográficas também se prestavam a isso, além da música, se vendia em discos humor, histórias, poesia, política e até curso de línguas. Afinal, o disco era então um dos melhores suportes de comunicação, chegando inclusive onde nem o rádio ou a televisão conseguiam chegar. Bastava existir um toca-discos. Hoje a coisa não é mais assim e em disco só se houve música, o suporte clássico que voltou a brilhar.
Mas eis, então, nossa curiosidade, coisa que só teremos a oportunidade de ver, ouvir e conhecer na íntegra em espaços como aqui. Este lp já foi postado em outras ‘praças’ e por certo, não poderia faltar também no Toque Musical. A contracapa do disco já traz todas as informações complementares e ainda assim, se for pouco, basta dar uma ‘googada’ que resto chega até vocês 😉
Enfim, agora, fechando de fato o mês, seguimos nesta postagem trazendo o grande, Leal Brito, também conhecido como “Britinho”, pianista e ‘bandleader’ de mão cheia, acompanhado pelo seu conjunto Azes do Ritmo, em disco lançado pelo selo Columbia, em 1960. Disco moderno, ‘hi-fi’, trazendo uma seleção de primeira com temas nacionais e internacionais, que vale a pena recordar. Confiram..
Quase fechando o mês, segue aqui uma coletânea da Musidisc lançada em 1956 em lp de 12 polegadas trazendo alguns dos artistas de seu ‘cast’. São faixas extraídas de discos lançados naquele período pela gravadora de Nilo Sergio. Seleção feita para dançar a dois, como era muito comum naqueles tempos. Vale a pena ouvir…
Vamos desta vez com um disco que chama a atenção já pela capa. Bonita, né? Aqui temos o que foi a segunda produção do selo Arpège, criando pelo músico, ‘bandleader’ e também empresário, o grande Waldir Calmon. Nos anos 50 ele foi também empresário, homem da noite e dono da famosa boate Arpège, onde se apresentava com seu conjunto e também dava espaço para outros cantores e grupos. Entre esses, havia o Conjunto Ambar formado por músicos vindos do Uruguai. Naquela época os ritmos latinos, boleros, mambos, merengues e outros eram a ‘coqueluche’ do momento e na boate Arpège faziam muito sucesso. Waldir Calmon também tinha um selo e chegou a lançar vários discos por sua etiqueta que também chamava Arpège. Este, como disse, foi o segundo disco lançado pelo selo. Vale a pena conhecer…
Hoje vamos com o “General da Banda”, outro apelido para Otávio Henrique de Oliveira também conhecido por “Black-Out”, ‘Blackout” e “Blecaute”, derivações que foram surgindo ao longo da carreira e dos discos deste lendário cantor e compositor que gravou dezenas de discos entre bolachas de 10 polegadas com duas músicas até lps de 10 e 12 polegadas. Teve uma sólida carreira, atuando dos anos 40 até os anos 70. Gravou muitos sambas, boleros, toadas e músicas carnavalescas. Aqui temos dele um dos seus primeiros lps de 10″, trazendo oito músicas originalmente lançadas em bolachas do selo Copacabana, em 1956.
Olá! Seguindo em nossas postagens, hoje vamos atendendo a uma solicitação que há muito nos foi feita. Embora seja um disco relativamente fácil de encontrar, principalmente no Youtube, aqui ele segue na sua integralidade. Tem gente que quer não só o conteúdo, mas também o invólucro e aqui procuramos trazer o pacote completo 🙂
Então, temos o cantor Francisco Petrônio acompanhado pelo Conjunto Época de Ouro. E como o título mesmo nos apresenta, trata-se de um disco de serestas. Uma série de clássicos que todo seresteiro conhece. Este é o volume 1, lançado em 1976 pelo selo Continental. Francisco Petrônio foi um interprete das serestas, um estilo que ele assumiu com toda a pompa e estilo. Antes, no início de carreira ele cantava era os boleros. Já postamos aqui outros discos com ele, acompanhado do grande violonista Dilermando Reis. Mas esse momento com o Época de Ouro é memorável. Para os que não conhece, fica a dica…
Diante a ‘falência’ dos mais consagrados blogs musicais, o Toque Musical que também é um pioneiro e talvez um dos únicos a se manter fiel ao seu propósito, segue trazendo de volta discos que foram postados por esses há tempos, dando assim a oportunidade aos ‘órfãos’, aos que não tiveram tempo de conhecer, ouvir e baixar essas raridades. E nessa, aqui temos mais um disquinho que merece o nosso toque, “Brasa Seis – Som Quente”, lp lançado em 1969 pela Riosom e seu selo Hot. Trata-se, como se pode ler no texto de contracapa, de um conjunto formado Ceará, que venceu um festival de música jovem e teve como prêmio uma viagem para o Rio de Janeiro e um contrato para gravar este disco, que realmente é bem legal.
Olha aí, aqui vai outro ‘disquinho’ bacana, uma boa raridade que agrada em cheio, Peter Thomas e seu conjunto. Segundo o Dicionário Cravo Albin da MPB, Peter Thomas era o nome artístico do músico carioca Pedro Thomás, compositor e instrumentista do acordeom, órgão e outros teclados. Formou seu conjunto no início dos anos 60, um octeto onde integrava um time de músicos de qualidade. O grupo fez um relativo sucesso se apresentando principalmente na televisão. Também consta que se apresentaram em bailes e boates. Ao que tudo indica, gravaram apenas três lps, sendo este, “O novo som espetacular” seu disco de estreia, lançado em 1965 pelo selo Fantasia. Acredito também que tenha sido este um dos diversos conjuntos que gravaram ou tiveram seus fonogramas usados por editoras como a Codil, em outros lançamentos, com outros nomes e também em outras pequenas gravadoras nos anos 60. Este primeiro lançamento é, sem dúvida, o trabalho mais interessante, original e com um repertório que vale a pena ouvir e conhecer… Disco raro!
No rastro dos discos raros e muito procurados, aqui vai um dos mais interessantes, o “Alta tensão”, lp que se não estou muito enganado foi o segundo disco gravado por este músico carioca, Sérgio Carvalho e seu conjunto. Pouquíssimas ou quase nada há de informação sobre ele. Infelizmente, ficou esquecido nos anos 60 assim como tantos outros artistas e seus discos, hoje raridades que os colecionadores amam. Sérgio Carvalho começou novo, ainda com 15 anos, tocando nos subúrbios do Rio de Janeiro, em boates e gafieiras. Seu instrumento era o cavaquinho, mas ao longo do tempo foi ganhando experiência musical, se tornando um músico de verdade. Passou para o piano e teclados, se tornou além de compositor, arranjador de grande talento, indo assim tocar em outras e melhores ‘praças’ do Rio. Se destacou com um repertório equilibrado e competente, o que o levou ao disco em 1964, gravando seu primeiro lp pelo selo Continental. Novamente, ele só aparece em 67, neste disco lançado pelo selo Equipe, de Oswaldo Cadaxo, quando a gravadora então completava dois anos de atividades. Neste disco temos um repertório mais pop, mesclando música nacional e internacional, porém numa escolha musical de qualidade e também de personalidade, oque garante ser este um excelente lp.
Este é um disco que já postamos aqui em outras eras, porém vale a pena uma reprise, até porque as informações não estavam lá muito corretas. Luizinho e Seus Dinamites foi um dos mais ‘quentes’ grupos de rock brasileiro. Seu líder foi um dos guitarristas pioneiros do rock nacional que embalou muitos bailes no Rio de Janeiro. Os Dinamites era formado, além de Luizinho (guitarra e vocalista), por Jair (guitarra base), José Antônio (baixo) e Carlinhos (bateria) e Euclides (que também tocou com The Pop’s). Originalmente, o lp foi lançado em 1964 pela RCA Victor, mas para a felicidade do fãs e colecionadores, foi relançado em edição limitada por uma loja de disco de São Paulo, a Bruno Discos, merecendo inclusive uma logomarca encima da arte da RCA Victor. Raridade pura que muita gente ainda não conhece e que já não se encontra mais por aí. Interessou? Confira no GTM, completo!
Já tivemos aqui no nosso Toque Musical, por várias vezes, o excelente grupo vocal Titulares do Ritmo. Conjunto que iniciou sua trajetória ainda nos anos 40, em Belo Horizonte. Era um sexteto de músicos cantores cegos que se conheceram e se formaram no Instituto São Rafael. Ganharam destaque logo que começaram a se apresentar em emissoras de rádio da cidade. Logo já estariam ecoando nos grandes centros e sendo contratados para atuarem em São Paulo. De lá ganharam o Brasil inteiro por conta da qualidade de seus arranjos vocais. Gravaram diversos discos ainda no tempo das bolachas de 78 rpm. Depois, esses mesmos sucessos foram relançados em lps de 10 e 12 polegadas e também vieram outros discos e trabalhos lançados por outras gravadoras. Aqui, temos eles em um disco dedicado ao samba, lançado em 1961 pela RCA Victor, acompanhados pela Orquestra e arranjos do maestro Francisco Moraes. Um belo trabalho que vale a pena redescobri. Confiram no GTM.
Aqui temos uma produção curiosa e porque não dizer obscura… Um lp, ao que consta, lançado em 1969 por um também obscuro selo TVP e sendo este seu primeiro lançamento. O lp como se vê tem o título de “Alegria do Passado e do Presente – A Criança” e é uma edição especial beneficente para a Fundação Waldomiro Lobo, uma entidade com sede em Belo Horizonte, voltada para a assistência a pessoas carentes com tuberculose. Até aqui, tudo normal e por esse título e também pela capa a gente pensa logo em algo próximo dessa situação… Porém, para surpresa daqueles se aventuraram a tirar o disco e coloca-lo para tocar, o que se ouve é algo surpreendente e inesperado, pois é só no selo que então aparece o nome do artista e o repertório. No caso aqui é um conjunto, cujo o nome é Nielsens Boys. A seleção musical é toda anos 60, totalmente Jovem Guarda e com uma qualidade de chamar a atenção. Difícil é achar informação sobre eles. Aliás, sobre tudo, toda essa produção… Um verdadeiro mistério. Tudo começa e termina no próprio álbum. Mas, considerando ser uma produção para uma fundação mineira, de Beagá, posso supor que seja coisa de artistas locais. Talvez algum pretenso projeto de lp que não vingou nos anos 60 e que veio a ser aproveitado depois. Digo depois, porque a capa e seu layout não parecem ser dos anos 60, mas talvez 70, sabe-se lá… Conjecturas… mas, enfim, vale a pena ouvir 😉
PS: Passada algumas semanas desta postagem, eis que o mistério do tal conjunto Nielsens Boys é esclarecido. Segundo o meu amigo Fares, o Nielsens Boys nada mais é que o lendário grupo The Jordans. Confesso que nunca teria imaginado, porém esses fonogramas também chegaram a ser lançados em uma edição em cd com o título, “Grandes Sucessos The Jordans”, em 2014. Pois é, só mesmo que viveu essa fase dos primeiros grupos de rock brasileiro poderia saber.
Seguindo aqui em nossas postagens, temos agora um badalo lp que deve ter ganhado mais notoriedade nos tempos atuais do que na época de seu lançamento. Um disco realmente singular na qualidade dos músicos, do repertório e de seu assumido ar de mistério. Trata-se de uma super produção da Audio Fidelity (do Brasil), um selo da lendária gravadora americana Audio Fidelity Records, pioneira na produção dos discos estereofônicos. Atuou também com um escritório aqui no Brasil, lançando diversos discos, geralmente orquestras, gravações originais em hi-fi e estéreo. Nesta produção, ainda na boa fase da Bossa Nova, temos “Os Intocáveis”, um sugestivo título que remete, inicialmente, a uma série famosa na televisão, mas conforme o texto da contracapa, o nome se deve ao fato de serem intocáveis os nomes dos músicos presentes nas gravações, por conta de serem músicos de outras gravadoras e terem lá seus contratos que não permitiam esse tipo de enlace. Contudo, isso era comum entre gravadoras e artistas que usavam de subterfúgios, como nomes falsos, ou como aqui, nomes não citados. O fato é que mesmo envolto em mistério, em segredos de gravadoras, este é realmente um discaço! Pela qualidade das gravações eu diria que Os Intocáveis foi gravado fora do Brasil e por certo, com músicos brasileiros. Quem ainda não ouviu, eu recomento…
Seguindo em nosso toque musical, temos desta vez um dos grandes instrumentistas brasileiros, o talentoso Zeca do Trombone, músico que infelizmente nos deixou ano passado e por certo, fechando mais um ciclo da boa música popular brasileira, na qual ele esteve presente acompanhando grandes nomes da nossa música como Milton Nascimento, Alcione, Tim Maia, Elis Regina, Simonal e muitos outros. Foram mais de 50 anos de carreira. Seu sopro está presente em muitos discos memoráveis e de diferentes artistas. Contudo, também gravou uns três ou quatro álbuns solo, sendo este, “Rota-mar” o primeiro. Um trabalho bacana, mesclado de samba, soul, funk’… disco que agrada logo de cara.