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K-Ximbinho – Saudades De Um Clarinete (1981) 

Aqui um disco bem bacana de um dos grandes músicos brasileiros, Sebastião de Barros, ou como se tornou conhecido, K-Ximbinho, instrumentista, compositor, arranjador e regente. Considerado como um dos mais originais instrumentistas de sua geração, atuou tanto em orquestras populares como em regionais, grupos de choro e jazz. Este disco foi gravado no intúito de ser o primeiro lançamento de um selo/gravadora independente idealizado por Chico Buarque, Paulinho da Viola, o pessoal do MPB-4, Fernando Faro e Toninho Morais. Porém, conforme nos cona Aluízio Falcão, no texto de contracapa, o projeto não vingou. A gravação acabou engavetada. Nesse meio tempo, K-Ximbinho veio a falecer. O projeto foi resgatado no ano seguinte e o disco acabou saíndo pelo selo Eldorado.
Sem dúvida, um trabalho maravilhoso de se ouvir. Quem não conhece, a gente recomenda… 
 
eu quero é sossego
sempre
meiguice
tô sempre aí
gilka
mais uma vez
velhos companheiros
penumbra
simoninha na barra
ternura
autoplagio
catita
 
 
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Quarteto Em Cy – Em 1000 kilohertz (1979)

O toque de hoje é o Quarteto em Cy, Em 1.000 Kilohertz, um dos muitos e excelentes álbuns deste quarteto vocal feminino fantático, que se iniciou com as irmãs, Cyva, Cybele, Cynara e Cylene, nos anos 60. O grupo, ao longo de cinco décadas, teve várias formações, com outras cantoras substintundo as que foram saíndo. O Quarteto em Cy gravou dezenas de disco, uma discografia exemplar que carece maior reconhecimento, ou conhecimento por parte de um público que não chegou a conhecer esse grupo vocal. “Em 1.000 Kilohertz, disco de 1979, a formação do quarteto era Cyva, Cynara, Sônia e Dorinha Tapajós. A direção musical é de Luiz Claudio Ramos. O repertório, como sempre, impecável, 
é parte do show com o mesmo nome, levado a público em junho de 79, no Teatro Vanucci, no Rio de Janeiro.
 
sim ou não
feminina
passageiro
nada além
feira das almas
bom dia
maria maria
vinho amargo
nadando no seco
a cidade contra o crime
sabiá
 
 
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Tibor E Sua Orquestra – Ray-O-Vac 3 (1969)

Seguindo em nosso ‘drops sortido’, temos aqui mais um exemplar Ray-O-Vac. Para aqueles que já seguem o nosso Toque Musical a mais tempo, há de lembrar de outros discos desta série promocional, lançada em 1969 pelo obscuro selo PAT Records, trazendo o maestro Tibor Reisner e sua orquestra. 
Vamos repetir aqui, praticamente, o mesmo texto de uma outra postagem desta série de 4 volumes…
Lançado como promoção das pilhas Ray-O-Vac, este lp nos traz um encontro exclusivo com o maestro e arranjador Tibor Reisner e sua orquestra. Por certo, a maioria das pessoas não fazem ideia de quem foi este músico. Húngaro naturalizado brasileiro, o maestro Tibor viveu e atuou em Joinville – SC por muitos anos. Foi regente da extinta Orquestra Filarmônica-Lyra e diretor da Escola de Música Villa Lobos, ambas nessa cidade. Nos últimos anos de vida mudou-se para São Paulo, depois de ter amargado o desgosto de não conseguir criar em sua cidade uma Orquestra Sinfônica. Segundo informações, ele vivia sozinho em São Paulo. Já doente, foi resgatado por amigos e levado de volta a Joinville. Seu único parente era uma irmã que veio da Alemanha para cuidar dele. Levou-o de volta para a capital paulista para tratamentos. Faleceu aos 73 anos, em 1999. Deixou uma obra volumosa, inédita e inacaba.
Neste álbum promocional, encontramos o arranjador, regente e instrumentista a frente de uma pequena orquestra formada por músicos estudantes, possivelmente da sua Escola de Música Villa Lobos. O repertório, como nos demais discos já apresentados traz em ‘pot pourri’  uma série mista com temas nacionais e internacionais, sucessos dos anos 60. Um trabalho feito exclusivamente para o disco promocional das populares pilhas ‘amarelinhas’ para agradar a todo tipo de público daquela época.
 
afrikan beat
garota de ipanema
balanço zona sul
samba de verão
hully gully portugues
coimbra
uma canção portuguesa
la bamba
amore scusame
monn river
mavie
red roses for a blue lady
san farncisco
i could have dance all night
ganz paris treumt von der liebe
sur le ciel de paris
sur le pont de paris
madmoiselle de paris
le petit valse
 
 
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Jan Garbarek John Abercombie Nana Vasconcelos – Eventyr (1983)

Que salada mista está sendo este mês de novembro. Cada dia algo diferente, alegrando gregos, troianos e quem mais chegar. Na postagem de hoje nosso destaque é para o genial Naná Vasconcelos. Como sabemos, ele construiu uma sólida carreira internacional se tornando um dos mais respeitáveis percursionistas mundiais. Tocou com inúmeros artistas, estando presente em dezenas de discos nacionais e internacionais. Aqui temos ele em sua fase tocando e gravando pelo conceituado selo ECM, dedicado a música instrumental jazzistica. Já apresentamos Naná em outro disco desta gravadora e agora trazemos “Eventyr”, trabalho que ele participa ao lado do saxofonista Jan Garbarek e do violonista e guitarrista John Abercrombie, gravado no início dos anos 80.
 
soria maria
liliekort
eventyr
weaving a garland
once upon a time
the companion
snipp snapp snute
east of the sum and west of the moon
 
 
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Astrud Gilberto – I Haven’t Got Anything Better To Do (1969)

Seguinos desta vez com a cantora brasileira radicada nos Estados Unidos, Astrud Gilberto, artista já apresentada em nosso Toque Musical diversas vezes. Volta, literalmente, a mostrar a cara neste lp, “I Haven’t Got Anything Better To Do”, pelo conceituado selo americano Verve, lançado também no Brasil, em 1969. Um repertório pop com arranjos e regência de Albert Gorconi. O interessante para nós neste disco é a última faixa do lado A, a música de Dori Caymmi e Nelson Motta, “O mar é meu chão” que ganha uma versão em inglês,”The sea is my soil”.
 
a time for us
i haven’t got anything better to do
didn’t we
wailing of the willow
where’s the love
the sea is my soil
trains and boats and planes
world stop turning
without him
weesmall hours
if
 
 
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Melão – Box Blindex (1988)

Embora não tenhamos encontrado nada a respeito deste disco na internet, além de anúncios de vendas, montamos aqui nosso quebra-cabeça. Se não estamos enganados, Melão é um músico mineiro que no fim dos anos 70, ao lado de outro, Lery Faria Jr gravaram “Jequitinhonha – Notas de Viagem”, disco maravilhoso que já tivemos o prazer de apresentar aqui no Toque Musical. Ao que parece, Melão seguiu para o Rio de Janeiro, trabalhou ao lado de grandes artistas e lançou nos anos 80 este lp, “Box Blindex”, em 1988, pelo selo Continental. Um trabalho bem condizente com aquele momento, os anos 80, ou seja, um disco pop, mas com um diferencial importante, a qualidade musical. Melão vem acompanhado por um excelente grupo de instrumentistas com direção artística do saudoso Arthurzinho Maia. Trabalho inteiramente autoral bem a cima da média pop daqueles tempos. Confiram…
 
box blindex
dance dance
broto coconut
amor a dois
estranho romance
alucinação
flor do mal
blue coração
poeta pop star
eu e minha noiva
 
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A Barca Do Sol – Durante O Verão (1976)

Verificando aqui em nossa lista de postagem, percebo que até então não chegamos a postar nada sobre A Barca do Sol, além do excelente lp “Corra o risco”, da cantora Olivia, que na verdade não deixa de ser também um disco da banda, visto que são eles quem acompanham a cantora e o repertório também é praticamente deles. A Barca do Sol foi uma banda carioca surgida nos anos 70, com fortes influências do rock progressivo, mesclado ao folk e também com o bom tempero de elementos da música popular brasileira. “Durante o verão” foi o segundo disco deles, lançado em 1976 pelo selo Continental. A Barca do Sol ao longo de suas existência, quase dez anos, lançou três discos e teve um bom time de músicos. Nando Carneiro, Muri Costa, Beto Resende e Marcelo Costa estiveram presentes do início ao fim do grupo. Passaram também pela Barca, Jaques Morelenbaum, Marcelo Bernardes, Ritchie, David Ganc, Marcos Stul e Alain Pierre.
 
durante o verão
hotel colonial
a língua e a bainha
os pilares da cultura
karen
memorial day
banquete
belladonna lady of the rocks
outros carnavais
 
 

Armandinho – Armando Macedo (1970) 

Desta vez, temos Armandinho, da Cor do Som, aqui então, Armando Macedo, em seu primeiro disco, lançado em 1969. Ainda um adolescente, mas já com um domínio excepcional de instrumentos de corda. Foi através do lendário programa, A Grande Chance, do também lendário Flávio Cavalcanti que o jovem Armando Macedo faturou o primeiro lugar e com isso a chance de gravar um compacto que algum tempo depois viraria este lp, lançado pela Codil e seu selo Ritmos…
Veririficando aqui agora, percebo que já havia postado este lp ainda em 2010. Sem querer ser repetitivo e até porque já havíamos programado, segue mais uma vez o disco e também o compacto de bonus.
 
arrependimento
viola enluarada
tico tico no fubá
martinha
desespero
hino do senhor do bonfim
aquarela do brasil
peguei um ita no norte
iracema
vassourinhas
prenda minha
minas gerais
são paulo quatrocentão
cidade maravilhosa
na baixa do sapateiro
pra frente brasil
molambo
divagando pelo cais
bentevi atrevido
carolina
o destino desfolhou
 
 
 
 

Banda Metalurgia (1982)

Nossa sequência hoje é com música instrumental. E para tanto, temos aqui a Banda Metalurgia, grupo musical nascido na cidade de São Bernardo do Campo, em 1982. Formado por dez talentosos músicos, sendo predominante a presença  de instrumentos de sopro, o que de certa forma dava nome a banda. A Metalurgia gravou apenas este lp. Embora tenha sido considerando o melhor disco de música instrumental daquele ano de 1982, a banda não durou muito. Seus elementos, os músicos logo partiriam para suas carreiras individuais, entre esses destacamos o trombonista Bocato (o qual já apresentamos aqui dois de seus discos) e o baterista Claudio Baeta. É bom também lembrar que antes de serem a Metalurgia, esses músicos acompanhavam Elis Regina nos anos de 79 e 80.

multinacional
amarelo
impulso oi
ap 403
barra pesada
lá em guayaquil
ermelindo e casanova
a sala e o cheiro verde
esperando edmundo
em tempos de baeta
samba de volta ao berno
 
 

Paulo Diniz – É Marca Ferrada (1978) 

Hoje o nosso encontro é com Paulo Diniz, artista que dispença maiores apresentações. Pernambucano que no início dos anos 60 veio para o Rio de Janeiro para trabalhar em rádio. Gravou seu primeiro disco e sucesso, “O chorão”, em 1966 e daí para frente fez só crecer sua popularidade como outros tantos sucessos que viria a lançar na primeira metade dos anos 70. Aqui temos dele um dos últimos discos com músicas que se destacaram, tal como “Me leva morena”, em parceria com Marconi Norato e Juhareiz Correya e também “Severina Cooper (It’s not mole não)”, de Accioly Neto. Ele também regrava aqui outro de seus grandes sucessos, a música “Pingos de amor”. O lp foi lançado pela EMI em 1978. Confiram no GTM…
 
me leva morena
limoeiro
folia
severina cooper (it’s not mole não)
candente
pelas ruas
marca ferrada
um chopp pra distrair / pingos de amor
depois de você, ninguem
essanegra fulô
bela bela
 
 
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The Elevens – Surfing Success (1965) 

De volta aos obscuros lançamentos de pequenas gravadoras dos anos 60. Aqui temos, “Surfing Success”, um raro (e caro) lp lançado em 1964 pelo selo Caravelle. The Elevens é o nome do conjunto que desfila as treze faixas, sucessos dos mais variados e aqui transformados em uma espécie de ‘surf music’, gênero que se caracterizou a partir dos anos 50 e 60 pela presença acentuada do saxofone. Aqui, podemos dizer que é algo tipo ‘latin surf music’. E pelo nome do conjunto podemos já supor que fosse quase uma pequena orquestra com onze músicos, conjunto de beira de piscina, grupo de baile… Infelizmente, não há nenhuma informação sobre o disco ou mesmo o conjunto. Curiosamente, o disco parece ter sido lançado com versões diferentes da capa. Seria esse o motivo de um sujeito estar oferecendo sua versão no Discogs por mais de mil reais? Bom, seja como for, aqui temos a nossa versão e é por ela que você poderá dizer se vale ou não. Vamos conferir?
 
la raspa surf
la bamba
america
datemi un martello
marcacafoo
i could have canced
o calhambeque
bienvenido amor
california sun
che me ne faccio del latino
perereca da vizinha
bamboleio
beachy party
 
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Arthur Moreira Lima – Com Licença… (1987) 

Iniciamos nosso novembro chuvoso prestando uma homenagem a Arthur Moreira Lima, um dos mais importantes pianistas eruditos brasileiros que infelizmente nos deixou, há dois dias atrás. Músico excepicional, reconhecido internacionalmente, foi um dos poucos artistas da música clássica a flertar com o popular, ganhando com isso mais notoriedade até mesmo dentro da MPB. Entre os trabalhos que realizou tem este disco, lançado pela Kuarup Discos, em 1987, que reune gravações que ele fez a partir de seu retorno ao Brasil. Uma seleção com composições célebres de Joaquim Callado, Henrique Alves de Mesquita, Chiquinha Gonzaga, Eduardo Souto, Pixinguinha e também de compositores contemporâneos com Elomar, Heraldo do Monte, Paulo Moura e Laércio de Freitas. Piano solo para conferir.
 
flor amorosa
la brésilienne
despertar da montanha
fandangoso
carinhoso
gaúcho
mão esquerda
subindo ao céu
o cabo pitanga
seresta sertaneza
chuva morna
 
 
 

Ilana Volcov – Banguê (2011)

Enfim, fechamos aqui a mostra exclusiva de cds. Como há ainda tanta coisa pra gente mostrar, vamos então adotar as postagens dos disquinhos prateados com mais frequencia, ou seja, agora vai rolar de tudo, vinil, cd, gravações caseiras, registros obscuros e também as nossas coletâneas que há tempos não trazemos por aqui.
Bom, seguindo aqui, temos este trabalho bem bacana da cantora paulista Ilana Volcov. “Banguê” é o nome deste que foi o seu disco de estréia, lançado pela Tratore em 2011. Ilana iniciou sua carreira como integrante do Grupo Barbatuques. Também atuou ao lado de outros grandes artitas como Zeca Baleiro, Ed Motta, Guinga, Vanessa da Mata, Eduardo Gudin e outros, tanto em discos quanto em shows. Neste disco ela interpreta treze canções escolhidas a dedo por ela. Um repertório fino com composições de diferentes épocas, muitas dessas verdadeiros clássicos da nossa mpb. Vale a pena ouvir…
 
estatuinha
namorico da rita
onde eu nasci passa um rio
encontro
recife cidade lendária
leilão (scenas coloniaes)
trem
paixão e fé
morada
prossição da padroeira
contradança
quando o samba acabou
na virada da costeira
 
 
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Juarez Maciel E Grupo Muda – Subsolo (2007)

Mais um mineirim… mais um tiquim… hehehe… Uai, sô, tá gostando não? Olha aí, hoje vamos com o Juarez Maciel e Grupo Muda, neste trabalho de 2007, “Subsolo”. Segundo a Sonhos&Sons, distribuidora do cd, este trabalho é descrito com música instrumental contemporânea, devido ao uso de trompas, somado a pitadas jazzísticas e new age. Muito interessante, bem agradável de se ouvir.
 
peixes
rubis e diamantes
cidade submersa
desvio para o zaul
movimento da lua
jazzidas
dança
circo imaginário
 
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Noel Rosa Interpretado Por Guiba (1993)

Mais um disquinho de mineiro, mais uma vez puxando a sardinha para o nosso lado. Isso é o que irão pensar e vai ser difícil dizer que não. Porém, o que acontece é que vamos postando aqui, aquilo que a gente está ouvindo e achando interessante trazer para o Toque Musical. Opções não faltam, há centenas de títulos interessantes esperando sua vez. Na medida do possível, vamos também publicando os lançamentos que só saíram em compact disc. O mês exclusivo do cd vai chegando ao fim…
Então, voltando, aqui temos uma produção mineira, o cavaquinista Guiba numa seleção instrumental com a música de Noel Rosa. Gravado em 1993 na Bemol pelo Dirceu Cheib. O disco é uma produção do violonista Geraldo Vianna que juntamente com outros grandes músicos mineiros dão a base para o cavaquinho de Guiba. Disquinho bem legal, vale a pena conhecer. Confiram no GTM…
 
com que roupa
fita amarela
o orvalho vem caindo
feitiço da vila
feitio de oração
choro
conversa de botequim
o x do problema
filosofia
papite infeliz
 
 
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Márcio Lomiranda – Verdazul (2008)

O cd de hoje é um trabalho solo do músico, compositor, arranjador e produtor mineiro, Márcio Lomirada. Aliás, consta como sendo o seu primeiro disco solo. Já apresentamos ele aqui, em outro trabalho, o Eletro Fluminas, de 2001, ao lado do guitarrista Paulo Rafael e a cantora Taryn Szpilman. Embora só tenha lançado seu primeiro disco solo em 2008, Márcio tem muita bagagem, currículo e tempo de estrada. Como tecladista e arranjador já esteve presente em discos importantes de artistas famosos da MPB. Há mais de duas décadas integra a equipe de produtores musicais da Rede Globo, sendo compositor de trilhas originais para vários dos programas da emissora.
Verdazul parece seguir exatamente essa linha, um estilo de música visual, uma mesclagem de diferentes elementos com muitos recursos eletrônicos, prontinho para trilha do que for, até mesmo para nosso próprio ambiente. Bem legal.
 
vamos a praia
asteróide
um pouco de ar
mr. rabbit
drink me eat me
virgulino
cogumelos vermelhos
chámaluco
salmo
só dói de um lado
venusiana
a lagarta
ponte para kling klang
cortem-lhe a cabeça
verdazul
blond love doll
 
 
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João Donato – Só Danço Samba (1998)

Ouvir João Donato é sempre muito bom, né? Pois fica ainda melhor quando ele interpreta outro grande, Tom Jobim. Uma seleção de 14 sambas clássicos pontuados pelo produtor Almir Chediak, seguindo a concepção do songbook de Tom, produzido também por Chediak. Temos assim, o João Donato desfilando em seu piano, ao lado de um timaço de músicos, que dão a este cd um caráter pra lá de homenagem entre dois grandes músicos. É mesmo um trabalho único onde Donato se dedica exclusivamente à musica de Tom Jobim. Imperdível 🙂
 
só danço samba
corcovado
samba de uma nota só
caminhos cruzados
garota de ipanema
vivo sonhando
meditação
fotografia
amor em paz
ela é carioca
outra vez
brigas nunca mais
triste
wave
 
 
 
 

Luizinho Lopes E Marcela Lobo – Sertão Das Miragens (2001)

Mais um artista mineiro (olha o barrismo!), o inspirado Luizinho Lopes, músico nascido em Pirapora, mas que veio viver em Juiz de Fora ainda na adolescencia. Com mais de 40 anos de estrada, Luizinho é hoje um dos grandes artistas da música popular brasileira de qualidade. E quando falamos de ‘qualidade’, estamos dizendo, ele pertence a uma classe de músicos e músicas acima da média, ou seja, o popular com arte 🙂
“Sertão das Miragens” é mais um desses trabalhos impecáveis. Luizinho Lopes vem acompanhado da competente cantora, também mineira, Marcela Lobo. Juntos eles fazem deste um dos trabalhos mais primorosos lançados naquele ano de 2001. Vale a pena dar uma conferida 🙂
 
reféns do absurdo
eu nem sei
sertão da miragens
o dom quixote
compasso dos camelos
chá
filiais da lua
corpo de incêncios
nômade
ria
são gabriel da boa nova
 
 
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Ladston Do Nacimento – Anjim Barroco (1998)

E mais uma vez marcando presença em nosso Toque Musical, temos o Ladston do Nascimento, artista mineiro, cantor, compositor e arranjador dos mais talentosos. Já apresentamos dele, aqui, outros três trabalhos e se vamos para um quarto disco é porque o cabra merece. Como já comentamos em outras postagens Ladston tem um timbre vocal muito semelhante a de outro Nascimento, o grande Bituca e muitas vezes ao ser ouvido por uma primeira vez, pode-se pensar que é o Milton. Não bastasse o segundo nome e também o timbre vocal, outras semelhanças associam um ao outro, tal como a qualidade musical e esse jeito mineiro que não dá para enganar, Porém, embora as semelhanças, percebe-se logo que não é uma questão de influências ou imitação. Ladston é originalíssimo, músico reconhecidamente competente. Prova maior da qualidades deste artista se vê também neste disco, “Anjim Barroco”, lançado em 1998. Disco este que foi também lançado, dois anos depois, no mercado americano com o título de “Voice Of The Heart’. Foi considerado, segundo conceituadas revistas especializadas de música como um dos melhores lançamentos estrangeiros, em 2000, nos Estados Unidos.
 
morena
manhã
balãozim
aprendiz
belo horizonte
reis
a voz do coração
dis violeiros
saudade do brasileiro
sensatez
confins
alazão
até quando
 
 
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Elza Soares – Do Cóccix Até O Pescoço (2002)

Em tempos de cd’s também cabe Elza Soares. E aqui temos ela em um trabalho de 2002, seu trigésimo álbum, “Do Cóccix Até O Pescoço”. Um disco então que abria as portas para as novas gerações. Uma repaginada na lendária cantora trazendo experimentações músicais, mesclando samba, soul, funk, rap e pop eletrônico. Ou seja, colocando Elza Soares dentro da modernidade, coisa que nenhuma outra cantora de sua geração conseguiu. Estava nascendo ali uma nova fase da cantora…
 
dura na queda
hoje é dia de festa
haiti
dor de cotovelo
bambino
a carne
eu vou ficar aqui
etnocopop
fadas
flores horizontais
a cigarra
quebra lá que eu quebro de cá
 
 
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Claudio Faria – O Que Ninguém Ensina (2016)

Um cd bem bacana é o que temos aqui, segundo e último disco autoral do músico mineiro Claudio Faria. “O que ninguém ensina” foi um trabalho que ele dedicou a sua mãe, a artista plática Maria Simim Faria que havia falecido em 2014. Claudio Faria lançou este cd, de produção independente, em 2016. Contou também com a participação da cantora Leila Pinheiro. Pouco tempo depois, foi diagnosticado com uma toxoplasmose cerebral, vindo a falecer no ano seguinte, infelizmente, com apensa 48 anos. Claudio Faria era cantor, compositor, tecladista, arranjador e produtor. Paralelamente, há mais de 20 anos fazia parte da banda de Beto Guedes.
 
simples canção
ama por amar
tudo em você
motivo
paisagem lunar
sob o sol do rio
meu porto
o que ninguem ensina
ar de mistério
quatro luas
aguas do sossego
 
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Duofel E Badal Roy – Espelho Das Aguas (1994)

Para os amantes da boa música acústica e instrumental temos aqui este cd  trazendo os dois violonistas, Luiz Bueno e Fernando Melo, o Duofel ao lado do percussionista indiano Badal Roy. Trata-se de um registro ao vivo feito em uma apresentação no Teatro Crowne Plaza, em São Paulo. No encarte do cd consta um texto de Zuza Homem de Mello sobre esse encontro e essa fusão entre o indiano e o Duofel. Cd lançado pelo selo Velas em 1994. Confiram no GTM…
 
samba do indiano doido
roda gigante
mirante
calypso nervoso
amitav
porto feliz
espelho das aguas
pra lá de bangladesh
teen
 
 
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Maria Bethânia – Tua (2013)

Creio que foram poucas as vezes em que postamos aqui discos de Maria Bethânia. Por certo, não foi por falta do que mostrar, afinal, nossa amada cantora tem uma discografia exemplar e também sites e blogs dedicados exclusivamente a ela. Mas como estamos no mês das postagens em cds, não poderíamos deixar perder essa oportunidade de trazer aqui um dos mais belos trabalhos da cantora em tempos digitais. “Tua” é um cd que foi lançado pela Biscoito Fino em 2013, o que quer dizer, foi feito com esmero, no nível dessa grande artista da música popular brasileira. Lindo, lindo, lindo… Um disco de amor que ninguém pode deixar de ouvir. Confiram!
 
é o amor outra vez
tua
a mão do amor / o que eu não conheço
até o fim
remanso
fonte
dama, valete e rei / você perdeu
guriatã
saudade
lamentação / o nunca mais
domingo
 
 
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Jayme Fygura (2015)

Reafirmando nosso ecletismo “fono-sonoro-musical”, apresentamos desta vez um cd que faz parte de uma publicação sobre o artista baiano Jayme Fygura, com produção (coordenação editorial) do artista mineiro Francilins, lançada em 2015.
Personagem já folclórica da cidade de Salvador, conhecido também como o ‘homem da máscara de ferro’, Jayme Andrade de Almeida foi mesmo uma figura, um performer diário andando solto pelas ruas da cidade com seus trajes e máscaras. Poucos conheciam seu rosto, o qual ele alimentava o mistério com as máscaras que contruía. Jayme era um desenhista publicitário e tinha uma vida estável. Parece que perdeu suas economias durante o plano Collor e a partir daí que tudo começa. Passa a se dedicar as artes, pintando, escrevendo, construindo artefatos. Ele estava também ligado ao movimento punk baiano e junto a uma banda fazia suas apresentações performáticas, onde ele mesmo era a obra. Faleceu no ano passado, aos 64 anos, vítima de um enfarto.
Neste cd que acompanha a publicação, que foi apenas de 1000 exemplares, não há informações sobre os títulos das músicas, cuja as letras e vocal são de Jayme Fygura. Assim, para esta postagem, não teremos a relação, que geralmente segue a baixo. Da mesma forma nos arquivos de mp3 que vocês poderão ter acesso no GTM. Aproveitando o embalo, como um bônus extra, incluímos também o registro de um show, no Pelourinho, em 2010.
Confiram tudo no GTM…
 
 
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Banda Black Rio – The Best Of (1996)

Fiquei na dúvida se postava ou não este cd da Banda Black Rio, pois tinha certo que já havíamos publicado o celebrado lp “Maria Fumaça”. Mas para a minha surpresa, este passou batido. Então, vamos aqui com esta ‘coletânea gringa’ produzida para o mercado inglês, em 1996. A seleção que apresenta a banda de samba-funk-soul… carioca foi lançada lá em versão cd e vinil. Traz realmente o melhor do grupo para inglês ver e ouvir.
 
gafieira universal
vidigal
expresso madureira
leblon via vaz lobo
cravo e canela
maria fumaça
miss sheryl
mr funky samba
samboreando
rio de janeiro
casa forte
chega mais
 
 
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Helena Jobim – Areia Do Tempo (2006)

Alguns, talvez estejam achando este blog uma grande colcha de retalhos, com tanta coisa sortida nessa nossa mostra de cds. E desse balaio de gatos, agora puxamos este cd, lançado pela extinta editora/selo Karmim em 2006. Como se vê, trata-se de um disco de poesia de Helena Jobim, irmã de Tom Jobim. No cd ela nos apresenta 33 poemas, sendo muitos até então inéditos. Os poemas são interpretados pela própria autora e Tom Jobim é o fundo musical executado por Paulo Jobim e Mário Adnet.
 
princípio
os anjos que me perseguem
e qual o pai
lugar comum
o mágico
desejo
confissão
naquele dia
destino
revelação
em certa manhã
dor
os invasores
canto do grito
amigo
drumoniana
areia do tempo
gardênias
todas as coisas
violeta
veludo
aprendendo
dizer não
mergulho
mistério
não contaram à menina
nada nas mãos
quarteirão
cotidiano
arca do tesouro
por toda a eternidade
saudade
amor
 
 

Rumbo Reverso – Rumbo II (2016)

Outro cd interessante lançado há algum tempo atrás, para quem aprecia um rock experimental e instrumental, eis aqui a banda paulista Rumbo Reverso, em seu segundo trabalho. Um disco que procura manter a mesma linha de experimentações sonoras, influências progressivas que vai de Pink Floyd, somado a outras sonoridades, de Zappa, Kraut e Rock in Opposition. O grupo é liderado pelo músico Cacá Amaral.
 
grimaldi e bastar
quais cenas ele pode conter
dissolvidor de rancores
improvavel probabilidade do imprevisivel acontecer
formiga gardens
novembro
archie tema
grimaldi e bastar II
 
 
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Jerzy Milewski, Paulo Moura, Helvius Vilela – Paulinho da Viola … Sem Palavras (1999)

Um trabalho curiosamente interessante lançado somente em cd e que aqui recebe merecidamente uma janela, uma vitrine para exposição. Trazemos mais uma vez o violinista polones, naturalizado brasileiro, Jerzy Milewski, que se tornou conhecido pelas suas interpretações de música popular e erudita, de compositores brasileiros. 
“Paulinho da Viola… – …Sem Palavras” como o título já sugere, trata-se de uma interpretação da obra musical do grande compositor e sambista, no caso, somente a parte das melodias. Para tanto, Jerzy conta com as participações de dois outros grandes nomes, dois grandes instrumentistas, Paulo Moura e Helvius Vilela. Por aí já dá para sentir o naipe da coisa. Vale muito a pena ouvir esse disco. Confiram no GTM…
 
argumento
quando bate uma saudade
eu e minha sogra
pecado capital
sei lá mangueira
coração leviano
dança da solidão
mar grande
foi um rio que passou em minha vida
sinal fechado
timoneiro
um sarau para radamés
choro negro
coisa do mundo minha nega
 
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Luiz Rocha – Pise Fundo (2008) 

Eis aqui mais um cd que há muito esperava um momento para ser apresentado em nosso Toque Musical. Faltava um momento assim como este mês de outubro dedicado exclusivamente ao formato ‘compact-disc’. Enviado diretamente pelo amigo, o músico baiano Luiz Rocha, hoje mais que nunca uma referência brasileira da gaita de boca. “Pise Fundo” foi seu primeiro disco, gravado entre 2006 e 2008. Na época, ele era um ‘endorser’ da marca Bends de gaitas e este cd seria uma espécie de vitrine da marca e, claro, todas as músicas são executadas por ele com as harmonicas que estavam chegando no mercado brasileiro. Este cd é hoje um disquinho raro, pois foram produzido na época apenas mil exemplares, Acredito que não veio a ser relançado pelo artista. Para os que ainda não perceberam ou não conhece, trata-se de um disco de blues/rock dos muito inspirados. Vale a pena conferir…
 
rochaharp
até ontem
carona errada
grão de arroz
poça d’agua
crazy for so long
trem 418
pise fundo
psicodélico jam]ele chegou
não tem preço
harp swing blues
i’m down
 
 
 

Trio Mocotó – Beleza Beleza Beleza (2003) 

Mais um cd bacana, disco que só tem em versão digital. Aqui temos o Trio Mocotó em sua última formação com dois dos integrantes originais, Jão Parahyba e Nereu Gargalo e o terceiro que foi o músico Skowa, falecido recentemente. Este então foi o último disco de um dos pioneiros grupos de samba com elementos do rock e da black music americana. Vale muito a pena conhecer…
 
beleza beleza beleza
onde anda o meu amor
coqueiro verde
olha eu aí
de hoje não passa
pura beleza
replay (o meu time é alegria da cidade)
lirio para xangô
ziriguidum
chiclete com banana
dingue li bangue
marinella
eu também quero mocotó
capcaloei
 
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